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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE FINANÇAS E CONTABILIDADE
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Disciplina: Finanças Empresariais I Turma: 04 Período: 2020.1


Professor: Moisés Araújo Almeida
Aluno(a): Gisele Tavares Jácome Matrícula: 20170010212
Data de entrega: 08/12/2020 Pontuação: 7,7 pontos

5ª LISTA DE EXERCÍCIOS

CUSTO E ESTRUTURA DE CAPITAL

OBSERVAÇÃO: Espera-se que as questões teóricas sejam respondidas de maneira argumentativa e


que as questões práticas sejam respondidas apresentando todas as etapas de cálculo.

QUESTÃO 1 (0,6) – [GITMAN, 2010] Por que medimos o custo de capital após o imposto de
renda? Por que se recomenda usar um custo médio ponderado de capital, em vez do custo da fonte
específica de capital?

O custo do capital é medido após o imposto de renda por conta do benefício fiscal, a empresa se
endivida e consegue abater esses juros na base de cálculo do imposto de renda. O custo médio é
recomendado pois é utilizado a ponderação de cada tipo especifico de capital que forma a estrutura
de capital da empresa, ou seja, através do custo médio é possível é possível identificar o custo médio
esperado dos fundos de longo prazo já com as fontes especificas os custos são calculados
individualmente. Quando a entidade consegue atingir o custo médio mínimo é possível observar qual
percentual de endividamento vai minimizar o custo de capital da empresa e ainda maximizar o valor
da empresa.

QUESTÃO 2 (0,5) – [BRIGHAM; EHRHARDT, 2016]Por que a teoria de MM com imposto de


renda de pessoa jurídica leva a uma dívida de 100%?

MM afirma que, o custo de capital não se altera independente o nível de endividamento da empresa.
Conforme o capital de terceiros aumenta a exigência por parte dos acionistas passam a exigir um
retorno maior. Na proposição “1” MM não considera o custo da dívida após a tributação, pois o
efeito tributário é desconsiderado, a estrutura do capital formado pela empresa não altera o valor de
mercado pois é considera que o custo médio ponderado de capital será o mesmo independentemente
do nível de endividamento da entidade.
Na proposição “2” MM retrata o custo do capital próprio, nele conforme o passivo oneroso da
entidade aumenta. É possível observar que conforme o endividamento aumenta o custo do capital
próprio também aumenta, é proporcional se o risco aumenta o retorno exigido também aumenta.
Nesse segundo momento é reconhecido o benefício fiscal ou o ganho tributário, pois se a empresa
aumenta seu nível de endividamento também aumenta a dedução na base de cálculo do imposto de
renda, levando em consideração esse benefício MM se baseia que a empresa deveria se financiar
100% por capital de terceiros.
A teoria de MM verifica a relação entre custo de capital de terceiros e capital próprio, à medida que
aumentamos o endividamento o chamado risco financeiro.

QUESTÃO 3 (0,6) – [BRIGHAM; EHRHARDT, 2016] O que acontece com os custos de dívida e
capital próprio quando a alavancagem aumenta? Explique.

Com a alavancagem da empresa o custo do capital próprio aumenta os acionistas passam a exigir um
retorno maior tendo em vista o nível de endividamento da entidade pois a partir do momento em que
ocorre o endividamento também se cria o risco da entidade não consegui honrar com suas
obrigações. Também é levando em consideração o ganho tributário, os fluxos de caixa da empresa
aumentam de modo que se a entidade possui dividas na sua estrutura de capital seu valor de mercado
aumenta, ganho este que empresas que possuem apenas capital próprio em sua estrutura não
possuem, fazendo que o valor de mercados daquelas que possuem dividas seja maior das que não
possuem.

QUESTÃO 4 (2,5) – [GITMAN, 2010] A Webster Company compilou as informações constantes da


tabela a seguir.

a. Calcule o custo médio ponderado de capital, usando pesos contábeis.

ra =( 4.000 .000
5.100 .000
x 6,0 % )+ (
40.000
5.100 .0000
× 13.0) + (
1.060.000
5.100.000
×17,0 ) = 8,3%

b. Calcule o custo médio ponderado de capital, usando pesos de mercado.

ra =( 3.840 .000
6.900 .000
× 6,0 % ) +(
60.000
6.900 .000
×13,0 ) + (
3.000.000
6.900.000
×17,0 ) = 10,84%

c. Compare as respostas dadas nos itens a e b. Explique as diferenças.

Os custos médios ponderados do valor contábil utilizam apenas os dados obtidos do balanço
patrimonial, já o dado extraído pelo valor de mercado leva em consideração o valor de cada tipo de
capital a valor de mercado, além disso proporciona mais exatidão quanto ao retorno recebido. No
caso apresenta especificar que com o valor de mercador o capital de terceiros diminui, porém, as
ações preferenciais aumentam fazendo com que o retorno exigido aumente. Os dados obtidos por
meio do valor de mercado são preferenciáveis ao valor contábil.

QUESTÃO 5 (0,5) – [BRIGHAM; EHRHARDT, 2016] As ações ordinárias da Summerdahl Resort


atualmente são negociadas a $ 36 por ação. Espera-se que a ação pague um dividendo de $ 3,00 por
ação no final do ano (D1 = $ 3,00) e o dividendo cresça a uma taxa constante de 5% ao ano. Qual é o
custo das ações ordinárias?
R $ 3,00
r s= +0,05=13,33 %
R $ 36,00
O custo das ações ordinárias cobrado pelos investidores é de 13,33%.

QUESTÃO 6 (0,5) – [BRIGHAM; EHRHARDT, 2016] A Booher Book Stores possui um beta de
0,8. O rendimento de uma letra do Tesouro de 3 meses é de 4% e o rendimento de um título do
Tesouro de 10 anos é de 6%. O prêmio de risco de mercado é de 5,5%, e o retorno sobre uma ação
média no mercado no ano passado foi de 15%. Qual é o custo estimado do patrimônio usando o
CAPM?

R=Rf+β×(Rm-Rf)

R = 4% + 0,8 x 5,5% = 8,4%

Foi utilizado o rendimento dos títulos do tesouro direto, visto que este é considerado uma taxa livre
de risco.

QUESTÃO 7 (2,5) – [BRIGHAM; EHRHARDT, 2016] A Pettit Printing Company tem um valor de
mercado total de $ 100 milhões, composto por 1 milhão de ações com preço de venda de $ 50 por
ação e $ 50 milhões de debêntures perpétuas de 10% vendidas ao valor nominal. O LAJIR da
empresa é de $ 13,24 milhões; e a alíquota de imposto, 15%. A Pettit pode mudar a estrutura de
capital aumentando a dívida para 70% (com base nos valores de mercado) ou reduzindo-a para 30%.
Caso a empresa decida aumentar o uso de alavancagem, deve resgatar as debêntures antigas e emitir
novas com uma taxa de cupom de 12%. Caso decida reduzir a alavancagem, deve resgatar as
debêntures antigas e substituí-las pelas novas debêntures com taxa de cupom de 8%. A empresa
venderá ou recomprará ações ao novo preço de equilíbrio para concluir a mudança de estrutura de
capital. A empresa distribui todo o lucro em forma de dividendos; assim, suas ações têm crescimento
zero. Seu custo de capital próprio, rs, é de 14%. Se a empresa aumentar a alavancagem, rs será de
16%. Se reduzir a alavancagem, rs será de 13%. Qual é o WACC em cada estrutura de capital?

Para que a questão seja resolvida é necessário demonstrar a situação da entidade antes de montarmos
a estrutura com 70% e 30% de endividamento:

50% da dívida:
WACC= 50% x 10% (1-15%) +50% x 14%
WACC = 11,25%

(13,24 ( 1−0,15 ))
V=
0,1125
= 100.000.000

Com endividamento de 70%:

WACC = 70% x 12% (1-0,15) + 30% x 16% = 11,94%


(13,24 ( 1−0,15 ))
V=
0,1194
= 94,255 milhões

Com endividamento de 30%:

WACC = 30% x 8% (1-15%) + 70% x 13% = 11,14%

(13,24 ( 1−0,15 ))
V= = 101,023 milhões
0 , 1114

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