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Finanças

Teste 2 – Exemplo
Duração: 90 minutos

A) Responda às seguintes questões utilizando as opções Falso/Verdadeiro (12,0 valores)

1. Se as variações das rendibilidades de determinados investimentos não estão perfeitamente


correlacionadas, então o risco dessa combinação de investimentos é menor do que o risco
médio dos investimentos considerados isoladamente. V

2. O risco que pode ser eliminado com a diversificação de investimentos, é designado de


risco sistemático ou de mercado. F

3. A contribuição de um determinado investimento para o risco de uma carteira bem


diversificada de investimentos, depende do seu risco único. F

4. Os investidores preferem empresas diversificadas porque comportam um risco menor. F

5. Se a rendibilidade de uma carteira de investimentos pouco diversificada tem um desvio


padrão de 20%, e o desvio padrão da rendibilidade do mercado é 10%, então o índice de
risco Beta da referida carteira é inferior a 2,0. V

6. A maior redução do risco pela combinação de 2 investimentos, é obtida quando as


rendibilidades dos investimentos apresentam uma perfeita correlação negativa. V

7. No gráfico do modelo CAPM, os ativos interessantes estão representados abaixo da linha


de mercado. F

8. O custo do capital próprio consiste na rendibilidade exigida pelos acionistas. V

9. O custo médio do capital (Cmc) é determinado através da média dos custos das fontes de
capital, ponderada pela % do valor contabilístico de mercado de cada fonte. F

10. O indicador de risco Beta para os acionistas, aumenta com o efeito de alavanca financeira
ou proporção capital externo/capital próprio. V

11. A proposição I de Modigliani e Miller, indica que o valor do negócio não depende da estrutura de
capitais. V

12. A proposição II de Modigliani e Miller, indica que a taxa esperada de rendibilidade do capital
próprio de uma empresa, não depende do rácio de endividamento. F

13. Quando a empresa se endivida mais, reduz-se o custo do capital próprio. F

14. Na realidade, devido nomeadamente às imperfeições dos mercados, as decisões sobre


endividamento podem ser relevantes e afetar o valor da empresa. V

15. A tributação dos lucros em empresas endividadas, causam uma poupança fiscal que pode
fazer aumentar o valor da empresa. V
16. Na realidade, a teoria MM com tributação aplica-se mesmo em a situações extremas de
endividamento. F
17. As empresas muito endividadas podem incorrer de custos de tensão financeira. V

18. A falência duma empresa não é provocada pela redução do valor dos seus ativos, mas sim
pela forma inadequada do seu financiamento. F

19. Quando uma dada empresa está em tensão financeira, os credores da dívida não tendem a
exigir uma taxa de juro mais elevada. F

20. Numa empresa em situação de tensão financeira, os gestores podem privilegiar os


interesses dos acionistas face aos credores, ou mesmo os seus próprios interesses. V

21. Numa situação de falência e liquidação da empresa, a primeira prioridade é pagamento


acionistas. F

22. A teoria do trade-off ou de equilíbrio estabelece que a estrutura de capital ótima resulta do
compromisso entre a poupança fiscal e os custos de tensão associados ao maior
endividamento da empresa. V

23. De acordo com a teoria do trade-off, as empresas com ativos tangíveis seguros, muito
lucrativas e com elevados rendimentos tributáveis, devem procurar endividamento mais
reduzido. F

24. A teoria da hierarquia das fontes de financiamento (“pecking order”) estabelece que as
empresas preferem sempre emitir ações (capital próprio) em vez de dívida, quando a
geração interna de fundos é insuficiente. F

25. De acordo com a teoria da hierarquia das fontes de financiamento, as empresas menos
lucrativas, porque não dispõem de fundos internos suficientes para financiar o seu plano
de investimentos, tendem a adquirir mais dívida. V

26. O método FCFE (Free Cash Flow to Equity) é adequado para a avaliação de negócios ou
de empresas. F

27. O valor do negócio ou empresa baseia-se na atualização, com o custo médio do capital,
dos cash flows económicos esperados para aquele negócio ou empresa. V

28. De acordo com os pressupostos do método FCFF (Free Cash Flow to Firm), poderá haver
alterações ao nível do rácio de dívida/capital próprio. F

29. No caso de avaliação do capital próprio/ações duma empresa, através do método FCFF
(Free Cash Flow to Firm) torna-se necessário deduzir o valor de mercado da dívida. V

30. No método FCFF (Free Cash Flow to Firm), os cash flows estimados consideram os
fluxos associados ao reembolso e custo da dívida. F
B) Resolva o seguinte problema (8,0 valores)

A administração da Sigma S.A. fez as previsões apresentadas no quadro seguinte. O custo do


capital próprio é de 16%, a taxa de juro média da dívida é de 8%, o peso da dívida no capital
total é de 30% e a taxa de crescimento de longo prazo é de 4%. A empresa tem uma dívida de
€130 milhões e 10 milhões de ações em circulação. A taxa de imposto sobre lucros é de 25%.
Utilize o método FCFF (Free Cash Flow to Firm).

a) Determine o custo médio ponderado do capital da empresa

b) Determine o valor da empresa

c) Determinar o valor por ação?

Último
ano Previsão
Valores em M€ 0 1 2 3 4 5

Vendas 120,0 142,0 175,0 230,0 252,0 263,0


Custos 70,0 83,0 102,0 132,0 145,0 150,0
Amortização 12,0 15,0 20,0 25,0 28,0 29,0
Resultados antes juros e impostos 38,0 44,0 53,0 73,0 79,0 84,0
Imposto 9,5 11,0 13,3 18,3 19,8 21,0
Resultado depois impostos 28,5 33,0 39,8 54,8 59,3 63,0

Ativo fixo bruto 80,0 122,0 172,0 225,0 256,0 290,0


Amortizações acumuladas 30,0 45,0 65,0 90,0 118,0 147,0
Ativo fixo líquido 50,0 77,0 107,0 135,0 138,0 143,0
Fundo de maneio 20,0 24,0 30,0 40,0 44,0 46,0
Solução

Taxa de imposto 25,0%


Taxa de juro dos empréstimos 8,0%
Custo do capital próprio 16,0%
Rácio dívida/valor capital total 30,0%

Custo
Peso (%) Pond.
Custo do capital próprio 16,0% 70,0% 11,2%
Custo do capital externo 6,0% 30,0% 1,8%
CMC (%) 13,00%

Último
ano Previsão
Valores em M€ 0 1 2 3 4 5

Resultado depois impostos 28,5 33,0 39,8 54,8 59,3 63,0


Amortização 12,0 15,0 20,0 25,0 28,0 29,0
Investimento em ativo fixo 42,0 50,0 53,0 31,0 34,0
Investimento em fundo de maneio 4,0 6,0 10,0 4,0 2,0
FCFF (1+2-3-4) 2,0 3,8 16,8 52,3 56,0

VA Cash Flows anos 1-4 48,4


Taxa de cresimento de longo prazo % 4,0%
Valor Terminal no ano 4 622,2
VA Valor Terminal 381,6
Valor da Empresa ou Negócio 430,0
Dívida 130,0
Valor Capital Próprio 300,0
Valor acção (€) 30,00
Fórmulas:
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Cap 4 - Risco, rendibilidade e custo de capital
A medição do risco

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Índice de risco Beta

𝜎𝑖𝑚 = covariância com o mercado


𝜎𝑚 = desvio padrão do mercado
𝜎𝑖 = desvio padrão da rendibilidade ativo i
𝜌𝑖𝑚 = coeficiente de correlação entre as rendibilidades do ativo i e do mercado
Bc = Beta de risco de um conjunto de ativos
p𝑖 = fração de capital aplicado no ativo i
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Modelo CAPM
r = rs + B(rm - rs)
B = Beta = Índice de risco do ativo
r = Rendibilidade esperada/exigida ao ativo
rs = Taxa de rendibilidade sem risco
rm = Taxa de rendibilidade média do mercado
rm – rs = Prémio médio de risco do mercado
r – rs = Prémio de risco do ativo/investimento em análise
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Custo do capital próprio, estimativa pelo modelo de Gordon

rcp = custo do capital próprio


P0 = valor atual da ação
Div1 = dividendo esperado no ano 1 (ano seguinte)
g = taxa esperada de crescimento dos dividendos
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Custo médio do capital

rce = taxa média de juro dos empréstimos


rcp = custo do capital próprio
T = taxa marginal de imposto sobre lucros
CE = capital externo ou dívida
CP = capital próprio
CT = CE + CP = capital total
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Risco do ativo/negócio da empresa

Ba = risco associado ao negócio ou ativo da empresa


Bcp = risco para os accionistas
Bce = risco associado à dívida da empresa
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Cap 5 - Estrutura de capital
Proposições Teoria MM

ra = taxa de rendibilidade do ativo ou negócio


rce = taxa média de juro da dívida
rcp = custo do capital próprio
T = taxa marginal de imposto sobre lucros
CE = capital externo, alheio ou dívida
CP = capital próprio
CT = CE + CP = capital total ou valor ativo total
RLO = Resultados líquidos operacionais antes função financeira
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Teoria MM e risco financeiro

Ba = risco associado ao negócio ou ativo da empresa


Bcp = risco para os accionistas
Bce = risco associado à dívida da empresa
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Teoria MM e efeito da tributação
Valor poupança fiscal devido a dívida = T x CE
Valor da empresa = Valor da empresa não endividada + Valor poupança fiscal
CE = capital externo, alheio ou dívida
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Efeito da tensão financeira
Valor da Empresa = Valor da empresa não endividada + Valor poupança fiscal – Valor custos das tensões financeiras
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Cap 6 - Avaliação de negócios e empresas
Método FCFF (Free Cash Flow to Firm)

VA (negócio/ empresa) = VA (cash flows) + VA (VH)


Valor capital próprio = VA ((negócio/ empresa) – Valor dívida

Vendas - Custos operacionais = Resultados antes juros, impostos e amortizações (EBITDA)


- Amortizações
= Resultados antes juros e impostos (EBIT)
- Imposto
= Resultado líquidos
+ Amortização - Investimento em capital fixo - Investimento em fundo de maneio = CF
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Método FCFE (Free Cash Flow to Equity)

VA (capital próprio) = VA (cash flows) + VA (VH)

Vendas - Custos operacionais = Resultados antes juros, impostos e amortizações (EBITDA)


- Amortizações
= Resultados antes juros e impostos (EBIT)
- Juros
= Resultados antes de impostos
- Imposto
= Resultado líquidos
+ Amortização - Investimento em capital fixo - Investimento em fundo de maneio
+ Variação dívida (dívida emitida - reembolso de capital) = CF
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