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Trabalho Escrito – Análise de Custos

Nome: Matheus Felipe Dias da Silva

Professora: Sandra Reis

Otimização de custos e Resultados

Teoria das Restrições: a teoria das restrições (TOC - Theory of Constraints) é


uma metodologia de gestão criada pelo físico israelense Eliyahu Goldratt no
início da década de 1980.A TOC parte do princípio de que toda empresa ou
sistema produtivo possui um ponto crítico ou gargalo que limita a sua
capacidade de produção e que deve ser identificado e gerenciado de forma
eficiente.

O objetivo da TOC é otimizar a produção do sistema como um todo,


concentrando esforços em resolver as restrições e minimizando o desperdício
de recursos. Para isso, a metodologia propõe cinco passos principais:

1. Identificar a restrição: é preciso identificar o gargalo ou restrição do sistema


que limita a sua capacidade produtiva.

2. Explorar a restrição: é preciso analisar as causas e efeitos da restrição,


buscando entender suas implicações em toda a cadeia produtiva.

3. Subordinar tudo ao processo da restrição: significa adequar toda a produção


às limitações do gargalo, a fim de otimizar a sua utilização.

4. Elevar a capacidade da restrição: significa buscar soluções para aumentar a


capacidade produtiva do gargalo, sem desperdiçar recursos.

5. Repetir o processo: significa monitorar e avaliar constantemente o sistema,


identificando novas restrições e aplicando novamente os passos da
metodologia.

A TOC é aplicável a diferentes setores, desde a produção industrial até a


gestão de projetos e serviços. Ela busca a eficiência e o aumento da
capacidade produtiva, além de reduzir os custos e otimizar a utilização dos
recursos disponíveis.

Custo-Meta: O custo-meta é um método de custeio usado principalmente


pelas empresas montadoras de veículos com seus parceiros de negócios e
fornecedores. Sendo assim, é uma forma de aumentar a margem de lucro por
meio da diminuição do preço de produção.

O foco desta estratégia, é colocar como meta para a empresa a redução dos
custos de produção. Ou seja, como os preços já estão determinados pelo
mercado, cabe à empresa encontrar formas internas de reduzir seus custos e,
consequentemente, aumentar os lucros.

O uso do custo-meta remonta dos anos pós-guerra, quando a Ásia buscava


meios de reestruturar suas empresas. Dessa forma, a Toyota foi a responsável
por desenvolver este método, baseando-se na Engenharia de Valor.

Kaizen: Kaizen é uma palavra japonesa que significa "melhoria contínua" ou


"mudança para melhor". Na gestão de custos, o kaizen é uma técnica que
busca aprimorar os processos de produção de uma empresa a fim de reduzir
custos e aumentar a eficiência. O kaizen pode ser aplicado a todas as áreas da
empresa, desde a produção até a administração. A técnica envolve a análise
dos processos existentes para identificar oportunidades de melhoria, bem como
a implementação de mudanças graduais e contínuas nesses processos. A ideia
é que pequenas melhorias ao longo do tempo possam ter um grande impacto
no resultado final.

O kaizen é frequentemente associado ao sistema de produção da Toyota,


conhecido como Toyota Production System (TPS). A filosofia do TPS é baseada
em duas ideias principais: eliminação de desperdícios e melhoria contínua.
Esses conceitos são aplicados em todos os aspectos da produção da Toyota,
desde o design do produto até a entrega final ao cliente.
Na gestão de custos, o kaizen pode ajudar a empresa a identificar áreas de
desperdício, como a sobreprodução, estoques excessivos ou defeitos de
produção, e implementar mudanças para reduzir ou eliminar esses
desperdícios. Isso pode levar a uma redução significativa de custos e um
aumento da eficiência da empresa.

Custo da qualidade: Uma organização pode optar por investir em custos


iniciais de qualidade para reduzir ou evitar falhas, ou pagar no final quando o
defeito for eventualmente descoberto pelo cliente. Em muitos casos, as
organizações escolhem o último. Falhas no produto podem resultar em maiores
custos de garantia e, possivelmente, até em recalls de produtos. O impacto no
resultado final pode ser devastador. Além disso, há a dificuldade em medir os
custos incorridos por meio da perda de valor da marca e do possível declínio
nas vendas futuras. É uma metodologia usada para definir e medir onde e qual
quantidade de recursos de uma organização está sendo usada para atividades
de prevenção e manutenção da qualidade do produto, em oposição aos custos
resultantes de falhas internas e externas.

O uso efetivo e a implementação da metodologia permite que uma organização


meça com precisão a quantidade de recursos que estão sendo usados para
Custo da Boa Qualidade e Custo da Má Qualidade.Com essas informações
valiosas, a organização pode determinar onde alocar recursos para melhorar a
qualidade do produto e o resultado final.

Just in Time: traduzido para o português, a expressão Just in Time, ou apenas


JIT, significa “na hora certa” ou “no momento certo”. A metodologia foi
desenvolvida na empresa Toyota Motor Company, no Japão, em meados da
década de 70. Na época, os recursos naturais do país estavam limitados e, por
isso, nenhum desperdício era admitido. Com a implementação do JIT, a Toyota
otimizou a sua produção e reduziu custos, contribuindo para o sucesso da
marca que conhecemos hoje. Basicamente, Just in Time é uma metodologia
de gerenciamento de produção que afeta o controle de estoque de uma
empresa, baseando-se em não produzir, transportar ou comprar nenhum
produto antes do tempo ideal.
Em outras palavras, com o Just in Time, o negócio deve criar ou armazenar os
produtos em quantidades suficientes para atender à demanda real do produto
ou serviço, sem muitos excessos.

A partir disso, é possível otimizar as funções e desenvolver um planejamento


estratégico realmente enxuto, melhorando a produtividade da empresa. O
grande objetivo das empresas que utilizam a metodologia Just In Time é alinhar
a sua produção com os pedidos feitos. Ou seja, toda produção é diretamente
relacionada com os pedidos atuais, sem a fabricação de produtos extras para
atender a demanda de eventuais pedidos. Nesse sentido, os principais
benefícios desse sistema são:

 Redução de desperdícios;
 Processos mais efetivos;
 Otimização da produção;
 Padronização dos processos;
 Melhoria na gestão financeira.

Custos ambientais e sociais: A maioria das organizações, no


desenvolvimento de suas atividades, incorre em gastos, os quais são definidos
como custos, caso sejam despendidos no processo produtivo. Nessa
perspectiva, os custos ambientais podem ser definidos como aqueles
controlados por uma gestão responsável do impacto ambiental das operações
de uma empresa e também pelos gastos com objetivos ambientais. Assim, por
definição, os custos ambientais referem-se não somente aos gastos realizados
na correção dos impactos das atividades desenvolvidas pelas companhias,
mas também nas ações que objetivam a proteção do meio ambiente.
As transformações do ambiente dos negócios implicam uma maior
preocupação com os stakeholders, a sustentabilidade, a transparência, e com o
reconhecimento junto à sociedade. O público em geral passou a exigir das
empresas um maior envolvimento na busca por soluções dos problemas
socioambientais, gerados em decorrência de suas atividades. Com isso,
percebe-se a imposição de novos desafios para as organizações a fim de
assumir uma nova postura frente aos valores sociais e ambientais impostos.

Contabilidade Divisional
Contabilidade por centros de responsabilidade: Tradicionalmente, os
sistemas contábeis de gestão procuravam informar aos gestores os custos da
produção de cada item. Este tipo de informação foi relevante e suficiente num
determinado contexto econômico, mas as mudanças no mercado modificaram
este cenário, fazendo surgir a necessidade de uma quantidade maior de
informações para que um negócio seja competitivo. Hoje é quase impossível
que um gestor seja capaz de definir o preço de venda somente a partir do valor
dos custos. Tornou-se fundamental que a contabilidade analítica informe
também os custos das diferentes atividades e operações que ocorrem em toda
a empresa. É somente depois disso que se pode definir o preço final de um
produto ou serviço.
Em qualquer tipo de empresa, a gestão desempenha um conjunto variado de
funções, ou melhor, assume um conjunto de responsabilidades. Em negócios
maiores, a cada função está associada uma determinada estrutura de meios
(humanos e materiais), que se divide em departamentos ou unidades.
Naquelas de menor dimensão, embora essa estrutura física não seja evidente,
as diversas funções são igualmente desempenhadas. Estes departamentos
são responsáveis pelos seus próprios custos, ganhos e, consequentemente,
pelos seus próprios lucros.
Geralmente, os seus gestores têm grande liberdade para tomar decisões, como
o nível de produção, a forma de produzir e a melhor maneira de comercializar,
gerindo seus respectivos setores como se fossem uma empresa autônoma. A
cada uma dessas unidades podemos chamar de Centros de Responsabilidade,
também conhecidos como Centros de Análise ou Centros de Lucro. Há 4 tipos
diferentes de Centros de Responsabilidade. Eles são identificados conforme o
tipo de controle realizado sobre as entradas e os resultados. São eles: Centro
de Custos, Centro de Resultados, Centro de Proveitos e Centro de
Investimento.
Centros de despesa
Centros de despesas são as partes da empresa que não contribuem
diretamente para o lucro. Eles se dividem em duas grandes categorias: centros
de custos e centros de despesas discricionárias. Centros de custo, tais como
unidades de fabricação ou unidades de prestação de serviços, são
responsáveis pela produção de um determinado nível de produção a um preço
acordado. Centros de despesas discricionárias fornecer serviços internos, tais
como administração, finanças ou recursos humanos.

Centros de receitas
Vendas ou departamentos de marketing são as formas mais comuns de centros
de receitas em pequenas ou grandes empresas. A equipe de gestão é
responsável pela venda de produtos ou serviços que a empresa produz a um
custo específico. A equipe define um preço de venda com base nos custos de
produção acrescidos de uma margem de lucro. Seu objetivo é atender ou
exceder as metas de receita, mantendo as margens de lucro acordados.

Centro de Investimentos
O gestor de um Centro de Investimentos é avaliado pelos resultados, tendo em
conta não só os custos e os proveitos, mas também os investimentos
efetuados e o custo do respectivo capital. Um exemplo interessante são as
empresas agrícolas, tendo em vista que é bastante comum encontrarmos
casos de investimentos que se realizam durante um longo período e, o que é
mais importante, utilizando recursos do próprio negócio.
São estes os casos da instalação de pomares, em que, apesar de algumas
etapas poderem ser feitas por terceiros, é usual que recursos do próprio
sistema produtivo sejam igualmente utilizados. O mais importante é que estes
Centros de Investimentos permitam apurar os verdadeiros custos de cada
investimento.

Centro de lucro
É uma unidade de negócios, segmento ou departamento que gera receitas e
incorre em custos. Em outras palavras, é um departamento que usa recursos
da empresa para gerar renda. Você pode pensar nisso como um segmento que
ganha dinheiro ou cria vendas para o negócio. Ou seja, o centro de lucro é uma
área de uma empresa que adiciona diretamente ao seu lucro final. A maior
parte dos lucros de uma empresa provavelmente virá de apenas um punhado
de operações, produtos ou divisões.

Preços de Transferências: são aqueles aplicáveis a exportação e importação


e outras transações entre partes relacionadas, como transferência de bens,
serviços e propriedade intangível. É o caso de transações entre multinacionais
com sede no exterior e suas controladas no Brasil, ou vice-versa. As regras que
se aplicam aos preços de transferência visam evitar a transferência indireta de
lucros – que poderia ocorrer, por exemplo, quando uma empresa no Brasil
aumenta seus custos e despesas, gerando lucros não aqui, mas em países
com impostos mais baixos. O Brasil, que usava a sistemática de margens fixas
(estabelecendo percentuais de margem de lucro nesse tipo de operação),
passará a utilizar, após conversão da MP 1.125/22 em lei, a usar a sistemática
dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), que é o princípio arm’s lenght.

O impacto dos preços de transferência sobre o resultado: O impacto dos


preços de transferência sobre o resultado de uma empresa pode ser
significativo. Se a empresa estabelecer um preço de transferência muito alto,
pode acabar pagando impostos mais elevados na jurisdição onde a unidade de
negócios ou subsidiária está localizada. Por outro lado, se o preço de
transferência for muito baixo, a empresa pode estar perdendo dinheiro ou
violando as leis fiscais de seu país.
Os preços de transferência podem afetar a alocação de lucros entre as
jurisdições fiscais e, portanto, a tributação de uma empresa. Isso ocorre porque
as empresas geralmente operam em vários países, cada um com suas próprias
leis fiscais. As empresas podem usar preços de transferência para mover
lucros de jurisdições com altas taxas de impostos para jurisdições com baixas
taxas de impostos, a fim de minimizar sua carga tributária total.

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