Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – CDS

Universidade de Brasília - UnB


Centro de Desenvolvimento Sustentável - CDS
Economia Ambiental
Professores: José Aroudo Mota, Maurício de Carvalho Amazonas

1. Orientação geral

Desenvolver junto aos estudantes os conceitos, teorias, problemas e instrumentos relativos às


relações entre economia e meio ambiente, a partir de uma perspectiva interdisciplinar acerca
do modo de apropriação econômica dos recursos e espaços naturais e da decorrente questão
do Desenvolvimento Sustentável. São analisadas diferentes vertentes do pensamento
econômico, com destaque aos conceitos da teoria econômica neoclássica e de economia
ecológica. As análises teóricas se complementam com estudos de casos, visando a
aprendizagem dos alunos que os capacite para a aplicação de conteúdos econômicos aos
problemas do meio ambiente e na análise interdisciplinar de políticas públicas ambientais.

2. Objetivos

O programa contempla os seguintes objetivos:

- Raciocinar os problemas ambientais pelo enfoque ecológico-econômico;


- Interpretar, expor e criticar textos sobre economia ambiental;
- Adquirir conhecimentos específicos, na área de economia ambiental, úteis à análise de
políticas públicas ambientais;
- Analisar metodologias econômicas aplicadas à avaliação de políticas públicas ambientais.
- Propor a tomada de decisão com base em instrumentos econômicos para o meio ambiente;

3. Conteúdo Programático

Aulas Conteúdo Programático


2 A Relação entre Economia e Meio Ambiente, Questão Ambiental e a emergência do
conceito de Desenvolvimento Sustentável
3 Economia Ambiental Neoclássica
2 Valoração Econômica Ambiental
2 Economia Ecológica: Fundamentos e Abordagens
2 Gestão Ambiental em Políticas Públicas e Instrumentos Econômicos
3 Análises de questões e casos econômico-ambientais, selecionados dentre:
(1) Biodiversidade, Florestas e Desmatamento; (2) Recursos Hídricos; (3) Meio
ambiente urbano e poluição; (4) Espaço rural, Agricultura e Sustentabilidade; (5)
Energia e Mudanças climáticas; (6) Comércio e Meio Ambiente; (7)
Competitividade, tecnologia e meio ambiente.

Obs: neste módulo os temas serão selecionados conforme os interesses acordados com a turma e
abordados ou em aula expositiva ou na forma de seminários.

SAS Quadra 05, bloco H, 2o andar, sala 200 Tel. (061) 322 2550/ 321 5001 Fax: (061) 322 8473
CEP: 70070-914 Brasília – DF e-mail: unbcds@cds.unb.br
4. Meios de avaliação acadêmica

A menção final será composta por três avaliações: a primeira avaliação será composta
pelos quesitos de pontualidade, assiduidade e participação nas aulas (peso 1); a segunda
será uma prova escrita (peso 4); a terceira consistirá de um trabalho final, individual ou em
dupla, na forma de artigo científico e a ser apresentado na forma de seminário, versando
sobre tema previamente acordado entre o aluno e o professor (peso 5).

5. Referências

ALTVATER, E. (1995), O Preço da Riqueza, Editora UNESP, São Paulo.


AMAZONAS, M. C. (1994), Economia do Meio Ambiente: uma análise da abordagem Neoclássica a
partir de marcos Evolucionistas e Institucionalistas. Dissertação de Mestrado, Instituto de Economia -
Unicamp.
AMAZONAS, M. de C., “Economia Ambiental Neoclássica e Desenvolvimento Sustentável”. Anais
do XXVI Encontro Nacional de Economia - ANPEC, Vitória-ES, p. 1585-1606, 1998.
AMAZONAS, M. de C., “Economia Ambiental Neoclássica e Desenvolvimento Sustentável”. “O
Desenvolvimento Sustentável e a Perspectiva das Teorias Econômicas ‘Institucionais’ ”.
“Desenvolvimento Sustentável e a Economia Ecológica”. in NOBRE M. e AMAZONAS, M. de C.
(orgs.) Desenvolvimento Sustentável: A Institucionalização de um Conceito, Brasília, Edições
IBAMA, 2002, p. 107-46.
AMAZONAS, M. de C., “O Desenvolvimento Sustentável na Perspectiva das Teorias Econômicas
Institucionalista, Pós-Keynesiana e Regulacionista”. Anais do XXVII Encontro Nacional de Economia
- ANPEC, Belém-PA, 1999.
AMAZONAS, M. de C., “Valor e Meio Ambiente: Elementos para uma abordagem Evolucionista”,
tese de doutorado, Instituto de Economia - UNICAMP, Campinas, 2001.
BOULDING, K. (1966) The economics of the coming spaceship Earth, in H. Jarrett (ed.)
Environmental Quality in a Growing Economy, Baltimore: John Hopkins Press.
BRAGA, Antônio Sérgio; MIRANDA, Luiz Camargo de (2002). Comércio & Meio Ambiente - uma
agenda para a América Latina e Caribe. Ministério do Meio Ambiente do Brasil, Secretaria de
Políticas para o Desenvolvimento Sustentável. Brasília, 2002.
BUARQUE, Cristovam. Teoria econômica e meio ambiente. Revista do Serviço Público, Fundação
Centro de Formação do Servidor Público, Brasília, ano 40, v. 111, n. 4, p. 83-92, out./dez. 1983.
BURSZTYN, Marcel. Armadilhas do Progresso: contradições entre a economia e ecologia. Sociedade
e Estado. Departamento de Sociologia. Universidade de Brasília. Volume X, nº 1, jan/jun, 1995, p. 97-
124.
BURSZTYN, Maria Augusta Almeida. Gestão Ambiental: instrumentos e prática. Brasília: IBAMA,
1994.
BURSZTYN, Maria Augusta Almeida; BURSZTYN, Marcel. Ambientalização da Indústria: Desafios
e Oportunidades. Brasília: SESI, Caderno Técnico 25, 1997.
CAMARGO, Aspásia; CAPOBIANCO. João Paulo R.; OLIVEIRA, José Antônio Puppim de (2002)
Meio Ambiente Brasil, Avanços e Obstáculos pós-Rio-92. Instituto Socioambiental, 460 p.
CAVALCANTI, C. (org.) (1995). Desenvolvimento e Natureza: estudos para uma sociedade
sustentável. Ed. Cortez, São Paulo, Fundação Joaquim Nabuco, Recife.

2
CAVALCANTI, C. (org.) (1997). Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas.
Ed. Cortez, São Paulo, Fundação Joaquim Nabuco, Recife
CMMD – Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1991) Nosso Futuro Comum.
Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991.
COSTANZA, Robert et al. An Introduction to Ecological Economics. Florida: CRC Press, 2000.
Costanza, Robert, PERRINGS, Charles, Cleveland, Cutler. The Development of Ecological
Economics. Cheltnham, UK: Edward Elgar Publishing, 1997.
CROSBY, Alfred W. Imperialismo ecológico: a expansão biológica da Europa, 900-1900. São Paulo:
Companhia das Letras, 1993.
DALY, H. E. (1989). Economía, Ecología, Ética - Ensayos hacia una economía en estado
estacionario, Fondo de Cultura Económica, México. edição original: Economics, Ecology, Ethics.
Essays Toward a Steady-State Economy, 1980, Freeman, San Francisco.
GEORGESCU-ROEGEN, N. (1989) “Seleciones de ‘Mitos de la economía y de la energia’ ”, in Daly,
H. E. Economía, Ecología, Ética. Ensayos hacia una economía en estado estacionario, Fondo de
Cultura Económica, México.

GEORGESCU-ROEGEN, Nicholas. Energy Analysis and Economic Valuation. In: KRISHNAN,


Rajaram; HARRIS, Jonathan M.; GOODWIN, Neva R. A Survey of Ecological Economics.
Washington: Island Press, 1995, p. 259-262.

GEORGESCU-ROEGEN, Nicholas. Selections from “Energy and Economic Myths”. In: DALY,
Herman E.; TOWNSEND, Kenneth N. Valuing the Earth: Economics, Ecology, Ethics.
Massachusetts: The MIT Press Cambridge, 1993, p. 89-112.

GEORGESCU-ROEGEN, Nicholas. The Entropy Law and the Economic Problem. In: DALY,
Herman E.; TOWNSEND, Kenneth N. Valuing the Earth: Economics, Ecology, Ethics.
Massachusetts: The MIT Press Cambridge, 1993, p. 75-88.

GEORGESCU-ROEGEN, Nicholas. The Entropy Law and the Economic Process in retrospect. In:
KRISHNAN, Rajaram; HARRIS, Jonathan M.; GOODWIN, Neva R. A Survey of Ecological
Economics. Washington: Island Press, 1995, p. 140-142.
KAHN, James R. The Economic Approach to Environmental and Natural Resources. Second Edition,
Orlando: The Dryden Press, 1998.
MARGULIS, S. (1990) Meio Ambiente: Aspectos Técnicos e Econômicos. Brasília: IPEA/PNUD,
1990
MARQUES, João Fernando; COMUNE, Antônio Evaldo. A teoria neoclássica e a valoração
ambiental. In: ROMEIRO, Ademar Ribeiro; REYDON, Bastiaan Philip; LEONARDI, Maria Lucia
Azevedo. Economia do Meio Ambiente: teoria, políticas e a gestão de espaços regionais. São Paulo:
UNICAMP, 1996.
MAY, P. H. (org.), (1995), Economia Ecológica: Aplicações no Brasil, Editora Campus, Rio de
Janeiro.
MAY, P., LUSTOSA, M. C. e VINHA, V. (orgs.) (2003). Economia do Meio Ambiente: Teoria e
Prática. Rio de Janeiro: Ed. Campus/Sociedade ECOECO, 318p.
MAY, Peter H. & MOTTA, Ronaldo Serôa da (org) (1994) Valorando a Natureza: Análise Econômica
para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1994.
McCORMICK, John (1992) Rumo ao paraíso. A história do movimento ambientalista. Rio de Janeiro:
Relume Dumará.
MEADOWS, DONELLA H et alii (1974) Os Limites do Crescimento. São Paulo: Editora Perspectiva,
1974.

3
MISHAN, E. J. Análise de Custos-Benefícios: uma introdução informal. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
MISHAN, E. J. Elementos de Análise de Custos-Benefícios. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
MITCHELL, Robert Cameron; CARSON, Richard T. Using Surveys to Value Public Goods: The
Contingent Valuation Method. Washington: Resource for the Future, 1993.
MOTA, Aroudo. Métodos de Comparação de Alternativas de Investimentos. Universidade Católica de
Brasília, Cadernos da Católica, Série Administração, ano 2, nº 2, maio de 1997.
MOTA, Aroudo. The Travel Cost Model: avaliando recursos ambientais. Revista Universa,
Universidade Católica de Brasília, v. 6, n. 3, outubro de 1998.
MOTA, Aroudo. Travel Cost Method: uma alternativa de análise da demanda por ativos ambientais.
Revista Estudos Empresariais, Universidade Católica de Brasília, ano 2, número 3, p. 14-22,
setembro/dezembro de 1997.

MOTA, José Aroudo Mota. Valorização de recursos naturais: expandindo as fronteiras econômicas,
restringindo as fronteiras ambientais. In: NASCIMENTO, Elimar Pinheiro do; DRUMMOND, José
Augusto. Amazônia: dinamismo econômico e conservação ambiental. Rio de Janeiro: Garamond,
2003.

MOTA, José Aroudo. Economia, sustentabilidade e conflito de uso: o caso do Parque Nacional de
Brasília. In: THEODORO, Suzi Huff. Conflitos e Uso sustentável dos Recursos Naturais. Rio de
janeiro: Garamond, 2002.

MOTA, José aroudo. O valor da natureza: economia e política dos recursos naturais. Rio de
Janeiro: Garamond, 2006.
MOTTA, Ronaldo Serôa da (1998) Manual para Valoração Econômica de Recursos Ambientais.
Brasília: Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, 1998.
MOTTA, Ronaldo Serôa da (coord.) (1995), Contabilidade Ambiental: Teoria, Metodologia e Estudos
de Casos no Brasil. Rio de Janeiro, IPEA.
MOTTA, Ronaldo Serôa da. Economia Ambiental. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2006.
MÜELLER, Charles Curt. Os economistas e as relações entre o sistema econômico e o meio
ambiente. Brasília: UnB, 2007.
MUELLER, Charles C. Economia e Meio Ambiente na Perspectiva do Mundo Industrializado: Uma
Avaliação da Economia Neoclássica. Estudos Econômicos, Instituto de Pesquisas Econômicas, USP,
São Paulo, v. 26, n. 2, p. 261-304, maio/agosto, 1996.

MUELLER, Charles C. Economia, Entropia e Sustentabilidade: Abordagem e Visões de Futuro da


Economia da Sobrevivência. Instituto de Pesquisas Econômicas/USP, volume 29, nº 4, 1999.
NOBRE, Marcos; AMAZONAS, Maurício de Carvalho (orgs.). Desenvolvimento sustentável: a
institucionalização de um conceito. Brasília: Ibama, 2002.
PEARCE, D. (1985), “Economia Ambiental”, Fondo de Cultura Económica, México; (primeira edição
em inglês, 1976).
PEARCE, D. E TURNER, R. K. (1990), “Economics of Natural Resources and the Environment”,
Harvester Wheatsheaf, New York, London, Toronto, Sydney, Tokyo, Sigapure.
REYDON, Bastiaan P. et alii (1997) Economia do Meio Ambiente: Teoria, Políticas e a Gestão de
Espaços Regionais. Campinas: UNICAMP-IE, 1997.
RIVAS, Alexandre; FREITAS, Carlos Edwar de Carvalho (orgs.). Amazônia: uma perspectiva
interdisciplinar. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 2002.
SACHS, Ignacy (1986) Ecodesenvolvimento: Crescer sem Destruir. São Paulo: Editora Vértice, 1986.
SACHS, Ignacy (2002) Caminhos para o desenvolvimento sustentável. RJ: Garamond.

4
SACHS, Ignacy. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2000,
capítulo 3, p. 65-78.
SACHS, Ignacy. Desenvolvimento numa economia mundial liberalizada e globalizante: um desafio
impossível. Estudos Avançados, Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 11, nº 30, 1997.
SACHS, Ignacy. Desenvolvimento sustentável, bio-industrialização descentralizada e novas
configurações rural-urbanas: os casos da Índia e do Brasil. In: VIEIRA, Paulo Freire; WEBER,
Jacqués. Gestão de Recursos Naturais renováveis e Desenvolvimento: Novos desafios para a pesquisa
ambiental. São Paulo: Cortez, 1997, p. 469-494.
SACHS, Ignacy. Estratégias de transição para o século XXI. In: BURSZTYN, Marcel. Para Pensar o
Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Brasiliense, 1993, p. 29-56.
SACHS, Ignacy. Que Desenvolvimento para o Século XXI? In: BARRERE, Martine. Terra
Patrimônio Comum. Lisboa: Instituto Piaget, 1992, p. 84-99.

SANTANA, Ricardo Felix; MOTA, José Aroudo. Economia e valor de existência: o caso do
Parque Nacional do Jaú (Amazonas). Brasília, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA,
fevereiro de 2004.

SCHNEIDER, Eric D.; KAY, James J. Ordem a partir da desordem: a termodinâmica da


complexidade biológica. In: MURPHY, Michael P.; O’NEILL, Luke A . J. O que é vida? 50 anos
depois: especulações sobre o futuro da biologia. São Paulo: Fundação Editora da
UNESP/CAMBRIDGE, 1997, p. 187-201.

SCHRÖDINGER, Erwin. O Que é Vida. O aspecto físico da célula viva seguido de mente e matéria
e fragmentos autobiográficos. São Paulo: Fundação Editora da UNESP/CAMBRIDGE, 1997.
(ordem, desordem e entropia), p. 79-86.
SEN, Amartya K. (1999) Desenvolvimento como Liberdade. São Paulo: Companhia das Letras
TOGEIRO DE ALMEIDA, L. (1998) Política Ambiental: Uma Análise Econômica. São Paulo:
Papirus.
TRIGUEIRO, André (org.) (2003) Meio ambiente no século 21. RJ: Ed. Sextante.
VEIGA, J. E. (2005) Do Global Ao Local. 1ª. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005. v. 1. 120
p.
VEIGA, José Eli da. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. 2ª. ed. Rio de Janeiro:
Garamond, 2006.

Você também pode gostar