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Universidade Estadual da Paraíba

Centro de Ciências Sociais e Aplicadas


Departamento de Administração
Gestão ambiental e Responsabilidade Social
Docente: Sandra Maria Araújo de Souza
Discente: Ana Clara da Silva Sales

Relatório

Campina Grande
2022
Externalidades são “falhas de mercado nas quais efeitos de determinada
atividade atingem terceiros (externos) nela não envolvidos” (DERANI, 2007,
p.57). Tendo em vista esse conceito, é sabido que envolve a mudança de
direcionamento de incentivos sejam partindo do governo ou dos consumidores
(nós), para ser levado em consideração os efeitos das suas ações. Internalizar
não significa que não haverá falhas no mercado e a responsabilidade com a
preservação do meio ambiente não precisa necessariamente ser obrigatória,
mas pode ser voluntária.
Após debater em sala a respeito de como internalizar as externalidades
sem comprometer a competitividade das empresas, ficou o questionamento de
como fazer isso sem prejudicar outros sistemas mesmo que estejam
interligados entre si. A verdade é que corrigindo no lado ambiental, interfere
diretamente na economia, corrigindo na economia, afeta diretamente o meio
ambiente, ou seja, colocar em prática o Triple Botton Line (tripé da
sustentabilidade).
Posso citar como exemplo, em São Paulo, onde os números da placa
dos carros definem quais dias podem estar trafegando, para reduzir a poluição
advindo da movimentação urbana. Nesse caso, quem tem melhores condições,
acabou tendo vários carros com várias placas, além disso, os transportes
públicos com superlotação. Onde a produção desses novos carros adquiridos,
afeta negativamente o meio ambiente, mas fortalece a economia. Sendo assim,
o processo de internalizar as externalidades sem comprometer a
competitividade das empresas, envolve um processo de decisão buscando o
desenvolvimento sustentável e mantendo a empresa no mercado. Então, como
ter controle das suas necessidades ?
Não é fácil manter o equilíbrio quando temos uma questão cultural no
Brasil de tudo "dar um jeitinho", partindo disso, ficou claro que não precisa-se
apenas internalizar as externalidades negativas, mas as positivas também,
partindo de nós mesmos, com a mudança de comportamento humano para a
educação de ter consciência de consumo. Pois, podemos chegar à alternativas
que causem menos impactos.
Quando o estado intervém através de taxas, impostos, são á fim de
internalizar as externalidades negativas, mesmo que seja difícil mensurar
levando em consideração igualdade, podemos dizer que é uma solução
pública. Uma forma de internalizar as externalidades positivas, é através de
subsídios vindos do governo. Porém, as empresas privadas que visam o
capitalismo não vão abrir mão dos seus lucros gerando assim uma
concentração de riqueza e assim ainda estará competindo no mercado em
grande vantagem.
Partindo dessas concepções, entende-se que os instrumentos de
comando e controle podem ser utilizados para tentar diversificar os impactos
causados, pois já existem leis e multas para a população , mesmo que haja
uma falha enorme na fiscalização dos órgãos responsáveis e na maioria das
vezes funcionem apenas por "provocação", como uma denúncia feita que
precisa ser averiguada. Sendo assim, o melhor caminho para conseguir
internalizar as externalidades sem comprometer a competitividade das
empresas, envolve leis que devem ser cumpridas por todos igualitariamente,
mesmo que as taxas sejam difíceis de se medir, uma reforma tributária onde os
impostos pagos sejam dirigidos a retornos que possamos notar no serviço
público e meios de educação para que possamos desenvolver ações melhores
no comportamento de consumo humano.

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