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Bens intermédios – são bens que são utilizados na produção de outros bens.
Exemplos:
(i) Energia é um bem intermédio utilizado na produção de qualquer bem;
(ii) aço, vidro e borracha são bens intermédios utilizados na produção de automóveis;
(iii) o papel é um bem intermédio na produção de livros e material escolar
Nota: A função de produção é um conceito puramente físico, ou seja, é uma relação técnica entre
quantidades físicas de fatores produtivos e bens intermédios e quantidades físicas do bem produzido.
• Neste capítulo e nos seguintes admitimos que a quantidade produzida de um bem, num dado período de
tempo, depende apenas das quantidades utilizadas de dois fatores produtivos.
Trata-se de um pressuposto que permite simplificar a análise, nomeadamente na utilização de instrumentos
analíticos (matemáticos e gráficos), e permite uma melhor compreensão dos conceitos.
Pressuposto: Assumimos que o volume de produção de um bem depende apenas da utilização de trabalho
e capital:
• A função de produção de um bem representa a quantidade máxima desse bem, q, que pode ser
produzida, num dado período de tempo, utilizando várias combinações alternativas de L e K.
• Nas decisões de produção, a empresa tem em consideração o horizonte temporal, que pode ser de período
curto ou de período longo.
- Período curto (ou curto prazo) corresponde a um horizonte temporal no qual a empresa apenas pode
alterar alguns fatores de produção –correspondem aos fatores variáveis – sendo os restantes fatores fixos.
- Período longo (ou longo prazo) corresponde a um período de tempo suficientemente longo para que
todos os fatores sejam ajustáveis, ou seja, a empresa tem capacidade para alterar a quantidade utilizada de
todos os fatores de produção. Logo, no período longo, todos os fatores são variáveis.
• Fatores de produção variáveis são aqueles cuja quantidade utilizada varia com a quantidade produzida.
• Fatores de produção fixos são aqueles cuja quantidade utilizada não varia com a quantidade produzida.
Produtividade média de L (PmdL ): corresponde ao volume de produção que, em média, uma unidade de L
produz, mantendo-se constante a quantidade de K.
Nota: Para efeito de tomada da decisão se deve contratar, por exemplo, mais um trabalhador ou não, o
conceito relevante é o da PmgL .
Notas: A lei dos rendimentos marginais decrescentes também é designada de lei das proporções variáveis.
1.4 Análise da produção em período longo
Em período longo, ambos os fatores, L e K, são fatores variáveis.
• A figura 1.3 representa uma função de produção que indica o volume de produção máximo possível, q,
quando ambos os fatores K e L são variáveis.
• O conjunto de possibilidades de produção (área sombreada na figura 1.3) é o conjunto de todas as
combinações (L,K,q) tecnicamente possíveis.
• A fronteira do conjunto de possibilidades de produção designa-se por fronteira de produção, que
representa o conjunto das combinações (L,K,q) que são tecnicamente eficientes.
• As curvas de nível da função de produção designam-se por isoquantas.
• Propriedades das isoquantas:
i) Quanto mais afastada da origem, maior o volume de produção associado à isoquanta
o dada a existência de rendimentos (ou produtividades) marginais positivos de L e K.
. ii) Não se intersetam
o uma determinada combinação de fatores produtivos não pode proporcionar dois níveis de produção
máximos distintos.
iii) Declive negativo
o dada a existência de rendimentos (ou produtividades) marginais positivos de L e K (analisamos esta
propriedade mais à frente na secção 1.4.2).
iv) Convexas em relação à origem (analisamos esta propriedade mais à frente na secção 1.4.2)
1.4.2 Taxa marginal de substituição técnica
1.6 Rendimentos à escala
• Os rendimentos à escala referem-se à variação no volume de produção resultante da variação simultânea
e na mesma proporção de todos os fatores de produção.
Alterando a quantidade utilizada de ambos os fatores produtivos (a escala de produção) em ( >1), vem: