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A Ciência Política é umas das ciências que compõem a grande área de estudos
das ciências humanas. É uma forma de pensamento político que reflete acerca da prática
política, ou seja, os modos como os governos agem em âmbitos nacionais e
internacionais. É o campo das ciências sociais que estuda as estruturas que moldam as
regras de convívio entre os agrupamentos sociais e as noções de Estado, Governo e
organizações políticas, até mesmo instituições que interferem direta ou indiretamente na
política, como, por exemplo, igrejas, empresas e ONGs, estruturas criadas pelo ser
humano para garantir o convívio pacífico nas grandes sociedades. A Ciência Política
também é a responsável por ponderar sobre as questões relativas ao poder nas diferentes
sociedades, como o estabelecimento de normas e os princípios que regem o
funcionamento das instituições sociais, do Estado, do Sistema jurídico e da economia.
No Renascimento, por exemplo, o teórico político Nicolau Maquiavel desenvolveu seus
estudos acerca do modo como um governante deve agir, compreendendo os mecanismos
do sistema absolutista. Sobre este, era defendido por Hobbes por meio do Contrato
Social, quando os subordinados renunciam a algumas liberdades em prol da
harmonização da sociedade. Com o surgimento do Iluminismo, principalmente com os
filósofos Voltaire e Montesquieu, defende-se uma noção de Estado mais justa e
igualitária, em defesa das liberdades individuais. Por fim, Augusto Comte foi o
responsável por explicitar a necessidade de uma ciência humana capaz de estudar a
sociedade e estabelecer mecanismos de progresso social, entre eles o Positivismo, do
mesmo pensador. Com a evolução deste método, outros pensadores também
apresentaram suas teses sobre o funcionamento do Estado, como, por exemplo,
Durkheim e Marx.
A frase atribuída à Nicolau Maquiavel: “os fins justificam os meios” pode ser
encontrada em sua principal obra: “O Príncipe”, a qual o pensador desenvolve acerca do
melhor modo como um governante deve agir, se é por meio do medo ou por meio do
amor. Em seu contexto do Renascimento, Maquiavel chega à conclusão de que ser
temido é mais seguro do que ser amado, visto que o homem possui uma natureza
ingrata: são volúveis, dissimulados e ambiciosos, logo, por meio do medo, o governante
deve conhecer seu povo para tomar as melhores decisões para manter a harmonia na
sociedade, mesmo que algumas pessoas saíssem prejudicas, ou seja, os fins justificam
os meios.
A frase “os fins justificam os meios” pode ser entendida que qualquer ação é
válida para atingir um objetivo de suma importância, ou seja, atos sem ética, sem moral
e ardilosos podem ser feitos para obter os resultados desejados. A frase é
frequentemente associada aos regimes totalitários e ditaduras, que para se manterem no
poder, utilizam-se de ferramentas antiéticas ou até mesmo desumanas. Na política
contemporânea, pode-se destacar como prática ilegal em maior evidência, fazendo
alusão à frase atribuída á Maquiavel, a corrupção, quando os políticos praticam atos
ilegais para adquirirem benefícios para vantagem própria em detrimento do sistema
legal, principalmente para se manterem no poder. No Brasil, a frase maquiavélica
também pode ser associada ao ditado popular “ele rouba, mas faz”, que sugere que ao
mesmo tempo que o político está exercendo suas atividades para as quais ele foi eleito,
ele também está usufruindo ilegalmente do dinheiro público.
Num panorama geral da política contemporânea, os fins não justificam os meios,
especialmente para o Estado, já que atualmente prevalece o Estado de Direito, e este é
uma situação jurídica, ou sistema institucional, no qual todos, inclusive o Estado, devem
respeitar as normas e os direitos fundamentais. Além de Estado de Direito, o Estado
também pode ser democrático, ou seja, o povo tem o direito de exercer sua participação
política.
Logo, numa realidade na qual até mesmo o Estado é súdito das normas, estas
que garantem os direitos individuais (vida, liberdade, propriedade), os direitos
fundamentais e os direitos sociais, ele não pode transgredir as próprias leis inscritas em
sua Constituição, caso contrário o próprio Estado estaria sendo inconstitucional e estaria
desrespeitando suas próprias leis, ferindo a ele mesmo e o povo.
3 – Disserte sobre o seguinte tema: “Uma das formas do Estado Brasileiro encarar
situações extremas é declarar Estado de Defesa, Estado de Sítio, Estado de Emergência,
Estado de Alerta e Estado de Calamidade Pública”.
Pode-se perceber que os dois cenários citados acima possuem um caráter menos
amplo, quando o problema afeta apenas uma região específica, ou seja, não possui
caráter nacional. Portanto torna-se mais otimizada a administração de recursos, e
prioriza o foco para as áreas afetadas, a fim de solucionar a crise em questão.
Por fim, pode-se perceber que todos esses mecanismos de proteção do Estado
têm como função reestabelecer a normalidade de um modo mais rápido e eficaz com
medidas de caráter excepcional, possuindo diferentes escalas, desde regiões municipais
até problemas que atingem a esfera nacional.