A imunidade recíproca impede que a União, estados, DF e municípios tributem uns aos outros sobre patrimônio, renda ou serviços, garantindo o pacto federativo e autonomia financeira de entes públicos. No entanto, não se aplica quando o ente público age como simples adquirente com intuito lucrativo, como Petrobras que visa distribuir lucros.
A imunidade recíproca impede que a União, estados, DF e municípios tributem uns aos outros sobre patrimônio, renda ou serviços, garantindo o pacto federativo e autonomia financeira de entes públicos. No entanto, não se aplica quando o ente público age como simples adquirente com intuito lucrativo, como Petrobras que visa distribuir lucros.
A imunidade recíproca impede que a União, estados, DF e municípios tributem uns aos outros sobre patrimônio, renda ou serviços, garantindo o pacto federativo e autonomia financeira de entes públicos. No entanto, não se aplica quando o ente público age como simples adquirente com intuito lucrativo, como Petrobras que visa distribuir lucros.
1. Conceitue a imunidade recíproca e explica quando ela não é aplicável.
A imunidade recíproca é a limitação do poder de tributar que impede que
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituam impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros, visando garantir o pacto federativo, bem como a autonomia financeira das pessoas jurídicas de direito público. Segundo Schoueri, tal imunidade se classifica como sendo uma imunidade subjetiva (relacionada ao contribuinte e não ao objeto), prevista no art. 150, incisi VI, alínea “a” da Constituição Federal, se aplicando também à administração pública indireta (autarquias e fundações públicas). Como exemplos dessa imunidade, se destacam aquelas previstas no art. 150, inciso VI, alíneas “a” à ”e” da CF. Essa imunidade não se aplica ao ente público que é simples adquirente de produto, serviço ou operação onerosa realizada com intuito lucrativo (STF AgR-AI 518325); aos notários e aos registradores (STF AgR-RE 599527)[8]; às Caixas de Assistência dos Advogados (STF ED-RE 405267)[9]; à entidade educacional que não é contribuinte de direito do ICMS relativo a serviço de energia elétrica (STF AgR-AI 731786); à Petrobras, pois: a) trata-se de sociedade de economia mista destinada à exploração econômica em benefício de seus acionistas, pessoas de direito público e privado, e a salvaguarda não se presta a proteger aumento patrimonial dissociado de interesse público primário; b) visa a distribuição de lucros, e, portanto, tem capacidade contributiva para participar do apoio econômico aos entes federados; c) a tributação de atividade econômica lucrativa não implica risco ao pacto federativo (STF AgR-RE 285716). Em resumo, o que afastaria a aplicação da imunidade tributária, seria o foco na obtenção de lucro, a transferência do benefício a particular ilegítimo ou a lesão à livre iniciativa e às regras de concorrência.