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Giancarlo Botta de Melo

Turma 9MD

Prof. Natalia Brasil Dib

O princípio da irretroatividade tributária é absoluto? Se não, em quais hipóteses


ele pode ser mitigado? Explique cada uma delas. 

O princípio da irretroatividade tributária, previsto no art. 150, III, “a” da CF não é


absoluto, e isso se confirma ao se analisar o art. 106 do CTN. Tal artigo traz
casos em que a legislação tributária se aplica retroativamente, ou seja, a fatos
anteriores ao inicio da vigência da norma, tais hipóteses são:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a


aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados – Sendo uma
norma que não inovaria, mas que apenas reconhece os efeitos da norma
anterior visando tão somente o esclarecimento daquela, não podendo a ela
conferir novos efeitos, sendo assim possível a retroatividade da norma
tributária, segundo entendimento atual do STJ, pois não poderia legislação
posterior por exemplo, majorar determinada tributação já verificada. Ex. Uma lei
complementar posterior que venha a trazer nova interpretação a norma
instituidora de tributo anterior, não vindo e nem podendo esta norma instituir
inovações, como por exemplo a majoração de tal tributo.

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:

a) quando deixe de defini-lo como infração; Como exemplo dessa situação


destaca-se a possibilidade de em julgamento envolvendo a não-existencia de
uma determinada infração, em que o empate leva a decisão a ser favorável ao
contribuinte.

b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou


omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado falta de
pagamento de tributo; Como exemplo dessa situação temos a declaração do IR
anterior a sua apuração do valor, que ocorre posteriormente.

c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao
tempo da sua prática (diminuir o prejuízo, amenizando a sanção a ser aplicada
ao contribuinte)’’’’’

De um modo geral, essas situações do inciso II dizem respeito a casos em que


a retroatividade da norma beneficiará o contribuinte, em alguns casos, quando
não houve trânsito em julgado da demanda, confere-se a possibilidade de
extinção de demanda emfavor do contribuinte, excluindo-se o voto de
qualidade, com a contrapartida de a Fazenda poder levar o caso a julgamento
posteriormente no poder judiciário..

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