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A formação da OUA e UA
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
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A formação da OUA e UA
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
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Índice
Introdução
A Organização das Nações Unidas, tal qual a conhece actualmente, é o produto de dois
fenómenos históricos fundamentais produzidos no século XX: a Segunda Guerra Mundial e o
processo de descolonização iniciado ao final deste conflito. A Segunda Guerra Mundial
ressaltou a urgente necessidade de se criar um organismo mundial destinado à conservação da
paz. A descolonização transformou a composição do organismo instaurado e modificou o
equilíbrio de opiniões no seio das suas mais representativas instituições
Objectivos geral:
Metodologia:
O presente estudo utiliza o método empírico e dedutivo, por intermédio de uma abordagem
quantitativa e qualitativa; quanto ao procedimento, é uma pesquisa bibliográfica, mediante a
revisão de estudos e artigos científicos realizados sobre o tema e websites de periódicos
científicos na base da norma APA, visando esclarecer a relevância sobre a formação da OUA
e a transição para UA.
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1. A formação da OUA e UA
1.1. A formação de OUA
Os chefes de Estado dos países que o compunham eram em sua maioria socialistas, Pan-
africanistas e engajados no Movimento dos Não Alinhados (MNA), defendendo o
desenvolvimento económico centralizado, o estabelecimento de um sistema de defesa comum
no continente e a valorização da cultura africana (Chanaiwa, 2010).
Já o Grupo de Monróvia, formado pelas antigas colónias francesas além de Nigéria, Etiópia,
Libéria, Serra Leoa, Somália, República do Congo e Tunísia, defendia uma integração mais
flexível entre os países africanos que não gerasse perdas de soberania e que permitisse a
participação voluntária em termos culturais e económicos. Esse grupo enxergava no discurso
integracionista do Grupo de Casablanca uma tentativa de influenciar a política interna dos
demais países africanos e, além do mais, defendia a manutenção das fronteiras nacionais
conforme elas se encontravam no momento da independência para evitar disputas, bem como
a continuidade das relações com as antigas metrópoles (Asante; Chanaiwa, 2010).
1.2.Objectivos
O objectivo comum dentro e entre os dois grupos de acabar com o colonialismo na África
permitiu que eles se reunissem em 1963 em Addis Abeba a fim de resolver as principais
divergências entre eles e estabelecer um espaço de cooperação inter-fricana.
A promoção da paz e inspiração que os outros países africanos tiveram graças a criacao da
OUA foi um dos grandes sucessos desta organização. As lutas armadas contra o colonialismo
europeu generalizam-se na Guiné-Bissau, Cabo-Verde, São-Tomé e Príncipe, Angola,
Moçambique, Zimbabwe, África do Sul e Namíbia. Cerca de dez anos depois, em 1975, os
territórios da Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola obtêm
suas independências da colonização portuguesa por meio de lutas armadas sangrentas.
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1.3.1. Insucessos
A rivalidade entre os líderes foi o principal motor das desgraças deste movimento. A partir da
observação das divisões políticas na África que resultaram na formação de dois grupos
distintos, pode-se afirmar que as elites políticas do continente travaram uma disputa entre si
ao defenderem propostas distintas sobre os melhores rumos para os países africanos. O fato
deles terem vivenciadas experiências comuns colonização e escravidão, por exemplo não
significou a adopção de políticas homogéneas a partir da conquista das primeiras
independências,
Este insucesso mais tarde dera um espaço para o surgimento da UA, ou seja, como forma de
corrigir algumas lacunas deixadas e reconhecidas na antiga instituição. Por vez, A União
Africana vinha sendo preconizada desde a época de Kwame Nkrumah, ou seja, no pan-
africanismo. Essas ideias teriam sido retomadas na 35ª sessão de Conferência Ordinária dos
Chefes de Estado e de Governo da OUA, realizada de 12 a 14 de Julho de 1999, em Argel.
Atentos na promoção de um maior fortalecimento da OUA, na globalização e no comprimento
dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, os líderes africanos se reuniram, entre 8 e 9
de Setembro de 1999, em Sirte, na Líbia onde optaram pela substituição da OUA.
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A União Africana vinha sendo preconizada desde a época de Kwame Nkrumah, ou seja, no
pan-africanismo. Essas ideias teriam sido retomadas na 35ª sessão de Conferência Ordinária
dos Chefes de Estado e de Governo da OUA, realizada de 12 a 14 de Julho de 1999, em
Argel. Atentos na promoção de um maior fortalecimento da OUA, na globalização e no
comprimento dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, os líderes africanos se
reuniram, entre 8 e 9 de Setembro de 1999, em Sirte, na Líbia onde optaram pela substituição
da OUA.
Origem da UA
Para Visentini (2010). A ideia da criação da UA inspira-se na ideologia do pan-africanismo.
Segundo este autor, sua fundação se insere no contexto da necessidade de uma organização
capaz de fazer frente aos desafios potencializados pela situação gerada pelo encerramento do
conflito bipolar.
No ano de 2000, foi o início de uma nova era: Numa reunião em Lomé, no Togo, os chefes de
Estado e de Governo da OUA assinam o Ato Constitutivo da União Africana (UA). Segundo
o Artigo 30 do documento, os governos que cheguem ao poder através de meios
inconstitucionais serão suspensos da União. (Dopcke 2002, P.14).
2.1. Objectivos da UA
A organização teria sido criada com o intuito de corrigir o legado negativo deixado pela
antecessora OUA e recolocar a África no novo cenário que se vislumbrava. Deste modo
sublinha-se que o objectivo da UA era de responder com medidas claras ao alastrar da
globalização, que arrisca deixar o continente numa situação de desvantagem e de colonialismo
financeiro, à mercê de mercados e políticas, por outro lado, a UA (União africana) pretende
continuar com os objectivos da OUA (Organização da Unidade Africana), mas com uma
estrutura mais reduzida. Assim, para justificar os motivos da criaçãod da UA, Ki-Zerbo
afirma,
2.2. Sucesso da UA
Para Dopcke, (2002. P. 05). Faz umas sínteses daqueles que foram os sucessos da UA. Os
órgãos da UA decalcam os da OUA, com algumas novidades significativas. O presidente da
Comissão tem um papel e um poder mais definidos do que acontecia com a OUA.
2.2.1. O insucesso da UA
Para Mearsheimer (2000) analisa a incapacidade da União Africana de por fim aos vários dos
conflitos vivenciados pelo continente africano, que vive uma gravíssima crise humanitária. A
exemplo de Darfur, o autor observa que a União Africana ainda não foi capaz de estabelecer
mecanismos capazes ou eficientes que façam promover os direitos básicos e comportamentos
estatais aceitáveis.
No entanto, Ngoeha (2002, p.13):“A terrível ferida da escravatura e o domínio colonial por
parte das potências europeias, nos fins do século XIX inspiraram vários intelectuais de
origens africanas nos Estados Unidos e nas Índias Ocidentais a tomar posição em defesa dos
africanos e dos seus descendentes presentes no chamado Novo Mundo”.
Papel da FRELIMO da UA
Conclusão
Referencias Bibliográficas
BOAHEN, A. 2010 (ed.). História Geral da África VII: África sob dominação colonial,
1880-1935. 2. Ed. Brasília: UNESCO. p. 657 - 674.