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Curso: Português
Disciplina: Literatura Africana em Língua Portuguesa II
Ano: 4º/2021
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Conteúdo
Introdução...................................................................................................................................4
Objectivo.....................................................................................................................................4
Metodologia................................................................................................................................4
Negritude.....................................................................................................................................7
Indigenismo.................................................................................................................................9
Historia........................................................................................................................................9
Conceitos...................................................................................................................................10
Desafios.....................................................................................................................................10
Pan-Africanismo.......................................................................................................................10
Conclusão..................................................................................................................................12
Bibliografia...............................................................................................................................13
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Introdução
O pensamento africano sul-saariano* aumentou significativamente nas últimas
décadas e isso deve ser entendido em vários sentidos: em decorrência não só do crescimento
da produção e sua diversificação, como também do aumento explosivo da institucionalidade
intelectual e da consolidação de agentes étnicos, genéricos e disciplinatórios que geram
pensamento. A noção de “pensamento africano sul-saariano” alude a uma realidade que tem
crescido enormemente mais que a economia ou a população da região e talvez seja o
“pensamento” que tenha tido os melhores índices de crescimento do mundo no último terço
do século XX. Este esquema pretende ao menos insinuar essa trajectória e esse crescimento
(Willians, 1869-1911).
Este trabalho não visa, como outros, focar regiões específicas da África SulSaariana,
como a África Ocidental anglófona (July, 2004; Boele van Hensbroek, 1999) ou a região do
Senegal (Manchuelle, 1995), ou as regiões “luso-falantes” (Pereira, 2002; Bittencourt, 1999;
Andrade, 1977), ou a sul-africana (Masilela, 2005), mas sim o conjunto.
Objectivo
O objectivo deste trabalho é trazer conhecimentos teóricos e práticos relativos ao tema
em causa.
Metodologia
Para que fosse possível a realização do trabalho, tive como metodologia de trabalho a
consulta bibliográfica.
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Pan-Africanismo, Negritude e os processos de libertação do continente africano
O Pan-Africanismo surgiu na segunda metade do século XIX predominantemente
entre os africanos da África ocidental de colonização britânica, a partir do crescente
intercâmbio com negros dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Essa troca deu-se
inicialmente entre negros que estudaram nas metrópoles europeias e nos Estados Unidos e
suas ideias foram disseminadas via congressos, discursos, jornais, livros, associações e
conferências. O fruto inicial desse movimento foi a criação em 1897 da Associação Africana e
a realização da primeira Conferência Pan-Africana em 1900 na cidade de Londres.
O conceito de raça foi largamente utilizado pelo movimento para defender a igualdade
de aptidões entre negros e brancos, com o anseio de tornar o povo negro “senhor do seu
próprio destino”. O discurso de afirmação racial tornou-se combustível ideológico na luta dos
povos africanos pela libertação dos seus territórios do jugo europeu.
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elaborou a ideia de unidade racial, o movimento Negritude veio apregoar a unidade cultural
ou património comum dos africanos. O termo apareceu pela primeira vez em 1939 no poema
lírico Diário de retorno ao país natal do antilhano da Martinica Aimé Césaire. A partir de
então passou a ser utilizado em diversas outras publicações. Esse movimento que foi mais
forte nas Antilhas francesas teve como principal representante Léopold Sedar Senghor, que
defendia a valorização das manifestações culturais africanas como factor essencial na luta
contra o racismo.
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estrangeiros” e enfrenta o desafio de romper a exclusão e os efeitos sociais e políticos
resultados de séculos de preconceito e exploração.
Talvez, em parte pela intuição básica de que os ditos contactos têm sido muito raros,
em parte porque os especialistas são de uma das regiões ou de um país destas e desconhecem
completamente o resto. Excepcionais são os trabalhos de Curtin (1972), Zea (1982), Górski
(1994), M. Laffan (2005). Aqueles que se ocuparam do pensamento sul-saariano
especificamente não se interessaram pelas conexões ou paralelos deste com o de outras
regiões periféricas, como Tempels (1949) e Hountondji (1973). O mesmo ocorreu com alguns
orientados para o pensamento político, que se focaram apenas na África Ocidental ao norte do
equador, embora devam ser ressaltadas as conexões que fizeram com o mundo negro norte-
americano e do Caribe (July, 1968; Boele van Hensbroek, 1999; Eze, 2001).
Negritude
Negritude (Negritude em francês) foi uma corrente literária que agregou
escritores negros de países que foram colonizados pela França. Os objectivos da Negritude
são a valorização da cultura negra em países africanos ou com populações afro-
descendentes expressivas que foram vítimas da opressão colonialista.
Por outro lado, a Negritude é um movimento de exaltação dos valores culturais dos
povos negros. É a base ideológica que vai impulsionar o movimento independentista na
África.
Indigenismo
O Indigenismo é uma ideologia política, cultural e antropológica voltada para o
estudo e a valorização das culturas indígenas e o questionamento dos mecanismos de
discriminação e etnocentrismo em detrimento dos povos indígenas.
Indigenismo pode se referir à busca por uma maior inclusão social e política dos povos
indígenas, seja por meio de reformas em nível nacional ou alianças regionais. Em qualquer
caso, o Indigenismo busca reivindicar as diferenças culturais e linguísticas indígenas, fazer
valer os direitos indígenas e buscar o reconhecimento e, em alguns casos, a compensação por
acções ocorridas em estados coloniais e republicanos. Ao contrário do hispanismo, que inclui
culturas indígenas como parte da cultura hispânica, o Indigenismo não reconhece o
hispanismo de forma alguma e até rejeita a miscigenação. Como resultado dessa concepção,
surgiram correntes extremistas como o etnocentrismo, que reivindica uma luta racial.
Historia
Indigenismo é uma doutrina, formulada inicialmente no México como parte do
movimento intelectual nacionalista, caracterizada pela defesa e valorização das populações
indígenas de um país, região, etc. O marco histórico do Indigenismo é o 1º Congresso
Indigenista Interamericano, realizado, no México, em 1940, quando os princípios e metas a
serem transformados em práticas - ou políticas indigenistas - foram formulados pelos países
do continente americano.
Conceitos
Política realizada pelos estados americanos para atender e resolver os problemas que
confrontam as populações indígenas, com o objectivo de integrá-las à nacionalidade
correspondente. (Alejandro Marroquín, 1972);
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Uma formulação política e uma corrente ideológica, ambas fundamentais para muitos
países da América, em termos de sua viabilidade como nações modernas, de
realização de seus projectos nacionais e da definição de suas identidades. (Instituto
Indigenista Interamericano, 1991, p. 63).
Corrente de pensamento e ideias organizadas, desenvolvidas em torno da imagem do
índio. Se apresenta como uma interrogação da indianidade por parte dos “não-índios”
em função de preocupações e finalidades próprias deles próprios”. (FAVRE, 1976: 72
e historiadores).
Não é senão uma resposta do sistema a uma pergunta dos brancos: por que os países
pluriétcnicos estão atrasados? Encobre então, uma hipótese: o indígena é um freio ao
desenvolvimento. Em vez de questionar a sociedade global e seu modelo de
desenvolvimento, deprecia a cultura indígena" (AUBRY, 1982, p. 15).
Desafios
As questões e desafios mais recorrentes do Indigenismo moderno em suas fases
iniciais: A própria definição do termo índio. “Há uma questão pendente que tem suma
importância para o Indigenismo e tem sido objecto de discussão há muitos anos e em especial
desde a fundação do Instituto Indigenista Interamericano, mas que até a data presente não
pode ser satisfatoriamente resolvida. Essa questão implica três perguntas que parecem fácil de
responder, mas que não são em realidade: quantos, quem e como são os habitantes da
América que devem ser propriamente conceituados como indígenas?” (GAMIO, 1966, p.
175-176, primeiro director do Instituto Indigenista Interamericano) (Casa, 2008).
Pan-Africanismo
O pan-africanismo é uma doutrina que propõe a união de todos os povos
da África como forma de potencializar a voz do continente no contexto internacional.
Relativamente popular entre as elites africanas ao longo das lutas pela independência da
segunda metade do século XX e, em parte, responsável pelo surgimento da Organização de
Unidade Africana, o pan-africanismo tem sido mais defendido fora de África, entre os
descendentes dos africanos escravizados que foram levados para a América até meados
do século XIX e as pessoas de ascendência africana subsaariana emigradas do continente
africano após a Década de 1960.
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Originalmente, os pan-africanistas propunham a unidade política de toda a África e o
reagrupamento das diferentes etnias, divididas pelas imposições dos colonizadores.
Valorizavam a realização de cultos aos ancestrais e defendiam a ampliação do uso das línguas
e dialectos africanos, proibidos ou limitados pelos colonizadores. Em outras palavras, o pan-
africanismo é também um movimento político, filosófico e social que promove a defesa dos
direitos dos povos africanos e da unidade do continente africano no âmbito de um
único Estado soberano, para todos os africanos, tanto na África como dos povos da diáspora.
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Conclusão
Dentre os principais pensadores pan-africanistas pode-se destacar Alexander
Crummell (1819-1898) que defendia a ideia da homogeneidade racial dos africanos. A África
era pensada como um continente formado por um único povo, o povo negro, que devia formar
uma unidade natural. Já Edward W.
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Bibliografia
Alves, G. d. (27 de 11 de 2016). expressao livre. Obtido em 17 de 05 de 2021, de
http://expressaolivremairi.blogspot.com/2013/11/pan-africanismo-negritude-e-os.html
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