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Elisabeth da Conceição Bernardo

Elisabeth da Conceição Bernardo

Dominica Constantino

Exploração Colonial em África (Exemplo de colónias Britânicas)


Curso de Licenciatura em Ensino de História com habilitação em documentação

Universidade Rovuma
Extensão de cabo delgado
2021
Dominica Constantino

Exploração Colonial em África (Exemplo de colónias Britânicas)

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado no departamento de
Letras e Ciências Sociais, na cadeira
de HÁ III, leccionado pela: Msc.
Mouzinho M. L. Manhalo

Universidade Rovuma

Extensão de cabo delgado

2021

Índice
Introdução............................................................................................................................4

Objectivos gerais.................................................................................................................4

Objectivos específicos.........................................................................................................4

Metodologia na elaboração da pesquisa..............................................................................4

1. Exploração Colonial em África.......................................................................................5

1.1. Exemplo de colónias Britânicas....................................................................................5

1.2. Obrigações das colónias...............................................................................................5

1.3. Politica..........................................................................................................................6

1.4. O papel económico das colónias...................................................................................6

2. A propriedade dos meios de produção.............................................................................7

2.1. Produção.......................................................................................................................7

2.1. Safras comerciais..........................................................................................................8

Conclusão............................................................................................................................9
Introdução
O presente trabalho tem como o tema a exploração colonial em África, com o maior foco
nas colónias britânicas. Não constitui segredo para ninguém, que a África foi partilhada e
conquistada pelos europeus, de forma que essa conquista e partilha não foi de todas a
mais pacífica. O presente trabalho abordara essas dificuldades que o contente africano
enfrentou até chegada sua reviravolta nas lutas dos intelectuais para a conquista da sua
independência.

Objectivos gerais

 Definir a exploração
 Estudar o caso da exploração nas colónias britânicas

Objectivos específicos

 Compreender a evolução da exploração


 Estabelecer as consequências da exploração

Metodologia na elaboração da pesquisa


Consulta de fontes bibliográficas das diversas categorias disponíveis em forma
electrónico e físico, dicionários e busca nos diversos motor de pesquisas disponíveis na
internet.
1. Exploração Colonial em África
A exploração do continente africano aconteceu um pouco para toda parte, onde o povo
africano foi durante muito tempo retirado os seus direitos. Assim, por muito tempo o
continente africano esteve na administração das potências europeias, no caso concreto,
falaremos das colónias sob domínio inglês.

1.1. Exemplo de colónias Britânicas


Por volta da segunda década do século actual, os britânicos achavam-se firmemente
estabelecidos em numerosos territórios da África tropical, especialmente Nigéria, Costa
do Ouro (actual Gana), Gâmbia, Serra Leoa, Quénia, Tanganica (actual Tanzânia),
Niassalândia (atual Malavi), Uganda, Rodésia do Norte (actual Zâmbia), Rodésia do Sul
(actual Zimbábue) e África do Sul e as economias de tipo colonial estavam
manifestamente em via de formação. Este capítulo pretende analisar a natureza e as
principais características dessas economias.

Segundo Kaniki citado por Boahen salienta:

Os britânicos, a exemplo dos demais colonizadores, não desenvolveram uma teoria


universal do colonialismo que se aplicasse a todos os aspectos da vida em todas as
colónias. Jamais definiram qualquer método que se assemelhasse a um sistema prático
universal de colonialismo. Na verdade, essa generalização seria impossível num
colonialismo imposto a povos de cultura, costumes e tradições extremamente diversos e
que viviam em meios muito diferentes. (2010.pag.437)

No entanto, mesmo na ausência de uma teoria explícita, o exame crítico das relações
coloniais evidencia alguns princípios que parecem ter guiado o comportamento dos
responsáveis, bem como dos executantes das políticas económicas coloniais.

1.2. Obrigações das colónias


Os europeus na sua dominação tinham em mente várias ambições, onde para o seu
andamento e sucessos precisavam das suas colónias, assim sendo, segundo Boahen
(2010,pag.438), enumera as seguintes obrigações que deviam ser prestadas pelas
colónias:
I. O Reino Unido esperava que as colónias fornecessem matérias -primas (produtos
agrícolas ou minérios) necessárias para alimentar a máquina industrial da potência
imperialista.
II. As colónias deveriam importar os produtos manufacturados provenientes da
metrópole.

Estes dois postulados dividiram o império em dois mundos económicos distintos: de uma
parte, a metrópole; de outra, as colónias. Era significativo que pouquíssima reciprocidade
existisse nas suas relações. Enquanto as colónias viam -se, na maior parte dos casos,
obrigadas a exportar para o Reino Unido, que tinha prioridade sobre qualquer outro
comprador (mesmo que oferecesse melhor preço), este não tinha a menor obrigação de
abastecer -se com exclusividade em qualquer de suas possessões.

1.3. Politica
Na falta de qualquer representação africana verdadeiramente dita, como era o caso da
maioria das colónias, os colonos brancos e os representantes das grandes firmas
metropolitanas conseguiam obter numerosas concessões da administração local, à custa
das populações autóctones.

[…] A política e a prática coloniais eram determinadas por factores políticos e


económicos. De fato, era muito frequente que os elementos brancos “não oficiais”
exercessem influência mais directa sobre a população local do que a própria
administração. Esses cidadãos britânicos compravam produtos agrícolas dos habitantes,
respondendo pelo seu transporte e expedição, e vendiam -lhes artigos importados da
metrópole. Esses europeus também empregavam mão-de-obra autóctone. (Boahen,
2010,pag.439).

Evidentemente, as tarifas praticadas para a importação e a exportação, bem como o nível


dos salários pagos, influenciavam mais o quotidiano dos africanos do que a visita do
comissário de distrito que, uma vez por ano, recolhia o imposto nas aldeias.

1.4. O papel económico das colónias


Desde os primeiros tempos da ocupação efectiva da África, o governo de Londres
compreendeu o potencial e a importância que as forças económicas de suas novas
colónias representavam para o desenvolvimento dos interesses britânicos no ultramar. Em
1895, o primeiro -ministro, lorde Salisbury, expunha com clareza as tomadas de
consciência perante o parlamento:

Nosso papel em todos esses novos países é abrir caminho ao comércio britânico, à
empresa britânica, ao investimento do capital britânico, numa época em que
outros caminhos, outras válvulas para a energia comercial de nossa raça vão se
fechando gradativamente sob o efeito de princípios comerciais que se difundem
cada vez mais [...]

Mais [...] Dentro de alguns anos, nossos cidadãos serão os senhores, nosso
comércio será predominante, nosso capital reinará [...] My Lords, a potência em
causa é fantástica, mas exige uma condição: deveis permitir que estas forças
atinjam o país onde sua acção se deve exercer. Cabe a vós abrir o caminho1.

Na verdade, o caminho estava aberto e cada administração colonial soube criar e manter
as condições adequadas para garantir a prossecução “ordenada” das actividades
económicas da colónia. Essas condições incluíam a manutenção “da lei e da ordem”, que
propiciavam a exploração eficaz dos recursos da colónia, quer humanos quer materiais.

2. A propriedade dos meios de produção


Até 1935, o meio de produção essencial e quase único nas possessões britânicas era o
solo. As atitudes e políticas adoptadas pelos britânicos no que se refere à terra variavam
de uma região para outra e, na mesma região, de colónia para colónia. No entanto, pode-
se dizer que, de maneira geral, os africanos continuaram na prática senhores de suas
terras nas colónias britânicas da África ocidental, mas foram no mais das vezes
desapossados delas na África oriental e na África central. Seja como for, em cada uma
dessas regiões havia diferenças notáveis de colónia para colónia.2

2.1. Produção
As economias coloniais de acordo com Boahem caracterizavam -se por dois grandes
sectores:

1
Boahen Apud WOLFF, 1974, p, 134 -5.
2
Boahen, 2010,p,440
 Um que garantia essencialmente as necessidades alimentares dos agricultores e do
mercado interno, e outro que fornecia os produtos primários destinados à
exportação.

A produção para abastecimento local achava-se organizada havia muito tempo, antes
mesmo do estabelecimento do colónia dedicando a ela quase nenhum interesse as
autoridades administrativas. Banana, inhame, mandioca, arroz e milho eram cultivados
pelos camponeses da África ocidental mediante processos muito simples, que os
britânicos encontraram na região em fins do século XIX.

2.1. Safras comerciais


O sector de exportação consistia essencialmente em produção primária (produtos
agrícolas e produtos minerais). À parte os casos excepcionais, em que colonos europeus
possuíam importantes extensões de terra, o setor agrícola de exportação, nas antigas
possessões britânicas da África tropical, estavam quase inteiramente em mãos de milhões
de pequenos produtores não especializados. A família constituía o núcleo de produção.
Apenas na Costa do Ouro meridional e, em certa medida, na Nigéria ocidental é que se
encontrava uma notável proporção de agricultores que tinham sabido organizar
plantações de cacaueiros em bases capitalistas3.

Numa possível contribuição dos britânicos as culturas colónias africanos, Boahen, (2010)
foi mais radical ao afirmar:

A participação na produção de safras comerciais sob o regime colonial não


alterou os hábitos dos camponeses africanos. Primeiro, porque nenhuma
inovação técnica fundamental daí adveio. E, segundo, porque a maior parte
dessas culturas, ou de outras semelhantes, fora introduzida e praticada muito
antes da era colonial. (p, 451).

Desta feita Boahen mostra que as colónias (em particular as colónias britânicas) não
trouxeram quase nada de novo, quer as técnicas ou mesmo nos produtos. Assim, para ele,
não se pode afirmar que a Inglaterra trouxe algo novo para África mais sim aproveitou as
a mão-de-obra africana.

Apud HILL, P., 1963.


3
Conclusão
Chegados ao final do presente trabalho, pode se afirmar que a exploração colonial no
continente africano, trouxe muita desgraça e foi a principal causa para o atraso
significativo para o desenvolvimento deste todo povo. Alem de ter sido a responsável por
milhares de vidas que foram perdidas, serem de igual modo responsáveis do atraso da
economia africana, o atraso demográfico e o atraso do desenvolvimentos das cidades
africanas, uma vez que, foram lhes retirados a mão-de-obra para poder ir trabalhar para o
continente europeu, para poder ir trabalhar nas grandes plantações do açúcar e tabaco.
Não obstante, o desenvolvimento do continente europeu por maior da parte tem a ver
com esse processo da colonização aos africanos, pode se citar de exemplo, as grandes
cidades de Manchester que foram feitas com a mão-de-obra barata neste caso o escravo
africano.
Referências bibliográficas
História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935 / editado por
Albert Adu Boahen. – 2.ed. rev. – Brasília : UNESCO, 2010. 1040 p.

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