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MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS

DE BIOLOGIA

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MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA
Coordenação, elaboração e revisão técnica

Professora Rita de Cássia Malagoli Krelling


Licenciada em Ciências e Química (UFSC)
Especialista em Ciências do 2º Grau (UDESC)

Elaboração
Professora Elisa Margarita Orlandi
Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas (UFSC)
Mestre em Educação Científica e Tecnológica (UFSC)

Professora Vera Cristina Sant’Anna de Sá


Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas (UNICAMP)
Pós Graduada em Práticas Pedagógicas Interdisciplinares: Educação Infantil, Séries do En-
sino Fundamental e Médio (FACVEST)

Revisão Ortográfica e Gramatical


Professora Mara Cristina Casagrande
Licenciada em Letras / Italiano - UFSC
Licenciada em Letras / Português - UNIVALI
Especialista em literatura e produção textual - BAGOZZI

Ilustrações
Alexandre Viana
Claudio Renato Coelho
Diego de Los Campos
Leandro Lopes
Odir Ferreira Filho

Capa
Ado Tadeu Velho Vieira
Rita de Cássia Malagoli Krelling
Odir Ferreira Filho

Editoração Eletrônica e Arte


Jorge João Gomes

K92 Krelling, Rita de Cássia Malagoli


Manual de atividades práticas de biologia / Rita de Cássia
Malagoli Krelling, Elisa Margarita Orlandi, Vera Cristina Sant’Anna
de Sá. - Palhoça : Autolabor, 2019.
228 p. : il.. ; 21 cm

Inclui bibliografias.
ISBN 978-65-81431-02-0

1. Biologia (Ensino médio). 2. Biologia – Estudo e ensino. I.


Orlandi, Elisa Margarita. II. Sá, Vera Cristina Sant’Anna de.
CDD (21. ed.) 574

Ficha catalográfica elaborada por Ana Claudia Philippi CRB 14/525

2 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


APRESENTAÇÃO

Na intenção de contribuir para melhoria nos procedimentos metodológicos e


na qualidade dos projetos e atividades práticas realizadas com a utilização do LDM
(Laboratório Didático Móvel), a equipe técnica da Autolabor efetuou uma revisão nos
Manuais de Ciências e Química, Ciências e Física e Ciências e Biologia.
Os manuais foram subdivididos em partes para facilitar a utilização. A parte I,
denominada Orientações metodológicas e dados complementares contém informações
necessárias para a realização das atividades práticas e o manuseio correto dos materiais e
reagentes, que constam nos Manuais de normas técnicas e boas práticas, em conformidade
com a legislação vigente no Brasil.
A parte II contempla as atividades experimentais com os conteúdos propostos pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN, para o aprendizado Específico de Biologia.
Na parte III, temos jogos de ciências naturais (Biologia) e na parte IV, projetos
interdisciplinares.
Há várias atividades práticas associadas ao mesmo conteúdo, as quais são,
entretanto, trabalhadas com abordagens diversificadas, já que são aplicadas em séries
diferentes. Cabe ao professor estar atento e informado sobre o conteúdo estudado, assim
como conhecer os PCN.

Atenciosamente,

DIRETORIA TÉCNICA E PEDAGÓGICA

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4 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA
AUTOLABOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

A Autolabor Indústria e Comércio Ltda., empresa genuinamente brasileira, foi


fundada em 1997 no município de São José, em Santa Catarina e atualmente está instalada
em Palhoça.
Um de seus produtos, o Laboratório Didático Móvel - LDM, único no Brasil e no
mundo, patenteado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), é fabricado
e distribuído somente pela Autolabor Indústria e Comércio Ltda., conforme atestam as
cartas de exclusividade emitidas pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e pela
Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).
O LDM, por ser compacto e móvel, pode permanecer estacionado na secretaria da
escola, deslocando-se para a sala de aula somente quando necessário, assim, se otimiza
o tempo dos alunos e dos professores. Além disso, a escola não precisa disponibilizar
uma sala de aula exclusiva para a instalação do laboratório; as aulas práticas de Ciências
podem ser ministradas em classe, no pátio, na horta da escola ou em qualquer outro lugar
que o professor escolher.
Este laboratório dispensa mudanças de infraestruturas lentas e onerosas, uma
vez que o mesmo já está preparado para a utilização, bastando apenas desembalá-lo.
O material que o acompanha foi dimensionado considerando-se o equilíbrio entre o
papel da ciência experimental – do Ensino Médio, o tempo disponível para ministrar as
aulas teóricas e práticas de ciências, bem como a periculosidade de certos experimentos.
O conjunto resultante é prático, simples e, por custar apenas uma fração de um laboratório
convencional, contribui para democratizar a prática e o uso da ciência experimental.
A Autolabor Indústria e Comércio Ltda., líder de mercado de Laboratórios Móveis,
tem capacitado mais de sete mil e quinhentos professores em seus Cursos de Capacitação
para o uso do LDM em todo o Brasil. Os cursos são ministrados por professores qualificados
e experientes de várias instituições de ensino conveniadas.
Para maiores informações, esclarecimentos e sugestões, entre em contato conosco.
Será uma honra atendê-lo!

DIRETORIA EXECUTIVA

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6 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA
Sumário

INTRODUÇÃO...........................................................................................................11

PARTE I: ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS E DADOS COMPLEMENTARES...........13


I.1 - FUNDAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS......15
I.2 - NORMAS DE LABORATÓRIO.............................................................................17
I.3 - ACIDENTES MAIS FREQUENTES EM LABORATÓRIO E OS PRIMEIROS
SOCORROS........................................................................................................19
I.4 - MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO............................................20
I.5 - TÉCNICAS DE LABORATÓRIO............................................................................34
LEITURA DE VOLUMES EM APARELHOS VOLUMÉTRICOS...............................34
TÉCNICAS DO USO DE PIPETAS.........................................................................34
TÉCNICAS DO USO DE BURETAS......................................................................35
TÉCNICA DO USO DE BALÕES VOLUMÉTRICOS..............................................36
TÉCNICA DE AQUECIMENTO DE TUBOS DE ENSAIO.......................................36
AQUECIMENTO DE LÍQUIDOS NO BÉQUER.....................................................37
LIMPEZA DE MATERIAL DE VIDRO.....................................................................37
I.6 - PREPARO DE SOLUÇÕES....................................................................................39
I.7 - CÁLCULO DO PREPARO DE DILUIÇÃO.............................................................42
I.8 - DESCARTE DE MATERIAIS DE LABORATÓRIO...................................................42
I.9 - ROTULAGENS DE SOLUÇÕES PREPARADAS NO LABORATÓRIO ...................44

PARTE II: ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DE BIOLOGIA.............................................45

II.1- ATIVIDADES PARA O 1º ANO............................................................................47


01 - MICROSCÓPIO ÓPTICO.....................................................................................47
02 - USO DO PAQUÍMETRO NA BIOLOGIA.............................................................49
03 - A EXPERIÊNCIA DE FRANCESCO REDI................................................................53
04 - DESTILAÇÃO DA ÁGUA.....................................................................................55
05 - DETECÇÃO DA PRESENÇA DE AMIDO..............................................................57

7
06 - DETECÇÃO DE VITAMINA C...............................................................................59
07 - DETERMINAÇÃO DE PRESENÇA DE PROTEÍNA EM AMOSTRAS.......................61
08 - DIFERENÇAS ENTRE CÉLULAS ANIMAL E VEGETAL...........................................65
09 - MEMBRANA SEMIPERMEÁVEL............................................................................67
10 - TRANSPORTE ATRAVÉS DE MEMBRANAS SEMIPERMEÁVEIS.............................69
11 - MEIOS HIPOTÔNICO, ISOTÔNICO E HIPERTÔNICO........................................72
12 - PLASMÓLISE E DEPLASMÓLISE...........................................................................73
13 - OSMOSE NA MEMBRANA DE UM OVO............................................................76
14 - OBSERVAÇÃO DA CICLOSE................................................................................78
15 - ORGANELAS CELULARES...................................................................................79
16 - FOTOSSÍNTESE....................................................................................................80
17 - IMPORTÂNCIA DA CLOROFILA NA REALIZAÇÃO DA FOTOSSÍNTESE.............82
18 - REGIÕES DA FOLHA ONDE OCORRE A FOTOSSÍNTESE...................................85
19 - PROCESSO DE FERMENTAÇÃO..........................................................................87
20 - MITOSE................................................................................................................88
21 - MITOSE NA CÉLULA VEGETAL............................................................................89
22 - MEIOSE................................................................................................................91
23 - PIGMENTOS VEGETAIS COMO INDICADORES DE ÁCIDOS E BASES................92
24 - EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS VEGETAIS..............................................................93
25 - HISTOLOGIA VEGETAL – EPIDERME E SUAS ADAPTAÇÕES..............................95
26 - TECIDOS DE CONDUÇÃO VEGETAL.................................................................98
27 - HISTOLOGIA ANIMAL........................................................................................99

II.2 - ATIVIDADES PARA O 2º ANO...........................................................................

28 - OBSERVAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS AQUÁTICOS...................................101


29 - OBSERVAÇÃO DE PROTISTA EM BRIÓFITAS......................................................103
30 - OBSERVAÇÃO DE ENDOPARASITAS..................................................................105
31 - ESPONJAS............................................................................................................107
32 - CNIDÁRIOS.........................................................................................................108
33 - ESTRELA-DO-MAR: ANATOMIA INTERNA E EXTERNA.....................................109
34 - OURIÇOS-DO-MAR: MORFOLOGIA..................................................................110
35 - IDENTIFICAR OS ÁRTROPODES NO SOLO........................................................111
36 - DETECÇÃO DA PRESENÇA DE MINERAIS EM ORGANISMOS DO REINO
ANIMAL...............................................................................................................113
37 - PEIXES ÓSSEOS: ANATOMIA EXTERNA E INTERNA............................................114
38 - ESTUDAR O CORAÇÃO DE GALINHA...............................................................116
39 - CIRCULAÇÃO DOS VEGETAIS............................................................................118
40 - ANATOMIA DE UMA FLOR.................................................................................120

8 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


41 - ESTUDAR A VEGETAÇÃO LOCAL.......................................................................122
42 - FOTOTROPISMO................................................................................................124
43 - HIDROPONIA DA BATATA DOCE.......................................................................125
44 - BOMBAS DE SEMENTES......................................................................................127
45 - REPRODUÇÃO ASSEXUADA NAS PLANTAS......................................................129
46 - AÇÃO DA SALIVA...............................................................................................131
47 - ATUAÇÃO DA PTIALINA ....................................................................................134
48 - IDENTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS NOS ALIMENTOS (II).....................................135
49 - IDENTIFICAÇÃO DE LIPÍDIOS NOS ALIMENTOS...............................................137
50 - AÇÃO DA BILE NO ORGANISMO......................................................................139
51 - ANÁLISE DO SUOR.............................................................................................140
52 - DETECÇÃO DO CLORETO DE SÓDIO E GLICOSE NA URINA...........................141
53 - O EFEITO DOS REFRIGERANTES NOS OSSOS....................................................143
54 - ATOS VOLUNTÁRIOS E ATOS REFLEXOS...........................................................145
55 - SENTIDO DO PALADAR.....................................................................................147
56 - REPRODUÇÃO HUMANA..................................................................................149
57 - ESFREGAÇO DA MUCOSA BUCAL.....................................................................151
58 - APRENDER SOBRE OS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS................................155
59 - TESTE DE CONTROLE : PERMEABILIDADE DA CAMISINHA..............................156

II.3 - ATIVIDADES PARA O 3º ANO...........................................................................

60 - OBSERVAR A AÇÃO DE UM ANTISSÉPTICO......................................................157


61 - GENES DOMINANTES E RECESSIVOS.................................................................158
62 - ESTRUTURA DO DNA ........................................................................................161
63 - EXTRAÇÃO DE DNA...........................................................................................162
64 - BANDA DE DNA.................................................................................................164
65 - COMO SE ORGANIZAM AS FORMIGAS ............................................................166
66 - COLÔNIA DE BACTÉRIAS...................................................................................167
67 - LIQUENS.............................................................................................................170
68 - INTERFERÊNCIA DA POLUIÇÃO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES..................172
69 - IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS ..........................................................................173
70 - MICROECOSSISTEMAS .......................................................................................175
71 - EVOLUÇÃO DO SER HUMANO.........................................................................177
72 - A TEORIA DE DARVIN.........................................................................................178

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PARTE III - JOGOS DE BIOLOGIA...............................................................................181

73 - MINHA DIETA ALIMENTAR É ADEQUADA?........................................................183


74 - TAXIONOMIA DOS SERES VIVOS.......................................................................185
75 - DA CADEIA À TEIA ALIMENTAR..........................................................................187
76 - OS GRANDES BIOMAS BRASILEIROS.................................................................188

PARTE IV: PROJETOS..................................................................................................191

77 - CONSTRUÇÃO DE MODELO DE CÉLULA ANIMAL E VEGETAL .........................193


78 - CONSTRUÇÃO DE MODELOS DE DIVISÃO CELULAR (MITOSE E MEIOSE) ......199
79 - CONSTRUÇÃO DE MODELOS DE TECIDOS EPITELIAIS....................................203
80 - COLETA E OBSERVAÇÃO DE PLANÁRIAS...........................................................204
81 - A VEGETAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS .................................................................208
82 - ECOSSISTEMAS NATURAIS E/OU MODIFICADOS.............................................210

GLOSSÁRIO................................................................................................................212

REFERÊNCIAS.............................................................................................................217

ANEXO I: RELAÇÃO DAS ATIVIDADES DE BIOLOGIA ASSOCIADAS AOS


CONTEÚDOS EM ORDEM CRONOLÓGICA E CURRICULAR...................220

ANEXO II: CONSTRUÇÃO DE MAQUETES DE TECIDOS EPITELIAIS.........................225

ANEXO III: LAMINÁRIO - DESCRIÇÃO DAS LÂMINAS PREPARADAS PARA


MICROSCOPIA .......................................................................................226

10 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


INTRODUÇÃO

O conhecimento científico proporciona ao educando a capacidade de ampliar


sua compreensão e atuação no mundo. Este material, fundamentado nos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN), tem por objetivo oferecer ao estudante oportunidades de
reflexões e ações, oportunizando a ele o embasamento necessário para reivindicá-las a
partir do seu próprio amadurecimento.

Para tanto, faz-se necessário:

Respeitar o conhecimento prévio do aluno, assim como suas considerações



(hipóteses) acerca das experiências, após observá-las;
Utilizar, sempre que possível, atividades experimentais, pois a visualização dos

fenômenos é fundamental para a sua compreensão;
Promover a interação, o envolvimento e a cooperação da turma.

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12 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA
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14 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA
PARTE I: ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS E DADOS COMPLEMENTARES

I.1 - FUNDAMENTOS PARA A REALIZAÇÃO


DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

Antes de realizar a atividade experimental, deve-se proceder, de maneira minuciosa,


à leitura destas instruções (procurando sanar dúvidas, se houver). Se possível, testar
anteriormente.
Ao construir a atividade experimental com os alunos, é importante pedir que
registrem os passos da experiência, seguindo alguns procedimentos científicos em sua
análise, como:
Observação dos fenômenos;

Coleta, seleção e organização das informações (de acordo com o experimento);

Registro das informações observadas utilizando desenhos, quadros, tabelas,

esquemas, listas e pequenos textos, sob a orientação do professor;
Formulação de perguntas e suposições acerca do que foi observado, procurando

estabelecer as relações possíveis entre ambiente, elementos e reações.
O professor, neste momento, precisa se portar como um provocador, instigando
os alunos com questionamentos sobre a prática, evitando o direcionamento de
respostas. É preciso fazê-los pensar e constatar a partir da socialização de suas
ideias;
Registro e comunicação de suas conclusões de modo oral, por escrito e por

desenhos, podendo inserir perguntas e suposições. Neste momento, o aluno deve
respeitar as diferentes opiniões, sabendo argumentar e defender suas hipóteses;
Após o conteúdo ter sido bem explorado pelos alunos, o professor deve esclarecer

as dúvidas que persistirem, retomando, em seguida, o conteúdo estudado,
elaborando assim, juntamente com os alunos, uma síntese do conhecimento
adquirido.
É importante destacar, que os questionamentos contidos nas atividades experimentais
deste manual são orientações para o trabalho do professor. Já as OBSERVAÇÔES PARA
O PROFESSOR onde são abordados os conteúdos dos experimentos, buscam esclarecer
processos, reações e conceitos ligados às áreas de biologia, química e física. Esta parte
aborda a fundamentação teórica referente à prática, sendo assim, torna-se uma leitura
indispensável para o professor. É preciso lembrar que o conteúdo teórico não precisa,
necessariamente, ser aprofundado durante as explicações, a sua abordagem deverá
respeitar o nível cognitivo da faixa etária com a qual se desenvolve a atividade.
A fim de facilitar o entendimento de alguns termos científicos, organizamos um
glossário que auxiliará a compreensão do conhecimento estudado.
Faz-se necessário lembrar que o professor é o mediador e facilitador no processo
ensino - aprendizagem. Nesse sentido, é imprescindível que ele esteja preparado para

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exercer tal papel, considerando-se o conhecimento teórico-científico, bem como
os procedimentos didáticos (objetivos, metodologia, avaliação). Com estes aspectos
garantidos, é possível desenvolver aulas mais dinâmicas e produtivas, propiciando a
formação de indivíduos críticos, autônomos, participativos e preparados para atuarem na
sociedade em que estão inseridos.
Ao preparar suas aulas, o professor deve lembrar que no Ensino Médio, o SENSO
CRÍTICO do aluno é o principal aliado para a prática de sala de aula.

16 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


I.2 - NORMAS DE LABORATÓRIO

A ocorrência de acidentes em laboratório, infelizmente, não é tão rara como pode


aparentar. Para diminuir a frequência e até evitá-los é imprescindível que o aluno:
Siga rigorosamente as instruções do professor;

Antes de iniciar uma atividade experimental, leia atentamente o roteiro e, se

tiver alguma dúvida, peça orientações ao professor;
Observe a localização e o funcionamento dos extintores de incêndio; - use

guarda-pó;
Quando aquecer um tubo de ensaio que contenha qualquer substância, não

volte à extremidade aberta do tubo para si ou para a pessoa próxima;
Quando fizer uma diluição de um ácido concentrado, adicione-o lentamente

sobre a água, nunca ao contrário;
Não misture substâncias ao acaso, somente de acordo com as instruções do

professor;
Realize as experiências que liberam gases e vapores tóxicos na capela e não

jogue nenhum material sólido nos ralos ou dentro da pia;
Ao testar um produto químico pelo odor, nunca coloque o frasco sob o nariz.

Desloque com a mão para sua direção os vapores que desprendem do frasco;
Evite o contato de qualquer substância com a pele. Aja com cautela ao manusear

substâncias corrosivas como bases e ácidos;
Não deixe frascos com substâncias inflamáveis próximos à chama;

Não deixe frascos de reagentes abertos;

Quando manipular substâncias corrosivas use máscaras e luvas de borracha.

Somente toque nestas substâncias com bastões de vidro ou pinças;
Nunca deixe o fogareiro aberto sem acendê-lo, pois o gás é extremamente tóxico

e explosivo ao entrar em contato direto com a chama ou uma simples centelha
de uma faísca elétrica;
Nunca trabalhe com substâncias, das quais não se conheça todas as proprie­

dades;
Jamais leve qualquer substância à boca para testar seu gosto, pois pode tratar-­se

de um veneno do tipo arsênico ou cianeto de potássio;
Os recipientes usados em aquecimento não devem ficar totalmente fechados;

Evite passar a mão sobre os olhos ou próximo dos lábios, enquanto estiver

realizando experiências;
Use sapatos fechados durante as atividades experimentais;

Cabelos longos devem ser amarrados para não tocarem em materiais do

experimento;

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Lentes de contato não devem ser usadas em laboratórios, pois podem absorver

produtos químicos e causar lesões nos olhos;
Os tubos de ensaio devem ter apenas cerca de um terço do volume ocupado.

Nunca encha na totalidade, um tubo de ensaio;
É expressamente proibido se alimentar no laboratório;

Sempre que utilizar materiais e equipamentos (principalmente os que usam

eletricidade) certifique-se de que as mãos estejam secas. Nunca toque em uma
máquina elétrica com as mãos molhadas;
Tome cuidado para não trocar as tampas dos recipientes de reagentes;

Mantenha sempre a bancada limpa e organizada;

Todos os frascos contendo produtos químicos devem ter um rótulo que os

identifique, bem como os cuidados a ter no seu manuseio;
Não force a rolha de um recipiente;

Qualquer marca na superfície uniforme do vidro é um ponto de quebra em

potencial, e o mesmo deve ser descartado, pois este risco é iminente ao limpá-lo
ou aquecê-lo;
Efetue todas as atividades e montagens no centro da mesa e nunca junto às

bordas da bancada;
Todas as passagens de qualquer experiência devem ser anotadas para, em

seguida, serem mencionadas no relatório;
Ao retirar-se do laboratório, feche as torneiras de água e gás, desligue todos os

aparelhos, deixe todo material limpo e lave bem as mãos.

18 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


I.3 - ACIDENTES MAIS FREQUENTES
EM LABORATÓRIOS E OS PRIMEIROS SOCORROS

Qualquer acidente deverá ser comunicado ao professor, para que esse tome as
providências necessárias.

Queimaduras

As queimaduras pequenas produzidas por fogo ou material quente devem ser



trata­das com pomada apropriada, vaselina ou ácido pícrico.
Queimaduras por ácido: lave imediatamente o local com água em abundância,

cerca de cinco minutos. Em seguida, lave com solução saturada de bicarbonato
de sódio e novamente com água. Após, seque a pele.
Queimaduras com álcalis: lave imediatamente o local com água em abundância,

por cinco minutos. Em seguida, lave com solução de ácido acético 1% e
novamente lave com água. Após, seque a pele.
Queimaduras com fenol devem ser lavadas com álcool em abundância.

Após os procedimentos de primeiros socorros, procure um médico.

Intoxicação

Com sais: tome leite de magnésia e procure um médico.



Com ácidos: tome leite de magnésia e procure um médico.

Através de gases (vapores): vá para um lugar bem arejado e respire profundamente,

depois procure um médico.

Ingestão de substâncias tóxicas

Administre uma colher de sopa de “antídoto universal” (duas partes de carvão



ativo, uma de óxido de magnésio e uma de ácido tânico).

Observação: Não perca a calma em hipótese alguma.

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I.4 - MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO

Ampola de decantação (Funil de


decantação):
Separar líquidos imiscíveis.

Argola:
Montagem de aparelhos de laboratórios.

Balança digital:
Determinação de pequenas massas.

Balão de destilação:
Aquecer o líquido que vai ser destilado.
Seu braço lateral fica ligado ao
condensador.

Balão de fundo chato:


Aquecer líquidos puros ou soluções.

Balão volumétrico:
Preparar soluções, pois mede com
precisão um volume determinado.

20 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Bandeja plástica:
Utilizada para carregar materiais
ou como suporte para realização
de experimentos.

Bastão de vidro (Vareta de vidro):


Agitar soluções ou direcionar a
transferência de líquidos de
um recipiente para outro.

Béquer:
Dissolver substâncias, efetuar reações e
aquecimento de líquidos.

Borbulhador mágico:
Estudar dilatação de gases e vapores e
transferência de calor entre corpos.

Bureta:
Medir com precisão o
volume de líquidos.

Bússola:
Instrumento utilizado para
orientação e navegação.

Cabo de Cole:
Efetuar teste de análise de cátions
por via seca.

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Caleidoscópio:
Estudar o conceito de reflexão da luz
em superfícies polidas.

Calorímetro:
Utilizado para medir a quantidade de calor.

Câmara escura:
Capturar imagens para estudos
de reflexão e refração.

Cápsula de porcelana:
Dissolver sólidos em líquidos e concentrar
soluções por
evaporação do solvente.

Carrinho de energia solar:


Estudar o uso da energia solar.

Colheres e espátulas:
Transferir sólidos de um
recipiente para outro.

Condensador reto de vidro:


Condensar os vapores do
líquido que está sendo destilado.

22 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Conjunto de espelhos:
Usados para estudar óptica.

Conjunto de lentes:
Usadas para estudar óptica.

Cronômetro:
Instrumento para medir o tempo,
possuindo um mostrador para indicar os
segundos e frações de segundo.

Diapasão:
Utilizado para afinar instrumentos e vozes
através da vibração de um som musical
de determinada altura.

Dilatômetro a laser:
Utilizado para medir a expansão das
dimensões de um sólido durante a
exposição a altas temperaturas.

Dinamômetro de mola:
Usado para medir o peso de um corpo.

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Disco de Newton:
É um dispositivo utilizado em demonstrações de
composição de cores.

Dupla hélice de DNA:


Facilita os estudos de genética, mostrando o
aspecto do DNA.

Erlenmeyer:
Realizar a dissolução de substâncias, aquecer,
filtrar e recolher líquidos.

Escova para tubo de ensaio:


Limpeza de tubos de ensaio.

Esqueleto:
Estudar e identificar a estrutura dos ossos do
corpo humano.

Estação para estudos de eletricidade:


Utilizada para experimentos elétricos.

Fibra óptica:
Material com capacidade de transmitir a luz.
Usado no estudo do fenômeno da reflexão total.

24 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


.

Frasco de solução:
Usado para guardar soluções.

Frasco lavador ou pisseta:


Limpeza de materiais e
preparo de soluções.

Fogareiro:
Fonte de aquecimento.

Funil de vidro:
Filtrar soluções com o auxílio do papel
de filtro e transferir líquidos de
um recipiente para outro.

Garra metálica para bureta:


Segurar a bureta nas titulações.

Graal e pistilo (Almofariz e pistilo):


Triturar e pulverizar sólidos.

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Lâminas preparadas:
Utilizada na observação de
amostras no microscópio.

Lâminas:
Utilizada na observação de
amostras no microscópio.

Lamínulas:
Utilizada na observação de
amostras no microscópio.

Lâmpada de bulbo:
Usado como fonte de luz.

Lamparina com pavio:


Aquecimento, teste de chama e
combustão de materiais.

Lava Olhos de emergência:


Material de segurança destinado a
eliminar ou minimizar os danos causados
por acidentes nos olhos.

26 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Lupa:
Lente simples empregada como
instrumento óptico de ampliação.

Lupa inseto:
Utilizada para observação
de insetos pelas crianças.

Luvas de procedimentos:
Utilizadas em procedimentos comuns de
laboratório.

Luz negra:
Usada como luz fluorescente e/ou
incandescente em experimentos.

Micropipetas:
Transportar quantidades
precisas de material líquido.

Microscópio:
Instrumento utilizado para ampliar e
visualizar estruturas minúsculas.

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Motor elétrico:
Usado em montagem de sistemas.

Mufa com parafusos:


Montar equipamentos de laboratório.

Multímetro digital:
Instrumento medidor de corrente,
tensão e resistência elétrica.

Multirreações:
Estudar a condutibilidade elétrica e a
intensidade da corrente de materiais e
soluções. Observar reações coradas e
realizar eletrólise.

Óculos de segurança:
EPI utilizado na proteção contra poeiras,
gases e vapores e contra projeções de
partículas ou líquidos.

Pá de jardim:
Utilizada nos experimentos que
demandam a manipulação de
quantidades maiores de solo.

Papel de filtro:
Efetuar filtrações.

28 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Paquímetro:
É um instrumento usado para medir as
dimensões lineares internas, externas e de
profundidade de uma peça.

Peneira:
Utilizada em experimentos que
demandam a separação dos
componentes de misturas.

Pêndulo de Newton:
Usado para trabalhar conceitos de
conservação de energia e quantidade
de movimento com conservação do
momento linear.

Periscópio:
Aparelho óptico que permite observar
por cima de um obstáculo que impeça a
visão direta.

Pinça inox ponta reta e fina:


Usada para procedimentos em
laboratório.

Pinça de madeira para tubo de ensaio


(Garra de madeira):
Prender tubos de ensaio
durante o aquecimento.
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Pipeta graduada:
Medir volumes variáveis de líquidos,
dentro de sua escala, graduada
geralmente em cm³.

Pipeta volumétrica:
Medir volumes fixos de líquidos,
dentro de sua escala, graduada
geralmente em cm³.

Placa de Petri:
Utilizada para realizar cultura de
bactérias e pequenas reações.

Placa de toque:
Realizar pequenas reações.

Prisma triangular acrílico:


Usado para estudar a propagação da luz
em meios homogêneos.

Projetor Autolabor:
Usado para projeção de luz colorida.

Proveta:
Medir volumes aproximados de líquidos.

30 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Seringa descartável:
Injetar ou retirar líquidos.

Suporte para tubos de ensaio:


Armazenar tubos de ensaio.

Suporte universal:
Montar aparelhos de laboratório.

Tela de amianto:
Suporte para as peças que serão
aquecidas.

Termômetro:
Medir a temperatura.

Tesoura inox ponta reta e fina:


Usada para procedimentos em
laboratório.

Torso:
Usado para estudar a localização dos
órgãos e sistemas do corpo humano.

31
Tubo de vidro com saída lateral:
Montar aparelhos de laboratório.

Tubo de vidro em “L”:


Montar aparelhos de laboratório.

Tubo de vidro em “U”:


Montar aparelhos de laboratório.

Tubo de vidro em “Y”:


Montar aparelhos de laboratório.

Tubos de ensaio:
Realizar pequenas reações.

Vasos comunicantes:
Verificar o comportamento da água em um
sistema de vasos comunicantes.

32 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Vidro de relógio:
Pesar substâncias, transportar e
proteger substâncias cobrindo a
cápsula de porcelana.

Vidro para coleta:


Utilizado para acomodar as amostras
coletadas em campo.

Importante: O modelo de alguns equipamentos podem ser diferentes devido a troca de


fornecedor, pois estamos sempre buscando novas tecnologias e melhoria da qualidade.

33
I.5 - TÉCNICAS DE LABORATÓRIO

LEITURA DE VOLUMES EM APARELHOS VOLUMÉTRICOS

A leitura do volume do líquido em um aparelho volumétrico é efetuada pela parte


inferior do menisco, para evitar erro de Paralaxe, pois o erro ocorre devido a uma falsa
leitura. Para que isso não aconteça, o observador deve olhar em direção perpendicular à
coluna que contém o líquido conforme a figura 01.

Figura 01: Leitura em aparelhos volumétricos.

TÉCNICAS DO USO DE PIPETAS

As pipetas são instrumentos volumétricos utilizados para a transferência de certos


volumes, de modo preciso em determinadas temperaturas. Existem dois tipos de pipetas:
graduadas (fig.01) e volumétricas (fig.02).

Figura 01: Pipeta graduada. Figura 02: Pipeta volumétrica.

PROCEDIMENTOS

1. Mergulhe a pipeta limpa e seca no líquido a ser medido e aplique a sucção na


parte superior da mesma, com a boca ou com o bulbo de sucção, que é mais
utilizado quando se pipeta substâncias ofensivas à saúde.
2. Aspire cuidadosamente o líquido até um pouco acima do traço de transferência
e feche a extremidade superior da pipeta com o dedo indicador.

34 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


3. Diminua levemente a pressão do dedo, deixando escoar o líquido ascendente
até que a parte inferior do menisco coincida com o traço de referência.
4. Deixe o líquido escoar livremente no recipiente desejado. A última gota não
deve ser soprada (fig.03).

Figura 03: Pipetação.

TÉCNICAS DO USO DE BURETAS

As buretas são frascos volumétricos usados para escoar volumes variáveis de


líquidos e empregadas geralmente em titulações.

PROCEDIMENTOS
1. Baixe a bureta (fig.04) que está fixa no suporte para que possa fazer corretamente
a leitura.
2. Com um funil, coloque o líquido na bureta até acima do “zero”.
3. Abra a torneira e deixe escoar uma quantidade de líquido suficiente para encher
a ponta da bureta.
4. Acerte o zero da bureta e abra a torneira para retirar a quantidade de líquido
desejada (nas titulações, lê-se o volume gasto).

IMPORTANTE:
A manipulação da bureta será mais eficiente se você empregar a mão esquerda

para controlar a torneira e a mão direita para girar o frasco receptor, ou ainda,
agitar a mistura de reação com o bastão de vidro.
Para retirar as bolhas que, por ventura, venham a se formar junto à torneira,

encha a bureta até a metade do volume e abra completamente a torneira, deixan­do
a solução escorrer com força. Quando não tiver mais bolhas feche a tornei­ra e
encha novamente a bureta, até zerar.
Nunca devolva para o frasco original a solução contida na bureta e não utilizada.

35
A bureta deve ser sempre lavada após o uso, principalmente quando for utilizada

com solução de hidróxido de sódio (NaOH), pois quando guardada impregnada
desta base, a mesma, geralmente, solda a torneira na bureta.
Zere sempre a bureta, pela parte inferior do menisco do líquido.

Figura 04: Uso da bureta.

TÉCNICA DO USO DE BALÕES VOLUMÉTRICOS

São construídos para conter exatamente um determinado volu­me de líquido, numa


determinada temperatura. A marca de aferição é um círculo fino gravado em torno do
gargalo. São usados tanto na preparação de soluções de concentração conhecidas, como
na diluição de soluções já preparadas.

PROCEDIMENTOS

1. Acerte o menisco do líquido à marca.


2. Observe o balão apoiado numa superfície horizontal.
3. Faça a leitura perpendicular em relação ao balão, para evitar o erro de Paralaxe.
IMPORTANTE: O balão volumétrico, apesar de ser de pirex, nunca deve ser
aquecido.

TÉCNICA DE AQUECIMENTO DE TUBOS DE ENSAIO

São tubos de vidro delgado, fechados na extremidade e resistentes ao fogo. Deve-se


evitar aquecê-los a seco, isto é, sem líquido algum no seu interior, porque isso ocasionaria
a sua ruptura.

36 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


PROCEDIMENTOS

1. Coloque o líquido desejado no tubo de ensaio.


2. Enxugue o tubo por fora para evitar que se quebre e depois segure com a pinça
de madeira.
3. Coloque o tubo de ensaio sobre a chama (pode ser aquecido diretamente) com
uma inclinação de aproximadamente 45º, agitando brandamente, para evitar
superaquecimento do líquido.
4. Mantenha a ebulição durante 2 minutos, retire o tubo do aquecimento e apague
a chama.
IMPORTANTE: Durante o aquecimento, o tubo deve ser virado para a parede
ou numa direção que não haja ninguém, a fim de evitar acidentes, uma vez que
é possível ocorrer projeção do líquido aquecido.

AQUECIMENTO DE LÍQUIDOS NO BÉQUER

O copo de béquer é um recipiente de vidro utilizado para aquecer e cristalizar


substâncias.

PROCEDIMENTOS

1. Coloque o volume desejado do líquido no béquer.


2. Coloque o béquer sobre a tela de amianto, no sistema preparado para o
aquecimento, pois o mesmo não pode ser aquecido diretamente sobre a chama.
3. Deixe o líquido em ebulição cerca de 2 minutos e depois apague a chama.

LIMPEZA DE MATERIAL DE VIDRO

Para que as análises não sofram interferência por impurezas, sujeiras ou mes­mo
reagentes diferentes, é importante que o material de vidro em uso esteja perfeitamente
limpo. Apesar do recipiente aparentemente parecer limpo, as paredes podem estar
engorduradas, fazendo com que o líquido a ser medido não escoe devidamente pelas
buretas e pipetas, ocasionando resultados duvidosos.
É comum a utilização de sabão, detergentes ou sapólio no trabalho de limpeza, no
entanto, esses materiais podem deixar resíduos no vidro, que podem interferir tam­bém
nas análises.

37
RECOMENDAÇÕES GERAIS

Lave a vidraria imediatamente após o uso;



Encha buretas e pipetas com água e observe o escoamento sem gotículas ou

película não uniforme;
Descarte sobras de material;

Lave com água corrente;

Lave com solução de limpeza (detergente a 1 ou 2%);

Para recipientes muito sujos, deixe de molho;

Durante a lavagem, é conveniente que você esfregue as partes do vidro com

uma escova.

Pipetas: Coloque as pipetas com as pontas para baixo, cuidadosamente, em um



recipiente alto (cuba, jarra ou similar) imediatamente após o uso. Aconselha-se
colocar uma almofada de algodão no fundo do recipiente para evitar a quebra
das pontas das pipetas. O nível de água do recipiente deve ser suficiente para
emergir toda a pipeta. Deixe em repouso por 15 minutos.

Buretas: Remova a torneira ou ponteira de borracha e enxágue com água



corrente até que a sujeira seja removida. Em seguida, lave com detergente e
água, enxágue com água destilada e seque. A torneira e a ponteira de borracha
devem ser lavadas separadamente. Antes de colocar a torneira de volta na
bureta, lubrifique a junta com um lubrificante apropriado, usando uma pequena
quantidade.

Tubos de Ensaio: Esvazie os tubos e escove com solução de limpeza e água. Em



seguida enxágue com água corrente e ao final com água destilada. Coloque-os
virados, com a boca para baixo no suporte para tubos.

Copos de Béquer: Esvazie os copos de béquer e escove com solução de limpeza



e água. Em seguida, enxágue com água corrente e ao final com água destilada.
Coloque-os virados, com a boca para baixo sobre toalha de papel até ficar seco.

Provetas: Esvazie as provetas e escove com solução de limpeza e água. Em



seguida enxágue com água corrente e ao final com água destilada. Coloque-as
viradas com a boca para baixo sobre toalha de papel até que estejam secas.

Limpeza de Placas de Petri: Esvazie as placas e escove com solução de limpeza



e água. Em seguida enxágue com água corrente e ao final com água destilada.
Após a secagem, embrulhe em papel grosso e acomode em recipiente próprio.

Limpeza de Lâminas e Lamínulas: Devem ser colocadas de molho na solução



de limpeza por 10 minutos, enxaguadas com água destilada e em seguida secas
com papel toalha limpo. Antes de usar, lave as lâminas com álcool e seque.

38 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


I.6 - PREPARO DE SOLUÇÕES

O preparo de soluções requer determinados cuidados relativos a solubilidade


das substâncias (consulte sempre a tabela de solubilidade), alteração da temperatura da
mistura (soluto + solvente), e a mudança de volume da mistura.

PROCEDIMENTOS:

1. Informações: tome conhecimento dos perigos potenciais das substâncias


utilizadas de modo a reduzir a possibilidade de contaminações ou acidentes.
2. Determinação do volume e concentração: decida qual o volume e a concentração
de solução vai ser preparada.
3. Cálculo da quantidade de reagentes: após conhecer a concentração e o volume
da solução a ser preparada, calcule a quantidade de soluto (massa ou volume)
que é necessária para diluir e faça a medição desta quantidade.
4. Limpeza e preparação dos materiais usados: passe água destilada em todo o
material e seque cuidadosamente a espátula e o vidro de relógio para prevenir a
contaminações do soluto e evitar que a balança seja molhada.
5. Medição: para a medição de massa use a balança digital e para a medição de
volumes use pipetas volumétricas (medições rigorosas) e provetas (medições não
rigorosas).
6. Diluição:
Para solutos sólidos: pese o soluto num vidro de relógio e transfira para um

béquer, adicionando-se pequenas quantidades de água destilada, mexendo
com um bastão de vidro para facilitar a diluição, lavando o vidro de relógio
de forma que todas as partículas do soluto sejam arrastadas. Agite o soluto
até dissolver por completo e transfira a solução para um balão volumétrico
(de capacidade coincidente com o volume da solução a ser preparada) com
o auxílio de um funil e do bastão de vidro. Em seguida, lave o béquer onde
a diluição foi feita, com água destilada, de 2 a 3 vezes, para que todas as
partículas do soluto sejam arrastadas e transfira este líquido para o balão
volumétrico, agitando-o algumas vezes. Em seguida, com o auxílio do frasco
lavador, complete o volume da solução fazendo a leitura pelo traço de
referência (menisco), cuidando para não ultrapassar o traço. É importante
verificar se houve formação de bolhas de ar sobre o menisco, neste caso, use
uma micropipeta para retirá-las evitando erros na leitura.
Para solutos líquidos: coloque pequena quantidade de água destilada no

balão volumétrico (de capacidade coincidente com o volume da solução
a ser preparada), meça o volume calculado e adicione-o lentamente ao
solvente, com o auxílio do funil, agitando várias vezes o balão. Em seguida,
passe água destilada no funil de 2 a 3 vezes para que todo o volume de
soluto seja arrastado para a solução contida no balão. Agite algumas vezes a
solução e complete o volume pretendido com água.

39
7. Homogeneização: coloque a rolha no balão e agite a solução para a completa
homogeneização da mesma.
8. Armazenamento: transfira a solução preparada e guarde-a em frasco apropriado e
rotulado. O rótulo deve conter: nome, fórmula química do soluto, concentração,
data de preparação, grau de toxidade.

Exemplo 1: Preparo de uma solução concentrada de hidróxido de sódio



Atenção: o hidróxido de sódio (NaOH) é uma substância altamente higroscópica.
Por isso, efetue a pesagem do sólido rapidamente e mantenha o frasco
tampado. Quando utilizar a solução preparada não pipete a base com a
boca, use a pêra ou meça o volume na proveta.
m
Cálculo da massa, de soluto (NaOH) necessária u M =

Mol1 . V (l)
M = molaridade
m1 = massa do soluto
Mol1= mol do soluto
V = volume da solução em litros.

Sabendo que o mol de NaOH é 40g, para preparar 100mL de solução


aproximadamente 5 molar, substitua os valores na fórmula e determine a massa de NaOH
que deve ser pesada. Em seguida, siga os procedimentos do preparo de soluções.

m1 m1
M= 5= m1 = 20g
Mol1 . V (l) 40 . 0,1

Preparo de solução 1M de NaOH a partir da solução concentrada:


A partir da solução 5M de NaOH é possível obter outras concentrações através da


diluição, usando a fórmula: Md. Vd = Mc . Vc
Md = molaridade da solução diluída
Vd = volume da solução diluída
Mc = molaridade da solução concentrada
Vc = volume da solução concentrada

PROCEDIMENTOS:

1. Calcule o volume da solução 5M de NaOH necessário para preparar 100mL da


mesma solução, porém, 1M.
Md. Vd = Mc. Vc
1 . 0,1 = 5 . Vc
0,1/5 = Vc u Vc = 0,02mL

40 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


2. Transfira o volume calculado para um balão volumétrico que já contenha uma
pequena quantidade de água destilada, com o auxílio de uma pipeta e adicione
água destilada ao balão para homogeneizar. Em seguida, continue de acordo
com o procedimento 6 do preparo de soluções.

Exemplo 2: Preparo de uma solução de ácido clorídrico 0,1M


Atenção: o ácido clorídrico (HCl), é tóxico e volátil, use óculos de segurança


máscara e não pipete o ácido com a boca, use a pêra ou meça o volume na
proveta. Efetue a transferência de volume rapidamente e mantenha o frasco
tampado.

1. Observe no rótulo do frasco que contém a solução concentrada de HCl,


a densidade e a percentagem (m/m) do ácido na mistura. A partir desses
dados, calcule a massa de HCl necessária para preparar 100mL de solução
0,1 mol/L e determine o volume da solução concentrada que contém essa
massa.

2. Transfira o volume calculado para um balão volumétrico que já contenha


uma pequena quantidade de água destilada, com o auxílio de uma pipeta
e adicione água destilada ao balão para homogeneizar. Em seguida,
continue de acordo com o procedimento 6 do preparo de soluções.

Exemplo 3: Preparo de soluções indicadora de Azul de metileno



(C16H18ClN3S.xH2O) a 1% (m/v).

1. Pese 1g de azul de metileno e transfira para um béquer de 250mL que


já contenha aproximadamente 20mL de água, seguindo as técnicas
explicadas no item 1.6 - PREPARO DE SOLUÇÕES.
2. Misture bem até dissolver completamente, transfira para um balão
volumétrico de 100mL e complete o volume.
3. Guarde a solução em frasco escuro. (Observação: Todas as soluções
indicadoras deverão ser conservadas em frasco âmbar).

Exemplo 4: Preparo de solução indicadora de Amido (C6H10O5)n a 1% (m/v).


1. Pese 1g de amido e transfira para um béquer de 250mL.


2. Adicione aproximadamente 15mL de água para formar uma pasta e
acrescente água fervente suficiente para completar 100mL mantendo em
ebulição até resultar uma solução transparente.
3. Aguarde esfriar e use. (Use sempre uma solução de amido recentemente
preparada).

41
I.7 - CÁLCULO DE PREPARO DE DILUIÇÃO
Uma solução diluída contém soluto (ou alíquota), e, solvente (ou diluente)
combinados de forma proporcional. Pode-se identificar uma diluição de solução pela
quantidade de soluto no volume total, expresso como uma proporção.
Assim, uma substância química pode ser preparada em uma diluição de álcool
de 1/10 (ou 1:10), indicando que um frasco de 10mL contém 1mL do soluto e 9mL de
diluente.

Cálculo: por exemplo, para um volume final de solução de 50mL.


1. Volume final = diluente + alíquota (50mL)
2. Escreva a diluição desejada na forma de proporção, por exemplo, diluição de
1/20 (fator de diluição).
3. Escreva a fórmula para determinar o volume necessário da alíquota e efetue o
cálculo.
Volume final x fator de diluição: 50 x 1/20 = 50 x 0,05 = 2,5
4. Para saber a quantidade de diluente, subtraia o volume da alíquota do volume
total:
50 – 2,5 = 47,5mL
Logo, em uma diluição de 1/20 com volume final de 50mL, usa-se 2,5mL de
soluto (alíquota) e 47,5mL de diluente(solvente).

Cálculo do fator de diluição


O fator de diluição indica quantas vezes foi diluída a solução.
Exemplo: Qual o fator da diluição se você adicionar 0,1mL de uma amostra a
9,9mL de diluente?
Alíquota + Diluente = Volume Final:

0,1mL + 9,9mL = 10mL
O fator da diluição é o volume final dividido pelo volume da alíquota:

10mL/0,1mL = 100 ou seja 1/ 100

I.8 - DESCARTE DE MATERIAIS DE LABORATÓRIO

De acordo com a Legislação Ambiental os efluentes devem ser descartados conforme


parâmetros estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357/2005 (08) e Resolução
CONAMA nº 430/2011 (24), e os resíduos sólidos devem obedecer ao estabelecido na
norma ABNT, NBR ISO 10.004/2004.
Os resíduos e efluentes devem ser segregados e armazenados em recipientes
adequados, em local ventilado, e afastados de áreas de circulação.

42 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Com base nas legislações citadas acima, sugerimos que periodicamente seja
realizado um levantamento dos reagentes vencidos, verificando o que pode ser desprezado
na pia ou lixo, e o que deverá ser incinerado. No caso dos materiais a serem incinerados, o
mesmo deverá ficar guardado na escola, até que seja entregue para empresa especializada
em descartes de reagentes químicos.
Em cada região existem empresas especializadas no tratamento e reciclagem de
reagentes químicos. O LDM é um laboratório escolar de ensino e pesquisa que utiliza
reagentes em microescala e que tem manuais com sugestões de aulas práticas que foram
cuidadosamente selecionadas para não produzir resíduos que venham a causar impacto
ao meio ambiente. Caso o professor insira novas práticas deverá verificar a toxidade dos
resíduos e agir respeitando a legislação.
Todo reagente vencido deve ser descartado, assim como toda vidraria quebrada.
O descarte deverá ser feito segundo os critérios abaixo:
Os materiais identificados e pouco impactantes podem ser dispostos no lixo

(sólido) ou na rede de esgoto (soluções), desde que em pequenas quantidades,
baixas concentrações, baixas toxicidades e atendendo aos limites estabelecidos
pelas legislações ambientais. Dessa forma, podem ser descartadas substâncias
formadas pela combinação dos seguintes íons representados na tabela abaixo:

Cátions Ânions
H , Na , K , Mg , Ca , Fe , Fe , Li e Sn
+ + + +2 +2 +2 +3 +1 +2
BO , B4O . Br , CO3-1, HCO3-1, Cl-1 e HSO3-1.
3
-3
7
-2 -1

Sr+2, Ti+2 e NH4+1. OH-1, I-1, NO3-1, PO4-3, SO4-2 e HCOO-1.

No caso desses íons formarem ácidos e bases, há necessidade de, antes do



descarte, ajustar o pH das soluções para uma faixa entre 6,0 e 8,0.
Algumas substâncias orgânicas, desde que em pequenas quantidades, com até

quatro átomos de carbono e diluídos em água a 10% ou menos, também podem
ser descartadas em lixo comum ou pia. Cita-se entre elas os álcoois, cetonas
(exceto a propanona - acetona), aminas, aldeídos, éteres (exceto o éter etílico),
nitrilas, ésteres e ácidos, além de açúcares como dextrose, frutose, glicose e
sacarose. Em todos esses casos, impõe-se a necessidade de se drenar grande
volume de água de lavagem.
Existem materiais ou substâncias que as restrições para lançamento são mais

limitativas, devido o elevado caráter tóxico, e outras que não podem ser lançados
na rede de esgoto, entre os quais citamos como exemplo:
- Solventes inflamáveis: acetona, benzeno, éter etílico, tolueno, xileno e
acetonitrila;
- Solventes halogenados: clorofórmio, tetracloreto de carbono, dicloroetano e
tricloroetano;
- Substâncias tóxicas: fenóis, hidrazinas, cianetos, sulfetos, formamida e
formaldeído;

43
- Soluções contendo íons de metais tóxicos (Be, Hg, Cd, Ba, As, Cr, Pb, Os, Se,
Tl e V), a menos que em concentração permitidas por lei [exemplos: mercúrio
total= 0,01 mg/L; cromo VI=0,5 mg/L; chumbo total=1,5 mg/L; cádmio
total=0,1 mg/L].
Materiais sólidos contendo os metais tóxicos citados anteriormente devem ser

encaminhados para disposição final em aterros industriais.
Sais de nitratos e nitritos devem ser recolhidos para incineração.

Solventes orgânicos e ácidos também devem ser recolhidos para incineração.

I.9- ROTULAGEM DE SOLUÇÕES PREPARADAS NO LABORATÓRIO

Para rotular as soluções químicas preparadas no laboratório deve-se seguir alguns


critérios básicos. O frasco deve conter no mínimo: nome da solução, fórmula química da
substância, concentração, data de preparação e nome do responsável pela preparação.
Os resíduos devem ser igualmente rotulados com todas as informações de identificação
e segurança.

44 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


45
46 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA
PARTE II: ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DE BIOLOGIA

II.1 - ATIVIDADES PARA O 1º ANO

ATIVIDADE 01 - MICROSCÓPIO ÓTICO

OBJETIVO

Familiarizar-se com o microscópio óptico, as partes constituintes e seu



funcionamento.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Lâminas

Lamínulas

Microscópio

Micropipetas

Pinça

Lâminas prontas

Objetos do cotidiano que possam ser observados ao microscópio: fio de cabelo,

algodão, pólen, imagens impressas, tecido, areia, penas (pedaços).

Ocular Tubo ou canhão

Braço
Revólver
Objetivas
Charriot
Parafuso
Platina macrométrico
Condensador
Parafuso
Espelho ou micrométrico
lâmpada


Diafragma

Figura 01: Microscópio óptico.

PROCEDIMENTOS

1. Identifique as partes do microscópio na imagem (fig.01).


2. Reconheça a função do microscópio, bem como cada uma das partes que o
compõem.

47
3. Posicione na lâmina o material a ser observado.
4. Pegue uma lâmina e com o auxílio de um conta-gotas, acrescente uma gota de
água em cima do material.
5. Cubra a lâmina com uma lamínula, posicionada num ângulo aproximado de 30º
graus, para evitar a formação de bolhas de ar.
6. Inicie a observação na lente de menor aumento e aumente a imagem, utilizando
a objetiva com aumento imediatamente superior a que está sendo empregada.
7. Observe algumas das lâminas do conjunto.
8. Ao realizar as observações, oriente os alunos para que relacionem o tamanho a
olho nu com o examinado ao microscópio.

QUESTÕES

1. O que foi observado ao microscópio? Quais detalhes puderam ser notados que
você não percebeu a olho nu?
2. Explique, com suas palavras, como se dá o aumento do tamanho da imagem do
objeto observado.
3. Em sua opinião, o surgimento do microscópio revolucionou a ciência? Explique.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O primeiro microscópio foi desenvolvido em 1590, por Zacharias e Jensen e foi


aperfeiçoado por Leeuwenhoek, que adicionou ao equipamento lentes que possibilitavam
aumentos de 300 vezes. Em 1665, o cientista Robert Hooke utilizou um microscópio
composto para observar finos cortes de cortiça, identificando estruturas que denominou
de “little boxes or cells” (pequenas caixas ou celas) dando origem assim ao termo “célula”,
que se tornou definitivo e oficial até hoje é usado para denominar a estrutura básica que
forma os organismos. A estrutura originalmente observada por Hooke era o espaço em
que se encontrava a célula quando o tecido vegetal estava vivo (fig.02).

Figura 02: Células observadas por Hooke.

Atualmente, existem dois tipos de microscópio, o óptico e o eletrônico.


O microscópio óptico é composto por três sistemas de lentes (condensador, objetiva e

48 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ocular). O condensador é a lente responsável por projetar a luz sobre as estruturas que
serão observadas. O sistema de lentes formado pelas oculares e objetivas possibilita a
ampliação de imagens até 1000 vezes. Para que o microscópio possa gerar uma imagem
ampliada do objeto analisado, este deve ser muito fino, apresentando aproximadamente
5µm de espessura. Essa medida é a ideal para que a luz possa atravessar o objeto,
evento essencial para a formação da imagem. Os micrometros podem ser relacionados
aos centímetros, 1 centímetro equivale a 10mm, por sua vez 0,1µm equivale a 1mm.
Pode-se afirmar, como base nessas informações, que 1 µm equivale a 1.10-2cm.
O segundo tipo de microscópio mais utilizado pelos cientistas é do tipo eletrônico,
seu tamanho é maior e tem um funcionamento bem mais complexo. O microscópio
eletrônico permite ampliações entre cinco mil e cem mil vezes o tamanho original do
objeto com nitidez, e entre duzentas e trezentas mil com menor nitidez. O material a
ser observado passa por um preparo especial para que receba um feixe de elétrons e
então a imagem se forme. Os elétrons que atravessam o material são captados por lentes
eletromagnéticas (que atraem elétrons) e a partir disso a imagem é projetada e pode ser
observada pelo usuário.

ATIVIDADE 02 - USO DO PAQUÍMETRO NA BIOLOGIA

OBJETIVOS

Familiarizar-se com o uso do paquímetro e com a leitura do nônio.



Observar a diversidade entre indivíduos de uma mesma espécie.

Refletir sobre variabilidade genética dos seres vivos.

Observações: é necessário ter cuidados especiais com os instrumentos de medidas.


Devem ser limpos após o uso com um pano seco para tirar eventuais partículas
de pó e sujeira de maneira geral. Antes de guardá-los por um longo período de
tempo, passe óleo fino anti-ferrugem e mantenha as faces de medição ligeiramente
separadas e destravadas. É bom mantê-los nos seus respectivos estojos.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 paquímetro

01 régua graduada

30 vagens de amendoim torrado.

PROCEDIMENTOS

1. Para facilitar as medidas, com o auxílio de um bisturi, abra as vagens de


amendoim, utilizando-se de uma das metades e descartando a outra.

49
2. Com o paquímetro, meça as dimensões (comprimento e largura) de cada metade
escolhidas e registre os resultados na tabela 01. Faça a medida da largura, na
parte basal da vagem, no sentido perpendicular à linha de sutura das cascas.
3. Repita o procedimento usando a régua graduada e anote os valores na tabela 01.

Paquímetro Régua
Nº Largura (mm) Comprimento (mm) Nº Largura (mm) Comprimento (mm)
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 10
11 11
12 12
13 13
14 14
15 15
Tabela 01: Valores das dimensões das vagens do amendoím.

QUESTÕES

1. Faça uma comparação entre as medidas realizadas com o paquímetro e com a


régua.
2. O paquímetro é considerado um instrumento de precisão? Justifique.
3. Cite exemplos de ocasiões onde é imprescindível o uso do paquímetro.
4. Qual a diferença entre precisão e exatidão?
5. Existe diversidade genética entre os indivíduos da espécie analisada? Explique.
6. Como podem ser explicadas as semelhanças e as diferenças entre os indivíduos
da mesma espécie?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O amendoim (Arachis hypogaea) (fig.01) é uma planta da família Fabaceae, como o


feijão e a ervilha. Suas vagens, no entanto, se desenvolvem dentro do solo. O pedúnculo
floral, após a polinização, curva-se para baixo, continuando a crescer até enterrar o ovário
da flor. No solo, as vagens se desenvolvem e amadurecem.

50 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Figura 01: Planta do amendoim.

 Diversidade genética - os indivíduos de uma mesma espécie não são geneticamente


idênticos entre si. Cada indivíduo possui uma combinação única de genes que fazem
com tenham características diferentes (forma, cores, tamanhos, etc.).
Na espécie estudada na atividade prática fez-se uma análise da variação do tamanho
das vagens e foi possível perceber a variação nas dimensões.
Em biologia, no processo de medições das espécies efetuado em campo ou em
laboratório, uma das ferramentas mais utilizadas para tomar as medidas, que irão compor
o banco de dados, para a análise estatística é o paquímetro. São efetuadas medições
com paquímetros em pássaros, insetos, folhas, peixes, etc. em diferentes locais, como
florestas, praias, rios, manguezais, etc..

Paquímetro Universal:
Foi concebido para tomar dimensões lineares externas por contato. Com menor
exatidão também mede dimensões internas, profundidades e ressaltos. O nônio ou vernier
é a escala de medição contida no cursor móvel do paquímetro, que permite uma precisão
decimal de leitura através do alinhamento desta escala com uma medida da régua.
O termo Paquímetro (fig.02) vem do Grego: paqui (espessura) e metro (medida).
É uma ferramenta utilizada para medir a distância entre dois lados simetricamente opostos
em um objeto. O paquímetro é ajustado entre dois pontos, retirado do local e a medição
é lida em sua régua.
O objetivo de tomar medidas com o paquímetro se deve pela dificuldade de
leitura onde há necessidade de precisão em medidas extremamente pequenas ou pouco
perceptíveis a olho nu.

51
Figura 02: Paquímetro.
Legenda:

1. orelha fixa 8. encosto fixo


2. orelha móvel 9. encosto móvel
3. nônio ou vernier (polegadas) 10. bico móvel
4. fixador 11. nônio ou vernier (milímetros)
5. cursor 12. impulsor
6. escala de polegadas 13. escala de milímetros
7. bico fixo 14. haste de profundidade

Para usar o paquímetro de forma correta:

Mantenha o seu cursor e encosto limpos, e a peça a ser medida precisa estar

sempre bem posicionada entre seus bicos
Proteja-o de luz solar direta

Não o desmonte

Evite os choques ou movimentos bruscos

Evite um aperto forte dos bicos sobre o objeto que será medido.

A medida da dimensão de um corpo pode ser realizada do seguinte modo:

a) A quantidade inteira em mm de uma medida será dada pelo espaço da escala


milimétrica, compreendido entre o zero da escala fixa e do nônio.
b) A parte decimal da leitura será fornecida pelo traço do nônio que coincidir
com algum traço da escala em milímetros. Se não houver coincidência, haverá
um intervalo do nônio compreendido entre dois traços consecutivos da escala
milimétrica. Lemos o primeiro dos traços do nônio como décimos de milímetros
e acrescentaremos cinco centésimos, veja os exemplos de uma medida de
3,275cm na figura 03.

52 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Figura 03: Leitura com o Paquímetro Universal.

ATIVIDADE 03 - A EXPERIÊNCIA DE FRANCESCO REDI

OBJETIVO

Provar que os vermes que surgem na matéria orgânica são provenientes de ovos

depositados por insetos.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

02 frascos (vidro) médios



Barbante ou elástico

200g de carne moída

Gaze

Etiquetas adesivas

Espátula

Caneta.

53
PROCEDIMENTOS

1. Etiquete os frascos e marque um com a letra A e outro com a letra B.


2. Divida a carne em duas porções e coloque uma em cada frasco.
3.Tampe o frasco A com a gaze ( prenda bem com o elástico) e deixe o frasco B
descoberto.
4. Coloque os dois frascos em um ambiente externo por aproximadamente uma
semana.
5. Observe e anote os resultados.

Figura 01: Resultados do experimento.

QUESTÕES

1. O que podemos concluir após as observações feitas?


2. Qual teoria foi comprovada através deste experimento?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O médico italiano Francesco Redi era contrário à teoria da geração espontânea


(abiogênese), segundo a qual, a vida pode surgir da matéria sem vida.
Em 1668, elaborou uma experiência, semelhante à realizada acima, para testar
sua hipótese. Colocou carne moída em vários vidros, deixando alguns abertos para que

54 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


as moscas pudessem pousar e depositar ovos. Outros vidros foram cobertos com tecido
fino de algodão que impedia o depósito de ovos pelas moscas, mas permitia a entrada
de ar.
Isto era fundamental, porque os defensores da geração espontânea diziam que o
fenômeno só ocorreria em presença de ar. Após alguns dias, Redi observou a presença de
moscas nos vidros abertos. De acordo com a teoria da geração espontânea isso deveria
ocorrer nos dois frascos.
Desta forma, Redi provou que as larvas surgiam das moscas, e não por geração
espontânea, confirmando a teoria da biogênese.

ATIVIDADE 04 - DESTILAÇÃO DA ÁGUA

OBJETIVO

Obter água pura, através de um processo físico de separação de misturas,



contendo somente os elementos oxigênio e hidrogênio.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 tela de amianto

01 suporte universal

01 argola e mufa

01 erlenmeyer

01 rolha perfurada

01 condensador

01 béquer

Água

01 lamparina

Fósforo.

PROCEDIMENTOS

1. Monte o sistema conforme a figura 01.

55
Figura 01: Destilação simples.

2. Coloque a água no erlenmeyer, acenda a lamparina e aguarde até que a destilação


ocorra.

QUESTÕES

1. O que é água destilada?


2. Como pode ser produzida água destilada?
3. Por que a água destilada não é própria para beber?
4. Quais são as utilidades da água destilada?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A destilação é um processo pelo qual se evapora totalmente a água de uma mistura


e, em seguida, resfriando o vapor, obtêm-se novamente água líquida pura.
A água destilada ou água pura é aquela que contém, unicamente, os elementos
oxigênio e hidrogênio. Pode ser produzida em laboratório ou na natureza, logo quando
se forma a chuva. A água destilada não é própria para beber, pois não possui os sais
minerais necessários para nosso organismo. Este tipo de água é utilizado, entre outras
coisas, nas baterias de automóveis, para o preparo de soluções em laboratório, no preparo
de cosméticos e para a produção de remédios.
Para realizar a destilação podemos usar um destilador ou alambique. O aquecimento
provoca a vaporização da água, enquanto que as outras substâncias ou impurezas
permanecem no recipiente. Ao passar por um tubo de vidro resfriado com água corrente,
o vapor d’água condensa, transformando-se em água líquida e isenta de qualquer outra
substância ou impureza.

56 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 05 - DETECÇÃO DA PRESENÇA DE AMIDO

OBJETIVO

Identificar alimentos utilizados em nosso cotidiano que apresentam o amido.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 colher de arroz branco cozido



01 colher de arroz integral cozido

01 colher de açúcar

01 colher de maisena

01 colher de farinha de trigo

01 colher de farinha de mandioca

01 colher de macarrão cozido

½ batata doce

½ batata inglesa

01 pedaço de mandioca

01 bolacha doce

01 fatia de pão

01 banana (amassada)

½ maçã (raspada)

½ copo de suco de laranja

½ copo de leite

01 colher de sal de cozinha

01 filtro de papel

01 folha de papel ofício

Lugol

17 tubos de ensaio

04 suportes para tubos de ensaio

01 espátula

01 pipeta graduada

Palitos de churrasco

01 micropipeta.

PROCEDIMENTOS

1. Transfira para cada tubo de ensaio o equivalente a ½ espátula de cada amostra.


2. Identifique os tubos numericamente. Ex.: Tubo 1 com a amostra 1 (arroz branco
cozido)

57
3. Acrescente 3mL de água em cada tubo de ensaio.
4. Insira o palito no tubo, misture bem o sistema e jogue o palito no lixo.
5. Com o auxílio da micropipeta adicione 2 gotas de lugol em cada tubo.
6. Observe e anote o resultado.

QUESTÕES

1. Qual a composição química do amido?


2. Qual a importância do amido para os vegetais? Explique.
3. Qual a função desempenhada pelo lugol durante o experimento?
4. Preencha corretamente a tabela 01, de acordo com as observações feitas.

Alimento pesquisado Coloração com lugol Presença de amido


Arroz branco cozido
Arroz integral cozido
Açúcar
Maisena
Farinha de trigo
Farinha de mandioca
Macarrão cozido
Batata doce
Batata inglesa
Madioca
Bolacha salgada
Bolacha doce
Pão
Banana
Laranja
NaCI (sal de cozinha)
Papel de filtro
Papel ofício
Leite
Tabela 01: Resultados do experimento.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O amido é o material de reserva dos vegetais. É formado pela união de moléculas


de glicose, produzida durante a fotossíntese. A molécula de amido é fonte de energia para
os vegetais. Permite, em casos desfavoráveis a fotossíntese, a sobrevivência dos vegetais.
São necessárias mais de 1400 moléculas de glicose para formar uma de amido, por isso
este é classificado como polissacarídeo.

58 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


O lugol é uma substância química que reage na presença do amido, tendo sua
coloração alterada. Ao entrar em contato com alimentos ricos em amido adquire coloração
roxa (azulada).

ATIVIDADE 06 - DETECÇÃO DE VITAMINA C

OBJETIVO

Identificar a presença da vitamina C no alimentos.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

Álcool etílico

Farinha de trigo

Solução de iodo

Suco de limão

Vitamina C

Água

Suporte para tubos

04 tubos de ensaio

Béquer

Bastão de vidro

Lamparina

Pinça de madeira

Colher de medida

Etiquetas

Suporte universal

Argola

Tela de amianto.

PROCEDIMENTOS

1. Monte um sistema para aquecimento.


2. Enumere quatro tubos de ensaio e encha o tubo 1 com água.
3. Despeje esse conteúdo no béquer, adicione 03 colheres rasas de farinha de trigo
e misture bem.

59
4. Aqueça esta mistura sem deixar ferver.
5. Adicione 05 gotas de solução de iodo sobre a mistura e agite.
6. Divida esta mistura nos três tubos.
7. Adicione algumas gotas de limão no tubo 2, observe e anote o que ocorreu.
8. Adicione algumas gotas de vitamina C dissolvidas no tubo 3, observe e anote o
que ocorreu.
9. Adicione algumas gotas de água no tubo 4, observe e anote o que ocorreu.

QUESTÕES

1. Descreva e explique o que ocorreu em cada um dos tubos.


2. Quais são as principais funções da vitamina C?
3. O organismo pode produzir sua própria vitamina C?
4. Pode ocorrer a perda de vitamina C durante o preparo dos alimentos?
5. Em que alimentos encontramos vitamina C?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O ácido ascórbico é conhecido popularmente como vitamina C. Esta substância não


é produzida pelo corpo humano, deve ser adquirida a partir do consumo de determinados
alimentos (limão, laranja, acerola) ou pela ingestão de suplementos.
A vitamina C sintética e a natural apresentam estrutura química idêntica e exercem
as mesmas funções no corpo humano. Entre as funções podem ser citadas as seguintes:

Fortalecimento do sistema imunológico: prevenção de gripes e resfriados.



Favorecimento da absorção de ferro: funcionamento adequado das hemácias.

Participa da formação do colágeno: fibra de sustentação dos tecidos.

Age como antioxidante: protege as células dos radicais livres.

O preparo dos alimentos envolve o aquecimento e cozimento destes. Esses processos


podem destruir a vitamina C, por isso o ideal é, se possível, consumir os alimentos frescos.
Caso isso não seja possível, o ideal é aumentar a quantidade de alimentos com vitamina
C ingeridos.

60 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 07 - DETERMINAÇÃO DE PRESENÇA DE
PROTEÍNA EM AMOSTRAS

OBJETIVOS

Identificar a presença de proteínas em alguns alimentos.



Verificar entre os alimentos testados quais apresentam maior quantidade de

proteínas.
Comprovar a presença de nitrogênio nas proteínas.

Recomendações: esta atividade prática deve ser realizada exclusivamente pelo
professor que deverá usar os EPIs recomendados (máscara e óculos de proteção).
A cal sodada produzida na parte II é muito cáustica e deve ser manuseada com
cuidado.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

02 tubos de ensaio médios



06 tubos de ensaio (pequenos)

01 suporte para tubos

01 colher de medida

01 vareta de vidro

01 garra de madeira

01 fogareiro

 Fósforo
Etiquetas

01 micropipeta

Solução de sulfato de cobre 0,1% (CuSO4)

Hidróxido de sódio 10% (NaOH)

Amostras (clara de ovo, leite, feijão, arroz, batata, carne moída, fios de cabelo)

Óxido de cálcio (CaO)

Papel indicador

Máscara

Luvas

Óculos de segurança

Água destilada.

61
PROCEDIMENTOS

PARTE I: TESTE DE BIURETO

1. Coloque etiquetas em 06 tubos de ensaio e prepare-os de acordo com a tabela 01.

Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4 Tubo 5 Tubo 6


½ colher de ½ colher ½ colher ½ colher de
½ colher de ½ colher de
Amostra chá de clara de chá de de chá de chá de carne
chá de leite chá de arroz
de ovo feijão batata moída

Observações

Tabela 01: Montagem do experimento.

2. Acrescente a cada tubo 12 gotas de água destilada e, com o auxílio da vareta de


vidro, agite até diluir as amostras.
3. Adicione em cada tubo 03 gotas de NaOH e 07 gotas de CuSO4, e com a vareta
de vidro observe a coloração adquirida.

PARTE II: PREPARAÇÃO DE CAL SODADA

1. Etiquete um tubo de ensaio com a letra A, coloque 03 colheres de medida de


óxido de cálcio, 03mL de hidróxido de sódio e agite.
2. Segure o sistema com uma garra de madeira e aqueça até secar.
3. Deixe em repouso no suporte para tubos até esfriar.


PARTE III: IDENTIFICAR O NITROGÊNIO

III.A - CLARA DE OVO

1. Etiquete um tubo de ensaio com a letra B, coloque 1/2 colher de clara de ovo e
1/2 colher da substância obtida no tubo A (cal sodada) e agite.
2. Coloque um pedaço de papel indicador na boca do tubo B, segure com uma
garra de madeira e aqueça suavemente.
3.
Quando houver mudança na coloração do papel indicador, abane
(cuidadosamente) o gás liberado nessa reação na direção de seu nariz. Sinta o
forte odor liberado.
4. Molhe uma vareta de vidro no ácido clorídrico, aproxime da boca do tubo e
anote o que ocorreu.

III.B - FIOS DE CABELO

1. Corte o equivalente a 1/2 colher de fios de cabelo e coloque num tubo de ensaio.
2. Adicione água destilada até cobrir todo o cabelo e acrescente 1/2 colher de cal
sodada.

62 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


3. Coloque um pedaço de papel indicador na boca do tubo de ensaio, segure com
uma pinça de madeira e aqueça suavemente na chama do fogareiro.
4.
Quando houver mudança na coloração do papel indicador abane
(cuidadosamente) o gás liberado nessa reação na direção do seu nariz. Sinta o
forte odor liberado.

QUESTÕES

1. Defina o que são proteínas.


2. Na parte I, em que alimento há maior concentração de proteínas? Explique.
3. Qual a importância das proteínas para a vida do ser humano?
4. As enzimas são proteínas?
5. Para que servem as enzimas?
6. O que obtemos pela hidrólise das proteínas?
7. O que são aminoácidos essenciais?
8. Que elementos participam da constituição da maioria das proteínas?
9. Qual a função da cal sodada?
10. Como podemos comprovar a presença de nitrogênio nas partes IIIA e IIIB?
11. Por que o papel indicador mudou de cor?
12. O forte odor liberado é da amônia, que ao reagir com o ácido clorídrico presente
na vareta de vidro, forma uma substância que desprende uma névoa branca. Que
substância é essa?
13. Escreva a equação da reação.
14. Como podemos comprovar a presença de nitrogênio nos fios de cabelo?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As proteínas são polímeros naturais de condensação de aminoácidos que são


compostos de função mista, ácido carboxílico (R - COOH) e amina (R - NH2). São
substâncias importantíssimas na produção da matéria viva e no fornecimento do material
necessário ao crescimento. Encontramos proteínas em todas as células vivas exercendo
importantes papéis:

Construção do organismo: são as proteínas estruturais.


Colágeno: presente na pele, ossos, cartilagens, tendões.
Queratina: é mais abundante nos cabelos e unhas.
Albumina: é mais abundante no plasma sanguíneo.
Mioxina: principal constituinte dos músculos e responsável pela mobilidade.

63
Hemoglobina: presente nas hemácias e é importante no transporte de gases pelas
células vermelhas do sangue.
Catálise: são as enzimas que controlam e facilitam as reações bioquímicas. A falta
de enzimas pode tornar inviáveis certos processos que são vitais ao nosso organismo,
que na sua ausência ficam lentos e ineficazes. A ação de uma enzima está limitada a
certa faixa de pH (específico do meio em que ela atua) e da temperatura. Variações de
temperatura e do pH do meio podem causar alterações na estrutura espacial da proteína,
tornando-a inativa.
Defesa: são os anticorpos produzidos por células específicas do sistema imunológico
- linfócitos.
Antitóxicas: neutralizam as toxinas dos agentes de infecção, como as bactérias.
Aglutininas: aglutinam certos agentes de infecção.
Opsoninas: tornam os agentes de infecção mais facilmente atacados pelos fagócitos.
Lisinas: dissolvem certos agentes de infecção.

As proteínas por hidrólise originam os aminoácidos. A partir das proteínas foram


identificados cerca de trinta aminoácidos, dos quais, aproximadamente, dez são aminoácidos
essenciais (exemplo: valina, leucina, fenilalanina, triptofano, etc.). Os aminoácidos
essenciais não podem ser sintetizados pelo organismo animal, por isso devem fazer parte
da alimentação. São encontrados principalmente, nos vegetais, hortaliças e legumes.

PARTE I:
Nos tubos em que os alimentos apresentam proteínas, a cor, inicialmente, azul,
muda para púrpura (rósea mais ou menos violácea). As reações envolvidas são muito
complexas e ocorrem com as ligações peptídicas que ligam as várias moléculas de
aminoácidos. Quanto mais intensa a cor, maior será a quantidade de proteínas presen­tes
no alimento.

PARTE II:

A cal sodada é uma mistura de hidróxido de sódio e óxido de cálcio, muito utiliza­da
para absorção de vapores ácidos em máscaras contra gases. (Deve-se tomar o má­ximo
cuidado no manuseio desta mistura, que é muito cáustica).

PARTE III A:

As proteínas são constituídas essencialmente por carbono, hidrogênio, nitrogênio,


oxigênio e, na quase totalidade dos casos, também por enxofre. A estes elementos,
com menor frequência, juntam-se outros, como ferro, fósforo, iodo, etc. Nesta parte do
experimento é possível verificar a presença do elemento nitrogênio, através de reações
químicas simples. O aquecimento da clara de ovo com a cal sodada promove a quebra
das cadeias de proteínas, formando aminoácidos que, posteriormente, originam a amônia
(NH3 - odor forte liberado).

64 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Proteína + cal sodada → aminoácidos

A presença da amônia em sua fase gasosa é percebida por seu odor característico;
por mudar para azul a cor do papel indicador e pela fumaça branca de seu sal (cloreto de
amônio) formada ao reagir com o ácido clorídrico presente na vareta de vidro. Esta reação
pode ser expressa pela equação:

NH3 + HCl → NH4Cl

A proteína presente na clara do ovo é a albumina.

PARTE III B:

No aquecimento dos fios de cabelo com a cal sodada, ocorre a quebra das cadeias
de proteínas, formando aminoácidos que mais tarde vão originar a amônia, facilmente
identificável pelo odor desagradável liberado no item 4 e pela mudança na cor do papel
indicador.
A proteína presente nos fios de cabelo é a queratina.

ATIVIDADE 08 - DIFERENÇAS ENTRE CÉLULAS ANIMAL E VEGETAL

OBJETIVO

Mostrar as principais diferenças entre uma célula animal e uma célula vegetal.

Recomendações: sempre que for colocar a lamínula em cima da lâmina com
material, faça-o com um ângulo de 30º e deixe o líquido escorrer antes de
abaixar a lamínula.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Microscópio

01 câmera digital

01 projetor ou TV

01 cebola

Lugol

Conta gotas

01 lâmina de barbear

02 lâminas

02 lamínulas

01 palito

Solução de azul de metileno.

65
PROCEDIMENTOS

PARTE I: LÂMINA VEGETAL

1. Retire um fino corte da epiderme interna de uma pétala da cebola e deposite o


corte em uma lâmina previamente preparada. Em seguida coloque uma gota de
lugol e cubra com a lamínula.
2. Observe no microscópio e projete para os alunos desenharem.

PARTE II: LÂMINA ANIMAL

1. Prepare previamente a solução de azul de metileno como indicada no item 1.6


Preparo de soluções, exemplo 3 deste manual.
2. Lave bem a boca para tirar resíduos e com um palito, esfregue a parte interna da
boca com suavidade para retirar as células.
3. Coloque em uma lâmina previamente limpa e pingue uma ou duas gotas de azul
de metileno para cobrir com a lamínula.
4. Observe no microscópio e projete para os alunos desenharem.

QUESTÕES

1. Faça o desenho das células observadas, identificando as estruturas.


2. Quais estruturas são identificadas na célula vegetal?
3. Quais estruturas são identificadas na célula animal?
4. A que se deve a diferença de cor nas duas lâminas?
5. Cite as principais diferenças entre as células animal e vegetal?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Para facilitar o estudo das células animais e vegetais, analise a tabela 01.
CÉLULA ANIMAL CÉLULA VEGETAL
Definição São as células que formam os São as células que formam os
tecidos dos animais tecidos das plantas
Tipo de célula Eucarionte Eucarionte
Parede celular Não tem Tem (formada por celulose)
Formato Circular e com formato Retangular e com formato fixo
irregular
Tamanho Variam de 10 a 30 Variam de 10 a 100
micrômetros de comprimento micrômetros de comprimento
Armazenamento de energia Em forma de glicogênio Como amido
Crescimento As células animais aumentam As células vegetais ficam
de tamanho aumentando o maiores aumentando o
número de suas células tamanho de suas células
Tabela 01: Comparação entre as células animais e vegetais.

66 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Estrutura das células vegetais e células animais:
Todas as células eucarióticas possuem membrana plasmática, que tem como função
a separação do meio intracelular e extracelular. Porém, as células vegetais também possuem
uma parede celular, que a reveste externamente. Essa parede é formada principalmente por
celulose e garante mais resistência a essa célula, além de dar a sua forma.

Organelas que são diferentes:


Lisossomos, está presente apenas nas células animais.

Centríolo, está presente na maioria das células animais. Nos vegetais são

encontrados em apenas alguns grupos, como das briófitas e pteridófitas.
Plastos, presentes apenas nas células vegetais. Existem os cromoplastos,

leucoplastos e o cloroplasto.
Glioxissoma, presente apenas nas células vegetais.

Organelas que são comuns:


Ribossomos.

Retículo endoplasmático.

Complexo de Golgi.

Peroxissomos.

Mitocôndrias;

Membrana plasmática.

Citoplasma.

No experimento é possível diferenciar as células animal e vegetal quanto as
estruturas parede celular, posição do núcleo e vacúolo celular.
No decorrer do experimento o professor pode explicar a importância da parede
celular para os vegetais e que as duas células apresentam a membrana plasmática, porém
a mesma não é visível ao microscópio ótico. No entanto é possível observar o limite da
célula com a ajuda do corante que age no citoplasma.

ATIVIDADE 09 - MEMBRANA SEMIPERMEÁVEL

OBJETIVO

Identificar uma membrana semipermeável.


MATERIAIS NECESSÁRIOS
Funil de vidro

Papel celofane

Elástico

67
Cuba de vidro

Açúcar

Colher

Algodão

Água

Seringa descartável.

PROCEDIMENTOS

1. Coloque água até a metade da cuba.


2. Prenda o celofane na boca do funil utilizando o elástico.
3. Vire o funil, deixando-o com a boca para baixo.
4. Misture água e uma colher de açúcar no béquer e introduza no funil. Use a
seringa até a base do tubo estreito.
5. Marque o nível de água no tubo estreito e feche a abertura com um chumaço de
algodão.
6. Coloque a montagem realizada nos itens 3, 4 e 5 na cuba, com a boca para
baixo (fig.01).
7. Deixe o sistema em repouso até o dia seguinte. Observe e anote o que ocorreu.

Figura 01: Montagem do experimento.

QUESTÕES

1. O que aconteceu com o nível de água no tubo estreito?


2. Por que a água passou da cuba para o funil? Explique.
3. O que é uma membrana semipermeável?

68 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


4. O que aconteceria se colocássemos uma hemácia em solução hipotônica?
5. O que aconteceria se colocássemos uma hemácia em solução hipertônica?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Quando duas soluções com diferentes concentrações são separadas por uma
membrana semipermeável, a água ou qualquer outro solvente atravessa a membrana em
direção à solução mais concentrada.
A membrana plasmática que reveste as células é uma membrana semipermeável.
Sua estrutura é composta por lipídios e proteínas. Além de proteger o conteúdo celular,
permite ou impede as substâncias que entram e saem das células e por isso é tida
semipermeável (permite a passagem de pequenas moléculas). Uma das substâncias que
transita livremente pela membrana é a água, fenômeno que recebe o nome de osmose.
A osmose ocorre como uma tentativa de equilibrar as concentrações de duas soluções.
As soluções podem ser classificadas com relação à quantidade de soluto que
apresentam na mistura. Se uma solução apresentar maior quantidade de soluto que outra
solução será uma solução hipertônica. Se uma solução apresentar menor quantidade de
soluto que outra solução será uma solução hipotônica.
Ao colocar uma hemácia em solução hipotônica, a água entrará na hemácia.
A célula irá aumentar de volume, a hemólise (a célula estoura) irá ocorrer se o aumento
de volume for superior ao que a hemácia suporta. Se a hemácia for adicionada a uma
solução hipertônica perderá água e ficará crenada (murcha).
Ao observar o experimento no dia seguinte ao preparo, será possível perceber
que o nível de água no funil aumentou. O celofane funcionou como uma membrana
semipermeável e permitiu a passagem de água. O solvente (água) passou da cuba para o
funil com o objetivo de diminuir a concentração da solução e igualá-la a da solução da
cuba. No dia seguinte ao procedimento, pode-se verificar que o nível da água açucarada
subiu no tubo do funil, acima da marca feita. Isso demonstra que a água da cuba atravessou
o celofane e entrou no funil.

ATIVIDADE 10 - TRANSPORTE ATRAVÉS DE MEMBRANAS SEMIPERMEÁVEIS

OBJETIVO

Demonstrar a passagem de substâncias através de membranas semipermeáveis.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

Saco de freezer

Lugol

1/2 xícara de farinha de milho grossa

69
01 vidro de coleta

01 béquer.

PROCEDIMENTOS

1. Prepare uma solução de 50mL de água e 1/4 de xícara de farinha de milho grossa
no interior de um béquer.
2. Coloque a solução no interior de um saquinho de freezer (com cuidado feche o
saquinho).
3. Encha o vidro de coleta com água até a metade e nele acrescente 30 gotas de
lugol.
4. Coloque o saquinho de freezer no interior do vidro de coleta (a abertura do
saquinho de freezer deve ficar imersa no vidro de coleta)
5. Aguarde por 1/2 hora e registre os resultados.

QUESTÕES

1. Relate e explique o que foi observado durante o experimento.


2. Que tipos de transporte aconteceram durante este experimento?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A plasmalema ou membrana plasmática é uma membrana semipermeável e


seletiva, que é responsável por funções como, proteção celular, locomoção, formação de
organelas citoplasmáticas, e, principalmente, pelo controle das substâncias que entram e
saem da célula.
Alguns dos transportes realizados pela plasmalema são feitos sem consumo de
energia, como a osmose, a difusão e a difusão facilitada (com o auxílio de proteínas
transportadoras da própria membrana, permeases). Isto ocorre por serem transportes a
favor de um gradiente de concentração (o material a ser transportado sai do meio onde
está mais concentrado, para o meio onde está menos concentrado). Já outros transportes
consomem energia, como o ativo (por ser contra o gradiente de concentração) e em bloco
(fagocitose, pinocitose e clasmocitose), por transportarem moléculas maiores ou maior
quantidade de material.

Fagocitose: transporte de grande quantidade de material sólido do meio extra



para o meio intracelular. Esse processo, em geral, ocorre com formação de
pseudópodes (falsos pés).

70 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Figura 01: Fagocitose.

Pinocitose: transporte de material líquido do meio extra para o meio intracelular.



Ocorre através das invaginações da plasmalema.

Figura 02: Pinocitose.

Clasmocitose: transporte de excretas do meio intra para o meio extracelular.


Figura 03: Clasmocitose.

Durante o experimento, podemos observar que o saquinho de freezer, aos poucos,


apresentará alteração na cor e no volume do seu conteúdo. A alteração na cor se deve ao
transporte de lugol para o interior do mesmo, o que é caracterizado como uma difusão
simples.
O contato do lugol com a farinha de milho fará com que ela altere a sua cor inicial,
apresentando-se, após o experimento, escurecida, isso por que o lugol em presença de
amido revela uma coloração azul escuro.
Já, o aumento do volume no interior do saquinho, se explica pelo fato de ocorrer
entrada de água no mesmo. Essa passagem de água é caracterizada como osmose. Dessa
forma, nesse experimento, pode-se visualizar, ao mesmo tempo, osmose e difusão.

71
ATIVIDADE 11 - MEIOS HIPOTÔNICO, ISOTÔNICO E HIPERTÔNICO

OBJETIVO

Conhecer o processo de osmose em vegetais.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

3 placas de Petri

1 pimentão

Etiquetas

1 colher

01 béquer de 50mL

Água natural

01 frasco lavador com água destilada

Sal de cozinha.

PROCEDIMENTOS

1. Numere as três placas de Petri


2. Recorte três pequenas tiras do pimentão de mesmo tamanho, finas (mais ou
menos 1,0cm) e retas e adicione uma em cada placa, com a parte interna voltada
para baixo.
3. Use o béquer como medida, adicione 30mL de água destilada na placa 1, 30mL
de água natural na placa 2 e 30 mL de água destilada misturada com 1 colher de
sal de cozinha na placa 3.
4. Aguarde alguns minutos, observe e anote os resultados na tabela 01.
Placas de Petri Meio Resultados
1
2
3

Tabela 01: Resultados do experimento.

QUESTÕES

1. Que tipo de transporte ocorreu?


2. Como podemos deduzir em qual direção houve passagem de água entre os
meios interno e externo em cada um dos béqueres?

72 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


OBSERVAÇÓES PARA O PROFESSOR

Na experiência não se observa a passagem de solutos entre as células vegetais e


o meio externo, mas sim a passagem do solvente – a água. Esse tipo de transporte é a
osmose, que é a passagem da água do meio hipotônico para o meio hipertônico.
No experimento, as variações morfológicas sofridas nas fatias do pimentão
ocorreram devido à entrada e saída de água, influenciadas pela maior ou menor
concentração de sais no interior da célula, tornando-a hipotônica, hipertônica ou isotônica.
Na placa 1 (água destilada), ocorre o inchaço da tira de pimentão devido à pressão
osmótica gerada pela maior concentração de sais no interior celular.
Na placa 2 (água natural) ocorre equilíbrio hidrostático ao gerar um sistema
isotônico ou de mesma concentração de sais.
Já na placa 3 (água com sal) a tira de pimentão murcha, pois, pela adição de sal, a
célula se tornou hipotônica em relação à solução de maior concentração.
Ou seja, a maior concentração de sais no interior da célula possibilita a maior difusão
de água fazendo a célula inchar. Do contrário, a tendência é que haja maior difusão de
água do meio interno para o meio externo, fazendo-a murchar. Enfim, caracterizando o
processo de osmose.

ATIVIDADE 12 - PLASMÓLISE E DEPLASMÓLISE

OBJETIVO

Observar as modificações morfológicas celulares, decorridas em resposta à



presença de meios com diferentes concentrações.

MATÉRIAS NECESSÁRIOS

Lâmina de barbear

½ cebola roxa

Papel toalha

Lâmina

Lamínula

Açúcar branco

01 copo de béquer

01 espátula

Microscópio

Câmera digital

Projetor ou TV.

73
PROCEDIMENTOS

PARTE I: PLASMÓLISE

1. Prepare um fino corte da epiderme interna de uma pétala de cebola, com suco
celular roxo.
2. Deposite o corte sobre uma lâmina, previamente preparada com uma gota de
água e cubra com uma lamínula.
3. Observe as células vegetais ao microscópio e projete para os alunos desenharem
identificarem suas partes.
4. Em seguida, deposite 3 gotas da solução de açúcar (preparada previamente) num
dos lados da lamínula e no outro lado coloque um pedaço de papel absorvente
e aguarde até que este fique úmido (tome cuidado para que a lamínula não seja
deslocada durante a observação).

PARTE II: DEPLASMÓLISE

1. Coloque de um lado da lamínula 3 gotas de água sobre a lâmina do experimento,


e do outro, uma folha de papel toalha, até que fique bem molhada.
2. Observe ao microscópio o que acontece com a célula e anote os resultados.

QUESTÕES

1. O que aconteceu com as células de cebola durante a parte I?


2. O que foi observado na parte II?
3. Que tipo de transporte ocorreu nas partes I e II?
4. Dê um exemplo de onde ocorre a plasmólise no dia a dia.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A plasmólise é um fenômeno típico de células vegetais, quando expostas a


um meio hipertônico. Nesta condição, a água contida no interior do citoplasma,
principalmente no vacúolo do suco celular, passa para o meio externo por um processo
denominado osmose. Esse processo ocorre pela passagem do solvente, presente no meio
menos concentrado (meio hipotônico) para o meio mais concentrado (meio hipertônico),
não requerendo para isso, consumo de energia. Isto faz com que todo o citoplasma se
reduza, ficando unido à parede celular apenas por alguns pontos, como demonstrado na
figura 01.

74 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Vacúolo Membrana
Celulósica

Citoplasma

Figura 01: Ocorrência da Plasmólise.

Na parte I as células entraram em plasmólise, uma vez que ocorreu visível redução
do seu protoplasma. Isto se deve à saída de água do interior do citoplasma por osmose.
Na parte II as células em plasmólise, depois de entrarem em contato com a água
doce, voltaram a ficar túrgidas, perdendo seu aspecto murcho. Isso ocorreu devido à
entrada de água do meio para o citoplasma, através de osmose.
Nas partes I e II ocorreu um transporte caracterizado como osmose.
Na parte I a água saiu do meio intracelular para o extracelular e na parte II a água
saiu do meio extracelular para o intracelular.
Portanto, podemos dizer que durante a osmose, teremos sempre a passagem do
solvente do lado hipotônico para o lado hipertônico.
No nosso dia a dia podemos observar a plasmólise nas verduras temperadas, nas
flores que murcham ao ar.

Figura 02: Estrutura membrana plasmática.

75
ATIVIDADE 13 - OSMOSE NA MEMBRANA DE UM OVO

OBJETIVO
Observar o processo de osmose através da membrana de um ovo.

Recomendação: prepare a solução de açúcar previamente.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Copos de vidro incolor

Colher de sopa

02 ovos de tamanhos iguais

Vinagre

Açúcar

Água

Pipeta

Balança

Lamparina

Tela de amianto

Panela

Colher de pau.

PROCEDIMENTOS
1. Prepare uma solução supersaturada de açúcar conforme as instruções a seguir.
2. Coloque 250g de água numa panela e aqueça.
3. Adicione 250g de açúcar, continue aquecendo e mexendo até que a dissolução
seja completa. A solução ficará amarelada e viscosa.
4. Aguarde até que esteja fria para iniciar o restante da prática.
5. Lave um ovo somente com água e coloque num copo contendo cerca de 250mL
de vinagre.
6. Observe o que acontece durante 5 a 10 min e anote.
7. Deixe o sistema em repouso cerca de 1 dia. Ao lado, deixe o outro ovo para
comparação.
8. Observe se houve alterações a cada dia e anote. Aguarde até dissolução completa
da casca do ovo. Compare o tamanho do ovo mergulhado no vinagre com o do
outro ovo.
9. Retire o vinagre do béquer segurando o ovo cuidadosamente, para não romper
a membrana.
10. Lave o ovo apenas com água e recoloque no béquer.
11. Adicione ao béquer contendo o ovo, a solução supersaturada de açúcar.

76 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


12. Observe o que ocorre com o ovo e tome nota.
13. Deixe o sistema em repouso por 1 um dia. Após esse período, retire
cuidadosamente o ovo da solução de açúcar, lave e compare seu tamanho
com o do outro ovo.

QUESTÕES

1. Qual o principal constituinte da casca do ovo?


2. Que reação ocorre quando o ovo é colocado em contato com a solução de
vinagre?
3. Em que momento é possível observar osmose? Explique como se dá esse
fenômeno.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A casca do ovo é composta principalmente por carbonato de cálcio. Ao entrar


em contato com o vinagre (ácido acético) ocorre a decomposição da casca, já que o
carbonato de cálcio reage com o ácido acético. O ovo fica envolvido apenas por uma
membrana semipermeável que permite a passagem de água.
A reação que ocorre na presença do vinagre envolve a liberação de gás carbônico:

2H+(aq) + CaCO3(s)→ Ca+2(aq) + CO2(g) + H2O(l)

Quando o ovo está imerso no vinagre há entrada de água no seu interior. Isso
ocorre pelo fato de o ovo ser hipertônico (maior concentração de solutos) em relação ao
vinagre. Visualmente é possível perceber o aumento do tamanho do ovo.
Quando o ovo entra em contato com a solução de açúcar há a saída de água.
O ovo é hipotônico (baixa concentração de solutos) em relação à solução supersaturada
de açúcar.
O processo de osmose é um mecanismo de transporte celular que ocorre com
as células de todos os seres vivos. Nos vegetais, por exemplo, há o transporte de água
do solo úmido (meio hipotônico) para o interior da raiz (meio hipertônico). No caso de
organismos unicelulares, geralmente com concentrações de solutos bem maiores que
o meio externo (água doce), há o transporte contínuo de água para o seu interior. Para
não estourar, o organismo deve bombear para fora o excesso de água. Já nos organismos
unicelulares de água salgada, há perda de água para o meio externo (hipertônico). Estes
seres realizam transporte com gasto de energia para repor a água no seu interior.
Obs.: Para saber mais leia os comentários da prática “Membrana semipermeável”.

77
ATIVIDADE 14 - OBSERVAÇÃO DA CICLOSE

OBJETIVOS
Observar a estrutura de uma célula vegetal.

Estudar a ciclose.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 microscópio óptico

01 câmara digital

01 projetor ou TV

05 lâminas de vidro

05 lamínulas

Elodea sp. (planta encontrada para venda em lojas de aquários (fig. 01)

05 pinças de ponta fina

Papel absorvente

Micropipetas.

PROCEDIMENTOS

1. Com o auxílio da micropipeta pingue no centro da lâmina, uma gota de água.


2. Usando a pinça de ponta fina retire um pedaço da folha da planta, e acrescente
à gota de água depositada na lâmina.
3. Cubra com a lamínula cuidadosamente para não formar bolhas.
4. Se necessário, use o papel absorvente para retirar o excesso de água.
5. Observe ao microscópio usando a objetiva de 10x e em seguida a de 40x.
6. Ligue a câmera digital no equipamento de projeção e depois na rede elétrica.
Retire com cuidado uma das oculares e encaixe a câmera digital. Observe e
anote o que ocorre.

QUESTÕES

1. Faça uma ilustração da estrutura observada.


2. Você observou algum movimento? Explique.
3. A que se deve a coloração verde da planta? Qual a sua importância?
4. O que é a ciclose e qual a sua importância?

78 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As plantas são importantes para o meio ambiente, pois são as produtoras primárias,
ou seja, são os primeiros seres a produzirem energia. Para que possam produzir alimento
apresentam uma substância chamada clorofila (que dá cor verde para as plantas).
A clorofila capta a energia do sol e a utiliza, juntamente com os nutrientes captados do
solo, para produzir glicose, a substância que nutre as plantas. O cloroplasto é a estrutura
celular responsável por captar a energia emitida pelo sol.
As células vegetais apresentam parede celular, que está ausente nas células
animais. A parede celular ajuda a proteger a célula contra a desidratação, já que ficam
expostas ao sol durante o dia.
Nas células da Elodea sp. (fig. 02) pode-se observar o movimento do citoplasma,
que recebe o nome de ciclose. Esse movimento é realizado por estruturas presentes no
citoplasma, e é importante, pois leva os cloroplastos para a superfície da célula, facilitando
a captação da luz do sol.

Figura 01:Galho de Elodea sp. Figura 02:Células da Elodea sp.

ATIVIDADE 15 - ORGANELAS CELULARES

OBJETIVO

Reconhecer as organelas que compõem a célula animal e vegetal.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 pranchas com modelo de célula animal e vegetal.



Caderno

Lápis coloridos.

79
PROCEDIMENTOS

1. Solicite a turma que observe as duas células e ilustre-as em seu caderno


identificando as organelas presentes.
2. Solicite a turma que compare as duas células.

QUESTÕES

1. Liste as organelas encontradas em ambas as células.


2. Que organelas ocorrem somente nas células vegetais? Que funções estas
organelas exercem?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As células vegetais e animais apresentam algumas semelhanças. Ambas apresentam


carioteca, a membrana que reveste o núcleo e mantém a integridade do material genético.
Além do núcleo apresentam as seguintes organelas em comum: ribossomos, retículo
endoplasmático (liso ou rugoso), complexo de Golgi e mitocôndrias.
A parede celular é uma estrutura que está ausente nas células animais e presente nas
vegetais. Controla a saída e entrada de água na célula, evitando a desidratação do vegetal e
a plasmólise por excesso de água no interior. Apresentam também plastos, especializado no
armazenamento de substâncias, como os amiloplastos (reserva de amido). Os cloroplastos
são os mais comuns e atuam na fotossíntese. Armazenam a clorofila que capta a energia
solar e assim auxiliam na produção de glicose para nutrição do vegetal.

ATIVIDADE 16 - FOTOSSÍNTESE

OBJETIVO
Demonstrar a ocorrência da fotossíntese.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
02 béqueres

02 funis de vidro

01 luminária

02 ramos de Elodea sp.

PROCEDIMENTOS

1. Coloque um ramo de Elodea sp em cada béquer e acrescente a água, até quase


atingir a boca.
2. Coloque um funil de vidro sobre cada ramo.

80 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


3. Encha dois tubos de ensaio pequenos com água e emborque um em cada funil
(cuidado para não deixar entrar ar pelo tubo).
4. Aproxime um béquer da luminária, deixando o outro afastado. Observe a figura
01.
5. Aguarde 30 min, observe o que acontece dentro de cada tubo de ensaio e anote
os resultados.

Figura 01: Realização do experimento.

QUESTÕES

1. O que ocorreu em cada tubo de ensaio durante o experimento?


2. Analise a equação da fotossíntese e explique com suas palavras que reação
ocorreu no processo.

Equação da fotossíntese: 12H2O + 6CO2 → 6O2 + 6H2O + C6H12O6

3. Explique as diferenças observadas neste experimento, levando em consideração


a equação da fotossíntese.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A fotossíntese é um importante processo realizado pelos indivíduos clorofilados.


Através dela, ocorre reciclagem do ar atmosférico, retirada de CO2 e síntese de glicose.
Os seres clorofilados são considerados produtores primários (são aqueles que
produzem matéria orgânica), estão na base da cadeia alimentar e por isso pode-se dizer
que o processo de produção de glicose atinge todos os seres vivos.
As plantas que apresentam estruturas especializadas para a realização da fotossíntese,
são os cloroplastos. A partir do CO2 (absorvido pelas folhas), da água e outros nutrientes
absorvidos pelas raízes e da luz absorvida pela clorofila ocorre produção de glicose.
A glicose será armazenada nos vegetais para os momentos de necessidade, para isso
várias moléculas se unem e formam o amido. Este é mantido em estruturas denominadas
amiloplastos, que se aumentam muito de volume passam a grãos de amido.

81
Durante o experimento, os alunos podem observar a liberação de bolhas de um gás,
no interior do sistema formado pelo conjunto que foi posicionado próximo a luminária.
As bolhas, na medida em que são liberadas, deslocam-se para o interior do tubo de
ensaio. No tubo que foi mantido afastado da luz as bolhas de gás estão ausentes.
A luminária presente no experimento visa aumentar a intensidade luminosa sobre o
sistema, acelerando a atividade fotossintética. Com os resultados obtidos, pode-se afirmar
que a presença da luz foi fator determinante para a formação de bolhas. Com o aumento
da intensidade luminosa, houve um acréscimo da atividade fotossintética do vegetal,
aumentando a quantidade de gás liberado por este processo.
Ao analisar a equação da fotossíntese:
luz

6CO2 + 12H2O → C6H12O6 + 6H2O + O2

Pode-se observar, que o gás liberado como resultado das reações químicas é o
oxigênio. Portanto, provavelmente este será o gás presente no interior do tubo. O resultado,
no entanto, não invalida a possibilidade da fotossíntese, também, se realizar pelo vegetal
afastado da luz. Apenas não foi possível observar o acúmulo de gás em função da lentidão
da atividade fotossintética no béquer.

ATIVIDADE 17 - IMPORTÂNCIA DA CLOROFILA


NA REALIZAÇÃO DA FOTOSSÍNTESE

OBJETIVO

Comprovar a necessidade da clorofila para a realização da fotossíntese.



Recomendações: faça o aquecimento do álcool em banho-maria, pois o álcool
é altamente inflamável. Siga as regras básicas de segurança.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 béquer (250mL)

01 béquer (100mL)

01 lamparina

01 suporte universal (haste e base)

01 tela de amianto

01 pinça

01 argola

01 mufa

Fósforo

82 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Álcool

01 micropipeta

Lugol

Papel alumínio

01 vaso contendo planta de folhas verdes.

PROCEDIMENTOS

PARTE I : DESCORAMENTO DA FOLHA

1. Retire uma folha da planta do vaso e coloque no béquer de 100mL.


2. Adicione, aproximadamente, 30mL de álcool e aqueça em banho-maria dentro
do béquer maior (CUIDADO: nunca ferver o álcool diretamente na chama),
conforme figura 01.

Figuras 01a e b: Procedimentos 2 e 3.

3. Quando a folha estiver completamente descorada, retire do álcool e pingue sobre


ela uma gota de lugol. Anote o que ocorreu e guarde a folha para comparação
posterior (fig. 1b).

PARTE II: COBRIR A FOLHA COM PAPEL ALUMÍNIO

1. Pegue o vaso, cubra uma folha inteira da planta com papel alumínio e deixe pelo
período de 1 semana (fig. 02 a).
2. Retire o papel alumínio após esse período, pingue uma gota de lugol na folha e
anote o que ocorreu (fig. 02 b).
3. Compare esta folha com a obtida na parte I (fig. 03).

83
Figuras 02a e b: Procedimentos 1 e 2.

Figura 03: Procedimento 03.

QUESTÕES

1. O que aconteceu quando a folha foi aquecida com álcool?


2. O que aconteceu com a folha descorada ao contato com o lugol? Justifique.
3. O que aconteceu com a folha que ficou embrulhada em papel alumínio?
Justifique.
4. Por que a folha não adquiriu coloração azul ao entrar em contato com o lugol?
5. Qual a importância da clorofila para os vegetais?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A clorofila é uma substância verde presente nas células vegetais, especializada


para a absorção de luz. A partir da absorção da luz pelas folhas e de água e nutrientes
pelas raízes ocorrerá a produção de glicose. Essa substância é fonte de energia para o
desenvolvimento do vegetal e é armazenada na forma de amido.
Os vegetais são classificados como produtores primários e na cadeia alimentar
são fonte de energia para outros organismos, como por exemplo, os animais. Os seres

84 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


fotossintetizantes ao final da reação química liberam oxigênio que será usado pelos
organismos, em um processo denominado respiração celular e nas trocas gasosas.
A produção da clorofila é estimulada pela incidência de luz, ao cobrir a folha com
papel alumínio esta perderá todo o pigmento e não irá realizar a fotossíntese. Como a
folha ficou coberta por uma semana usou toda ou quase toda a sua reserva de amido.
Quando o lugol foi pingado na folha esta não adquiriu a coloração azul devido à ausência
de amido.
A folha que foi aquecida no álcool foi descorada, ou seja, perdeu a sua clorofila.
Imediatamente após o processo pingou-se lugol na folha e este adquiriu coloração azul,
isso se deve ao fato de o amido ainda estar presente.
Nos países de clima frio, quando chega o outono, a clorofila das folhas começa
a desaparecer, sobressaindo os pigmentos amarelos e avermelhados. Em seguida, no
inverno, as folhas caem e as plantas entram em repouso. Nos países de clima temperado ou
tropical, como o Brasil, não há estações tão diferenciadas, e os fenômenos mencionados
acima, só ocorrem em regiões que apresentem inverno mais rigoroso, como Sul e Sudeste.

ATIVIDADE 18 - REGIÕES DA FOLHA ONDE OCORRE A FOTOSSÍNTESE

OBJETIVOS

Visualizar e identificar as regiões da folha onde ocorre a fotossíntese.



Recomendações: utilize folhas de Coleus sp. que apresentam áreas brancas, ou
seja, sem clorofila. O álcool, por ser um combustível, só pode ser aquecido em
banho-maria.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Lamparina

Tela de amianto

Fósforo

01 béquer de 100mL

01 béquer de 50mL

Água

01 placa de Petri

01 folha de papel branco

30mL de álcool etílico

01 micropipeta

Pinça

85
Lugol

02 folha de Coleus sp (Nome popular tapete ou boldo do Chile).

PROCEDIMENTOS

1. Observe uma folha de Coleus sp., desenhe e identifique as regiões com cores
diferentes.
2. Coloque a folha de Coleus sp. em um béquer pequeno e adicione 30mL de
álcool.
3. Coloque água até a metade de um béquer médio, que servirá para aquecer o
béquer menor (banho-maria).
4. Coloque o sistema preparado acima (banho-maria) sobre a tela de amianto e
dentro dele o béquer menor contendo álcool e a folha de Coleus sp., até que
seus pigmentos sejam extraídos
5. Observe a coloração da folha e compare com o esquema feito inicialmente.
6. Coloque a folha sem pigmentos sobre uma placa de Petri, pingue lugol sobre
toda a sua superfície e anote os resultados.

QUESTÕES

1. Ao pingar o lugol na região que continha clorofila (pigmento verde) que cor ele
adquire? Explique o isto significa.
2. Qual a relação observada entre a coloração da folha antes da extração da clorofila
e a presença de grãos de amido na folha despigmentada?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A fotossíntese é um fenômeno que ocorre em células clorofiladas. Durante a


fotossíntese são sintetizadas moléculas de glicose, que podem ser consumidas pelas
células, para a obtenção de energia química ou armazenadas na forma de amido.
O amido é uma molécula longa, quimicamente caracterizada como polissacarídeo
(um tipo de glicídio). A presença de molécula de amido em qualquer estrutura vegetal,
pode ser indicada através da reação com o lugol, o qual adquire coloração violeta.
Podemos demonstrar a relação entre a presença de clorofila em algumas regiões
das folhas e a existência de amido nas mesmas, utilizando folhas de Coleus sp.
A folha utilizada durante o experimento pode ser ilustrada, ressaltando as regiões
com diferentes colorações.
A extração da clorofila e demais pigmentos da folha é acelerada quando aquecida.
Vários pigmentos vegetais são solúveis na água, porém a clorofila, por estar no interior do
cloroplasto só é extraída pelo álcool. A membrana que envolve o cloroplasto apresenta a
mesma composição que a membrana plasmática. Sendo composta por lipoproteínas só é
desestabilizada na presença de álcool.

86 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Após a extração dos pigmentos, o lugol é utilizado para indicar as áreas da folha que
contém amido. Os alunos poderão verificar que as áreas onde o amido é encontrado são
as mesmas que eram pigmentadas pela clorofila (e outros pigmentos) antes da extração.
Já, as áreas inicialmente sem pigmentos (brancas), não apresentam grãos de amido.
A clorofila é a substância que capta a radiação solar e possibilita a fotossíntese. Essa
reação resulta na produção de glicose, substância que dá origem ao amido.

ATIVIDADE 19 - PROCESSO DE FERMENTAÇÃO

OBJETIVO

Verificar a presença das leveduras, fungos unicelulares, no fermento biológico.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

Microscópio

Lâminas

01 copo com água morna

01 colher

Fermento biológico.

PROCEDIMENTOS

1. Dissolva 01 colher do fermento biológico no copo, misture bem e anote o que


acontece.
2. Deixe em repouso por 10 minutos e sinta o cheiro quer exala para o ambiente.
3. Retire uma gota dessa mistura sobre uma lâmina, observe no microscópio e
anote o que acontece.
4. Ilustre o que foi observado.

QUESTÕES

1. Qual a importância da fermentação para os seres vivos?


2. O que ocorre durante a fermentação?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

De acordo com hieróglifos egípcios há mais de 5000 anos que a levedura é utilizada
em processos fermentativos, tanto na produção de pão, como na de bebidas alcoólicas.
Entretanto somente em 1857, Louis Pasteur provou que a fermentação resulta da ação de
organismos vivos, para a obtenção de energia.

87
As leveduras (pertencentes ao reino dos fungos) são organismos eucarióticos
unicelulares que se reproduzem assexuadamente por brotamento ou por cissiparidade
que existem no solo, ar, nas superfícies de órgãos dos vegetais, principalmente em flores
e frutos, no trato intestinal de animais, em líquidos açucarados, e numa grande série
de outros locais. A espécie mais comum é a Saccharomyces cerevisae, popularmente
chamada de levedura de padeiro ou da cerveja.
A fermentação é um processo de obtenção de energia que ocorre sem a presença
de gás oxigênio, portanto, trata-se de uma via de produção de energia anaeróbia com
liberação de gás carbônico. Esse processo é muito utilizado por fungos, bactérias e células
musculares esqueléticas de nosso corpo que estão em contração vigorosa.
A fermentação ocorre no citosol e inicia-se com a glicólise, quando ocorre a quebra
de glicose em duas moléculas de piruvato, demonstrando que inicialmente esse processo
é semelhante à respiração celular.
Os fungos unicelulares vivem em locais com presença de matéria orgânica ou
como parasitas em outros seres vivos. Podem, inclusive, parasitar os seres humanos,
provocando doenças. A levedura Cândida Albicans é a levedura parasita mais conhecida
do ser humano, pois provoca uma doença chamada candidíase que afeta, principalmente,
os órgãos genitais femininos.
Algumas espécies de leveduras são usadas na indústria de bebidas (vinhos, cervejas),
alimentos (queijos, vinagre, yogurt, etc..) e remédios (antibiópticos e penicilina). Também
são utilizadas no processo de fermentação da massa de pão.

ATIVIDADE 20 - MITOSE

OBJETIVOS

Visualizar e compreender como ocorre a mitose.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

Banner de Divisão Celular



Lápis de cor

Lápis

Borracha

Caderno.

PROCEDIMENTOS

1. Observe e identifique o que ocorre em cada etapa da mitose.


2. Reproduza o processo de mitose no seu caderno e identifique as estruturas em
cada uma das etapas da mitose.

88 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


QUESTÕES

1. Que células do organismo humano realizam mitose?


2. Há redução do número de cromossomos? Explique.
3. Qual a diferença entre a mitose e meiose?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A mitose é um processo de divisão celular que ocorre nas células somáticas.


As células somáticas são as que compõem a estrutura do corpo. Como exemplo, pode-se
citar as células da epiderme, as células nervosas, as musculares. Este processo ocorre para
que o corpo possa crescer e renovar as suas células.
Os humanos apresentam 46 cromossomos nas suas células e precisam manter esta
quantidade para o bom funcionamento celular. Antes de dividir, as células duplicam o
DNA e assim duplica o número de cromossomos, que passa a ser 92. Quando ocorre a
divisão este número reduz para 46.
Na meiose há redução do número de cromossomos para 23, já que o objetivo é
formar células reprodutivas (óvulos e espermatozoides).

ATIVIDADE 21 - MITOSE NA CÉLULA VEGETAL

OBJETIVOS

Visualizar, compreender e reconhecer as fases da mitose na raiz da cebola.



Recomendações:

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Banner de divisão celular



Microscópio

Lâmina pronta de raiz Allium cepa (raiz de cebola mitose)

Câmera digital

Data show ou televisor para projeção

Caderno

Lápis

Borracha.

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PROCEDIMENTOS

1. Posicione a lâmina no microscópio e a projete para os alunos. Observe e anote


o que ocorre.

2. Ligue a câmera digital no equipamento de projeção e depois na rede elétrica.


Retire com cuidado uma das oculares e encaixe a câmera digital.

3. Com o auxilio dos banners de divisão celular (mitose), solicite aos alunos que
identifiquem as fases da divisão celular na lâmina projetada e desenhem no
caderno.

QUESTÕES

1. Identifique as fases da mitose na lâmina projetada pelo professor.


2. Quais estruturas conseguem observar?
3. Que diferenças ocorrem na mitose das células animal e vegetal?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Mitose é um processo de divisão celular, contínuo, onde uma célula dá origem


a duas outras células. A mitose acontece na maioria das células de nosso corpo.
Nos vegetais também ocorre em todas as partes da planta para o crescimento. A partir
de uma célula inicial, formam-se duas células idênticas e com o mesmo número de
cromossomos.

A mitose animal ocorre com o rompimento da membrana citoplasmática


(citocinese centrípeta) enquanto na mitose vegetal uma parede se cria dentro da célula
que separa as duas células filhas e então ocorre a separação (citocinese centrífuga).
Além disso, na mitose animal participam o áster e os centríolos enquanto na mitose
vegetal não participam os centríolos. Uma vez que não há centríolos, então não existe
áster.

Os alunos podem identificar as diversas fases na lâmina projetada e conseguem


verificar a presença da lâmina basal na telófase e a diferença na citocinese. A não presença
do centríolo pode ser uma observação que o professor poderá fazer, porque os alunos
não conseguem verificar na projeção.

90 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 22 - MEIOSE

OBJETIVOS

Visualizar e compreender como ocorre a meiose



Recomendação: divida os alunos em cinco grupos.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Banner de Divisão Celular



Lápis de cor

Lápis

Borracha

Caderno.

PROCEDIMENTOS
1. Observe e identifique o que ocorre em cada etapa da meiose.
2. Reproduza no seu caderno, identificando as estruturas em cada uma das etapas
da meiose.

QUESTÕES

1. Que células do organismo humano realizam meiose?


2. Há redução do número de cromossomos? Explique.
3. Qual a importância da ocorrência da meiose?
4. O que são células haploides e diploides?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A meiose é um processo de divisão celular importante para os seres vivos em


geral, já que permite a formação dos gametas (óvulos e espermatozoides). As células que
dão origem aos gametas, e passam pela meiose, são as espermatogônias e ovogônias.
Neste processo há redução do número de cromossomos. As células formadas contêm 23
cromossomos, para que quando ocorra fecundação, as células do embrião contenham o
número correto de cromossomos (46).
As células diploides são as que apresentam 46 cromossomos ou 2n cromossomos.
São as que compõem a estrutura do corpo. Como exemplo, é possível citar as células que
formam o intestino, a pele, os músculos, entre outras. As células somáticas passam por
um processo de divisão celular denominado mitose, em que não há redução do número
de cromossomos. As células haploides são as que apresentam 23 cromossomos ou “n”
cromossomos.

91
ATIVIDADE 23 - PIGMENTOS VEGETAIS COMO INDICADORES
DE ÁCIDOS E BASES

OBJETIVOS
Extrair pigmento vegetal e identificar que substâncias são ácidas ou básicas.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Repolho roxo picado.



Panela

Tela de amianto

Peneira

Fogareiro

Béquer

Tubos de ensaio

Micropipeta (conta-gotas)

Suco de limão

Leite

Água sanitária

Vinagre

Suco de laranja

Solução de sabão em pó

01 peneira

Água.

PROCEDIMENTOS

1. Coloque a tela de amianto sobre o fogareiro.


2. Adicione água até a metade da panela e aqueça sobre a tela de amianto até
atingir a fervura.
3. Desligue, acrescente o repolho e aguarde 10 minutos para que o repolho solte
o seu pigmento vegetal.
4. Peneire á água, transfira-a para o béquer.
5. Transfira 01mL de cada uma das amostras para os tubos de ensaio e identifique-os.
Por exemplo: Tubo 1 com amostra 1 (suco de limão).
6. Pingue em cada tubo 04 gotas do pigmento de repolho extraído e observe o que
ocorre.

92 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


QUESTÕES

1. Complete a tabela 01, indicando a coloração que cada substância adquiriu:

Substância Coloração
Suco de limão
Leite
Água sanitária
Vinagre
Suco de laranja
Solução de sabão em pó
Água
Tabela 01: Coloração das amostras.

2. Considerando o que você sabe sobre as substâncias responda:


a) Quais são as substâncias ácidas utilizadas no experimento?
b) Quais são as substâncias básicas utilizadas no experimento?
c) Foi utilizada alguma substância neutra no experimento? Qual?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Nos vegetais podemos observar um número variado de cores, haja vista que esses
são ricos em pigmentos. Podem estar dispersos nos vacúolos ou no interior de plastos.
Os pigmentos presentes nos vacúolos, por serem hidrossolúveis, podem ser facilmente
extraídos com a água.
A extração do pigmento do repolho fornece uma substância que é um ótimo
indicador de ácido-base. As substâncias que ao entrar em contato com o pigmento
adquirem coloração esverdeada apresentam caráter básico e as que adquirem coloração
rosada apresentam caráter ácido. Quanto mais forte for a cor, mais ácida ou básica será
a substância. As substâncias que ao entrar em contato com o extrato, não adquirem
nenhuma dessas colorações são neutras.

ATIVIDADE 24 - EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS VEGETAIS

OBJETIVO

Extrair pigmentos vegetais (clorofila, xantofila e eritrofila) de folhas novas e



envelhecidas.
Recomendações: a benzina é um líquido inflamável e nocivo. Os vapores podem
causar tontura ou sufocação. O contato pode causar irritação na pele ou olhos.
Use os EPIs indicados (máscara, luvas e óculos de segurança).

93
MATERIAIS NECESSÁRIOS

 03 placas de Petri
 01 tesoura
 Tubos de ensaio
 01 suporte para tubos
Folhas de plantas diferentes com colorações variadas

 Álcool
Benzina

 03 graal e pistilo
 03 bastões de vidro
 Papel de filtro
 Micropipetas
 01 béquer.

PROCEDIMENTOS

PARTE I:

1. Corte 05 pedaços de papel de filtro no formato triangular e coloque-os na placa


de Petri, com as pontas voltadas para o centro.
2. Separe as folhas por tipo, pique em pedaços pequenos e coloque-as no graal.
3. Adicione álcool até cobrir as folhas e triture até obter uma mistura homogênea.
4. Transfira 10 a 15 gotas da mistura para a placa de Petri de modo a tocar as pontas
do papel-filtro e guarde o restante da mistura para a parte II do experimento.
5. Deixe em repouso até o final da aula, observe e anote o que ocorreu com o
papel de filtro.

PARTE II:

1. Coloque 01mL da mistura num tubo de ensaio e adicione a mesma quantidade


de benzina.
2. Com o auxílio do bastão de vidro agite o conteúdo do tubo de ensaio. Aguarde
alguns minutos, observe e registre o que ocorreu.

QUESTÕES

1. O que é a mistura obtida no item 3 da parte I?


2. Qual o resultado obtido após mergulhar o papel-filtro na mistura?

94 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


3. Qual o nome dos pigmentos corantes observados no experimento?
4. Quantas camadas surgiram no tubo de ensaio?
5. Quais as cores das camadas obtidas no tubo de ensaio?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Os seres vivos exibem uma grande variedade de cores onde há predominância


dos tons verdes nas plantas e algas (seres que apresentam clorofila em seus corpos).
A clorofila é um pigmento muito importante, captura a energia solar que será utilizada
pela célula no processo de fotossíntese. A partir da energia solar e dos nutrientes obtidos
do solo ocorre a produção de glicose, que é fonte de energia necessária para que as
células realizem suas funções básicas.
Além da clorofila, outros pigmentos também capturam a luz solar, como os
carotenoides, as xantofilas e eritrofilas. Os carotenoides são os pigmentos alaranjados; as
xantofilas os amarelos e as eritrofilas os vermelhos.
No experimento, a mistura obtida no item 3 da parte I, contém pigmentos vegetais
(clorofila, xantofila, eritrofila e caroteno).
O papel de filtro absorve os pigmentos vegetais e se observa cores diferentes no
papel (cromatogramas): a clorofila a e b – na cor verde, a xantofila – cor amarela e o
caroteno- cor laranja. O pigmento mais abundante é a clorofila.
A clorofila é solúvel na benzina, porém o álcool e a benzina não se misturam. Após
algum tempo em repouso percebe-se no tubo de ensaio, duas camadas superpostas: a
benzina menos densa em cima, com praticamente toda a clorofila dissolvida (em solução,
a clorofila “a” apresenta uma cor azul-esverdeada, enquanto a clorofila “b” apresenta
uma cor amarelo-esverdeada) e o álcool menos denso, na camada de baixo, retém a
xantofila adquirindo a cor amarela. Já a quantidade do pigmento caroteno que se dissolve
no álcool a frio é insignificante e não é visível.

ATIVIDADE 25 - HISTOLOGIA VEGETAL - EPIDERME E SUAS ADAPTAÇÕES

OBJETIVOS

Caracterizar a epiderme e identificar algumas das suas estruturas.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 lâmina com corte paradérmico da face abaxial de epiderme de Gerânio



01 lâmina com corte paradérmico da face adaxial de epiderme de Gerânio

Microscópio.

95
PROCEDIMENTO

1. Posicione a primeira lâmina no microscópio e observe no aumento de 400x.


2. Posicione a segunda lâmina no microscópio e observe no aumento de 400x.
3. Ilustre o que foi observado.

QUESTÕES

1. Que estruturas foram observadas na face adaxial e abaxial da folha de gerânio?


Identifique-as nas ilustrações feitas.
2. Elaborar um esquema de estômato visto em corte paradérmico.
3. Qual a função do estômato? Explique.
4. O que é tricoma? Explique.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Os vegetais são organismos formados por várias células, ou seja, são pluricelulares.
São considerados produtos primários por realizarem fotossíntese e ser fonte de alimento
para outros seres vivos.
As plantas mais complexas apresentam células organizadas em tecidos. Os tecidos
estão organizados conforme as funções que exercem:

Meristemas: tecidos com capacidade embrionária, localizados nas extremidades



de órgãos e gemas (meristemas primários) e no centro do caule (meristemas
secundários).
Tecido de Revestimento: protegem externamente os órgãos, como a epiderme e

o tecido suberoso. Ambos apresentam órgãos de arejamento, como estômatos e
lenticelas.
Tecido de Sustentação: são células que apresentam paredes espessas e

impregnadas de materiais que as tornam resistentes, como reforço de celulose
(no colênquima) e lignina (no esclerênquima).
A epiderme é um tecido de revestimento de flores, folhas, sementes e partes
jovens de raízes e caules. As suas células apresentam paredes finas e são revestidas
por uma camada de cera chamada de cutícula. Este tecido pode apresentar estruturas
especializadas:

Estômatos (fig.01): órgãos de arejamento, formados por duas células-guarda e



uma abertura denominada ostíolo. Permitem as trocas gasosas com o meio
ambiente e a transpiração. Na maioria das plantas ocorre apenas na face abaxial
das plantas para evitar a perda excessiva de água na forma de vapor.

96 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Figura 01: Estômatos.

Tricomas (fig.02): são projeções que se assemelham aos pelos, podendo ser uni

ou pluricelulares. Podem armazenar óleos ou outras substâncias e conferem às
folhas aspecto aveludado. Podem ser visualizados nas duas faces das folhas.

Figura 02: Tricomas.

97
ATIVIDADE 26 - TECIDOS DE CONDUÇÃO VEGETAL

OBJETIVO

Identificar os tecidos de condução vegetal.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

Lâmina corte transversal de caule de dicotiledônias



01 microscópio óptico

01 câmera digital

01 projetor ou TV.

PROCEDIMENTOS

1. Posicione a lâmina no microscópio e observe no aumento de 400x.


2. Ligue a câmera digital no equipamento de projeção e depois na rede elétrica.
Retire com cuidado uma das oculares e encaixe a câmera digital. Observe e
anote o que ocorre.
3. Esquematize a posição do floema e xilema.

QUESTÕES

1. Quais as principais diferenças entre o xilema e o floema?


2. Quais as funções do xilema?
3. Quais as funções do floema?
4. Identifique, no esquema elaborado, o xilema e o floema.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Os feixes vasculares (fig.01) são importantes estruturas vegetais que equivalem aos
vasos sanguíneos e linfáticos dos animais. Permitem a circulação de seiva nos vegetais e
podem ser de dois tipos:

Floema ou líber: composto por células vivas e especializado na condução de



seiva elaborada (transporta glicose e outras substâncias para todas as partes do
vegetal).

Xilema ou lenho: composto por células mortas (esclerificadas), estas podem



ser denominadas como elementos de vaso. Por não apresentar citoplasma e
organelas celulares, formam estrutura similar a um tubo oco que conduz a seiva
bruta (matéria prima para a fotossíntese e outras substâncias) por capilaridade e

98 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


pressão positiva, gerada através da transpiração foliar. A evaporação da água nas
folhas libera espaço que passará a ser ocupado pela seiva bruta.

Figura 01: Feixes vasculares de Ricinus sp.

ATIVIDADE 27 - HISTOLOGIA ANIMAL

OBJETIVO

Reconhecer alguns tipos de célula, tecidos, estruturas dos tecidos e órgãos,



utilizando o laminário do LDM.
Recomendações: antes de apresentar as lâminas para os alunos, observe-as no
microscópio, pois, pode acontecer de não conseguir observar todas as estruturas,
pois, em função do corte e montagem, as lâminas não ficam iguais.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Microscópio

Câmera digital

Laminário do LDM

Data show ou TV

Caneta laser

Caderno

Lápis

Caneta.

99
PROCEDIMENTOS

1. Ligue o microscópio, coloque a lâmina a ser observada e ajuste o aumento


desejado.
2. Ligue a câmera digital no projetor e na energia.
3. Retire com cuidado uma das oculares e coloque a câmera.
4. Solicite aos alunos que observem e desenhem as estruturas.

QUESTÕES

1. Desenhe as estruturas, identifique-as e atribua a função de cada tecido.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

No laminário do LDM temos várias lâminas para o estudo de Histologia: próstata;


útero; placenta e testículo (já trabalhadas em outras atividades), além das lâminas de
glândula pineal, gânglios linfáticos, medula óssea e tecido muscular estriado, que
estudamos nesta atividade.
Abaixo, temos uma descrição das lâminas observadas:

Lâmina 1: Glândula pineal


A glândula pineal é uma glândula de dupla origem embrionária. Uma parte
dela tem origem nervosa e a outra, ectodérmica. Ela se caracteriza por manter íntimo
relacionamento com o hipotálamo, localizado na base do cérebro.
As células pineal podem ser classificadas em cromófilas (se coram bastante) e
cromófobas (se coram muito fracamente). As cromófilas, por sua vez, são classificadas
em basófilas (se coram de azul) e acidófilas (se coram de vermelho). Histologicamente, a
glândula pineal é classificada como glândula endócrina cordonal.

Lâmina 2: Gânglios linfáticos


Os gânglios linfáticos também são denominados linfonodos e encontram-se
espalhados pelo corpo. A linfa, antes de desembocar no sistema venoso, atravessa
pelo menos um linfonodo. Os linfonodos contêm células especializadas na fagocitose
de antígenos no nosso organismo. Durante o combate imunológico, os linfonodos
comumente aumentam de tamanho e se tornam palpáveis.
Os linfonodos podem ser divididos em parênquima e estroma. O estroma é
composto por tecido conjuntivo e envolve o parênquima, emitindo trabéculas para seu
interior e dividindo-o em septos.

Lâmina 3: Medula óssea


A medula óssea é um órgão hematopoiético, constituída pelas linhagens que
originam os elementos figurados do sangue periférico como as hemácias, leucócitos
e plaquetas; de células que tomam parte na produção dos ossos, os osteoblastos e os
osteoclastos; de uma malha de células e fibras reticulares para sustentar todas as células
referidas.

100 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Lâmina 4: Tecido muscular estriado
O tecido muscular estriado esquelético é constituído de fibrocélulas estriadas. Tais
células caracterizam-se por serem bastante compridas e polinucleadas, com núcleos
localizados sob o sarcolema (membrana plasmática de fibrocélulas musculares).
Geralmente, estão cercadas de tecido conjuntivo, que une as fibras umas às outras
e transmitem a força produzida pelos músculos aos ossos, ligamentos e outros órgãos
executores de movimento. Em lâminas histológicas, os feixes de fibrocélulas podem
aparecer cortados transversamente ou longitudinalmente.

II.2 - ATIVIDADES PARA O 2º ANO

ATIVIDADE 28 - OBSERVAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS AQUÁTICOS

OBJETIVO

Observar os diferentes micro-organismos que habitam uma água eutrofizada.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

Amostras de água não potável de diferentes ambientes, dando preferência às



águas paradas
01 lâminas

01 lamínula

01 micropipeta

01 vidro de coleta

01 microscópio.

PROCEDIMENTOS

1. Colete água de diferentes ambientes.


2. Deposite uma gota da amostra de água coletada, com o auxílio de uma
micropipeta, preferencialmente, do fundo do recipiente, sobre a lâmina e cubra
com a lamínula.
3. Observe o material ao microscópio.

QUESTÕES

1. O que é água potável?


2. O que é a eutrofização da água?

101
3. Use os esquemas fornecidos ao final desta prática e identifique os organismos
observados ao microscópio.
4. Quais as principais características que permitiram a classificação dos seres
observados?
5. Quais os procedimentos que podem ser favoráveis a eutrofização da água?
6. A eutrofização de fontes de água é prejudicial ao homem?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Chama-se eutrofização o aumento da concentração de nutrientes, principalmente


fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos. Esse processo tem como principais
consequências, o aumento da produtividade para os seres aquáticos.
A eutrofização pode ser natural, quando resulta do transporte de nutrientes trazidos
pelas águas superficiais. Pode ser artificial, quando é provocada pelo homem através de
alterações ambientais com o lançamento de esgoto caseiros ou industrial em corpos de
água doce e os dejetos da agropecuária (fezes e urina dos animais, excesso de fertilizantes).
A homeostasia (equilíbrio) do meio ambiente depende da existência do equilíbrio
entre a produção, o consumo e a decomposição da matéria orgânica. Com a presença
de fósforo e nitrogênio ocorre aumento expressivo na quantidade de algas presentes no
corpo de água. A produção de matéria orgânica é maior do que a quantidade de matéria
orgânica consumida e decomposta. A eutrofização resulta no aumento da densidade de
populações fitoplanctônicas, principalmente das algas (floração). As algas se multiplicam
tanto que formam uma camada contínua na superfície do corpo de água e impedem a
passagem da luz do sol. Os vegetais submersos morrem já que não conseguem realizar a
fotossíntese sem a luz solar. Há também a redução ou desaparecimento das populações
de espécies animais. O aumento da quantidade de matéria orgânica aumenta a atividade
e a população de bactérias aeróbias. Essas bactérias acabam por utilizar o oxigênio do
ambiente, mais animais morrem por asfixia e a população de aeróbias aumenta ainda mais
até que todo o oxigênio tenha sido consumido. Em seguida passa a atuar na decomposição
as bactérias anaeróbias. A decomposição da matéria orgânica libera mais nitrogênio e
fósforo, há um novo aumento na população de algas.
Em ambientes de água doce podem ser observados diversos seres vivos:
Bactérias

Algas: cianofíceas, pirrófitas, dinoflagelados, euglenófitas, crisófitas ou

diatomáceas.
Protozoários: ciliados, flagelados ou que se locomovem por movimento

ameboide.
Animais microscópicos: rotíferos, microcrustáceos.

Para classificar os organismos observados as seguintes características devem ser
analisadas e registradas:
O número de células apresentadas pelo ser vivo (unicelular ou pluricelular).

102 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Ausência ou presença de parede celular: algas e bactérias apresentam e animais

e protozoários não apresentam.
A presença de plasto e a sua coloração: vermelhos são típicos de pirrófitas,

pardos são típicos de diatomáceas e verdes podem ser encontrados em diversos
grupos de algas.
A presença de tecas envolvendo as células: observa-se tecas ornamentada em

diatomáceas, foraminíferos e alguns rizópodes.
A estrutura locomotora: cílios nos ciliados, flagelo nas euglenófitas e pirrófitas,

movimentos amebóides nos rizópodes.
A eutrofização da água na maioria dos casos é maléfica pelo grande desequilíbrio
ambiental que causa. Porém ela pode ser aplicada de forma controlada em locais em que
se pretende cultivar espécies para a produção de alimentos, aumentando a produtividade.

ATIVIDADE 29 - OBSERVAÇÃO DE PROTISTA EM BRIÓFITAS

OBJETIVO

Observar a estrutura de diferentes tipos de protozoários de água doce em musgos.



Recomendações: prepare o musgo com 24 horas de antecedência.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 lamínulas

05 lâminas de vidro

01 microscópio óptico

01 câmera digital

01 projetor ou TV

01 pipeta

01 béquer grande

Algodão

Frasco lavador com água filtrada

Prancha “Protista de água doce”.

PROCEDIMENTOS

1. Acrescente água filtrada no béquer e deixe em repouso por 24 horas.


2. No dia seguinte adicione o musgo e deixe em local arejado e com luz indireta
por 24 horas.
3. Observe o conteúdo do béquer a olho nu e anote o que foi observado.

103
4. Na lâmina acrescente fiapos de algodão e sobre eles pingue duas gotas da água do
béquer. O algodão prenderá os protozoários, que normalmente se movimentam
muito rápido, o que pode dificultar a visualização (fig.01).

Figura 01: Procedimento 04.

5. Cubra com a lamínula, observe ao microscópio e anote.


6. Ligue a câmera digital no equipamento de projeção e depois na rede elétrica.
Retire com cuidado uma das oculares e encaixe a câmera digital. Observe e
anote o que ocorre.

QUESTÕES:
1. Ilustre os protozoários observados.
2. Compare as ilustrações feitas com os desenhos da prancha, e assim identifique
quais protozoários foram observados.
3. Você observou diferentes estruturas para locomoção?
4. Do que esses micro-organismos se alimentam?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Figura 02: Protozoários observados.

104 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Os protozoários são micro-organismos formados por uma única célula, que
apresentam envoltório nuclear (carioteca) e uma estrutura responsável por controlar
a quantidade de água presente no seu interior. O vacúolo contrátil é a estrutura que
bombeia para o exterior o excesso de água, mantendo intacta a sua estrutura. A fonte de
alimento para os protozoários é a matéria orgânica presente na água, que pode ser obtida
a partir de filtração, predação ou emissão de pseudópodes.
Os protozoários podem se locomover de três modos diferentes:

Cílios: os cílios são estruturas pequenas e numerosas que permitem movimentação



rápida, semelhante a uma vibração.

Flagelos: estruturas maiores que os cílios. Cada protozoário apresenta um flagelo,



cuja movimentação é um pouco mais lenta, lembrando o movimento de um
chicote.

Amebóide: protozoários que se movimentam com a formação de pseudópodes



(projeções da célula; falsos pés). Recebe este nome por ter o movimento
característico das amebas.

ATIVIDADE 30 - OBSERVAÇÃO DE ENDOPARASITAS

OBJETIVOS

Observar endoparasitas e identificar as diferenças entre Taenia solium, Taenia



saginata e Schistossoma mansoni.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 conjunto de cartas de endoparasitas



01 Lupa

Lápis

Borracha

Lápis de cor.

PROCEDIMENTOS

1. Observe as cartas de cada endoparasita com o auxílio de uma lupa.


2. Amplie cada carta numa folha de papel sulfite e indique as diferenças e
semelhanças entre eles.
3. Faça uma exposição dos desenhos e realize um seminário onde serão discutidos
pontos como prevenção e tratamento das parasitoses.

105
QUESTÕES
1. Que diferença física pode ser observada entre a Taenia solium e a Taenia saginata?
2. O que é cisticercose? É causada por qual parasita?
3. Descreva o corpo do Schistossoma mansoni.
4. Qual a diferença entre hospedeiro intermediário e o definitivo? Identifique-os
para os parasitas observados.
5. Que medidas preventivas poderiam ser aplicadas em locais em que se encontram
estes parasitas?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A Taenia solium e Taenia saginata são responsáveis por causar uma doença
popularmente conhecida por solitária. Ambas apresentam ventosas que usam para se
fixar na parede intestinal do indivíduo. A primeira espécie, além das ventosas, apresenta
ganchos que auxiliam na fixação na parede intestinal. Ao se fixar passam a se desenvolver
e absorver os nutrientes disponíveis no intestino delgado.
Ao contrário dos parasitas causadores da teníase, o parasita causador da
esquistossomose não vive isoladamente. O macho apresenta uma cavidade em seu corpo
onde a fêmea permanece protegida. O tamanho deste parasita é consideravelmente
menor que o dos causadores da teníase.
A cisticercose é uma doença causada pela Taenia solium, quando o ser humano
entra em contato com os ovos e a larva (cisticerco) se desenvolve. Esta larva tem afinidade
pelo tecido muscular e nervoso. Quando crescem no tecido nervoso podem causar
convulsões.
Os hospedeiros definitivos são aqueles em que ocorre a reprodução sexuada
dos parasitas. Para os três parasitas observados o hospedeiro definitivo é o homem.
Os hospedeiros intermediários são aqueles em que há desenvolvimento da larva. No caso
da Taenia saginata é o boi, da Taenia solium é o porco e do Schistossoma mansoni é um
caramujo (Biomphalaria sp.).
Para prevenção das parasitoses estudadas é importante que se tenha uma rede
de coleta de esgotos eficiente e que este seja tratado. No caso da solitária ou teníase
as pessoas não devem defecar nos locais em que os animais habitam, para que estes
não ingiram os ovos. O consumo de carne bem passada e de empresas certificadas pela
Vigilância Sanitária são medidas que previnem a ingestão de cisticercos. A prevenção da
esquistossomose também depende do controle da população dos caramujos.

106 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 31 - ESPONJAS

OBJETIVOS

Reconhecer as esponjas, identificar as estruturas de sua morfologia e as estruturas



que formam o esqueleto.

MATERIAIS

 05 pranchas de esponjas
Caderno para anotar.

PROCEDIMENTOS

1. Observe o aspecto externo da esponja e identifique os poros e o ósculo.


2. Ilustre em seu caderno a estrutura externa identificando as partes que a compõe.
3. Identifique as estruturas que formam o seu esqueleto e registre em seu caderno.
4. Identifique os diferentes tipos morfológicos e registre em seu caderno.

QUESTÕES

1. Onde podem ser encontradas as esponjas?


2. Como as esponjas se alimentam? Explique.
3. Qual a função das espículas de sílica e das fibras de espongina?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As esponjas são os seres mais simples do Reino Animal. São formados por
muitas células, ou seja, são pluricelulares. São animais sésseis e marinhos, fixam-se nos
substratos. Embora sejam pluricelulares, as esponjas são animais sésseis, cujas células
formam agregados frouxos, apresentando considerável independência.
Já foram descritas 10.050 espécies, destas apenas 50 habitam locais de água doce.
A sua coloração é muito variável (cinzas, pardas, amarelas, vermelhas, azuis, verdes e
violetas).
Este grupo de seres vivos recebe o nome de Porifera pela presença de poros no
corpo. A sustentação do corpo depende da presença das espículas de sílica e das fibras
de espongina, formando uma trama que mantém as células estáveis.
No interior do corpo as esponjas apresentam uma cavidade denominada átrio ou
espongiocele. Dentro da cavidade podem ser encontradas células flageladas (coanócitos)
responsáveis pela circulação de água. A água entra no interior da esponja pelos poros e
após a obtenção do alimento esta água é eliminada pelo ósculo (parte superior do corpo).
Além de auxiliar na movimentação de água, os coanócitos capturam partículas alimentares

107
por fagocitose. A circulação da água no centro também influencia a respiração, excreção
e reprodução.
As esponjas podem ser classificadas morfologicamente pela distribuição de canais
formados pelos poros (óstios):
a. Ascon: a esponja é simples, tem a parede do corpo fina, perfurada por poros
curtos e retos, que conduzem ao átrio;
b. Sicon: possui dois tipos de canais e somente os canais radiais são revestidos por
coanócitos;
c. Leucon: o corpo é espesso e atravessado por sistemas de canais ramificados.

ATIVIDADE 32 - CNIDÁRIOS

OBJETIVOS
Reconhecer um hidroide, identificar as estruturas da morfologia destes animais

e identificar os tipos.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
05 pranchas de águas vivas

Folha de sulfite

Lápis e borracha.

PROCEDIMENTOS
1. Divida a turma em cinco grupos e distribua as pranchas.
2. Solicite aos alunos para que reproduzam as ilustrações e identifiquem cada uma
das estruturas que compõem o corpo das águas vivas.

QUESTÕES
1. Quem são os cnidários?
2. Onde podem ser encontrados estes organismos?
3. Qual o nome das estruturas de defesa localizadas nos tentáculos? Como
funcionam?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR


Os cnidários são animais encontrados nos mares e oceanos. Podem ser de vida
livre, caso das águas vivas, ou viver fixados a um substrato, caso das anêmonas e corais.
As águas vivas apresentam corpo gelatinoso. A sua estrutura básica é formada por
umbrella, manúbrio, tentáculos e véu (fig.01), na parte destacada. Os tentáculos apresentam
células especializadas denominadas cnidoblasto ou nematoblasto. Estas estruturas defendem
as águas vivas de possíveis predadores ao liberarem uma substância urticante.

108 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Os cnidoblastos apresentam uma estrutura específica para a liberação da
substância urticante, como pode ser observado na figura 01. O cnidocílio percebe a
presença de outro ser vivo nas proximidades e isto resulta na liberação do filamento
urticante. A substância urticante gera uma sensação de queimação na pele. Caso ocorra
algum acidente com água viva não se deve despejar urina ou qualquer outra substância
na região. O ideal é buscar assistência médica.

Figura 01: Estrutura de um hidroide.

ATIVIDADE 33 - ESTRELA-DO-MAR: ANATOMIA INTERNA E EXTERNA

OBJETIVO
Identificar alguns componentes da morfologia externa e interna da estrela-

do-mar.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 pranchas estrela-do-mar

Caderno para anotações.

PROCEDIMENTOS

1. Observe a estrutura externa do organismo.


2. Registre no seu caderno e ilustre.
3. Observe o sistema ambulacral.

109
QUESTÕES

1. Qual o tipo de simetria que apresenta a estrela-do-mar? Justifique.


2. Pesquise sobre os hábitos alimentares da estrela-do-mar. Explique como ela se
alimenta.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As estrelas são integrantes do grupo dos equinodermos. Apresentam espinhos no


tecido que reveste o seu corpo. A sua simetria é radial, já que seu corpo é formado por
uma parte central e cinco braços que irradiam do meio.
São animais predadores e carnívoros. Ao encontrar uma fonte de alimento são
vorazes. Caso seja um organismo com concha fazem uso dos seus braços e ventosas dos
pés ambulacrais para abrir a concha. Quando o corpo da presa está exposto evisceram
seu estômago e secretam enzimas que matam e digerem o molusco. Após a digestão o
alimento é sugado pela estrela.

ATIVIDADE 34 - OURIÇOS-DO-MAR: MORFOLOGIA

OBJETIVOS

Identificar alguns componentes da morfologia externa do ouriço-do-mar.



Comparar a morfologia dos equinodermas ouriço-do-mar e estrela-do-mar.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 pranchas de ouriço-do-mar

05 pranchas de estrela-do-mar

Caderno para anotação.

PROCEDIMENTOS

1. Observe as duas faces e o revestimento dos ouriços-do-mar.


2. Observe as pranchas dos dois equinodermos e compare as suas estruturas.

QUESTÕES

1. Que estrutura é observada no tecido que reveste o corpo do ouriço-do-mar?


2. Que semelhanças apresentam os dois equinodermos?
3. Que elemento químico é encontrado no revestimento do ouriço-do-mar?
4. Qual a função das pedicelárias?

110 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Os equinodermos (gr. echinos, ouriço + derma, pele) são o grupo de invertebrados


marinhos bentônicos mais conhecidos, graças aos exemplares como as estrelas e ouriços-
do-mar. Os membros desse filo são considerados os invertebrados mais complexos,
pois possuem uma característica encontrada apenas no Filo Chordata (vertebrados), são
deuterostômios, ou seja, o ânus é a primeira abertura do tubo digestivo a se formar, a
boca surge em seguida.
Esse grupo de seres vivos é o mais próximo aos vertebrados. A evidência disto é a
deuterostomia e o fato de apresentarem endoesqueleto. O esqueleto destes seres também
é composto de cálcio e é revestido pela pele com espinhos. Entre os espinhos dos ouriços
existem estruturas denominadas pedicelárias. Estas atuam na limpeza e defesa do corpo.
Assim como as estrelas apresentam o sistema ambulacral responsável pela locomoção (e
respiração por difusão) e simetria radial.

ATIVIDADE 35 - IDENTIFICAR OS ARTRÓPODES NO SOLO

OBJETIVOS

Identificar a presença de Artrópodes no solo e relacionar a presença dos mesmos



com a qualidade do solo.
Recomendações: o solo com cobertura vegetal pode ser retirado do mesmo local,
onde forem coletadas as folhas e detritos. Ao fazer a coleta do material, tome
cuidado com pequenos animais peçonhentos (aranhas, lacraias e escorpiões).

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Pá de jardim

Sacos plásticos

Etiquetas

01 lupa

02 placas de Petri

02 folhas de papel sulfite

Coletar solo exposto (sem cobertura vegetal)

Coletar uma camada de folhas e detritos vegetais em região de mata

Coletar solo protegido (com cobertura vegetal).

111
PROCEDIMENTOS

PARTE I

1. Colete uma camada de folhas e detritos vegetais que cobrem o solo, em uma
região arborizada, com auxílio de uma pá de jardim.
2. Acondicione o folhiço em um saco plástico e etiquete com os dados do local de
coleta.

PARTE II

1. Retire um pouco de solo, do mesmo local, acondicione em um saco plástico e


identifique.
2. Retire um pouco de solo exposto (sem cobertura vegetal), acondicione em um
saco plástico e identifique.
3. Transfira para as placas de Petri amostras do solo e observe com a lupa.

QUESTÕES

1. Qual o aspecto e tamanho dos insetos que estavam no folhiço?


2. Comparar o solo com cobertura vegetal e o solo sem cobertura vegetal.
3. Como estes insetos, encontrados na cobertura vegetal, poderiam contribuir para
a melhoria da qualidade do solo?
4. Identificar os animais encontrados, classificando-os no grupo dos Artrópodes.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Os solos são compostos por minerais e matéria orgânica. Como exemplos de


minerais podem ser citados o quartzo, a mica e o feldspato. A matéria orgânica presente
tem origem nos seres vivos que ali habitam.
Existem solos que não apresentam cobertura vegetal, são arenosos, secos e de
cor clara. A água, o vento e o sol removem e colaboram com a degradação da matéria
orgânica que por ventura se misture. Estes fenômenos naturais também carregam parte do
próprio solo para outras localidades.
A cobertura vegetal quando não removida protege o solo, reduzindo o impacto
causado pela chuva, pelo vento e sol na decomposição e remoção dos nutrientes.
Os solos com cobertura vegetal são pouco arenosos e têm a coloração mais escura pela
presença de matéria orgânica. A presença de estruturas vegetais, na superfície do solo
permite o desenvolvimento de um microclima que favorece o desenvolvimento da fauna
e flora deste substrato.
A fauna deste ambiente é caracterizada pela presença de artrópodes (aranhas,
centopeias, piolhos-de-cobra, lacraias e insetos). A principal característica desses animais

112 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


é a presença de apêndices (patas) articulados. De todos os grupos de animais estudados
pelos cientistas este é o que apresenta maior número de espécies já descobertas.
O microclima estabelecido favorece o desenvolvimento de insetos denominados
colêmbolos. Esses organismos vivem junto à matéria orgânica em decomposição.
São conhecidos por facilitar a ação das bactérias já que trituram os detritos presentes no
solo. Alimentam-se de detritos vegetais ou animais, em processo de decomposição ou
não, também ingerem as fezes de artrópodes, pólen, algas e outros.

ATIVIDADE 36 - DETECÇÃO DA PRESENÇA DE MINERAIS EM


ORGANISMOS DO REINO ANIMAL

OBJETIVO
Identificar a presença de minerais em animais.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

02 ossos de frango, aproximadamente, iguais (coxas) numerados 1 e 2



Vinagre

Béquer (100mL)

Faca

Pipeta.

PROCEDIMENTOS

1. Teste a resistência do osso 1, apertando-o pelas extremidades, torcendo e


dobrando.
2. Anote o que observou na tabela 01.
3. Retire a polpa musculosa com o auxílio de uma faca e coloque o osso dentro de
um béquer.
4. Adicione vinagre em quantidade suficiente para cobrir o osso, feche e deixe em
repouso durante 5 dias.
5. Retire o osso do recipiente, repita o item 1 e anote os resultados na tabela 01.
6. Compare com o osso 2 e anote as diferenças.

Amostra Antes do experimento Após o experimento


Osso 1
Osso 2

Tabela 01: Comparação dos resultados.

113
QUESTÕES

1. Como ficou o osso que estava imerso no vinagre? Explique o que ocorreu.
2. Qual a principal função dos sais minerais nos ossos?
3. O que é osteoporose? Como pode ser prevenida?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O tecido ósseo é um tecido conjuntivo de sustentação, que ocorre nos ossos


do esqueleto dos vertebrados. O esqueleto permite a sustentação do corpo, assim os
vertebrados conseguiram explorar novos modos de sobrevivência na Terra. Além da
sustentação, a estrutura óssea é importante, pois protege os órgãos vitais de choques
mecânicos que possam ocorrer.
Com o envelhecimento dos corpos sabe-se que os humanos passam a ter perda
óssea. É possível inclusive observar a diminuição da altura. A perda óssea se dá pela
redução da retenção de cálcio (mineral) pelo organismo, principal componente dos
ossos. Esta perda da massa óssea recebe o nome de osteoporose e pode ser prevenida
com a ingestão de suplementos de cálcio ou de alimentos ricos em cálcio. Os alimentos
recomendados para ingestão neste caso são os lácteos(o leite e seus derivados).
A rigidez do osso tem origem na substância intercelular do tecido ósseo, rica em
sais de cálcio. A flexibilidade tem origem nas fibras colágenas que são encontradas
na estrutura. Quando o osso estava em contato com o vinagre houve a dissolução e
eliminação do cálcio. Com a ausência do mineral o osso ficou extremamente flexível.

ATIVIDADE 37 - PEIXES ÓSSEOS: ANATOMIA EXTERNA E INTERNA

OBJETIVO

Identificar as estruturas da anatomia interna e externa de um peixe ósseo.



Recomendações: caso tenha um aquário pequeno na escola, use para que os
alunos possam observar a abertura e fechamento do opérculo para a entrada de
água nas brânquias.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 paquímetros

05 folhas de papel sulfite

05 pranchas de peixe ósseo

Régua.

114 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


PROCEDIMENTOS

1. Divida a turma em cincos grupos e forneça uma prancha para cada grupo.
2. Observe a estrutura interna do peixe ósseo.
3. Faça um desenho esquemático indicando suas estruturas externas.
4. Meça o comprimento (da boca até a ponta da cauda) do peixe, com o auxílio da
régua e anote o comprimento no desenho.
5. Meça a altura do corpo (distância do dorso ao ventre) e anote.
6. Meça a largura do corpo (distância entre os lados) e anote.
7. Observe o opérculo e as brânquias.
8. Identifique os órgãos internos e desenhe o peixe internamente identificando
cada uma das estruturas.

QUESTÕES

1. Qual a importância da presença das escamas? Explique.


2. Observando as brânquias, explique como se dá a respiração dos peixes.
3. O que é a bexiga natatória? Por que ela é importante para os peixes?
4. Cite 03 exemplos de peixes ósseos e diga em que região são encontrados.
5. Considerando que vivem em ambiente aquático, explique como se dá a
reprodução dos peixes.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR


Os peixes são animais que pertencem ao grupo dos vertebrados, ou seja, que
durante o desenvolvimento embrionário apresentam notocorda. Pertencem ao grupo
dos gnatostomatas, que são os portadores de mandíbula (gnato) e boca (stomata). Vivem
exclusivamente em ambientes aquáticos, dependem da presença de água para respirarem
e para a reprodução.
Estes seres vivos apresentam o corpo recoberto por escamas. Essas estruturas são
rígidas e protegem o corpo de micro-organismos. As espécies de peixes são diferenciadas
por diversos fatores, entre eles a coloração das escamas. Outro fator que permite a
caracterização das espécies é o tamanho, que pode variar (aproximadamente) de 8 mm
(Pandaka pygmea) até 18m (Rhincondon typus).
As brânquias são estruturas respiratórias protegidas pelo opérculo. O opérculo
abre e fecha, permitindo a entrada e saída de água das brânquias. Nessas estruturas com
aspecto membranoso ocorre a troca gasosa. O gás carbônico é substituído pelo oxigênio.
Os peixes apresentam uma estrutura denominada bexiga natatória. Ela é uma bolsa
capaz de armazenar ar e auxiliar o peixe na flutuação. A presença deste órgão reduz a
densidade do organismo e por isso a flutuação é facilitada.

115
A reprodução destes organismos depende do meio aquático. A fêmea e o macho
liberam os óvulos e espermatozoides, respectivamente, na água. Estes passam pelo
processo de fecundação e dão origem aos ovos (sem nenhuma estrutura para proteger da
desidratação). Após o desenvolvimento dos embriões ocorre a formação da larva (alevino)
que irá se desenvolver no indivíduo adulto.
Como exemplo de peixes ósseos pode ser citado os seguintes:
Tainha: habita ambientes marinhos e em Santa Catarina é pescada no inverno,

momento em que sobem a costa brasileira em busca de águas mais quentes.
Salmão: peixe que habita a água salgada, mas no período reprodutivo migra

para a água doce. Pode ser encontrado no oceano Atlântico.
Piranha: peixe encontrado no Pantanal, ou seja, é de água doce e apresentam

comportamento carnívoro.

ATIVIDADE 38 - ESTUDAR O CORAÇÃO DE GALINHA

OBJETIVO

Conhecer as cavidades do coração e seus principais vasos com circulatórios.



Recomendações: separe os alunos em grupos e coloque os materiais para cada
grupo nas bandejas. Oriente os alunos para que usem o bisturi com cuidado
e coloquem o EPI indicado, neste caso luvas para o manuseio do coração de
galinha. Os corações devem ser lavados e banhados em álcool 90% antes de
receber as primeiras incisões.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 placas de Petry

05 pinças

05 bisturis

Palitos de dente

05 bandeja

05 lupas

Luvas

10 corações de galinha.

PROCEDIMENTOS

1. Com o auxílio da pinça, manuseie o coração, localize e identifique as veias e


artérias e verifique se tem gordura.

116 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


2. Com os palitos indique as veias pulmonares, a veia cava e as artérias aorta e
pulmonar.
3. Observe as diferenças entre os ventrículos e como está no coração da ave (o
direito será o mais rígido por ser o mais espesso).
4. Cuidadosamente, corte o ventrículo direito o observe usando a lupa, e identifique
a musculatura interna.
5. Em seguida, corte o ventrículo esquerdo e com a ajuda da lupa, verifique as
diferenças entre os dois ventrículos. .
6. Anote suas observações no caderno para efetuar o relatório.
7. Ao término do experimento, recolha os corações que podem servir de alimentos
para animais domésticos como cachorros ou gatos, desde que aferventados.

QUESTÕES

1. Quais as diferenças entre as artérias e veias?


2. Que tipos de sangue cada veia e artéria conduz?
3. Quais as diferenças entre os ventrículos?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O coração de todas as aves é morfologicamente igual ao coração dos mamíferos.


A única diferença morfológica significativa é a posição da artéria aorta, que está curvada
para a direita nas aves e para a esquerda nos mamíferos.

Figura 01: Anatomia do coração de ave e mamíferos.

As artérias formam uma rede de vasos ramificados que transportam o sangue arterial
do coração para o corpo. O sangue é bombeado do ventrículo esquerdo e distribuído
pela artéria principal do corpo: a aorta. Dela partem ramos arteriais, que se ramificam
cada vez mais para irrigar todos os tecidos.
As artérias pulmonares agem de outro modo, levam o sangue venoso do coração
(que sai do ventrículo direito) até os pulmões para ser oxigenado. As artérias de grande
calibre são chamadas elásticas, as de médio calibre são as musculares e as mais finas são
as arteríolas.

117
As veias são vasos que conduzem o sangue venoso do corpo para o coração,
através das aurículas ou átrios. As veias pulmonares são diferentes, elas recebem o sangue
oxigenado dos pulmões e levam até o coração.
Existem veias profundas e superficiais, como o nome indica, as primeiras são
encontradas em regiões mais profundas; enquanto as outras estão na superfície da pele,
sendo facilmente visualizadas. As veias mais finas são chamadas vênulas e fazem a
comunicação entre vasos.
No experimento é possível observar que o ventrículo direito possui a musculatura
de suas paredes, mais delgadas. Isto ocorre porque impulsiona o sangue apenas para os
pulmões. Já o ventrículo esquerdo possui a musculatura de suas paredes mais espessadas,
pois impulsiona o sangue para todo o corpo.

ATIVIDADE 39 - CIRCULAÇÃO DOS VEGETAIS

OBJETIVO

Observar o transporte de água através dos tecidos condutores de um vegetal.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

02 rosas brancas

02 béquers

01 estilete

Água

Solição 1% de azul de metileno

Solução de iodo (lugol)

Etiquetas.

PROCEDIMENTOS

1. Coloque água até a metade de cada béquer e enumere.


2. Adicione 05 gotas de azul de metileno no béquer 1, tinja sua água de azul.
3. No outro béquer, adicione 05 gotas de solução de iodo no béquer 2, tinja sua
água de alaranjado.
4. Corte um pedaço pequeno do caule da flor.
5. Introduza uma flor no béquer 1 e outra no béquer 2 (fig. 01).
6. Deixe em repouso por 2 horas, observe e anote. Será que este tempo não pode
ser menor?

118 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


QUESTÕES

1. O que ocorreu com as pétalas da flor? Explique.


2. Diferencie os vasos liberianos dos lenhosos.

Figura 01: Montagem do experimento.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR


Os caules geralmente são órgãos especializados na condução de seiva, água e
outras substâncias importantes para a planta. Portanto, nos caules há predominância dos
tecidos condutores e não dos tecidos clorofilados.
A água e os sais absorvidos pela raiz constituem a seiva bruta ou seiva mineral,
que é transportada para cima, até as folhas. Os produtos da fotossíntese, especialmente
açúcares, são dissolvidos em água e formam a seiva elaborada, que é transportada para
baixo, até as raízes.
A seiva circula no interior de longas células em forma de finíssimos canais, que
são os vasos condutores. Os vasos liberianos conduzem a seiva elaborada e situam-se
numa estreita faixa externa nos caules. Os que conduzem a seiva bruta são chamados
de vasos lenhosos e, em conjunto, formam o lenho. Esses vasos têm paredes grossas e
reforçadas por uma substância muito resistente, a lignina. O lenho compõe a maior parte
da espessura do caule, na sua região central, que é o cerne, utilizado pelo homem como
madeira.
No experimento realizado, podemos observar a condução da água colorida de
cada béquer, pelos vasos lenhosos do caule, pois as pétalas da flor ficaram com pigmentos
azuis e alaranjados.

119
ATIVIDADE 40 - ANATOMIA DE UMA FLOR

OBJETIVOS

Identificar as principais estruturas observadas em uma flor.



Observar o grão de pólen.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 micropipeta

01 frasco lavador

Folhas de papel ofício

Flores

05 lupas

05 placas de Petri

Mel

Lâminas para microscopia

Lamínulas para microscopia

Microscópio

Câmera digital

01 lâmina de barbear

01 estilete ou bisturi

Caderno para anotações/ilustrações

Folha com imagem para identificar as partes que formam as flores (fig.01).

PROCEDIMENTOS

1. Observe o aspecto externo de uma flor e, em seguida, identifique no desenho


cada parte que compõe a flor.
2. Separe, cuidadosamente, cada parte da flor, agrupando as estruturas iguais
(pétalas, sépalas, carpelos, estames).
3. Cole as partes da flor na folha de papel sulfite, depois de separadas, e, através de
legenda, identifique cada uma das partes.
4. Corte ao meio o ovário da flor e observe com o auxílio de uma lupa. Em seguida,
faça uma ilustração da disposição do(s) óvulo(s) observado(s).
5. Separe um estame, retire a sua antera e esfregue sobre uma lâmina de
microscopia. Posteriormente, verifique se podem ser visualizadas sobre a lâmina
pequenas estruturas amarelas (grãos de pólen). Na ausência dos grãos repita o
procedimento.

120 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


6. Acrescente sobre a lâmina de grão de pólen uma gota de água e cubra com a
lamínula.
7. Repita o item 5 e 6 e coloque água e mel para que o tubo polínico desenvolva.
8. Verifique ao microscópio óptico e ilustre o grão de pólen observado.
9. Observe o grão de pólen de outras plantas.

QUESTÕES

1. Que estruturas foram identificadas na flor analisada?


2. Quais as funções desempenhadas por cada uma das partes da flor?
3. Quais as funções desempenhadas pelas flores?
4. Observe ao microscópio óptico se os grãos de pólen de plantas diferentes
apresentam semelhanças.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As flores são os órgãos responsáveis pela reprodução das angiospermas.


Ao serem fecundadas dão origem à semente, que é protegida por um fruto. As sementes ao
germinarem dão origem às novas plantas. Os frutos protegem o embrião das adversidades
do meio ambiente, possibilitando a sua sobrevivência. A presença de frutos também
facilita que as sementes se espalhem no ambiente, alcançando distâncias maiores.
O fruto atrai pássaros ou outros animais que ingerem os frutos e ao finalizarem a digestão
eliminam a semente nas suas fezes. Existem casos de animais que não ingerem a semente
e apenas a deixam no solo, onde ela germinará.

Uma flor completa de angiosperma apresenta as seguintes partes (verticilos):


Verticilo de Sustentação: é composto pelo receptáculo e o pedúnculo floral e,

ambos, sustentam a flor.
Verticilo de Proteção: é formado pelo cálice (conjunto de sépalas) e corola

(conjunto de pétalas), ambos protegem as estruturas reprodutoras e atraem
agentes polinizadores.
Verticilo de Reprodução: é composto pelo gineceu (carpelos, que são estruturas

femininas) e androceu (estames que são estruturas masculinas).
Algumas flores podem não apresentar algum dos verticilos. Por vezes brácteas
(folhas modificadas, que se assemelham às pétalas) substituem os verticilos de proteção.
Uma importante característica taxonômica da flor (fig.01) é a quantidade de
verticilos. Enquanto as monocotiledôneas (como as gramíneas), são trímeras, isto é,
apresentam estruturas em número de três ou múltiplos de três, as dicotiledôneas (como
as leguminosas) são tetrâmeras ou pentâmeras, ou seja, apresentam estruturas em número
de quatro ou cinco ou múltiplos de quatro ou cinco.

121
Os verticilos vegetais são folhas modificadas, ou seja, todas as estruturas da flor,
têm sua origem nas folhas da planta. Os estames e carpelos são as estruturas reprodutivas
da flor. Os estames são as estruturas masculinas e no seu interior formam-se os grãos de
pólen. Os carpelos são as estruturas reprodutivas femininas e no seu interior formam-se
as oosferas.
Quando ocorre a fertilização os grãos de pólen unem-se as oosferas e há a formação
dos embriões revestidos pelas sementes que são protegidas pelo fruto
Ao observar a estrutura de diversas plantas reconhece-se a diversidade vegetal
que existe no planeta Terra. A observação dos grãos de pólen de várias plantas permite
perceber que as características anatômicas variam de uma espécie para a outra.

Estígma
Pétala
Antera

Filete Estilete

Sépala

Óvulo Ovário

Figura 01: Imagem para identificar os componentes das flores.

ATIVIDADE 41 - ESTUDAR A VEGETAÇÃO LOCAL

OBJETIVOS

Aplicar os conhecimentos recebidos em sala de aula a respeito dos tipos de



vegetação. Usar como prática a observação de exemplares de plantas encontradas
na região onde se localiza o colégio ou nas residências dos alunos.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 bandejas

05 lupas

Papel toalha

Plantas variadas retiradas da região (residência dos alunos).

122 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


PROCEDIMENTOS

1. Solicite aos alunos para que observem a planta no ambiente e verifiquem a


incidência de luz no local.
2. Coloque os espécimes nas mesas para serem observados e desenhados.
3. Forme cinco equipes, cada uma deve desenhar pelo menos 3 plantas,
identificando-as pelo nome comum da região e mencionando seu habitat (dunas,
praias, campos, morros e encostas, lagoas, cerrado, etc.).

QUESTÕES

1. Cite e explique as vantagens de viver em um ambiente arborizado.


2. Cite frutos comestíveis que são provenientes de árvores.
3. Quais são as adaptações da folha para o ambiente do seu habitat.
4. Observe as folhas coletadas das árvores. Ilustre os diferentes tipos observados e
anote a coloração de cada tipo.
5. Observe a inserção das folhas nos galhos. Ilustre os diferentes modelos
observados.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Este experimento desperta a curiosidade científica voltada para botânica.


Ao observar as diversas árvores o aluno perceberá a diversidade de árvores que existe nas
proximidades da escola ou da sua casa.
Ao solicitar que os alunos observem a árvore antes de realizar a coleta dos galhos
estes poderão notar que alguns seres vivos, como insetos e aves, dependem da sua
existência para sobreviverem. Insetos podem se alimentar das folhas, enquanto que as
aves podem se alimentar dos frutos e usar as árvores como abrigo para a construção de
seus ninhos.
Viver em um ambiente arborizado pode trazer algumas vantagens para o cotidiano
das pessoas. No ambiente com área verde o ar tende a ser mais limpo. A presença de
árvores torna a temperatura do ambiente mais amena, ou seja, mais agradável. Dependendo
das espécies cultivadas as árvores podem ser fonte de alimentos. Os frutos são alimentos
saudáveis, pois apresentam fibras e vitaminas e esses nutrientes são importantes para o
funcionamento correto do corpo.
As árvores são compostas por um tronco, de onde derivam galhos com folhas,
frutos ou flores. São fixadas no solo pelas raízes, especializas na sustentação e obtenção
de nutrientes e água para o desenvolvimento do vegetal.
As folhas são os órgãos que irão captar luz solar para a realização da fotossíntese.
Essas estruturas podem estar inseridas nos galhos nas mesmas alturas ou intercaladas,
como pode ser observado na figura 01.

123
Figura 01: Distribuição das folhas nos galhos.

ATIVIDADE 42 - FOTOTROPISMO

OBJETIVOS
Visualizar e compreender o que é fototropismo.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 pés de feijão com 10cm



Caixa de papelão grande

Tesoura

Lâmpada fluorescente com bocal e fio de energia.

PROCEDIMENTOS
1. Faça um orifício na caixa para encaixar a lâmpada.
2. Posicione os cinco pés de feijão lado a lado.
3. Observe a posição dos caules e tome nota.
4. Acenda a lâmpada e aguarde 04 dias.
5. Após 04 dias observe as plantas e registre o que ocorreu.

QUESTÕES

1. Como estavam os caules antes dos 04 dias?


2. O que aconteceu com os caules depois de 04 dias de exposição a luz? Justifique.
3. Qual o hormônio responsável pelo crescimento do vegetal? Como atua?
4. Pesquise outro tropismo que os vegetais apresentam.

124 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Os vegetais dependem da luz para sobreviver, a partir dela e de nutrientes


absorvidos pela raiz produzem a glicose, sua fonte de energia. Como a absorção de luz
para os vegetais é essencial, estes tentam aperfeiçoá-la, e uma forma de fazer isso é ter o
maior número possível de folhas voltadas para o sol.
O crescimento do vegetal em direção a um estímulo luminoso recebe o nome de
fototropismo. Este fenômeno pode ser observado no experimento realizado. No começo
do experimento o caule das cinco plantas estava reto, porém após quatro dias na caixa
estavam levemente tortos. O crescimento ocorreu na direção da lâmpada, para que as
folhas pudessem captar a maior quantidade de luz possível.
O fototropismo ou heliotropismo resulta da ação hormonal. O hormônio responsável
pelo crescimento do vegetal é a auxina, que promove a divisão celular das células dos
vegetais e o seu alongamento.
As raízes da planta apresentam um tropismo específico, o geotropismo. As raízes
crescem em direção ao solo, buscando estarem mais próximas de locais com maior
quantidade de nutrientes como sais minerais e água.

ATIVIDADE 43 - HIDROPONIA DA BATATA DOCE

OBJETIVO
Observar o aparecimento de uma nova planta.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Água

04 palitos de dente

01 copo

01 batata doce.

PROCEDIMENTOS
1. Prenda os palitos ao redor da batata e monte o sistema conforme a figura 01, de
forma que a batata fique equilibrada sobre a borda do copo.

Figura 01: Hidroponia da batata.

125
2. Coloque água no copo de maneira que apenas parte da batata fique mergulhada
na água (fig. 01).
3. Coloque o copo com o sistema em um local da sala onde os alunos possam,
diariamente, observar a batata e suas transformações.
4. Quando o nível de água dentro do copo diminuir, adicione a quantidade de
água necessária para repor.
5. Observe os resultados a cada dois dias durante uma semana e registre na tabela
01.

Dia Observações



Tabela 01: Resultados da atividade.

QUESTÕES
1. Por que o nível da água diminui dentro do copo?
2. Cite as partes da planta que se desenvolveu.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A batata-doce, cujo nome científico é Ipomoea batatas, é uma hortaliça tuberosa,


originária da América do Sul
A raiz da planta batata-doce pode ser utilizada no preparo de pratos salgados, doces
e aperitivos. Na indústria, é fonte de matéria-prima para doces enlatados, confeitaria e
fécula. Na alimentação animal constitui componente para rações de bovinos e suínos.
As folhas e brotos são comestíveis após breve cozimento, saborosas e nutritivas,
constituindo verdura de produção facílima e abundante.
Também é possível utilizar a batata doce como planta ornamental em jardineiras
de apartamentos, em vasos suspensos e em cestas.
Como a planta apresenta um crescimento rápido, cobrindo completamente o solo
a partir de aproximadamente 45 dias do plantio, serve de proteção no solo. Planta-se
em camalhões ou leiras que devem ser construídas em nível, formando um eficiente
sistema de controle da erosão podendo, portanto, ocupar áreas marginais e de topografia
acidentada.
Na atividade experimental, a medida que a batata vai se transformando, é possível
observar o aparecimento de raízes, folhas e ramos. As raízes são imprescindíveis à planta,
haja vista que além de fixar elas absorvem os nutrientes necessários à sobrevivência do
vegetal. Na atividade prática, a água é absorvida pela raiz, por isso é necessário colocar
água várias vezes no copo.

126 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Porém há outra função importante que é fazer reserva de nutrientes, como
no caso das raízes tuberosas (cenoura, batata-doce, nabo, mandioca e beterraba).
Por isso é possível ocorrer uma diminuição visível no tamanho da batata doce, durante o
desenvolvimento da planta.
As folhas são os órgãos vegetativos das plantas, cujas principais funções são a de
fazer a fotossíntese e as trocas gasosas com o meio.

ATIVIDADE 44 - BOMBAS DE SEMENTES

OBJETIVOS

Verificar a diferença nos tempos de germinação das sementes.



Reconhecer os tipos de biomas da região e suas espécies nativas.

Recomendações: converse com os alunos sobre o ambiente em que vivemos
e que tipo ou tipos de biomas existe nas regiões da cidade. Peça que tragam
sementes variadas de plantas nativas (frutíferas, arbustos, árvores, etc.). Separe
os grupos e distribua para cada um, três porções de terra fértil, uma porção de
argila e um tipo de semente. Deixe os demais materiais sobre a bancada do LDM
para que os grupos possam usá-los.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Sementes nativas

05 frascos lavador

Papel toalha

Pá de jardim

Água

Argila

Terra fértil

05 bandejas

Béquer de 100 ml.

PROCEDIMENTOS

1. Forre as bandejas com papel toalha.


2. Coloque um pouco de água no béquer e use como medida.
3. Na bandeja misture a argila e a terra fértil e umedeça aos poucos até que consiga
moldar bolas (as bolas devem ter o tamanho aproximado de um brigadeiro
grande).

127
4. Abra cada bola e coloque de 4 a 6 sementes (dependendo do tamanho das
sementes pode colocar mais).
5. Feche as bolas de forma que as sementes fiquem como recheio e coloque cada
bola na bandeja.
6. Em seguida leve para secar a sombra.
7. Para servir de controle, separe uma bola e coloque em um vaso ou no canteiro
de um jardim.
8. Regue uma vez por dia e anote o tempo que a semente demorou para germinar.
9. As bolas restantes podem ser jogadas em terrenos baldios ao longo da estrada em
áreas para serem reflorestadas, de acordo com o tipo de semente utilizada para
o recheio (preferencialmente nos biomas onde as sementes foram recolhidas).

QUESTÕES

1. Que tipo de semente o grupo utilizou?


2. A que Bioma essa planta pertence?
3 A semente utilizada germinou?
4. Quanto tempo a semente demorou para germinar?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Atualmente devido à falta de respeito com a natureza e observando-se o aumento


do desmatamento em biomas, surgiu a preocupação de criarmos soluções para minimizar
estes problemas.
Nesta atividade, os alunos podem fazer a diferença na região em que moram,
ajudando no reflorestamento dos biomas.
É possível usar sementes de hortaliças ou flores para deixar o caminho para a
escola mais agradável ou usando as sementes de hortaliças em terrenos baldios para
produzir alimentos.
As sementes terão tempos de germinação diferentes (dias, semanas) e alguns grupos
podem não ter suas sementes germinadas num curto espaço de tempo, comprovando com
essa prática que o tempo de germinação está relacionado com o tipo de semente de cada
planta da região (permeabilidade do envoltório da semente, dormência da semente, etc.)
e com os fatores ambientais (disponibilidade de água, oxigênio, luz, temperatura, etc.).
Este experimento pode ser realizado também no 3º ano, durante o estudo do
conteúdo de Biomas.

128 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 45 - REPRODUÇÃO ASSEXUADA NAS PLANTAS

OBJETIVO

Observar os diferentes tipos de reprodução assexuada.



Recomendações: para criar consciência ecológica, o professor pode trocar os
vasos, por garrafas pets cortadas.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 vasos pequenos

Conjunto de jardinagem

05 pissetas (frasco lavador)

Terra fértil

Folhas de violetas ou suculentas

Galhos de boldo ou galhos da planta tapete

05 placas de Petri

Algodão.

PROCEDIMENTOS

1. Coloque a terra fértil nos vasos e umedeça.


2. Corte os galhos verificando as gemas axiais (corte antes e depois das gemas axiais
e deixe duas ou três gemas em cada galho) e coloque na terra verticalmente.
3. Regue uma vez ao dia e faça as observações das gemas (pode fotografar para
colocar no relatório).
4. Para as folhas de violetas forre a placa de Petri com um chumaço de algodão e
coloque água. Em seguida deite a folha de forma que só a parte do pedúnculo
da folha fique imersa na água.
5. Reponha a água diariamente, observe e anote.
6. Quando formar a raiz e ela atingir uns dois centímetros, transporte para um vaso
com terra fértil e regue periodicamente sem encharcar.

QUESTÕES

1. O que é gema axial? E em que local da planta se encontra?


2. Que tipo de reprodução assexuada ocorreu nos galhos?
3. Que tipo de reprodução assexuada ocorreu nas folhas?

129
OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Os vegetais têm a capacidade de se reproduzir assexuadamente (quando só há


a participação de um indivíduo) e a essa capacidade damos o nome de propagação
vegetativa. A propagação vegetativa consiste em multiplicar assexuadamente partes
de plantas (células, tecidos, órgãos ou propágulos), originando indivíduos geralmente
idênticos à planta-mãe. Os indivíduos podem ser chamados de clones, pois os materiais
genéticos são os mesmos.
Neste experimento é possível observar nos galhos a reprodução por estaquia quando
as gemas axiais que se encontram nos nós do caule germinam em condições ideais. Isso
ocorre em parreiras, cana de açúcar, mandioca, aipim ou macaxeira. Diversas culturas
são assim cultivadas desde o início da agricultura.
No experimento também ocorre, no caso das folhas de violeta, reprodução assexuada
por brotamento (gemiparidade). Neste tipo de reprodução um broto se desenvolve no
indivíduo e após um tempo se desprende, passando a ter uma vida independente.

As plantas e os tipos de reprodução assexuada

a) Naturais (fragmentação e brotamento)


Briófitas - reproduzem assexuadamente por fragmentação. Por exemplo, gametófitos
de hepáticas, crescem por expansão das bordas de seu corpo taloso, que eventualmente
pode partir-se, originando novos indivíduos.
Pteridófitas - reproduzem assexuadamente por brotamento. Por exemplo, o rizoma
vai crescendo e, de espaço em espaço, formam-se pontos vegetativos que originam folhas
e raízes. A fragmentação ou decomposição do rizoma nas regiões entre esses pontos
vegetativos isola novas plantas.

b) Artificiais (estaquia; mergulhia; alporquia e enxertia).


Angiospermas - reproduzem assexuadamente, o que é denominado propagação
vegetativa. São técnicas artificiais empregadas na propagação vegetativa: estaquia;
mergulhia; alporquia e enxertia.
Estaquia: cortam-se ramos de árvores que contenham gemas e enterra-se a parte

cortada no solo. Depois de algum tempo, surgem raízes e uma nova planta.
Esse ramo cortado recebe o nome de estaca, também denominada muda.
Enxertia: escolhe-se uma planta que forma raízes bem fortes e resistentes.

Corta-se a planta próximo ao solo, e ela é utilizada para receber o enxerto.
Por receber o enxerto, esse pedaço da planta recebe o nome de porta-enxerto.
Na enxertia utiliza-se, portanto, o porta-enxerto de uma espécie de planta com
o enxerto de outra espécie.
Mergulhia: enterra-se parte de um ramo no solo. Depois de algum tempo, dele

nascem raízes e os primeiros ramos. Separa-se esse ramo e planta-se em outro
local, surgindo um novo indivíduo.
Alporquia: faz-se um pequeno corte em um ramo, envolvendo o local com

130 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


terra úmida. Depois que formar raízes, corta-se o ramo, plantando-o na terra.
O professor pode trabalhar essas técnicas em sala de aula com a ajuda dos
alunos, e explicar como e por que o vegetal tem essa capacidade de se reproduzir
assexuadamente, e quais as vantagens desse tipo de reprodução para a planta.
Também pode ser discutido a importância das técnicas artificiais de reprodução
vegetativa no aumento da produtividade, na relação custo/benefício, na
qualidade da planta obtida que vai ser igual à planta-mãe (neste caso é garantia
de qualidade, pois o agricultor sabe antecipadamente as qualidades da planta),
etc..

ATIVIDADE 46 - A AÇÃO DA SALIVA

OBJETIVO

Observar a digestão do amido pela enzima ptialina, que é encontrada na saliva.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

04 tubos de ensaio

01 espátula

01 pipeta graduada

01 colher de sopa

Grampo de madeira

Lamparina

01 caixa de fósforos

Micropipeta (conta-gotas)

Lugol

Álcool etílico

Amido de milho (maisena)

Saliva

03 etiquetas.

PROCEDIMENTOS

1. Recolha no primeiro béquer um pouco de saliva (aproximadamente 04 colheres


de sopa).
2. Coloque parte da saliva em um tubo de ensaio e ferva sobre a lamparina por 3
min.

131
3. Prepare no segundo béquer, uma solução de 100mL de água e a medida de 03
espátulas de amido. Misture muito bem a solução.
4. Numere três dos quatro tubos de ensaio (1, 2 e 3).
5. Coloque 05mL da solução de amido, previamente preparada em cada tubo de
ensaio.
6. Acrescente no tubo nº 1 a medida de uma colher de água.
7. Acrescente no tubo nº 2 a medida de uma colher de saliva não aquecida.
8. Acrescente no tubo nº 3 a medida de uma colher de saliva previamente aquecida.
9. Adicione duas gotas de lugol em cada tubo de ensaio, espere 10 minutos e anote
os resultados.

QUESTÕES

1. Quais as cores que apareceram em cada um dos tubos?


2. Após 10 minutos, ocorreu alguma alteração nas cores nos tubos?
3. A saliva fervida age da mesma maneira que a natural? Por quê?
4. Quais as três glândulas do corpo humano que produzem saliva?
5. A mastigação dos alimentos facilita a atuação da ptialina? Explique.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A saliva produzida pelas glândulas salivares (fig.01), é conduzida para a cavidade


oral através de canos especializados. São, no total, três tipos de glândulas salivares
humanas:
Glândulas Parótidas: situadas próximo aos ouvidos, estas glândulas, quando

infectadas por vírus, incham. Este inchaço se deve a ação do sistema imunológico
para combater a infecção. A doença recebe o nome de parotidite, popularmente
é conhecida como caxumba.
Glândulas Submandibulares: localizadas abaixo da mandíbula.

Glândulas Sublinguais: que ficam abaixo da língua.

132 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Figura 01: Glândulas salivares.

A saliva apresenta como principal componente a ptialina ou amilase salivar, uma


proteína do tipo enzima. As enzimas são importantes, pois aceleram as reações químicas
que ocorrem no corpo humano. A ptialina é responsável por realizar a quebra do amido em
moléculas menores, dando início à digestão dos alimentos que continuará no estômago.
As enzimas para funcionarem na sua capacidade máxima dependem de situações
ideais. Cada enzima funciona em faixas específicas de pH e de temperatura, variações
nestes índices alteram a velocidade da reação ou interrompem a reação por completo.
Além de faixas específicas, pode-se falar também de pH e temperaturas ótimos (fig.02),
situação em que a enzima está funcionando na velocidade máxima.

Figura 02: pH e temperatura ótimos.

O processo pelo qual passa a enzima quando há alteração de pH ou temperatura é


denominado desnaturação, sua estrutura física é alterada. A velocidade da reação em que
a enzima está atuando será proporcional à concentração de substrato, ou seja, quando
mais substrato houver, mais rápida será a reação.
Diz-se que as enzimas funcionam como um sistema chave-fechadura. Cada enzima
é capaz de ligar-se a apenas um substrato ou grupo de substratos que tenham estruturas
similares. A ação realizada pela enzima no substrato não é permanente, ou seja, pode

133
ser revertida. Ao final de qualquer reação química a estrutura da enzima permanece a
mesma, nenhuma alteração física ou química ocorre.
A mastigação bem feita resulta na trituração dos alimentos e na digestão do amido
na boca (já que ele permanecerá lá por mais tempo se bem mastigado). A trituração dos
alimentos é importante por proporcionar maior superfície de contato com as enzimas do
trato digestivo.
Ao realizar as observações pode-se notar que as cores nos tubos 1 e 3 não foram
alteradas, já o tubo 2 teve a sua coloração alterada. O lugol é uma substância capaz de
detectar a presença de amido. Ao entrar em contato com o amido apresenta cor azul/
roxa. Como no tubo 1 havia apenas água a coloração se manteve. No tubo 3 havia saliva
aquecida, o aquecimento resultou no não funcionamento da enzima. No tubo 2 a enzima
ptialina ainda encontrava-se ativa e por isso houve alteração de coloração do lugol, o
amido foi digerido o lugol deixou de ser azul/roxo.

ATIVIDADE 47 - ATUAÇÃO DA PTIALINA

OBJETIVO

Verificar a aceleração da transformação do amido pela ptialina.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

Tubos de ensaio

Suporte para tubos

Micropipetas

Farinha de trigo

Lugol

Etiquetas.

PROCEDIMENTOS

1. Numere dois tubos de ensaio e coloque em cada um deles uma pitada de farinha
de trigo.
2. Adicione água até a metade, no tubo 1.
3. Acrescente saliva ao tubo 2, cuspindo muitas vezes dentro dele.
4. Deixe os dois tubos em repouso e, no dia seguinte, pingue 05 gotas de lugol em
cada um deles.
5. Observe e anote o que ocorreu.

134 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


QUESTÕES

1. O que aconteceu no tubo 1? Explique.


2. O que aconteceu no tubo 2? Explique.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A saliva é um líquido incolor, produzido pelas glândulas salivares. A saliva dos


homens e de alguns animais herbívoros contém ptialina, enzima que atua na digestão do
amido. Além da enzima especializada na digestão do amido, a saliva também contém
uma substância capaz de matar bactérias. Essa ação bactericida mantém a boca e os
dentes saudáveis ao prevenir cáries e infecções.
Ao adicionar o lugol no tubo 1 verifica-se que o conteúdo ficou escuro, o que indica
a presença de amido. O iodo presente no lugol reage com o amido presente na farinha
tornando a solução escura. Ao adicionar lugol no tubo 2 verifica-se que o conteúdo ficou
amarelado, a mesma cor do lugol acrescentado. No tubo 1 não ocorreu a quebra de
amido, como a saliva não foi acrescentada o amido não foi digerido. No tubo 2 ocorreu
a quebra do amido (em maltose e glicose), já que a saliva havia sido acrescentada.

ATIVIDADE 48 - IDENTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS NOS ALIMENTOS (II)

OBJETIVO

Identificar alimentos que possuem proteínas.



Recomendações: o hidróxido de sódio é uma base forte e corrosiva, manuseie
com cuidado usando os EPIs, neste caso, luvas e óculos de segurança.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 colher de maisena

01 colher de clara de ovo

01 colher de gelatina incolor não sólida

100g de fígado cru picado

Solução de sulfato de cobre a 0,5%

Solução de hidróxido de sódio concentrada

05 tubos de ensaio

Micropipetas

01 pipeta graduada.

135
PROCEDIMENTOS

1. Monte uma bateria de tubos de ensaio.


2. Em cada tubo, coloque pequena quantidade de uma das amostras listadas acima.
3. Acrescente 3mL de água e agite levemente o tubo para homogeneizar a maisena,
a clara de ovo e a gelatina incolor.
4. Em cada tubo de ensaio adicione 5 gotas da solução de sulfato de cobre a 0,5%
e 5 gotas de hidróxido de sódio.
5. Registre o que ocorreu.

QUESTÕES

1. As soluções de sulfato de cobre e hidróxido de sódio serviram como indicador


da presença de proteínas. Preencha a tabela 01, colocando positivo ou negativo
para a presença de proteína.

Alimento pesquisado Coloração dos indicadores Presença de proteínas


Maisena
Clara de ovo
Gelatina em pó
Fígado
Leite
Tabela 01: Anote os resultados do experimento.

2. Por que é importante consumir alimentos ricos em proteínas?


3. Todas as amostras são de origem animal. Que outros seres vivos, além dos
animais, são ricos em proteínas? Cite exemplos.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As proteínas são substâncias importantes para os seres vivos e são obtidas através
da alimentação. Elas permitem ao organismo dar continuidade ao seu desenvolvimento.
Pode-se dizer que as proteínas são a matéria prima essencial para o crescimento de um
corpo.
Essas macromoléculas são compostas por aminoácidos que se unem através de
ligações peptídicas. Correspondem a 75% da matéria encontrada nas estruturas biológicas.
Além da função estrutural podem atuar como enzimas, que são proteínas capazes de
acelerar a velocidade com que uma reação química ocorre.
A alimentação equilibrada depende da ingestão de vários tipos de alimentos, entre
eles as proteínas. As proteínas são macromoléculas e por isso não podem ser absorvidas
pela mucosa intestinal. Para que ocorra a absorção há necessidade de quebrar as proteínas
em aminoácidos. Os aminoácidos serão absorvidos pelo corpo e destinados à formação
de novas proteínas.

136 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


As proteínas são encontradas principalmente em produtos de origem animal, como
carne e ovos. Podem ser encontradas também em alguns vegetais, como por exemplo,
as leguminosas. O feijão é uma leguminosa riquíssima em proteína. A soja é exemplo de
outra leguminosa rica em proteína. A partir da soja é produzida a proteína texturizada de
soja, usada pelos vegetarianos como substituto da carne. Fungos são outros seres vivos
que também são ricos em proteínas.
Ao final do experimento será possível perceber a mudança de cor na solução nos
tubos que contém proteínas. A coloração passará de azul para violeta caso o resultado
seja positivo. Pode ocorrer uma intensificação do tom de azul do CuSO4 ao entrar em
contato com o NaOH.

ATIVIDADE 49 - IDENTIFICAÇÃO DE LIPÍDIOS NOS ALIMENTOS

OBJETIVO
Identificar gorduras nos alimentos.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Amostras de alimentos (Ex.: chocolate, toucinho, margarina, miolo de pão, leite

desnatado, leite integral, alface e arroz cozido)
Folha de papel sulfite

Espátula

Lápis

Régua

Micropipeta.

PROCEDIMENTOS
1. Divida a folha de papel sulfite em 8 quadrados iguais, usando a régua e o lápis.
2. Anote o nome de cada amostra, na parte superior de cada quadrado (fig.01).

Figura 01: Procedimento 02.

137
3. Os alimentos sólidos devem ser esfregados no quadrado correspondente. No
caso dos alimentos líquidos devem ser pingadas cinco gotas.
4. Deixe o papel ao sol e/ou próximo a uma lâmpada acesa, até que fique seco.
5. Observe as manchas deixadas pelas amostras (fig.02).

Figura 02: Resultados obtidos.

QUESTÕES

1. O que são lipídios?


2. Em quais alimentos a presença de lipídios foi observada?
3. Qual a sua importância para a alimentação humana?
4. Os lipídios podem provocar algum mal a saúde se consumidos em excesso?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Os lipídios são alimentos energéticos. Compreendem as gorduras e os óleos.


Na temperatura ambiente, as gorduras são sólidas (banha de porco) e só derretem
quando aquecidas. Já, os óleos (milho, girassol, soja) são líquidos mesmo sem aquecimento.
Nos locais frios, o gasto de energia para manter o corpo aquecido é muito grande.
Por isso, há uma tendência maior a ingerir grandes quantidades de lipídios. Cada molécula
de lipídio é capaz de liberar grande quantidade de energia. Além disso, os lipídios
participam da formação dos hormônios existentes no corpo e da membrana plasmática
que reveste e delimita a célula.
O consumo em excesso de lipídios pode causar danos à saúde. O aumento
excessivo de peso está associado ao consumo de alimentos gordurosos. Portanto, o ideal
é não comer com muita frequência os vegetais ricos em gorduras (como amendoim e
abacate), alimentos fritos ou carnes com grande quantidade de gordura.

138 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 50 - AÇÃO DA BILE NO ORGANISMO

OBJETIVOS

Importância dos lipídeos para o organismo humano.



Compreender a ação da bile em nosso organismo.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
04 copos de béquer de 100mL

Detergente líquido

Óleo de cozinha

Etiquetas

Margarina

04 espátulas

01 frasco lavador

Água.

PROCEDIMENTOS
1. Coloque água até a metade de cada copo e numere.
2. Nos copos 1 e 2 coloque uma ponta de espátula de óleo e nos copos 3 e 4
coloque margarina.
3. Adicione uma colherada de detergente nos copos 1 e 3 e misture bem o conteúdo
de todos os copos.
4. Observe e anote.

QUESTÕES

1. O que é bile e qual a sua função?


2. Caracterize quimicamente os lipídios e explique a importância dos mesmos para
os seres vivos.
3. Qual a função desempenhada pelo detergente durante o experimento?
4. Cite alimentos nos quais encontramos lipídios.
5. Explique as diferenças observadas nos quatro copos.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A bile é um líquido produzido pelo fígado e que fica armazenada na vesícula até
o momento do uso, quando é lançada no duodeno. Atua como se fosse um detergente
natural, que fragmenta os lipídios que ingerimos em minúsculas gotas, o que facilita a
ação das enzimas que digerem lipídios.

139
Os lipídios, também chamados de gorduras, são biomoléculas orgânicas compostas,
principalmente, por moléculas de hidrogênio, oxigênio e carbono. Fazem parte ainda
da composição dos lipídios outros elementos como, por exemplo, o fósforo. Possuem a
característica de serem insolúveis na água, porém, são solúveis nos solventes orgânicos
(álcool, éter, benzina, etc.). As gorduras hidrogenadas como a margarina, são mais difíceis
de serem digeridas.
Os lipídios possuem quatro funções básicas no organismo: fornecimento de
energia para as células, participam da composição das membranas celulares, atuam como
isolantes térmicos nos animais endodérmicos, facilitam determinadas reações químicas
que ocorrem no organismo dos seres vivos (hormônios sexuais, vitaminas lipossolúveis
(vitaminas A, K, D e E) e as prostaglandinas).
As principais fontes de lipídios são: óleos de peixe, soja e canola, margarinas,
milho, aveia, soja, gergelim, cevada, trigo integral e centeio.

ATIVIDADE 51 - ANÁLISE DO SUOR

OBJETIVO

Analisar a presença de sais no suor.


MATERIAIS NECESSÁRIOS
Microscópio

Lâmina de vidro

Saco plástico

Elástico

Papel de filtro

Azul de metileno.

PROCEDIMENTOS

1. Lave e seque bem as mãos.


2. Coloque uma das mãos no saco plástico e prenda a abertura com elástico
(cuidado para não apertar muito o pulso).
3. Faça alguns movimentos com a mão por aproximadamente 5 minutos para
estimular a transpiração.
4. Remova o saco plástico e esfregue a lâmina na mão úmida.
5. Pingue uma ou duas gotas de azul de metileno sobre a lâmina e aguarde alguns
segundos. Retire o excesso de corante com papel filtro e espere que a lâmina
fique completamente seca.

140 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


6. Observe a lâmina no microscópio e procure visualizar cristais de cloreto de
sódio.

QUESTÕES

1. Qual a importância da transpiração?


2. Quando ocorre a transpiração?
3. Podemos comparar a constituição do suor com a da urina?
4. Por que é importante a higiene corporal?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Nos mamíferos em geral os produtos nitrogenados e outros resíduos do metabolismo


(por exemplo, ureia e ácido úrico) são eliminados do corpo para o meio externo pelo
sistema urinário e pelas glândulas sudoríparas. A composição química do suor é muito
parecida com a da urina. O suor corresponde a uma urina diluída. Por isso é fácil
compreender a necessidade do banho diário na higiene corporal, pois ele permite retirar
da superfície da pele não só a poeira e outras sujeiras provenientes do exterior, mas
também a ureia, o ácido úrico e os sais que vêm do suor.
Através do suor, a pele ajuda os rins na função de descartar os produtos da
excreção do organismo. Por isso quando suamos muito, além de aliviar os rins de sua
função, urinamos menos. Podemos perceber isso no inverno, pois suamos menos e
consequentemente urinamos muito mais.

ATIVIDADE 52 - DETECÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO E GLICOSE NA URINA

OBJETIVO

Identificar a presença de cloreto de sódio e glicose na urina.



Recomendações: se possível colete a urina no mesmo dia da realização da
atividade. Use os EPIs recomendados (guarda-pó e luvas) ao manusear o nitrato
de prata, pois ele mancha a pele e as roupas.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Placa de toque

Micropipeta

Nitrato de prata

Amostra de urina A e B (fornecidas pelo professor)

141
Álcool etílico

Reagente de Benedict

Tubos de ensaio

Suporte para tubos

Pinça de madeira

Lamparina

Luvas

Palito de dente

Etiquetas.

PROCEDIMENTOS

PARTE I

1. Coloque 05 gotas da urina A numa das cavidades da placa de toque e observe


a coloração.
2. Pingue 02 gotas de nitrato de prata sobre a urina e agite a mistura com um palito
de dente (cuidado com o nitrato de prata, pois pode manchar a pele e as roupas).
3. Aguarde alguns minutos, observe e anote.

PARTE II

1. Etiquete dois tubos de ensaio (A e B) e coloque 02mL da urina A no tubo A e


02mL da urina B no tubo B.
2. Adicione 10 gotas de reativo de Benedict em cada um dos tubos de ensaio.
3. Segure cada tubo com a garra de madeira, cuidadosamente, e aqueça na chama
da lamparina, até que o conteúdo ferva.
4. Recoloque os tubos no suporte, deixe esfriar, observe e anote o que ocorre.

QUESTÕES

1. Na parte I ocorre a formação de precipitado? O que isso significa?


2. O que aconteceu na parte II? Explique.
3. Que doença se caracteriza pela presença de glicose na urina?
4. O que a presença de cloreto de sódio na urina pode indicar? Explique.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A produção de urina denomina-se diurese. Em condições normais, urina-se


aproximadamente 1,5L por dia e apresenta a seguinte composição (tabela 01):

142 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Composição da Urina
Componentes Percentagem
água 95,5%
uréia 2,0%
cloreto de sódio 1,0%
ácido úrico 0,05%
outras substâncias 1,45%
Tabela 01: Composição da urina.

Na parte I há a formação de precipitado que indica a formação de cloreto de prata,


proveniente da reação entre o nitrato de prata e o cloreto de sódio presente na urina.

AgNO3 + NaCl → AgCl + NaNO3

O consumo excessivo de cloreto de sódio (sal) pode resultar em um quadro de


hipertensão (pressão alta). A partir disto podem surgir problemas de circulação sanguínea.
O coração terá que realizar um esforço maior para bombear o sangue e isto pode debilitar
o órgão. Também pode resultar na ocorrência de um acidente vascular cerebral, quando
a circulação sanguínea é prejudicada no cérebro. Uma vítima de um AVC pode ter
consequências brandas (como a restrição de movimentos) ou consequências mais sérias
como a morte.
Na parte II, se houver formação de precipitado alaranjado no fundo do tubo, é
porque há presença de glicose na amostra. A presença de grandes quantidades de glicose
no sangue indica que a pessoa sofre de diabetes. A diabetes é uma doença que resulta da
não entrada da glicose nas células e sua permanência na corrente sanguínea. A diabetes
pode ocorrer por herança genética ou aparecer no decorrer da vida devido aos maus
hábitos alimentares.
Ambos os problemas de saúde podem ser controlados ou evitados com alimentação
saudável e a prática de exercícios físicos.

ATIVIDADE 53 - O EFEITO DO REFRIGERANTE NOS OSSOS

OBJETIVO

Verificar a ação dos diferentes tipos de refrigerantes nos ossos.



Recomendação: divida a turma em cinco grupos de trabalho.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 garrafa de refrigerante à base de cola



01 garrafa de refrigerante incolor

02 ossos de galinha

143
Papel toalha

01 pinça

02 vidros transparentes com tampa.

PROCEDIMENTOS

1. Observe a textura e rigidez de cada osso de galinha e descreva as características.


2. Coloque 01 osso de galinha dentro do vidro.
3. Adicione ao primeiro vidro o refrigerante à base de cola até a metade e no
segundo coloque refrigerante incolor.
4. Tampe os dois vidros e observe durante três dias. Anote os resultados na tabela
01.
5. A cada dia, com o auxílio da pinça, retire os ossos dos vidros e repita as
observações feitas no item 1, anotando os resultados.

Dia Observações Refrigerante à base de cola Refrigerante incolor


Textura

Rigidez
Textura

Rigidez
Textura

Rigidez
Tabela 01: Resultados do experimento.

QUESTÕES

1. Como se apresentavam a textura e a rigidez dos ossos no início do experimento?


2. O que foi observado durante o 2º e 3º dia?
3. Por que isso ocorreu?
4. Você considera saudável ingerir refrigerante todos os dias? Justifique sua resposta.
5. Compare os resultados nos dois vidros e discuta com seus colegas.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O tecido ósseo é um tecido conjuntivo resistente em virtude da impregnação da


sua substância fundamental pelos sais de cálcio, principalmente o fosfato e o carbonato
de cálcio. A função dos ossos é sustentar o organismo, servir de alavancas movidas pelos
músculos para os movimentos, proteger certas estruturas como o sistema nervoso central
e servir de reservatório de íons de cálcio para o organismo.
O consumo excessivo de refrigerante faz mal aos ossos porque prejudica a
absorção de cálcio pelo organismo e favorece a perda de massa óssea, aumentando o
risco de fraturas e osteoporose. O açúcar contido nessas bebidas estimula o crescimento

144 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


das bactérias causadoras da cárie e os que contêm ácidos corroem o esmalte dos dentes.
Refrigerantes do tipo cola contêm grandes quantidades de fósforo, substância que, em
excesso, atrapalha a absorção de cálcio e pode prejudicar o desenvolvimento dos ossos
prejudicando a sua estrutura e diminuindo sua rigidez, o que pode ser comprovado
através do experimento.
A sugestão é reduzir a ingestão destes líquidos supérfluos, deixando-os para finais
de semana e festas ou até não consumir. Além disso, consumir menos refrigerante além
de poupar a saúde e o seu corpo, ajuda a economizar seu dinheiro.

ATIVIDADE 54 - ATOS VOLUNTÁRIOS E ATOS REFLEXOS

OBJETIVOS
Perceber a diferença entre ato voluntário e ato reflexo.

Verificar que transcorre algum tempo entre a percepção de um estímulo e a

execução de uma ação como resposta a ele.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Cadeira

Régua (25 a 30 cm)

Espaço da sala.

PROCEDIMENTOS

PARTE I: ATO VOLUNTÁRIO


1. Este experimento deve ser realizado em duplas de alunos, denominados A e B.
2. O aluno B, senta-se em uma cadeira, de frente para o aluno A.

Figura 01: Procedimentos 2 e 3.

145
3. O aluno A segura a régua e o aluno B posiciona sua mão como mostra a figura
01, a 1cm de distância da parte inicial da régua.
4. Em seguida, o aluno A solta a régua sem avisar. Imediatamente o aluno B junta
os dedos e tenta pegar a régua.
5. Marque em que ponto da régua o aluno B conseguiu segurá-la e anote na tabela
01.
6. Todos os alunos da equipe fazem o teste e anotam os pontos em que seguraram
a régua.

Aluno
Ponto da régua
Impediu a reação?
Tabela 01: Observações da equipe.

PARTE II: ATO REFLEXO

1. Este experimento deve ser realizado em duplas de alunos, denominados A e B.


2. O aluno A senta-se com as pernas cruzadas. O joelho de uma perna deve estar
bem debaixo da articulação do joelho da outra perna.
3. O aluno B inclina-se na frente da cadeira e deve dar uma leve pancada com
a mão na parte macia abaixo da patela – osso arredondado que fica bem na
articulação do joelho.
4. Observe e anote o que ocorre. Você consegue impedir essa reação?
5. Todos os alunos da equipe deverão fazer o teste e anotar o resultado.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Os dois experimentos envolvem acontecimentos relacionados ao sistema nervoso,


responsável pela comunicação entre as diferentes partes do corpo e pela coordenação de
atividades conscientes ou inconscientes e voluntárias ou involuntárias.
No primeiro experimento, os olhos recebem um estímulo quando a régua cai e
enviam a informação ao cérebro. No cérebro, este estímulo desencadeia uma resposta –
juntar os dedos para segurar a régua. Esse é um ato voluntário, pois o aluno desejou pegar
a régua e enviou instruções para os dedos.
No segundo experimento, quando o aluno aplicou a pancada, desencadeou como
resposta uma elevação da perna. Esse é um ato involuntário, pois ocorre independente de
uma ordem da pessoa. Esse ato involuntário que ocorreu no experimento é denominado
reflexo patelar, e é muito usado pelos médicos para saber se há alguma lesão nos nervos
ou na medula espinhal.

146 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 55 - SENTIDO DO PALADAR

OBJETIVO

Usar o paladar para reconhecer os alimentos.



Recomendações: divida a turma em 05 grupos e distribua os materiais deixando
as gelatinas sobre a mesa. Solicite que cada grupo escolha um aluno para provar
os alimentos (provador), outro aluno (ajudante) para colocar o alimento na boca
do provador e outro aluno (secretário) para anotar os resultados na tabela 01.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 sabores de gelatina pronta



Colheres descartáveis

Copos descartáveis

Água filtrada

05 vendas para tapar os olhos dos alunos.

PROCEDIMENTOS

PARTE I: TESTE COM OS OLHOS E NARIZ TAMPADOS

1. O provador de cada grupo deve ficar com os olhos e nariz tampados, e o ajudante
introduz a colher com a 1ª gelatina em sua boca para que identifique o sabor.
2. Em seguida o provador deve tomar um pouco de água, e o secretário anota as
observações no caderno.
3. Repita os procedimentos 1 e 2 até provar todas as amostras de gelatina.

PARTE II: TESTE SOMENTE COM OS OLHOS TAMPADOS

1. O provador de cada grupo deve ficar somente com os olhos tampados, e o


ajudante introduz a colher com a 1ª gelatina em sua boca para que identifique
o sabor.
2. Em seguida o provador deve tomar um pouco de água, e o secretário anota as
observações no caderno.
3. Repita os procedimentos 1 e 2 até provar todas as amostras de gelatina.

Provadores Acertos com nariz tampado Acertos com nariz destampado


Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Grupo 5
Tabela 01: Resultados do experimento.

147
QUESTÕES

1. A sensibilidade dos alunos provadores foi a mesma para todos os sabores testados?
2. Em qual parte foi mais fácil identificar os sabores? Justifique?
3. Por que algumas vezes quando estamos gripados, não conseguimos sentir o
sabor dos alimentos?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Paladar ou gustação é o sentido que permite a identificação dos sabores das


substâncias em solução e que atingem a língua.
O nariz constitui o órgão do olfato. Apresenta-se dividido pelo septo nasal em duas
cavidades em que, na porção anterior, mantém contato com o meio externo através de dois
orifícios denominados narinas.
Olfato e paladar são órgãos dos sentidos que trabalham juntos, informando as
características dos alimentos ao nosso cérebro. Quando sentimos o cheiro de um alimento
que nos agrada, já imaginamos o sabor que tem. Às vezes, o que consideramos sabor em
um alimento é, na verdade, uma combinação de odores e gostos percebidos pelo olfato e
paladar.
Normalmente percebemos o cheiro antes do sabor porque o nosso olfato é mais
sensível que o nosso paladar, e as sensações olfativas são mandadas ao cérebro com maior
rapidez, se comparadas às sensações gustativas. Por esse motivo, quando estamos resfriados
ou gripados e não conseguimos sentir o cheiro das coisas, também não conseguimos sentir
o sabor.

Amargo Papilas
Sensibilidades

Azedo

Salgado
Azedo

Doce

Salgado
Figura 01: Distribuição do paladar.

148 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 56 - REPRODUÇÃO HUMANA

OBJETIVO

Observar lâminas dos sistemas reprodutores e anexo embrionário.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

Laminário do LDM

Microscópio

Câmera digital

Projetor ou TV

Caderno

Lápis.

PROCEDIMENTOS

PARTE I: TESTÍCULO

1. Coloque a lâmina no microscópio e observe usando a objetiva de 10x e em


seguida a de 40x.
2. Ligue a câmera digital no equipamento de projeção e depois na rede elétrica.
Retire com cuidado uma das oculares e encaixe a câmera digital. Observe e
anote o que ocorre.

PARTE II: PROSTATA

1. Coloque a lâmina no microscópio e observe usando a objetiva de 10x e em


seguida a de 40x.
2. Ligue a câmera digital no equipamento de projeção e depois na rede elétrica.
Retire com cuidado uma das oculares e encaixe a câmera digital. Observe e
anote o que ocorre.

PARTE III: ÚTERO

1. Coloque a lâmina no microscópio e observe usando a objetiva de 10x e em


seguida a de 40x.
2. Ligue a câmera digital no equipamento de projeção e depois na rede elétrica.
Retire com cuidado uma das oculares e encaixe a câmera digital. Observe e
anote o que ocorre.

149
PARTE IV: PLACENTA

1. Coloque a lâmina no microscópio e observe usando a objetiva de 10x e em


seguida a de 40x.
2. Ligue a câmera digital no equipamento de projeção e depois na rede elétrica.
Retire com cuidado uma das oculares e encaixe a câmera digital. Observe e
anote o que ocorre.

QUESTÕES

1. Qual a função do endométrio e em que órgão se localiza?


2. Qual a função da placenta no desenvolvimento do embrião.
3. Sendo a próstata uma glândula, quais substâncias secreta?
4. Onde ocorre a espermatogênese?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

PARTE I

O testículo é o órgão masculino onde são produzidas as células sexuais necessárias


pela reprodução, no caso do homem, pela produção dos gametas masculinos, também
conhecidos como espermatozoides. Existe de 600 a 1.200 túbulos seminíferos.
Eles possuem um epitélio especial, o epitélio germinativo (ou seminífero), com as células
germinativas e as células de Sertoli.
As células germinativas dispõem-se no túbulo seminífero em direção centrípeta
segundo a progressão da espermatogênese. Ao redor dos túbulos, há a túnica própria,
composta pela membrana basal, pelas fibrilas colágenas e pelas células mioides
peritubulares. Entre os túbulos, há o tecido intersticial, um tecido conjuntivo frouxo, com
as células de Leydig (secretoras de testosterona), nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.
As espermatogônias estão na camada basal dos túbulos seminíferos; os
espermatócitos, na camada logo acima; as espermátides redondas (ou jovens) e as
espermátides alongadas (ou tardias), nas camadas superiores, e os espermatozóides,
liberados quando formados, na luz.

PARTE II

A próstata tem a forma e o tamanho de uma castanha. Possui uma cápsula de


tecido conjuntivo denso não modelado, com células musculares lisas. Contém 30 a 50
glândulas tubuloalveolares ramificadas compostas, que desembocam na uretra que corre
no seu interior. Nas glândulas, as células epiteliais luminais são colunares, com núcleo
basal e a região supranuclear ocupada pelo Golgi bem desenvolvido. Essas células
sintetizam enzimas, como fosfatase ácida prostática, fibrinolisina e uma serina protease,
denominada antígeno específico prostático. A fibrinolisina e o PSA liquefazem o sêmen.

150 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


O PSA serve de marcador em exames de sangue para avaliar a normalidade da próstata.
Essas células produzem ainda espermidina e espermina, que são bacteriostáticos.

PARTE III

O útero é um órgão do sistema reprodutor feminino, musculoso, oco e em formato


de pera invertida, responsável pela menstruação, gravidez e parto.
O ciclo menstrual inicia com a menstruação (fase menstrual). Foi estabelecido o
primeiro dia do ciclo como aquele em que o sangramento surge. Esse sangramento consiste
na descamação da camada funcional do endométrio e a camada basal permanece. Há
perda de 35 a 50mL de sangue, devido ao rompimento dos vasos aí presentes (essa fase
dura quatro a seis dias).
Pela ação do FSH hipofisário, há o crescimento dos folículos, os quais secretam
estrógeno. Esse hormônio estimula a proliferação das células da base das glândulas e
do estroma da camada basal, refazendo o endométrio. O aumento brusco do estrógeno
provoca a secreção de um pico de LH, que desencadeia a ovulação. Essa fase pode ser
denominada folicular, estrogênica ou proliferativa.
Estimulado pelo LH, o corpo lúteo formado do folículo rompido produz
principalmente progesterona e um pouco de estrógeno. A progesterona mantém o
endométrio, pois inibe a contratilidade do miométrio, e estimula a secreção das glândulas
uterinas. Essas glândulas secretam substâncias, como glicogênio e glicoproteínas, que
se acumulam no endométrio e serão consumidas pelo embrião nos seus primeiros
dias de desenvolvimento. Esse período é a fase lútea, progestacional ou secretora.
Dura aproximadamente 14 dias (duração do corpo lúteo).

PARTE IV

A placenta é um órgão de dupla origem, a porção fetal derivada do córion e a


porção materna derivada da mucosa uterina (endométrio), que fixa o embrião e é por
onde ocorrem as trocas gasosas entre mãe e feto e por onde passam os nutrientes para o
feto. Também é passam os resíduos metabólicos do feto para a mãe.

ATIVIDADE 57 - ESFREGAÇO DA MUCOSA BUCAL

OBJETIVOS

Visualizar células da mucosa bucal humana e identificar as estruturas celulares



observadas (núcleo, citoplasma e local em que está a membrana plasmática).
Recomendações: siga as regras de segurança ao realizar a fixação das células
usando a lamparina. Esta parte somente pode ser realizada pelo professor.

151
MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 microscópio óptico

01 câmera digital

01 lâmina

01 lamínula

01 haste flexível de algodão

Micropipetas

01 garra de madeira

Azul de metileno

01 lamparina com álcool

01 béquer com água

Luvas

01 pedaço de papel toalha

Amostra de células da mucosa bucal.

PROCEDIMENTOS

1. Limpe a lâmina a ser utilizada com o papel higiênico.


2. Em uma pia, lave bem a boca com água, fazendo bochechos, para evitar que
resíduos alimentares atrapalhem o experimento.
3. Com o auxílio da haste, realize a raspagem da face interna da bochecha.
Raspe repetidas vezes, cuidadosamente para não se machucar com a haste
(fig.01).
4. Esfregue a haste na lâmina para que as células fiquem depositadas nela.
5. ATENÇÃO: esta parte somente pode ser realizada pelo professor. Acenda a
lamparina e passe a lâmina (pelo lado contrário ao que estão as células) na
chama realizando movimentos circulares até o material secar. O objetivo desta
etapa é fixar as células à lâmina (fig.02). As células também podem ser fixadas
ao mergulhar a lâmina por 2 minutos em uma solução de álcool 70%.
6. Com a micropipeta pingue uma gota de azul de metileno sobre a lâmina (no
local em que foram depositadas as células) e aguarde dois minutos para que as
células fiquem pigmentadas.
7. Em seguida pingue água (com a micropipeta) na lâmina para que o excesso de
corante seja removido (fig.03).
8. Deixe uma gota de água na lâmina e coloque uma lamínula fazendo um ângulo de
45º. Em seguida, cubra a lâmina com papel de filtro para retirar o excesso de água.
9. Inicie a observação com a lente objetiva de 10x, em seguida observe com a lente
objetiva de 40x e descreva as estruturas visualizadas.

152 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Figura 01: Raspagem da mucosa bucal.

Figura 02: Fixação de células.

Figura 03: Procedimento 6.

Figura 04: Células de mucosa bucal.

153
QUESTÕES

1. Faça uma ilustração que identifique cada parte da estrutura observada ao


microscópio.
2. Que tecido foi coletado ao raspar a parte interna da bochecha?
3. Qual a função de cada estrutura observada ao microscópio?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O corpo humano é formado por milhares de células, dos mais variados tipos,
especializadas para exercer uma função. Apesar da diferença de função, apresentam
praticamente a mesma estrutura básica, que é composta por membrana plasmática,
citoplasma e núcleo. Há outras organelas que auxiliam as células a realizarem as suas
funções, porém só podem ser visualizadas ao microscópio eletrônico, como por exemplo,
o retículo endoplasmático, o complexo de Golgi, os ribossomos, as mitocôndrias, os
lisossomos.
A membrana plasmática (celular) é uma estrutura responsável por delimitar a
estrutura celular, e não pode ser observada ao microscópio óptico, somente no eletrônico.
Ao microscópio óptico podemos observar o limite da célula, pois o citoplasma, substância
onde se encontram as organelas, é levemente corado pelo azul de metileno.
O núcleo, onde se encontra o material genético da célula, é a estrutura arredondada
que, nesse caso, ocupa a porção central da célula. Esta organela é delimitada pela
carioteca ou membrana celular. Os humanos são seres eucariontes, ou seja, apresentam
carioteca, já os procariontes são os seres vivos que não apresentam carioteca, como por
exemplo, as bactérias.
Um conjunto de células afins forma um tecido. O corpo humano tem uma
variedade de células, logo apresenta diversos tipos de tecidos. O tecido observado neste
experimento foi o tecido epitelial.
O azul de metileno é o corante que se liga as moléculas de DNA e RNA, por quem
tem afinidade. O DNA e o RNA são encontrados principalmente no núcleo celular, mas
podem ser visualizados em outros locais da célula. O citoplasma contém moléculas com
leve afinidade pelo corante eosina, por isso não apresentam coloração forte.
Esta atividade experimental também pode ser realizada utilizando os dois corantes,
após a fixação coloca-se o azul de metileno, se limpa com água, e, em seguida coloca-se
a eosina.

154 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 58 - APRENDER SOBRE OS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS

OBJETIVO

Aprender como funcionam os principais métodos anticoncepcionais.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 conjuntos de métodos anticoncepcionais



Preservativos masculinos e femininos

01 bandeja

Caderno

Lápis.

PROCEDIMENTOS

1. Divida a turma em cinco grupos e distribuía os conjuntos entre os grupos.


2. Oriente os alunos para que completem o quadro com as imagens, nomes ou
textos avulsos.
3. Deixe sobre a bancada uma bandeja com os preservativos masculinos e femininos
para que os alunos possam manusear e estudar.

QUESTÕES

1. O que são métodos de barreira? Explique.


2. O que são métodos hormonais? Explique.
3. O que são métodos comportamentais? Eles são totalmente confiáveis para evitar
a gravidez? Explique.
4. Deixe sobre a bancada uma bandeja com os preservativos masculinos e femininos
para que os alunos possam manusear e estudar.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Os anticoncepcionais são métodos desenvolvidos para prevenir a gravidez


não planejada, alguns também previnem o desenvolvimento de doenças sexualmente
transmissíveis. Os métodos de barreiras são os que evitam que o espermatozoide e o
óvulo façam contato, ou seja, criam uma barreira física entre os dois. Como exemplos
podem ser citados o DIU ( de cobre), a camisinha (masculina ou feminina) e o diafragma.
Neste grupo, também podem ser incluídos a laqueadura (que impede os óvulos de
alcançarem as tubas uterinas) e a vasectomia (que impede os espermatozoides de
compor o sêmen).

155
Os métodos hormonais são aqueles que envolvem o uso de hormônios, como por
exemplo, a pílula anticoncepcional, adesivo, implante ou injeções. O DIU também pode
ser classificado como hormonal, quando libera hormônios e inibe a ovulação.
Os métodos comportamentais envolvem alguma ação humana, como por exemplo,
o coito interrompido e a tabelinha. Ambos são utilizados como métodos anticoncepcionais,
porém não apresentam a mesma eficácia que métodos hormonais ou de barreira.
Existem métodos, como a pílula, o DIU, o diafragma e outros, que previnem
apenas a gravidez. Não previnem a transmissão das doenças sexualmente transmissíveis,
já que não criam nenhuma barreira para vírus e bactérias. No entanto, esta necessidade
é atendida pela camisinha feminina e masculina.
Obs.: Mais informações sobre os métodos anticoncepcionais estão nos conjuntos.

ATIVIDADE 59 - TESTE DE CONTROLE : PERMEABILIDADE DA CAMISINHA

OBJETIVOS

Verificar a condutibilidade elétrica de uma solução de cloreto de sódio.



Efetuar teste de controle de qualidade de preservativos masculinos com relação

à permeabilidade.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 estojo multirreações

Cloreto de sódio (NaCl)

Preservativos masculinos de várias marcas

01 béquer 250mL

01 espátula

Micropipetas

01 frasco lavador

Elástico

01 frasco lavador.

PROCEDIMENTOS

1. Coloque 200mL de água no béquer, adicione 02 colheres de cloreto de sódio e


agite.
2. Faça o teste de condutibilidade da solução, use o multirreações.
3. Abra a embalagem do preservativo e desenrole até o final.

156 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


4. Encha o preservativo com a solução de cloreto de sódio, introduza uma das
ponteiras de prova no seu interior e feche com o auxílio do elástico.
5. Disponha o sistema no interior do béquer contendo a solução de cloreto de sódio
e coloque a outra ponteira de prova do multirreações na solução do béquer, fora
do preservativo.
6. Verifique se há condutibilidade elétrica.

QUESTÕES

1. O que ocorre com a lâmpada do multi-reações durante o teste de condutibilidade


elétrica?
2. Pode-se garantir com este teste se o preservativo é impermeável à passagem do
vírus HIV?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O preservativo masculino é um dos métodos contraceptivos mais utilizados por ter


um custo baixo, ser prático e por evitar as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Mesmo com todas as campanhas explicativas sobre a importância do uso de preservativos,
menos de 50% dos brasileiros com vida sexual ativa usam. Isso é preocupante, já que o
preservativo é um instrumento muito eficaz tanto na prevenção de DSTs , como a hepatite
C, a sífilis e a AIDS, quanto a impedir uma gravidez não planejada.
Na atividade experimental a lâmpada não acende porque o preservativo é
impermeável, e se não há poros para a passagem dos íons, não há corrente. Este teste
garante que o preservativo é realmente impermeável, pois se não há passagem dos íons,
não há passagem do vírus HIV.

II.3 - ATIVIDADES PARA O 3º ANO

ATIVIDADE 60 - OBSERVAR A AÇÃO DE UM ANTISSÉPTICO

OBJETIVO

Comprovar a atuação de um antisséptico.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

Placa de Petri

Espátula

Algodão

157
Álcool 70%

Colônia de bactérias.

PROCEDIMENTOS
1. Prepare uma colônia de bactérias em uma placa de Petri (veja experimento
colônia de bactérias).
2. Deixe as bactérias proliferarem durante alguns dias, num lugar úmido e escuro.
3. Pegue um pedaço de algodão, embebede no álcool e coloque dentro da colônia.
4. Observe e anote o que ocorreu.

QUESTÕES

1. O que aconteceu com as colônias que ficaram em contato com o algodão?


Justifique.
2. O álcool pode afetar a estrutura celular das bactérias? Explique.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O antisséptico é um composto químico que mata as bactérias, ou então, impede


que elas se multipliquem. É usado para prevenir infecções, para esterilizar instrumentos
cirúrgicos.
O álcool utilizado é uma substância orgânica com afinidade por lipídios.
As membranas celulares das bactérias são formadas por uma camada dupla de
fosfolipídios (lipídios associados ao fósforo). Ao submeter as bactérias à presença de
álcool este aumenta a fluidez da membrana e assim a estrutura celular é comprometida.
Com o aumento da fluidez a célula fica sujeita a entrada de substância no seu citoplasma.
O álcool penetra e acaba por desestabilizar a estrutura celular.
Outras substâncias podem ser utilizadas como antissépticos, como por exemplo, o
detergente. Estes também desestabilizam a membrana celular levando a morte da bactéria.
O antibióptico é utilizado para combater uma infecção que já se instalou no
organismo. Estes devem ser receitados pelo médico e devem ser tomados conforme a
orientação. Interromper o tratamento antes do período determinado pode fazer com que as
bactérias desenvolvam resistência ao medicamento e assim este terá sua eficiência reduzida.

ATIVIDADE 61 - GENES DOMINANTES E RECESSIVOS

OBJETIVO

Compreender o que são genes dominantes e recessivos e a determinação das



características físicas.

158 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


MATERIAIS NECESSÁRIOS
Caderno

05 moedas

05 dados

Tabela fenótipos e genótipos (tabela 01).

PROCEDIMENTOS

1. Divida a turma em cinco grupos.


2. Distribua uma moeda, um dado para cada grupo, uma tabela de fenótipos e
genótipos e uma tabela dos genes (tabela 02)
3. Solicite aos alunos para que reproduzam a tabela 03 no seu caderno para cada
cruzamento realizado.
4. Solicite aos alunos que realizem diversos cruzamentos aleatoriamente utilizando
o dado e a moeda e completem a tabela do caderno.

Fenótipo Genótipo
Olho azul aa
Olho castanho escuro Aa ou AA
Olho verde vv
Olho castanho claro Vv ou VV
Olho escuro Ee ou EE
Olho mel ee
Cabelo liso ll
Cabelo cacheado Ll ou LL
Olho puxado pp
Olho redondo Pp ou PP
Tabela 01: Fenótipos e Genótipos.

Gene Correspondência dado/moeda


V 1
V 2
A 3
A 4
E 5
E 6
L Cara
L Coroa
P Cara
P Coroa
Tabela 02: Correspondência dos Genes com dados/moedas.

Homem Mulher Filho(a)


Características Olho Cabelo Olho Cabelo Olho Cabelo
Genótipo
Fenótipo
Tabela 03: Cruzamento.

159
QUESTÕES

1. O que é fenótipo e o que é genótipo? Explique.


2. Uma mulher com olho azul tem um filho com um homem de olho castanho
escuro dominante. Qual o genótipo e o fenótipo do filho deste casal?
3. Um homem de olho puxado (pp) e cabelo liso (ll) tem uma filha com uma mulher
de cabelo cacheado (Ll) e olho redondo (Pp). Qual a probabilidade da filha ter
cabelo cacheado? E de ter olho puxado? Justifique o resultado.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As características que um indivíduo apresenta são determinadas pelos genes


herdados do pai e da mãe. O termo genótipo refere-se à constituição genética de um
indivíduo, ou seja, aos genes que ele apresenta. O fenótipo é como esses genes se
expressam em contato com o ambiente. Por exemplo, uma pessoa apresenta fenótipo
olho azul e genótipo aa.
Os genes ocorrem aos pares, um gene é fornecido pela mãe e outro é fornecido
pelo pai. Sendo que um pode estabelecer relação de dominância sobre o outro gene. Se a
mãe apresentar olho azul (aa) e o pai apresentar olho castanho escuro (AA) todos os filhos
deste casal irão apresentar olho castanho escuro, já que A domina sobre a.
Se um homem de olhos puxados (pp) e cabelo liso (ll) tiver uma filha com uma
mulher de cabelo cacheado (Ll) e olho redondo (Pp), esta poderá ter:

 Cabelo liso (pp): 50% de chance


 Cabelo cacheado (Pp): 50% de chance
 Olhos puxados (pp): 50% de chance
 Olhos redondos (Pp): 50% de chance

Como a mulher apresenta tanto o gene dominante como o recessivo a filha poderá
ter olhos puxados ou redondos, cabelo liso ou cacheado, observe o cruzamento para as
características:

P p
p Pp pp
p Pp pp
Tabela 04: Cruzamento tipo de olho.

L l
l Ll ll
l Ll ll
Tabela 05: Cruzamento tipo de cabelo.

160 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 62 - ESTRUTURA DO DNA
OBJETIVO
Reconhecer a estrutura do DNA e as substâncias que o compõem.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Modelo dupla hélice de DNA

Caderno.

PROCEDIMENTO
1. Observe atentamente a estrutura do DNA.

QUESTÕES
1. Ilustre a estrutura em seu caderno e identifique as partes que compõem a dupla
hélice.
2. Nomeie as bases nitrogenadas que compõem o DNA.
3. Que ligação ocorre entre as fitas de DNA e permite a formação da fita dupla?
4. Qual a importância do DNA para os seres vivos?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR


O DNA (fig.01) é uma substância composta por bases nitrogenadas e desoxirribose.
As bases nitrogenadas se ligam a desoxirribose e assim forma-se a fita simples de DNA.
A fita dupla é formada pela ligação entre as bases nitrogenadas. Esta ligação ocorre entre
os hidrogênios e por isso é denominada ponte de hidrogênio.

Figura 01: Estrutura da dupla hélice de DNA.

161
As bases nitrogenadas que compõem o DNA são quatro no total: timina, adenina,
citosina e guanina. O pareamento entre as bases se dá pela afinidade existente, citosina
se liga a guanina e timina se liga a adenina. Eles apresentam diferenças nas suas estruturas
moleculares, como pode ser observado na figura 02.

Figura 02: Bases nitrogenadas do DNA.

O DNA é fonte de informação para os seres vivos. Os genes, que formam o DNA, são
responsáveis por determinar as características físicas dos seres vivos. A partir dos genes são
produzidas as proteínas, moléculas que formam as células.

ATIVIDADE 63 - EXTRAÇÃO DE DNA

OBJETIVO

 Observar o material genético.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

 03 morangos
 Água
 Detergente líquido
 Sal
 Álcool comum
 01 graal e pistilo
 03 copos de béquer
 01 bastão de vidro

162 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


 01 peneira
 01 colher
 01 tubo de ensaio.

PROCEDIMENTOS

1. Coloque no primeiro béquer, 150mL de água, adicione 1 colher de sopa de


detergente e uma colher de chá de sal.
2. Com o auxílio do graal, triture os morangos.
3. No segundo béquer, coloque 1/3 da mistura preparada no 1º procedimento e
acrescente os morangos triturados.
4. Aguarde por 30 minutos e mexa de tempo em tempo.
5. Peneire a mistura para o terceiro béquer e transfira o líquido peneirado para um
tubo de ensaio até preencher ¼ da sua capacidade.
6. Acrescente ao tubo (pela parede, sem agitar), 2/4 de álcool comum. Aguarde três
minutos e observe o resultado.

QUESTÕES

1. Por que o morango foi triturado?


2. Por que, apesar de observar o DNA, não observamos a dupla hélice?
3. Em que etapa você acredita que a membrana celular e a carioteca (membrana
nuclear) foram rompidas?
4. Qual a importância do DNA?
5. Quando os indivíduos têm DNA igual?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O material genético presente nos seres vivos é responsável por transmitir as


características de uma geração para a outra. Existem seres vivos que apresentam uma
membrana que envolve o material genético e forma o núcleo (a carioteca) e por isso são
classificados como eucariontes (que verdadeiramente apresentam membrana nuclear).
Os mamíferos, as plantas e os protozoários, são exemplos de seres eucariontes. Existem
os seres vivos procariontes, que não apresentam carioteca revestindo o material genético,
como exemplo, as bactérias.
Não existe dois indivíduos com o mesmo DNA. No entanto, no caso de gêmeos
idênticos e em clones, é possível encontrar o mesmo DNA.
A extração do material genético, no caso o DNA, depende de processos físicos
e químicos que permitam a exposição do material genético. A trituração do morango
consiste na destruição da estrutura celular.

163
O passo seguinte é a adição da mistura de detergente e sal, que irão destruir a
membrana nuclear e deixar o material genético exposto.
O último passo da atividade experimental é a adição do álcool, que possibilita a
precipitação do material genético, visualizado no final.

ATIVIDADE 64 - BANDA DE DNA

OBJETIVOS

Extrair os pigmentos vegetais.



Comparar as bandas de DNA.

Recomendações: divida a turma em 05 grupos e distribua o material. Cada
grupo deverá escolher dois tipos de plantas para realizar a atividade.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Materiais em comum:
Folhas de plantas variadas

Álcool

Materiais por grupo:


02 placas de Petri nomeadas, respectivamente P (pai) e M (mãe)

Etiquetas

Caneta

01 vidro de relógio nomeado F (filho)

01 micropipeta

01 papel de filtro

01 tesoura

01 graal e pistilo

02 copos descartáveis pequenos nomeados, P (pai) e M (mãe).

PROCEDIMENTOS:

1. Pique as folhas separadamente, em pedaços pequenos, coloque num graal,


triture e transfira para os copos descartáveis P e M, respectivamente.
2. Adicione álcool até cobrir e aguarde alguns minutos. Em seguida transfira
com a micropipeta aproximadamente 10 gotas, para as placas de Petri P e M,
respectivamente.

164 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


3. Retire 5 gotas do copo P e transfira para o vidro de relógio. Repita este
procedimento com o conteúdo do copo M. Em seguida misture bem, use o bico
da micropipeta.
4. Corte 3 triângulos de papel de filtro (cromatogramas) e encoste no líquido das
placas de Petri P, M e no líquido do vidro de relógio, conforme a fig. 01.

Figura 01: Procedimento 4.

5. Aguarde aproximadamente 10 minutos e compare as bandas formadas em cada


cromatograma.

QUESTÕES

1. Quantas bandas o grupo encontrou em cada cromatograma?


2. Que cores foram encontradas em cada cromatograma?
3. Como podemos explicar a diferença entre as bandas do pai (P), da mãe (M) e do
filho (F)?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A cor das folhas das plantas é o resultado de uma mistura de diferentes pigmentos
e cada espécie revela uma cromatografia única, que resulta da diversidade molecular a
nível dos pigmentos.
No processo de cromatografia a banda retrata a separação dos pigmentos em
função da solubilidade das moléculas e da aderência destes no papel. Assim, as moléculas
com mais solubilidade percorrem uma maior distância no papel do que as com menor
solubilidade, formando as bandas.
Neste experimento, cada grupo pode encontrar diferentes tipos de banda,
dependendo dos pigmentos das plantas, variando desta forma, as cores e a altura.
O DNA uma vez que é quebrado pelas enzimas forma diferentes tipos de pedaços
semelhante a um código de barras (bandas). Quando são combinados o DNA do pai e

165
da mãe há a formação de um conjunto de “bandas” diferente, sendo que sempre 50%
do DNA será do pai e 50% será da mãe. O cromatograma do filho é diferente, porque
contém a mistura dos seus genitores.

ATIVIDADE 65 - COMO SE ORGANIZAM AS FORMIGAS

OBJETIVOS

Observar e estudar a estrutura das formigas e compreender como se organizam



nas colônias.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 pinças

05 placas de Petri

05 lupas

05 réguas

Caderno para anotações

Exemplares de formigas coletados e conservados em álcool pelos alunos.

PROCEDIMENTOS

1. Solicite aos alunos que coletem formigas (cada grupo de um formigueiro) e as


conservem em um recipiente com álcool líquido.
2. Divida a turma em cinco grupos e peça que troquem formigas repetidas entre si.
3. Oriente os alunos para que observem as formigas e tomem nota da cor e tamanho
(se possível medir) de cada uma. Observe se apresentam variações na coloração
no corpo.

QUESTÕES

1. Que partes formam o corpo da formiga? Quantas patas elas tem? Quantos
segmentos compõem o corpo?
2. Faça a ilustração de uma formiga, apresente e identifique as partes que compõem
este ser vivo.
3. As formigas organizam-se como sociedades onde cada indivíduo exerce uma
função. Cite e explique os papéis desempenhados pelas formigas.
4. As formigas apesar de serem pequenas, desempenham importantes papeis na
natureza. Quais seriam?

166 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As formigas são um grupo de insetos sociais bem organizados que vivem em


colônias, onde cada grupo tem sua função determinada. Existem formigas em toda parte.
Fazem seus ninhos sob o solo, cortiça das árvores e nas casas. Entre as fêmeas, existem as
operárias e rainhas. As rainhas e os machos da maioria das espécies possuem asas, mas
as operárias não.
As formigas rainhas dedicam-se a reprodução, enquanto que as formigas operárias
dedicam-se a busca de alimentos, e ao deixar o formigueiro ficam expostas aos seus
predadores. As rainhas são preservadas para garantir que a reprodução ocorra e não haja
redução da população de formigas.
Dentre as funções das formigas na natureza podemos ressaltar a polinização das
plantas, aeração do solo com suas galerias subterrâneas, fluxo do material orgânico no
solo, além disso, são recicladoras naturais de matérias orgânicas.

ATIVIDADE 66 - COLÔNIA DE BACTÉRIAS

OBJETIVO

Cultivar uma colônia de bactérias.


MATERIAL E REAGENTES
05 placas de Petri

Gelatina sem sabor

Água (seguir as orientações de preparo)

01 fogareiro

Panela

01 tela de amianto

Recipiente de pirex

Colher

Água esterilizada

Etiquetas.

PROCEDIMENTOS

1. Prepare gelatina com água esterilizada, sem nenhum outro ingrediente, em


quatro placas de Petri.
2. Tampe as placas de Petri e ferva em banho-maria durante 1 hora.
3. Retire do fogo e espere até que a gelatina tenha uma consistência mais viscosa.
4. Enumere as placas.

167
5. Destampe a placa 1 e sopre sobre ela.
6. Destampe a placa 2 e toque com os dedos sujos sobre a sua superfície.
7. Destampe a placa 3 e deixe em contato com o ar do ambiente por cerca de 10
minutos.
8. Tampe as placas 1, 2 e 3 e deixe em repouso por alguns dias, (cuidado ao
tocá-las, para evitar novas contaminações).
9.
Analise, juntamente com o professor, os cultivos nos dois recipientes
contaminados.

QUESTÕES

1. O que são bactérias?


2. Como podem ser prevenidas as doenças causadas por bactérias? Como podem
ser tratadas?
3. Qual a importância das bactérias para a natureza?
4. Por que as bactérias são importantes para o corpo humano?
5. As bactérias podem ser utilizadas para a produção de alimentos? Explique.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As bactérias são organismos unicelulares e sem compartimento nuclear, ou seja,


o material genético está exposto no citoplasma celular. Esses seres vivos pertencem
ao Reino Monera e podem ser observados ao microscópio óptico. Podem apresentar
diferentes formatos, como pode ser observado na figura 01. As bactérias podem viver
isoladamente ou podem formar colônias, que é o caso dos cocos. Os demais formatos de
bactérias normalmente não formam colônias.
Existem bactérias que causam problemas à saúde dos humanos, porém também
existem bactérias que são benéficas para os humanos e para a natureza. Na natureza
auxiliam no processo de reciclagem de matéria orgânica, disponibilizando as substâncias
para a formação e crescimento de outros seres vivos. Estes organismos também podem ser
utilizados na produção de alimentos como queijo e iogurte. No corpo humano existem
bactérias no intestino que regulam o funcionamento deste órgão. As bactérias intestinais
auxiliam na absorção de nutrientes, hormônios e medicamentos pelo corpo.

168 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Figura 01: Formas das bactérias.

As doenças causadas por bactérias podem ser prevenidas com o uso de vacinas e
os bons hábitos de higiene. É importante sempre lavar as mãos várias vezes ao dia, usar
lenço de papel ao espirrar e tossir, para cobrir boca e nariz. Recomenda-se ainda, o uso
de álcool gel para higienizar as mãos. O uso de vacinas também é uma forma de prevenir
doenças, como por exemplo, o tétano. Se o indivíduo já houver contraído a doença
recomenda-se que procure um médico, este provavelmente irá receitar um antibiótico.
O tratamento deve ser seguido à risca, para evitar que as bactérias se tornem resistentes
aos medicamentos.
O experimento realizado permite aos alunos perceberem que as bactérias existem
em todos os locais que frequentamos e em nosso corpo. Cada uma das colônias obtidas
pode representar uma espécie diferente de bactéria.
Ao realizar o experimento duas placas de Petri são conservadas fechadas, sem
entrar em contato com o ambiente e servem como controle, para ter certeza que o meio
de cultura elaborado ou a placa não estivessem contaminados com bactérias.

169
ATIVIDADE 67 - LIQUENS

OBJETIVOS

Identificar, através de características externas, os liquens e reconhecer os



integrantes de uma relação ecológica harmônica do tipo mutualismo.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Amostras de liquen

Lupa

Microscópio

Micropipetas (conta-gotas)

Água

Lâmina

Lamínula

Bisturi ou lâmina de barbear

Papel absorvente

Pincel de ponta fina

Lanterna caneta.

PROCEDIMENTOS

PARTE I

1. Observe as amostras de liquens com a lupa, em um local bem iluminado ou com


auxílio da lanterna identificando seu aspecto externo.
2. Pingue 01 gota de água sobre dois pontos diferentes do liquen, com auxílio do
conta gotas.
3. Observe o que ocorre utilizando a lupa.

PARTE II

1. Coloque uma gota de água na lâmina e reserve.


2. Raspe a superfície do liquen, utilize o bisturi ou a lâmina de barbear, e deposite
o material sobre a gota de água na lâmina (se for necessário, use o pincel para
retirar o material raspado do bisturi).
3. Cubra o material com a lamínula e, se houver excesso de água, retire tocando
com o papel absorvente (filtro ou higiênico) a borda da lamínula.

170 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


4. Analise ao microscópio, em diferentes aumentos.
5. Faça um desenho esquemático do material observado (aumento de 400X).

QUESTÕES

1. O que são liquens?


2. O que é uma relação ecológica harmônica?
3. Cite e explique outro caso de mutualismo.
4. Que vantagem traz esse tipo de associação para os seres participantes?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O Reino Fungi é composto por seres vivos unicelulares ou pluricelulares.


Os fungos pluricelulares são formados por um conjunto de filamentos entrelaçados,
denominado micélio, cada filamento recebe o nome de hifa. São decompositores e suas
células possuem núcleo organizado, ou seja, com carioteca. Dentre seus representantes
podem ser citados: os cogumelos, bolores de roupas, comida, orelhas-de-pau, lêvedos
(unicelulares) e liquens.
Os liquens são associações entre fungos e algas cianofíceas (algas azuis) do reino
monera ou algas verdes do reino protista, ambas são unicelulares. Podem ser encontrados
em locais diversos como ambientes desérticos frios ou de calor intenso. Nas tundras
servem de alimento para muitos mamíferos, por exemplo, a rena. Também habitam troncos
de árvores e rochas nuas. Nas rochas nuas liberam um ácido denominado liquênico
que decompõem a sua estrutura, disponibilizando os minerais para a formação do solo.
Os liquens são considerados organismos muito importantes para que se inicie a povoação
de um local por seres vivos. Desencadeiam um evento denominado sucessão ecológica.
A estrutura dos liquens é bem definida, a superfície é formada por um micélio
compacto e o interior é composto por duas camadas. Uma camada com grande quantidade
de algas e outra camada frouxamente preenchida por células. Próximo ao substrato há
uma camada de hifas (rizoides) que o penetram e assim fixam os liquens. Durante o
seu desenvolvimento liberam pequenos fragmentos (sorédios) com hifas e algas que são
espalhadas pelo vento. Os sorédios darão origem a novos liquens quando encontrarem
um local adequado para o seu desenvolvimento.
Os liquens são bioindicadores, ou seja, indicam a qualidade do ar de um
determinado ambiente. Se em um local em que há possibilidade da presença de liquens
estes estão ausentes, pode-se afirmar que o ar está poluído. Outros seres vivos, como os
fungos também são bioindicadores.
A relação estabelecida entre os fungos e algas é denominada harmônica
interespecífica do tipo mutualismo. Harmônica, pois nenhum dos organismos é
prejudicado e mutualismo, pois ambos se beneficiam da presença do outro. É dita
interespecífica, pois ocorre entre organismos de espécies diferentes.

171
O fungo absorve água que está presente no ar e a disponibiliza para a alga. A alga
realiza a fotossíntese e disponibiliza glicose como alimento para o fungo. As algas não
seriam capazes de sobreviver nos ambientes secos em que os liquens se desenvolvem
pela ausência de água. Os fungos também não seriam capazes de se desenvolver nesses
ambientes pela ausência de matéria orgânica para decomposição.
Outro exemplo típico de mutualismo é o estabelecido pelo cupim e por um
protozoário que vive em seu intestino. Os cupins se alimentam de vegetais, porém não são
capazes de digerir a celulose. Os protozoários realizam a digestão da celulose em glicose,
enquanto que os cupins protegem e fornecem nutrientes (a glicose) aos protozoários.
No intestino humano também ocorrem casos de mutualismo. As bactérias da flora intestinal
convivem em harmonia. Esses organismos auxiliam na digestão e são favorecidos pelo
alimento ingerido pela pessoa.

ATIVIDADE 68 - INTERFERÊNCIA DA POLUIÇÃO NA GERMINAÇÃO DE


SEMENTES

OBJETIVO

Confirmar que a água poluída destrói a vegetação.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

03 placas de Petri

Espátula/colher

Etiquetas

Sementes de feijão

01 frasco lavador

Algodão

Óleo de cozinha usado (queimado)

Detergente.

PROCEDIMENTOS

1. Abra as placas de Petri e numere de 1 a 3


2. Coloque um chumaço de algodão, umedeça com água e coloque dois ou três
grãos de feijões em cada placa.
3. Na placa 1 adicione duas colheres de água limpa, na placa 2 coloque duas
colheres de detergente, na placa 3 coloque duas colheres de óleo de cozinha
usado.

172 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


4. Deixe por uma semana em ambiente com incidência de luz indireta, observe e
anote os resultados em cada placa de Petri.
5. Mantenha as placas umedecidas com água limpa, detergente e óleo de cozinha
usado, respectivamente nas placas de Petri 1, 2 e 3.

QUESTÕES

1. Explique o que aconteceu em cada placa de Petri e justifique.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Esse experimento mostra a ação de poluentes na germinação de sementes. Através


dele, podemos discutir o efeito que a poluição caseira tem sobre as sementes nas margens
de rios ou áreas irrigadas com água poluída.
Muitos descartes industriais são feitos de maneira inadequada, sem tratamento, e
acabam poluindo os ambientes. O detergente e o óleo frequentemente provocam poluição
ambiental em ambientes terrestres e aquáticos.
No experimento, os grãos de feijão cultivados com o detergente começam a
germinar, mas logo apodrecem. O processo foi interrompido por causa das condições
ambientais pouco propícias, os fosfatos e nitratos presentes na maioria dos detergentes,
quando em excesso, são tóxicos e impedem o desenvolvimento da planta. No óleo
de cozinha nenhum feijão germina, mesmo após vários dias. Isso acontece porque os
ambientes onde eles foram colocados não são os ideais para o bom desenvolvimento
dos grãos. Já os grãos colocados na água brotam e se desenvolvem, pois a água é um
elemento importante para isso. Vemos assim que para germinar e crescer, além do solo
fértil, ar, luz e calor do sol as sementes necessitam de água sem poluentes.
Mostre para os alunos a necessidade do descarte ecológico de óleo de frituras e a
sua reutilização para confecção de sabão.

ATIVIDADE 69 - IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS

OBJETIVO

Reconhecer os fungos como agentes decompositores.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

Recipientes para cultura dos fungos (vidros transparentes)



Terra

Cascas de frutas, cascas de troncos de árvores, folhas secas

01 microscópio

173
01 câmera digital

05 lupas

05 placas de Petri

Lâminas

Lamínulas

05 micropipetas

05 pinças

Papel absorvente.

PROCEDIMENTOS

1. Divida a turma em 5 grupos e peça para os alunos trazerem cascas de frutas e


árvores e folhas secas que encontrarem no chão.
2. Coloque em cada recipiente um pouco de terra e adicione as cascas de frutas, as
folhas secas e as casca de árvores. Deixe em repouso por uma semana.
3. Observe o aspecto do bolor das cascas e os aspectos das folhas e das cascas de
árvores.
4. Transfira com a pinça o bolor para a placa de Petri, observe na lupa e tome nota.
5. Retire um pouco do bolor com o auxilio de uma pinça e coloque sobre a lâmina
previamente limpa
6. Coloque uma gota de água sobre o material e cubra com uma lamínula.
Se houver excesso de água retire com o papel absorvente, colocando-o junto à
lamínula.
7. Observe o material preparado através das objetivas 10x e 40x no microscópio e
anote suas observações.
8. Repita os procedimentos com as cascas e as folhas das árvores.
9. Guarde o material restante por mais 15 dias no vidro fechado, observe o que está
ocorrendo com as cascas e folhas sem abrir o vidro e anote os resultados.

QUESTÕES

1. Descreva o aspecto dos fungos observados na cultura.


2. Descreva o aspecto dos fungos observados com o uso das lupas.
3. Descreva o aspecto dos fungos observados ao microscópio.
4. Ocorreu diferença da primeira observação do material para a segunda
observação? Quais foram?
5. Qual a importância dos fungos como agentes decompositores?

174 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Fungos são organismos do Reino Fungi, são unicelulares ou multicelulares. O núcleo


celular é revestido pela carioteca, ou seja, são eucariontes. Os fungos multicelulares são
formados por um conjunto de filamentos (hifas) entrelaçados que recebem o nome de
micélio.
Os fungos são heterótrofos, que obtém o alimento a partir da decomposição de
substâncias produzidas por outros seres vivos ou restos mortais como ocorre no saprofismo.
Os fungos obtêm seu alimento por meio da digestão extracorpórea, liberando as
enzimas digestivas no local em que se encontram e assim degradando as substâncias
orgânicas e absorvendo o produto da digestão.
Alguns fungos são capazes de digerir a celulose e lignina, substâncias produzidas
pelos vegetais superiores, cuja decomposição é fundamental para a reciclagem de matérias
em florestas, e assim pode se afirmar que os fungos são importantes para a reciclagem da
matéria orgânica na natureza devolvendo os nutrientes ao solo.

ATIVIDADE 70 - MICROECOSSISTEMAS

OBJETIVOS

Observar e compreender o funcionamento de um microecossistema e a interação



entre seus elementos.
Recomendações: escolha plantas que gostem de ambientes úmidos e de sombra
(musgos, samambaias, bromélias, avencas, etc.). Colete plantas de um local
com estas características ou compre uma muda em uma floricultura. Não utilize
cactos e suculentas, essas espécies não se adaptam bem ao ambiente úmido do
recipiente fechado. Tome cuidado ao recolher os animais.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

01 cuba de 3.000mL ou similar (garrafa descartável de água – 5000mL)



Plástico grosso, maior que a tampa do recipiente

Elástico

Água filtrada

02 copos de pedras

02 copos de carvão vegetal

04 copos de terra de jardim adubada organicamente

Pá e cutelo

Plantas adequadas para microecossistema

175
Animais de pequeno porte (minhoca, grilos, formiga e caracol) presentes no

jardim da escola.

PROCEDIMENTOS

1. Coloque as pedras no fundo do vidro, acrescente um pouco de areia, uma


camada de terra de jardim e carvão vegetal.
2. Faça pequenas covas e coloque as plantas, fixando-as bem.
3. Regue uma vez por semana com água suficiente para umedecer a terra.
4. Procure animais (apenas dois indivíduos de cada grupo) no pátio da escola.
5. Solte-os dentro do recipiente, tampando com o plástico e vedando bem com o
elástico (fig.01).
6. Coloque o microecossistema na sala de aula, em um local bem iluminado, porém
sem receber luz solar direta.
7. Faça observações semanais e perceba o que acontece com a água dentro deste
pequeno ambiente.

Figura 01: Microecossistema.

QUESTÕES
1. O que ocorreu dentro do microecossistema?
2. Por que o recipiente deve ser lacrado?
3. Como é feita a manutenção do microecossistema?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Um microecossistema fechado funciona como um miniecossistema, onde se


reproduzem as condições ambientais - solo, água, ar e luz, necessárias para diferentes
seres vivos. Não há entrada e nem saída de matéria, apenas a energia (sob a forma de luz)
continua movimentando as engrenagens do sistema. As plantas sobrevivem porque durante

176 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


a fotossíntese liberam oxigênio e consomem gás carbônico, exatamente o contrário do
que acontece durante a respiração. Se houver um balanço entre fotossíntese e respiração,
um microecossistema pode manter plantas vivas por muitos meses, até mesmo anos.
Quando lacramos o recipiente, instala-se um ciclo: a água penetra na planta pela
raiz e é liberada por meio das folhas pela evaporação. Esse ambiente não dá conta de
absorver o vapor que fica nas paredes e no teto do vidro. Quando a umidade chega a
ponto de saturação, ocorre uma espécie de chuva que devolve a água ao solo.
O recipiente só deve ser aberto a cada uma ou duas semanas para que as plantas
recebam um pouco de ar. Se elas crescerem muito no período, podem ser aparadas.
As paredes do microecossistema devem ser limpas e secas quando a água da transpiração
for excessiva. Para esta limpeza, deve-se utilizar um chumaço de algodão enrolado na
ponta de um bastão de vidro.

ATIVIDADE 71 - EVOLUÇÃO DO SER HUMANO

OBJETIVO

Comprovar a importância do polegar opositor para a evolução humana.



Recomendações: divida a turma em duplas, aluno A e B. Oriente os alunos
para que sigam rigorosamente as suas instruções. Você pode introduzir outras
tarefas ou solicitar que os alunos sugiram atividades do cotidiano que gostariam
de efetuar. É importante lembrar os alunos que no experimento, a fita deve
imobilizar as mãos sem impossibilitar a circulação sanguínea.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Fita adesiva

Materiais diversos (copos, frasco com água, bola, talheres, calculadora, celular,

etc.)
Caderno e caneta

Máquina fotográfica ou similar.

PROCEDIMENTOS

1. Distribua os materiais sobre a bancada para que os alunos possam usar no


procedimento 3.
2. Oriente a turma para que de cada dupla o aluno A pegue a fita adesiva e una o
polegar do aluno B ao dedo opositor, de forma que o polegar fique imobilizado.
Este procedimento deve ser feito nas duas mãos.
3. Em seguida, o aluno A efetua as tarefas abaixo citadas enquanto o aluno B
documenta através de fotos e anotando os fatos que ocorrem.

177
Coloque água em um copo e tente beber.

Escreva o seu nome no caderno de anotações.

Desamarre e em seguida amarre o cadarço do sapato.

Faça uma ligação no celular.

Pegue a calculadora e multiplique 125 por 9.

Pegue a bola e jogue em direção ao seu colega da dupla.

4. Após o experimento, o aluno B retira cuidadosamente a fita crepe das mãos do


aluno A.

QUESTÕES

1. Qual a importância do polegar opositor?


2. De que forma essa característica dos seres humanos contribuiu na história da
humanidade?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Uma das características exclusivas do ser humano é a capacidade cerebral de


efetuar críticas e fazer questionamentos numa busca constante pelo conhecimento do
mundo em que vive, é responsável pelo poder de descobrir, aperfeiçoar e usar informações
complexas para modificar e melhorar seu próprio ambiente. Entretanto, o que possibilitou
grande desenvolvimento da tecnologia, foi a presença do polegar opositor que permite o
“movimento de pinça” e proporciona uma habilidade manual muito desenvolvida.
Essa característica possibilitou ao homem o desenvolvimento, aperfeiçoamento e
execução de muitas habilidades no dia a dia. Isso possibilitou ao longo dos anos, grande
desenvolvimento na escrita, na tecnologia, na construção, nas artes (pintura, música,
etc,).

ATIVIDADE 72 - A TEORIA DE DARVIN

OBJETIVO

Relacionar os tipos de bicos das aves e os alimentos de acordo com a Teoria de



Darwin.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Sementes de formas e tamanhos variados (ex: alpiste, arroz, feijões lentilha,



linhaça, girassol e outras da região).
05 placas de Petri

178 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


05 pinças ponta reta

02 garras de jacaré

Pregadores de roupa de formatos variados

Grampos de cabelo

Cronômetro.

PROCEDIMENTOS

PARTE I

1. Divida a turma em grupos de 3 a 5 alunos, formando no máximo dez grupos.


2. Separe as placas de Petri, distribuindo uma parte para cada grupo.
3. Coloque de maneira aleatória de 3 a 5 tipos de sementes em cada uma das
placas de Petri.
4. Distribua para cada aluno um dos tipos de bico (pinça, garra ou pregador), de
forma que todos tenham o seu instrumento para pegar as sementes.
5. O professor cronometra o tempo de 30 a 60 segundos para que os alunos (um de
cada vez) peguem as sementes da placa de Petri, anotem o resultado em uma
tabela e devolvam as sementes para o próximo aluno.

Aluno Instrumento Tipo de semente Quantidade


01
02
03
04
05
Tabela 01: Resultados do experimento.

PARTE II

1. Repita os procedimentos da parte I, mudando as placas com os grupos.


2. Peça para que anotem os resultados na tabela 02, e compare os resultados.

Aluno Instrumento Tipo de semente Quantidade


01
02
03
04
05
Tabela 02: Resultados do experimento.

179
QUESTÕES

1. Qual instrumento (bico) foi o mais eficiente no grupo?


2. Qual foi menos eficiente?
3. O que acontece com a ave que não consegue pegar o alimento?
4. O que acontece com a ave que pega mais alimento?
5. Compare o seu resultado com o que ocorreu com os pássaros nas ilhas do
arquipélago de Galápagos.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Um dos melhores exemplos da evolução animal são os tentilhões, pois eles


passaram por uma situação única, que permitiu a Darwin embasar fortemente sua teoria.
Os tentilhões são aves que habitam as Ilhas de Galápagos. Há milhões de anos, eles
foram parar nesse local e como não havia competição, nem predadores, eles cresceram
rapidamente em número, mas, no início, todos eram da mesma espécie.
Até que em certo momento havia tantos pássaros que começou a faltar comida.
Os tentilhões começaram a morrer e os mais fracos eram subjugados pelos mais fortes,
porém alguns dos fracos também sobreviveram, pois as mudanças genéticas que eles
tinham sofrido ao longo dos anos, deu-lhes um bico diferente da maioria, que permitia
comer minhocas do chão.
Com o passar de alguns milhares de anos, além dos tentilhões originais surgiu uma
nova espécie, que se alimentava de minhocas. E ao longo do tempo, outras espécies
foram surgindo, alguns comiam insetos, outros frutas, outros peixes…
Todas essas modificações derivaram dos bicos. Cada formato diferente permitia a
alimentação com outras coisas, o que foi criando disparidades entre os tentilhões, que
antes eram todos iguais.
Atualmente, mais de 2,3 milhões de anos após a chegada dos tentilhões nas Ilhas,
existem 14 espécies diferentes. Alguns são bem parecidos, outros são diferentes, mas
nenhuma dessas espécies consegue se reproduzir entre si e todos vieram de uma única
espécie, que foi dividida várias vezes, devido a mudanças no ambiente, em um processo
claro e direto de evolução.
No experimento, os diferentes instrumentos representam os diferentes bicos dos
pássaros que foram estudados por Darwin nas ilhas do arquipélago de Galápagos.
Cada um é mais eficiente com um tipo de alimento, mostrando assim que os
pássaros com bicos mais aptos para o tipo de alimento conseguem comer e sobrevivem,
enquanto os pássaros com bicos menos aptos, tendem a desaparecer ao longo do tempo,
do local, por migração ou porque não deixam descendentes.

180 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


181
182 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA
PARTE III - JOGOS DE CIÊNCIAS NATURAIS

ATIVIDADE 73 - MINHA DIETA ALIMENTAR É ADEQUADA?

OBJETIVOS

Compreender a distribuição dos alimentos na pirâmide alimentar com o objetivo



de ter uma alimentação saudável.
Usar de criatividade para confeccionar os alimentos para o jogo.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 conjuntos de pirâmide

05 pacotes de massa de modelar (cores variadas).

PROCEDIMENTOS

1. Organize os alunos em cincos grupos e distribua os conjuntos de pirâmide


alimentar e a massa de modelar.
2. Oriente os alunos para que confeccionem os alimentos da sua dieta alimentar e
distribuam no tabuleiro.
3. Em seguida, levando em consideração a quantidade de alimento que deve ser
consumida e a importância do grupo alimentar para ter uma vida saudável,
avaliem a sua dieta.
4. Com a participação dos alunos e utilizando a prancha da pirâmide (professor),
corrija a posição dos alimentos e comente sobre o motivo pelo qual aquele
alimento deve ser posicionado naquele grupo.

QUESTÕES

1. Quais são os alimentos responsáveis por fornecer a energia para corpo humano
funcionar?
2. Qual a importância de se consumir vegetais?
3. Por que não se deve consumir alimentos ricos em gorduras e açúcar?
4. Qual a importância da água para a alimentação?
5. A sua dieta está de acordo com as orientações nutricionais?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Todos os seres vivos devem se alimentar de maneira adequada para ter uma
vida saudável. Os humanos devem consumir alimentos de todos os grupos da pirâmide

183
alimentar (fig. 01) para alcançar o equilíbrio e ter energia para realizar suas atividades de
trabalho, estudo e lazer.

GRUPOS ALIMENTARES QUE COMPÕEM A PIRÂMIDE ALIMENTAR:

Óleos e gorduras Açúcares e doces


1 a 2 porções 1 a 2 porções

Carnes e ovos
1 a 2 porções Leguminosas
1 porção
Leite e derivados
3 porções

Hortaliças
Frutas
4 a 5 porções
3 a 5 porções

Cereais, pães,
tubérculos, raízes e
massas
5 a 9 porções

Figura 01: Pirâmide alimentar.

Grupo 1: É composto por alimentos ricos em carboidratos que fornecem energia


para que o nosso corpo funcione. Quando uma pessoa se movimenta, trabalha, estuda
etc., está gastando energia. Os carboidratos podem ser encontrados nos pães, bolachas,
arroz, massas, bolos. Diariamente devemos consumir de 5 a 9 porções desse grupo.

Grupo 2: Neste grupo, se encontram os legumes e verduras que são importantes


por terem vitaminas, sais minerais e fibras. Esses nutrientes são essenciais para a vida e
ajudam a regular o funcionamento do corpo humano. São legumes e verduras: brócolis,
couve, cenoura, abóbora, chuchu, alface. É recomendado o consumo de 4 a 5 porções
por dia.

Grupo 3: Nele, estão as frutas, que são fonte de vitaminas, sais minerais e fibras.
Assim como os legumes e verduras auxiliam a regular o funcionamento do corpo humano.
Aconselha-se o consumo de 4 a 5 porções por dia.

Grupo 4 e Grupo 5: É composto por alimentos ricos em proteínas, como carnes, ovos
e leguminosas. Os alimentos deste grupo, como por exemplo, feijão, grão de bico, soja,
nozes, ovos, frango, peixe e carnes, recebem o nome de construtores e são importantes
para o crescimento e a manutenção dos tecidos do corpo humano. É aconselhável o

184 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


consumo de 1 ou 2 porções diárias.

Grupo 6: É o grupo dos leites e derivados, são importantes, pois fornece cálcio,
mineral que participa da formação dos dentes e ossos, do funcionamento dos músculos e
do sistema nervoso. É recomendado o consumo de 2 a 3 porções diárias.

Grupo 7 e Grupo 8: Estes são os grupos dos óleos gorduras e doces, fonte de energia,
porém pobres em vitaminas, sais minerais e fibras. O consumo em excesso é prejudicial,
já que os seus nutrientes são transformados em tecido adiposo (gordura). Os óleos são
encontrados na margarina, óleo vegetal (milho, soja). Os lipídios são encontrados na
manteiga, carnes e leite. Os doces são balas, pirulitos, bolos, docinhos, chicletes, dentre
outros.

ATIVIDADE 74 - TAXIONOMIA DOS SERES VIVOS

OBJETIVOS

Compreender que os seres vivos podem ser sistematizados.



Pesquisar na internet o nome científico de cada ser vivo representado nas cartas.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 conjuntos de cartas dos seres vivos (30 cartas)



Celular.

PROCEDIMENTOS

1. Organize os alunos em cincos grupos e distribua os conjuntos com as cartas dos


seres vivos.
2. Oriente os alunos para que classifiquem os seres vivos de acordo com a sistemática
estudada em sala.
3. Com o auxílio do celular, pesquise na internet o nome científico de cada ser vivo
representado nas cartas e anote na tabela 01.
4. Promova discussões entre os grupos sobre as classificações feitas.

QUESTÕES

1. Qual a importância da classificação dos seres vivos?

185
Carta Reino Filo Classe Ordem Família
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
Tabela 01: Resultado do experimento.

OBSERVAÇÕES PARA OS PROFESSORES

O ato de classificar seres vivos comprova a curiosidade dos humanos com relação
à natureza. Na antiguidade, cientistas já realizavam tal atividade, como por exemplo,
Charles Darwin, que em suas expedições analisava os seres que encontrava e os classificava
de acordo com as suas características.
Classificar os seres vivos é também uma forma de organizar a grande diversidade
de vida (biodiversidade) que existe no Planeta Terra, de modo a facilitar os estudos
realizados pelos cientistas. Os seres vivos podem ser classificados com relação às varias
características que apresentam. Nesta atividade prática, os seres foram classificados de
acordo com a sistemática de Lineus, aprendida em sala de aula e com auxílio da pesquisa
realizada na internet, com o acompanhamento do professor.

186 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 75 - DA CADEIA À TEIA ALIMENTAR

OBJETIVO

Compreender o funcionamento de uma cadeia alimentar e de uma teia alimentar.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 conjuntos de cadeia alimentar



05 caixas de lápis coloridos

Cartolina

Tesoura

Lápis.

PROCEDIMENTOS

1. Organize os alunos em cincos grupos e distribua os materiais.


2. Oriente os alunos para que primeiramente, montem as cadeias alimentares e
simulem as seguintes situações:
a) Retirada do milho da cadeia alimentar.
b) Retirada da coruja da cadeia alimentar.
c) Retirada do rato da cadeia alimentar. Explique.

3. Desenhe duas cartas com um ser vivo em cada uma, que se alimentem do milho
e continue montando a teia até a coruja, neste caso, o consumidor quaternário,
com duas cartas para consumidores secundários e duas cartas para consumidores
terciários.
4. Com as cartas prontas, monte a sua teia alimentar.
5. Agora, na sua teia alimentar, retire a carta do rato e anote o que pode ocorrer.

QUESTÕES

1. Explique o que aconteceu nos itens a, b e c.


2. Faça um esquema representando a teia alimentar que você desenvolveu.
3. Se a carta do rato for retirada da teia alimentar, o que pode ocorrer?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

As cadeias alimentares representam os fluxos de energia e matéria na natureza. São


formadas por seres produtores, seres consumidores e seres decompositores.

187
Na cadeia alimentar esquematizada pelos alunos o “ser” produtor é o milho, a
planta realiza fotossíntese e produz seu próprio alimento. O consumidor primário (que irá
se alimentar diretamente do produtor) é o rato silvestre. A coruja por se alimentar do rato
silvestre é denominada consumidora secundária. As bactérias são os seres responsáveis
por realizar a decomposição quando a planta, o rato ou a coruja morrem, por isso são
denominadas decompositores. Fungos são seres que também podem ser classificados
como decompositores. A decomposição é importante, pois, permite a reciclagem da
matéria orgânica, que é devolvida para o ambiente e será utilizada por outro ser vivo.
Se na cadeia alimentar, por algum motivo, as plantas fossem excluídas todos
os demais seres vivos seriam prejudicados, teriam que buscar nova fonte de alimento
ou acabariam por morrer. Se fossem excluídos os ratos silvestres, o milho cresceria
descontroladamente e poderia prejudicar o crescimento de outras plantas, já que
ocuparia o espaço delas. As corujas sofreriam com a situação pela ausência do alimento,
teriam que buscar outra fonte ou sua população poderia desaparecer.
Já, na teia alimentar, o fluxo não é direcional, podendo um indivíduo servir de
alimento para dois ou mais consumidores, podendo ocupar diferentes níveis tróficos, como
é o caso da coruja que passa de consumidor secundário para consumidor quaternário.
Quando um consumidor primário é excluído, pode ser substituído por outro sem prejuízo
à teia.

ATIVIDADE 76 - OS GRANDES BIOMAS BRASILEIROS

OBJETIVO

Conhecer os biomas brasileiros.


MATERIAIS NECESSÁRIOS

05 conjuntos de Biomas Brasileiros.


PROCEDIMENTOS

1. Organize os alunos em cincos grupos e distribua os conjuntos para cada um.


2. Oriente os alunos para que identifiquem a localização de cada bioma e insira a
carta com informações no local correspondente.
3. Revise com os alunos a distribuição das cartas no mapa.

QUESTÕES

1. Em qual bioma está localizada a cidade em que você vive?


2. Complete a tabela 01:

188 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Bioma Localização Vegetação Animais
Amazônia
Cerrado
Caatinga
Pantanal
Mata Atlântica
Pampas
Zona Costeira e Marinha

Tabela 01. Biomas brasileiros.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Dividir o Brasil em biomas foi necessário para facilitar os estudos geográficos e


biológicos, já que o país apresenta grande extensão de ambientes diversificados. No total
são sete biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica, Pampas e a
Zona Costeira e Marinha.
A Amazônia ocupa quase 50% do território nacional e tem características de floresta
tropical. É considerada a maior floresta do mundo, possuindo uma grande variedade
de seres vivos adaptados ao clima úmido e quente. Este bioma engloba os seguintes
estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia
e Tocantins. O açaí, a andiroba e o cupuaçu são exemplos de plantas encontradas na
região. A ariranha, o boto e a arara são exemplos de animais encontrados nesta floresta.
O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, localizado em uma região
denominada Planalto Central, abrange oito estados: Minas Gerais, Goiás, Tocantins,
Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Distrito Federal. O clima
deste bioma é quente, com a ocorrência de períodos de chuva no verão e seca no inverno.
É uma área afetada pela expansão das grandes cidades e pela plantação de soja, arroz e
outros cultivos. O araçá, a jabuticaba, o pequi são exemplos de plantas encontradas neste
ambiente, como exemplos de animais, podem ser citados: a anta, a jaguatirica e o quati.
A Caatinga ocupa 10% do território brasileiro, está distribuída nos seguintes estados:
Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Sergipe,
Bahia e norte de Minas Gerais. No período de seca as árvores perdem os galhos e a
vegetação apresenta aspecto esbranquiçado. As plantas e animais da caatinga apresentam
características que os permitem sobreviver em ambientes extremamente secos. Como
exemplos de plantas, podem ser citados cactos e mandacaru. Como exemplos de animais,
podem ser citados, o preá e o sapo-cururu.
O Pantanal é um bioma que está distribuído em dois estados brasileiros, o Mato
Grosso e o Mato Grosso do Sul. Este bioma, banhado pelo rio Paraguai, depende da
presença de água. No verão o clima é quente e úmido e, durante o inverno há queda da
temperatura. Existe uma grande variedade de animais, como exemplos podem ser citados
alguns peixes (dourado, pacu e pintado), a onça pintada, o jacaré e o tuiuiú. A vegetação
é formada por um mosaico de plantas da Floresta Amazônica, do Cerrado, da Caatinga e
da Mata Atlântica.

189
A Mata Atlântica é uma floresta tropical que se localiza na costa leste, sudeste e sul
do Brasil. A vegetação encontrada no local é muito variada, sendo que algumas espécies
são exclusivas deste bioma. Como exemplos de animais da mata, podem ser citados,
o macaco-prego, o tucano e o mico-leão-dourado. Este ambiente vem sendo destruído
principalmente pela ocupação humana, 70% da população brasileira opta por morar na
região que corresponde ao bioma da Mata Atlântica.
O bioma dos Pampas, também chamado de campos sulinos, está restrito à região
sul, ocupando 63% do território do Rio Grande do Sul. O clima deste bioma é subtropical,
as temperaturas são amenas e chove o ano todo. A vegetação é composta por gramíneas,
plantas rasteiras, algumas árvores e arbustos. O pica-pau, caturritas, veados e tatus são
exemplos de animais encontrados na região.
A Zona Costeira ou Marinha tem 8500 km de extensão distribuídos por 17 estados
brasileiros. É considerada uma das maiores faixas costeiras do mundo. O litoral brasileiro
é extremamente diversificado, com uma grande variedade de ecossistemas, como por
exemplo, manguezais, recifes de corais, dunas, restingas, entre outros. Essa diversificação
se deve as diferenças ambientais que ocorrem de um ponto do litoral para outro, há faixas
em que o litoral apresenta água quente e faixas em que a água é fria.

190 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


191
192 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA
PARTE IV: PROJETOS

ATIVIDADE 77 - CONSTRUÇÃO DE MODELO DE CÉLULA


ANIMAL E VEGETAL
OBJETIVOS

Representar a célula e as diferentes estruturas celulares.



Estudar a célula e suas estruturas.

Desenvolver a criatividade e as habilidades manuais.

Recomendações: divida a turma em 05 grupos e distribua uma prancha de célula
animal e vegetal para cada grupo. As células animais e vegetais têm formas
diferentes, então use moldes diferentes.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
Materiais alternativos variados (gel, casca de amendoim, esponja, canudinhos,

palitos, barbante, contas coloridas, etc.)
Materiais de papelaria (isopor, lápis, cola quente e normal, papel celofane, tintas,

pincel, massa de modelar, borracha, lápis de cor, etc.)
Produtos alimentícios (gelatina, água, bombons, castanha, balas de formatos

variados, etc)
Cortador de isopor ou similar

Utensílios de cozinha

Pranchas de célula animal e vegetal Autolabor.

PROCEDIMENTOS

1. Faça uma análise e discussão da célula e suas estruturas usando as pranchas de


célula animal e vegetal da Autolabor.
2. As células animais e vegetais têm formas diferentes, então use moldes diferentes.
Para células animais, use moldes redondos e para células vegetais use moldes
retangulares.
3. Para fazer célula comestível use a gelatina de cor clara que facilita a visualização
das estruturas celulares.
4. Elabore um projeto de célula e escolha os materiais que serão utilizados na
montagem do modelo.
5. Nas células comestíveis use itens de cozinha e comidas, como os sugeridos na
tabela 01. Nas células não comestíveis use itens de papelaria e outros materiais
alternativos, como os sugeridos na tabela 02.
6. Faça uma lista contendo as partes celulares, observe com o que elas se parecem
e especifique qual organela será representada por cada material.
7. Monte a células e as estruturas conforme o projeto elaborado.

193
Estrutura Material sugerido
Molde (membrana plasmática): Forma refratária, massa de pizza, massa de bolo, etc.
Frutas com caroço, como ameixa, pêssego ou abacate.
Núcleo, nucléolo e membrana
O caroço é o nucléolo, a fruta é o núcleo e a casca, a
nuclear: membrana nuclear. Pode usar bombons para o núcleo.
Citoplasma: Gelatina.
Use qualquer coisa que possa ser amontoada na forma de
Complexo de Golgi:
uma sanfona.( wafers, bolachas, bananas cortadas, etc.).
Como devem ter formatos espetados use pedacinhos de
Centríolo (ou centrossoma): palitos de dente em volta de bala de goma ou macarrão
tipo “penne”.
DNA: Massa de docinho de panela moldada.
Lisossomo: Doces pequenos e redondos ou gotas de chocolate.
Castanha de cajú, feijão, uva passa, casca de amendoins
Mitocôndrias:
ou gomos de tangerina.
Ribossomos: Algo pequeno como granulados ou uva-passa.
Algo flexível, com uma superfície mais rugosa como, por
Retículo endoplasmático rugoso:
exemplo, doces de goma, pretzels, ou alcaçuz.
Algo mais suave e flexível como, por exemplo, espaguete
Retículo endoplasmático liso: cozido, balas de goma no formato de minhocas, ou
qualquer massinha comestível que possa ser moldada.
Para a célula animal use milho ou bala de amendoim.
Vacúolos: Importante: para as células vegetais, como os vacúolos
são bem maiores, use uma massa em formato retangular.
Cloroplastos (células vegetais): Ervilhas.
Todas as estruturas nas células comestíveis podem ser
recortadas em verduras cruas ou cozidas, pode-se ainda
Observação: usar frutas redondas ou gema cozida para representar o
núcleo.
Tabela 01: Sugestão de materiais para célula comestível.

Estrutura Material sugerido


Caixas com formato adequado, isopor, pote plástico,
Molde (membrana plasmática):
saco plástico, etc..
Núcleo, nucléolo e membrana
Bolinhas de isopor, massinha, alfinetes, etc..
nuclear:
Citoplasma: Gel, isopor, parafina em gel.
Complexo de Golgi: Fita grossa azul , massa de modelar azul.
Centríolo (ou centrossoma): Macarrão tipo “penne” crú.
DNA: Fita colorida.
Contas grandes, miçangas grandes, bolinhas de gude ou
Lisossomo:
feijão.
Mitocôndrias: Macarrão tipo parafuso.
Ribossomos: Contas ou miçangas pequenas.
Retículo endoplasmático rugoso: Barbante com contas, massa de modelar verde.
Retículo endoplasmático liso: Fita fina ou barbante, massa de modelar verde.
Para a célula animal use milho cru ou massa de modelar.
Vacúolos: Importante: para as células vegetais, como os vacúolos
são bem maiores, use uma massa em formato retangular.
Cloroplastos (células vegetais): Contas verdes.
Todas as estruturas nas células não comestíveis podem ser
Observação:
recortadas em EVA, feltro, papelão colorido ou similar.
Tabela 02: Sugestão de materiais para célula não comestível.

194 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


PARTE I: SUGESTÃO DE MODELO DE CÉLULA ANIMAL TRIDIMENSIONAL

1. Para fazer a base de uma célula animal tridimensional, use uma bola de isopor
média.
2. Meça as metades e depois divida o isopor novamente e trace uma linha para
a divisão. Desenhe linhas como se estivesse tracejando a linha do equador e
meridianos em um globo. Quando as linhas estiverem tracejadas, use o cortador
de isopor ou similar para cortar e retirar 1/4 do isopor (fig. 01).

Figura 01: Corte do isopor.

3. Pinte o interior do ¼ com uma cor clara para destacar as estruturas celulares e o
exterior da célula em outra cor (fig.02).

Figura 02: Pintura da célula.

4. Monte as estruturas celulares, use massinha, canudinhos, bolinhas, esponja,


casca de amendoim, etc., e coloque no molde com o auxílio de cola (quente ou
normal), palitos ou similar.
5. Por último coloque uma tirinha fina de massinha em volta do isopor ou use outro
material, como por exemplo, barbante (fig.03).

195
Figura 03: Célula animal.

PARTE II: SUGESTÃO DE MODELO DE CÉLULA VEGETAL COMESTÍVEL

1. Para fazer a base de uma célula vegetal, você pode usar como membrana um
refratário retangular.
2. Seguindo as instruções da caixinha, faça uma gelatina e, cuidadosamente,
despeje o líquido quente no refratário.
3. Coloque na geladeira e deixe aproximadamente uma hora ou até que a gelatina
esteja endurecida. Não espere até ela endurecer no ponto certo.
4. Monte as partes da célula (fig.04), coloque uma de cada vez, cuidadosamente
dentro da gelatina, use os materiais escolhidos para representar cada uma e siga
uma sequência pré-estabelecida, como por exemplo:
núcleo centralizado

centríolo, complexo de Golgi e retículo endoplasmático rugoso, próximos ao

núcleo
retículo endoplasmático liso no outro lado do retículo endoplasmático rugoso

(longe do núcleo)
as demais partes, distribua pela célula, evite deixar muito próximas (use o

modelo de célula animal da Autolabor como referência).
5. Coloque o refratário na geladeira e deixe ficar por mais uma ou duas horas, até
que esteja completamente sólida (fig.05).

196 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Figura 04: Colocar as partes da célula no molde.

Figura 05: Célula pronta.

QUESTÕES

1. Identifique nos modelos de célula animal e vegetal cada estrutura celular.


2. Faça uma exposição na escola com os modelos criados.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O termo célula foi usado pela 1ª vez em 1665, pelo inglês Robert Hooke (1635-
1703). Com um microscópio muito simples ele observou pedaços de cortiça e notou que
a mesma era formada por compartimentos vazios que ele chamou de células.

197
Atualmente o termo continua sendo usado e denomina-se célula animal a que
pode ser encontrada nos animais e célula vegetal a que é encontrada nos vegetais.
A célula vegetal é muito parecida com a célula animal, ela só difere da segunda
pelo fato de possuir algumas estruturas a mais como, por exemplo, a parede celular e os
cloroplastos.
A célula vegetal é formada por componentes protoplasmáticos (núcleo, retículo
endoplasmático, citoplasma, ribossomos, complexo de Golgi, mitocôndrias, lisossomos
e cloroplastos.) e por componentes não protoplasmáticos (vacúolos, parede celular e
substâncias ergásticas).
A parede celular é uma característica exclusiva de células vegetais, sua função
é proteger e dar forma às células adultas. É formada principalmente por celulose. 
Os cloroplastos são plastos de clorofila, são os responsáveis pela fotossíntese e estão
presentes somente em células expostas à luz. 
 
Estrutura celular Função
Presentes em células animais e ausentes em plantas mais
Centríolos: complexas, são formados por tubos de proteínas; estão
relacionados à organização do citoesqueleto e aos
movimentos (cílios e flagelos).
Citoplasma: Material líquido localizado entre a membrana e o núcleo.
Cloroplasto (específico da célula vegetal): Realiza a fotossíntese.
Espécie de sistema central de distribuição na célula,
Complexo de Golgi: atuando como centro de armazenamento, transformação,
empacotamento e remessa de substâncias.
Lisossomas: Digestão intracelular.
Membrana celular: Delimita a célula, capta os elementos do meio exterior e
libera substâncias para o exterior.
Mitocôndrias: Produção de energia para o trabalho celular (respiração).
Núcleo celular: Regula as reações químicas que ocorrem dentro da célula e
armazena informações genéticas (DNA).
Nucléolo: Organização dos ribossomos.

Parede celular: (específico da célula Confere rigidez e sustentação, protege o conteúdo


vegetal): celular, delimita a célula ( define tamanho e forma), absorve
e transporta substâncias.
Retículo Endoplasmático Liso: Transporte de proteínas.
Retículo endoplasmático rugoso (RER): Transporte de proteínas ( há ribossomos grudados nele) .
Ribossomos: Síntese de Proteínas.
Existem em celula animal, porém são muito maiores na
celula vegetal . Armazenam substâncias (água, moléculas
Vacúolos: orgânicas, substâncias residuais). A célula vegetal adulta
tem a presença de um único vacúolo central e o núcleo
deslocado para a periferia.
Vesículas: Armazenam, transportam,  digerem  e secretam moléculas,
organelas e corpos estranhos às células.
Tabela 03: Estruturas da célula x função.

198 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


A construção de modelos de células em vários tamanhos e formas, mostrando o
núcleo, as estruturas e as diferenças entre células animal e vegetal, utilizando diversos
materiais alternativos, além de desenvolver a criatividade e as habilidades manuais,
desperta a curiosidade e o interesse do aluno para o estudo da unidade fundamental de
todo ser vivo - a célula. O estudo através da construção de modelos é uma das maneiras
de facilitar o aprendizado evitando a simples memorização.

ATIVIDADE 78 - CONSTRUÇÃO DE MODELOS DE DIVISÃO CELULAR


(MITOSE E MEIOSE)

OBJETIVOS

Compreender a divisão celular (meiose e mitose).



Desenvolver a criatividade e habilidades manuais.

Construir o conhecimento a partir das pesquisas realizadas.

Recomendações: separe a turma em 05 grupos e após uma aula teórica, dê
orientações para que os alunos escolham os materiais e discutam como será feita
a representação de cada tipo celular.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

 05 conjuntos de massinha
 05 folhas de papel cartão
 05 pedaços de cano PVC (20 cm)
 Canetas hidrográficas
 05 sacos plásticos transparentes
 Folhas de jornal
 Cola

 Tesoura.

PROCEDIMENTOS

1. Escolha as cores e modele as peças seguindo as orientações do professor e


usando como referência o banner meiose e mitose do LDM.
2. Forre a carteira com jornal e coloque por cima o plástico.
3. Use o cano de PVC para uniformizar a massinha e recortá-la (fig. 01).

199
Figura 01: Uniformização e corte da massinha.

4. Com massas de cores diferentes, prepare os cromossomos (fig.02).

Figura 02: Preparar os cromossomos.

5. Molde cada peça conforme o desenho do banner, coloque os cromossomos e


identifique cada uma das etapas da Mitose e da Meiose.
6. Faça o acabamento (fibras, centríolos, núcleo) com a caneta hidrográfica, cole no
papel cartão e crie um esquema de meiose e mitose de acordo com o esquema
do banner LDM.
7. Em seguida, cada equipe apresenta e discute o seu projeto.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

A confecção de modelos tridimensionais possibilita a interação entre os alunos e


possibilita a discussão e revisão dos conteúdos vistos em sala de aula, e estes são fixados
de maneira prática.
Através deste trabalho é possível estimular a leitura dos assuntos envolvidos na
disciplina e desenvolver a criatividade na utilização de materiais alternativos para a
elaboração das maquetes, demonstrando as estruturas de cada sistema biológico estudado
tridimensionalmente.
MITOSE: é um processo de divisão celular que tem como objetivo repor as células
do organismo, como por exemplo, as células epiteliais. Este processo começa com uma
célula diploide (2n cromossomos). Antes de iniciar a divisão celular há uma fase de
duplicação do material genético e intenso metabolismo, que recebe o nome de interfase.

200 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ETAPAS DA MITOSE

1ª Fase: Prófase

Espiralização da cromatina ( material genético) e formação dos cromossomos.



Posicionamento dos centríolos em polos opostos da célula e surgimento do fuso

cromático.
Desaparecimento do nucléolo e da carioteca.

2ª Fase: Metáfase

Espiralização máxima dos cromossomos.



Cromossomos posicionados na região central da célula, presos ao fuso cromático.

3ª Fase: Anáfase
Migração das cromátides-irmãs para polos opostos das células pelo encurtamento

das fibras do fuso.

4ª Fase: Telófase:
Finalização da divisão do núcleo (cariocinese) e do citoplasma (citocinese).

Desespiralização dos cromossomos.

Formação da carioteca e nucléolo

SALDO: duas células filhas (2n) idênticas à célula-mãe.


MEIOSE: é um processo de divisão celular que tem como função a formação de
gametas. Este é um processo reducional, ou seja, são produzidas células haplóides (n)
a partir de células diploides (2n). O processo ocorre em duas etapas, a Meiose I e a
Meiose II. Na meiose I há a separação dos cromossomos homólogos e na meiose II
das cromátides-irmãs. Antes de iniciar a divisão celular há uma fase de duplicação do
material genético e intenso metabolismo, que recebe o nome de interfase.

ETAPAS DA MEIOSE I

1ª Fase: Prófase I

Espiralização da cromatina ( material genético) e formação dos cromossomos.



Posicionamento dos centríolos em polos opostos da célula e surgimento do fuso

cromático.
Desaparecimento do nucléolo e da carioteca.

Esta fase é dividida em 5 subetapas: Leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e

diacinese.

201
Crossing-over: pode ocorrer a troca de material genético entre as cromátides-

irmãs; possibilita a variabilidade genética.

2ª Fase: Metáfase I
Cromossomos homólogos estão espiralizados ao máximo.

Prendem-se ao fuso cromático e posicionam-se no plano metafásico da célula.

3ª Fase: Anáfase I
Migração dos cromossomos homólogos para os polos opostos.

4ª Fase: Telófase I
Finalização da cariocinese e citocinese.

Desespiralização dos cromossomos.

Reaparecimento do nucléolo e da carioteca.

ETAPAS DA MEIOSE II

1ª Fase: Prófase II
Espiralização da cromatina (material genético) e formação dos cromossomos.

Posicionamento dos centríolos em polos opostos da célula e surgimento do fuso

cromático.
Desaparecimento do nucléolo e da carioteca.

2ª Fase: Metáfase II
Cromossomos estão espiralizados ao máximo.

Prendem-se ao fuso cromático e posicionam-se no plano metafásico da célula.

3ª Fase: Anáfase II
Migração das cromátides-irmãs para os polos opostos das células.

4ª Fase: Telófase II
Finalização da cariocinese e citocinese.

Desespiralização dos cromossomos.

Reaparecimento do nucléolo e da carioteca.

SALDO: quatro células filhas haplóides (n) originadas da célula mãe diplóide (2n).

202 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ATIVIDADE 79 - CONSTRUÇÃO DE MODELO DE TECIDOS EPITELIAIS

OBJETIVOS

Conhecer a organização estrutural dos diversos tipos de tecidos epiteliais.



Observar a organização tridimensional dos tecidos epiteliais no espaço.

 Utilizar cálculos.
Desenvolver a criatividade e as habilidades manuais.

Recomendações: divida a turma em 07 grupos e faça o sorteio do tipo de tecido
epitelial que cada grupo vai pesquisar. Os alunos podem usar como modelo as
figuras de tecidos epiteliais que estão no Anexo II deste manual.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Materiais de modelagem variados (massas de modelar, gesso, argila, papier



maché, isopor, etc.)
Materiais de papelaria (isopor, lápis, cola quente e normal, tintas, pincel,

borracha, lápis de cor, etc.)
Cortador de isopor ou similar

Anexo II( figuras de tipos de tecidos epiteliais).

PROCEDIMENTOS

1. Faça uma pesquisa sobre o tipo de tecido que vai modelar e observe as figuras
dos tecidos epiteliais ilustradas no anexo II deste manual.
2. Meça todas as dimensões do tecido que o seu grupo vai modelar anote na tabela
01, na linha correspondente.

Tipo de Epitélio Tecidos Comprimento Largura


Pseudo-estratificado
Simples Simples pavimentoso
Simples cúbico
Simples prismático
Estratificado Estratificado pavimentoso
Estratificado de transição
Estratificado prismático

Tabela 01:Procedimento 2.

3. Elabore um projeto e escolha o tipo de material que vai usar na modelagem.


4. Antes da modelagem, faça um desenho em escala ampliada do tecido e observe
as proporções e cada detalhe da figura. A ampliação do modelo deve ser no
mínimo, cinco vezes (5X).

203
QUESTÕES
1. Para que servem as ilustrações dos tipos de tecido epitelial?
2. Faça uma exposição na escola com os modelos construídos.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

O estudo através da construção de modelos é uma das maneiras de facilitar o


aprendizado e evitar a simples memorização.

ATIVIDADE 80 - COLETA E OBSERVAÇÃO DE PLANÁRIAS

OBJETIVOS
Coletar e cuidar das planárias até devolvê-las para o meio ambiente.

Observar as características das planárias.

Recomendações: separe a turma em 05 grupos e, após uma aula teórica
para orientar os alunos, faça uma saída de campo para coletar planárias.
Tome cuidado e siga as regras de segurança básicas. Use luvas de borracha
para fazer a coleta. Tome cuidado para não machucar as planárias durante as
transferências de um recipiente para outro, use uma micropipeta com a ponta
cortada (fig.01).

Figura 01: Aumentar o diâmetro da ponta da micropipeta.

MATERIAIS NECESSÁRIOS
 Tesoura
 Luvas
 Gaze
 Fígado (ou outra carne crua)
 03 vidros de coleta
 Pipeta de boca larga

204 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


 01 micropipeta
 Tela de arame ou similar
01 lanterna

 Barbante ou fio de nylon
 01 sarrafo pequeno
 Papel toalha
 Conta gotas
 Lupa inseto
 01 bandeja.

PROCEDIMENTOS

PARTE I: COLETA DAS PLANÁRIAS

MÉTODO 1

1. Enrole um pedaço pequeno da carne crua com a gaze e amarre as extremidades


que sobrarem com o barbante montando uma isca.
2. Coloque o sistema na água perto de plantas, pedras ou pedaços de troncos
submersos conforme figura 02.

(a) (b)

Figura 02: Colocação da isca na água.

3. Aguarde 20 minutos e retire o sistema da água, recolhendo cuidadosamente as


possíveis planárias com auxílio de uma pipeta de boca larga, colocando-as em
outro vidro contendo água do local de coleta.

MÉTODO 2
1. Fixe o sarrafo perto da margem do local onde você vai coletar as planárias.
2. Enrole um pedaço pequeno da carne crua com a gaze e coloque a isca dentro
de um vidro de coleta (fig.03).

205
3. Tampe o recipiente com uma tela média de arame, filó ou nylon, para impedir
que outros animais levem o alimento.
4. Amarre um barbante ao redor da boca do vidro e coloque o sistema na água
perto de plantas, pedras ou pedaços de troncos submersos conforme figura 03.
5. Amarre a ponta do barbante no sarrafo e observe. Quando as planárias entrarem
no vidro de coleta, retire-o da água e recolha cuidadosamente as planárias,
colocando-as em outro vidro contendo água do local de coleta.

Figura 03: Montagem da isca e colocação na água.

MÉTODO 3

1. Amarre um barbante ao redor da boca do vidro de coleta, mergulhe o sistema


em locais sombreados próximos à borda da água e recolha plantas aquáticas e
água deste local (fig.04).

Figura 04: Coleta da amostra.

206 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


2. Despeje o material coletado em uma bandeja e retire as planárias com o auxílio
de uma pipeta, colocando-as em outro vidro contendo água do local de coleta
(fig.05).

Figura 05: Planárias separadas da coleta.

PARTE II: CUIDAR DAS PLANÁRIAS

1. Ao retornar para a escola, transfira cuidadosamente as planárias com água,


pedaços de plantas e pedras recolhidas no local de coleta para uma bandeja e
crie um ambiente para deixá-las até a devolução para o seu habitat natural.
2. Alimente as planárias duas a três vezes por semana com ração de peixe Beta
ou um pedaço de carne crua. Se usar carne fresca troque a cada 24 horas, para
evitar que apodreça e evitar a morte das planárias.
3. Troque a água a cada 15 dias e se usar água da torneira tire o cloro. Para isto
deixe a água em um recipiente aberto por 24 horas antes de usar.

PARTE III: OBSERVAR AS PLANÁRIAS


1. Com auxílio da micropipeta, colete uma planária com um pouco de água e
coloque cuidadosamente dentro da lupa inseto.
2. Observe a planária e responda as questões abaixo.

QUESTÕES

1. Faça o desenho da planária observada.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR


A planária (fig.06) é um platelminto de vida livre, que vive em água doce e é muito
importante para a manutenção dos ecossistemas, pois faz parte da cadeia alimentar do
local onde vive. É possível coletar planárias em águas paradas ou com pouca correnteza,
como as de um riacho, um lago não artificial ou nas águas de uma represa.
As planárias são inofensivas ao homem, porém são carnívoras e devem ser
alimentadas, de duas a três vezes por semana com ração para peixe carnívoro, como o
Beta ou pedaços pequenos de carne.

207
Figura 06: Planária.

As planárias não apresentam sistemas respiratório e circulatório. O oxigênio entra e


se distribui pelo seu corpo através de difusão. Como elas não possuem vasos sanguíneos,
os carboidratos, as proteínas e os lipídios, essenciais para o funcionamento de suas
células, também são transportados através de difusão. A falta de vasos sanguíneos não
compromete a sobrevivência das planárias porque elas são pequenas, o que garante uma
oxigenação e nutrição eficiente de todas as células do seu corpo.
As planárias fogem da luz (fotofóbicas) e percebem os estímulos luminosos através
de estruturas (fotorreceptores) denominados de ocelos, que se localizam na região da
cabeça, parecendo dois olhos. Através de quimiorreceptores localizados nas aurículas
podem detectar sabor e odor.

ATIVIDADE 81 - A VEGETAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS

OBJETIVO

Identificar os tipos de vegetação que compõem a flora da região e as relações



ecológicas.
Recomendações: solicite aos alunos que fotografem e observem as árvores
das quais vão coletar as folhas. Discuta com eles sobre as relações ecológicas
que podem encontrar nestas árvores, como por exemplo, liquens , parasitas ou
inquilinos .

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Celular (1 por equipe) ou máquina fotográfica



Caderno

Lápis

Borracha

Sacos plásticos de freezer

Etiquetas

05 bandejas

05 lupas

208 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Projetor ou TV

Papel toalha

Giz de cera

Frascos de coleta

Sacos zip bag

05 paquímetros

Estojo de jardinagem.

PROCEDIMENTOS

PARTE I: PESQUISA EM CAMPO

1. Divida a sala em grupos e escolha o local para a pesquisa em campo.


2. Durante a visita ao local, cada grupo escolhe as árvores, coleta as folhas ou
pequenos galhos, verifica a incidência de luz nas plantas e os tipos de solo.
É importante verificar se tem insetos ou pássaros se alimentando ou vivendo no
local.
3. Anote os dados coletados na tabela 01 e faça os registros fotográficos.

PARTE II: ANÁLISE DOS ESPÉCIMES

1. Coloque os espécimes nas mesas para serem observados pelos colegas.


2. Projete as fotos de cada grupo para avaliação e discussão com a turma.
3. Com a orientação do professor, identifique as plantas pelo nome comum da
região e através de pesquisa na internet, classifique pelos grupos científicos e
mencione o habitat em que foram encontradas (dunas, praias, morro, encostas,
lagoas, cerrado, etc.).
4. Desenhe no caderno as folhas no caderno ou imprima com giz de cera.

QUESTÕES

1. Cite e explique a vantagem de viver em ambientes arborizados.


2. Observe as folhas coletadas das árvores, ilustre os diferentes tipos e anote a
coloração de cada um.
3. Que adaptações ocorreram nas folhas em função do habitat onde foi encontrada?

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Este projeto leva os alunos a reconhecerem o tipo de vegetação na qual está inserida
a região em que moram ou os arredores da cidade.

209
Ao solicitar que os alunos fotografem e observem as árvores escolhidas para a
coleta das amostras, o professor está ensinando os passos básicos para uma pesquisa
científica satisfatória.
No projeto, ao observar a diversidade das folhas e galhos, é possível identificar o
tipo de ambiente com relação à luz (pouca luz onde as folhas são mais largas ou com
muita luminosidade onde as folhas são menores) e a água (com pouca água as folhas são
mais suculentas). Essa relação luz/água define o habitat natural das plantas.
Um ambiente arborizado é fundamental para a saúde física e mental dos humanos
(bem estar psicológico, efeito estético, sombra para pedestres e veículos, proteção contra
o vento, diminuição da poluição sonora e auxílio da diminuição da temperatura) e para
a manutenção no meio ambiente (diminuição do risco de erosão pelo impacto das águas
das chuvas e preservação da fauna silvestre).
Os grupos podem apresentar o trabalho final em seminários, com cartazes, folders,
slides, etc., para que os colegas vejam as suas descobertas. Divulgar o material produzido
através da internet pode facilitar o envolvimento de outros professores, tornando este
projeto interdisciplinar.

ATIVIDADE 82 - ECOSSISTEMAS NATURAIS E/OU MODIFICADOS

OBJETIVOS

Observar e estudar os ecossistemas da região.



Recomendações: os alunos podem confeccionar o folder explicativo, usando
canetas coloridas e papel cartão ou fazer no computador e impressora. A
apresentação do projeto pode ser em forma de slides somente para os colegas
ou através de cartazes e folders numa exposição para toda a escola. Esse projeto
pode ser multidisciplinar, envolvendo as disciplinas de Geografia, Sociologia,
Química, História, Português, Artes, Informática e Biologia.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

Celular ou máquina fotográfica



Caderno

Lápis

Papel cartão

Canetas de cores variadas

Estojo de jardinagem

Frasco de coleta

Sacos zib bag.

210 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


PROCEDIMENTOS

PARTE I: PESQUISA EM CAMPO

1. Divida a turma em grupos.


2. Cada grupo escolhe um bairro ou localidade da cidade próximo da casa de um
dos integrantes da equipe.
3. Vá até o local escolhido, fotografe a vegetação, os animais, rios, lagos e córregos,
se existirem.
4. Observem se o ambiente escolhido tem água potável para as moradias; quais os
tipos de moradias; se tem sistema de esgoto; coleta de lixo; se há desmatamentos
ilegais; façam entrevistas com moradores e visitantes, verifiquem se o ambiente
é fiscalizado pelos órgãos responsáveis e se área é de preservação ambiental.
5. Marque uma data para que todos tragam as anotações.

PARTE I: CONFECÇÃO DOS FOLDERS E CARTAZES

1. Com base nas anotações e fotografias, confeccione folders ou cartazes e prepare


a apresentação, que pode ser através de slides, folders, cartazes e outros.

OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR

Neste tipo de projeto levamos aos alunos uma forma de discutirem o ambiente em
que moram e verificarem a situação da comunidade local. O professor poderá questionar
sobre soluções para os problemas encontrados, como poluição, excesso de lixo, ausência
de saneamento básico, etc..
Caso o projeto seja multidisciplinar, os professores de outras áreas de estudo
contribuem de acordo com suas especialidades. Por exemplo, na Geografia – estudo
de sítios arqueológicos; Sociologia – avaliação das condições socioeconômicas dos
moradores; Química - coleta de água e solo para análise; História - conhecer a história
do local contada pelos moradores e avaliar a evolução dos costumes ao longo do tempo;
Português – conhecer os dialetos locais e usar os conhecimentos da disciplina de Artes
para confeccionar os folders e cartazes, e neste caso, o professor de Português avalia a
parte gramatical e ortográfica. Se a apresentação for através de slides, a contribuição será
do professor de informática.

211
GLOSSÁRIO

Aceleração – Aceleração é a taxa de variação da velocidade em relação ao tempo,


ou seja, é a rapidez com que a velocidade de um corpo varia.
Ácido – Segundo Arrhenius, são substâncias que possuem íons hidrogênios livres
+
(H ), os quais são liberados quando em contato com a água; tais como o ácido acético
do vinagre, o ácido fosfórico adicionado a alguns refrigerantes do tipo cola e o ácido
carbônico da água com gás.
Atmosfera – Camada de gases que circunda um planeta.
Base – Segundo Arrhenius são compostos que, ao reagirem com a água, produz
com íon negativo apenas a hidroxila (OH-).
Bioindicadores – São espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas
cuja presença, abundância e condições são indicativos biológicos de uma determinada
condição ambiental.
Bioma – O conjunto de ecossistemas, sendo que ecossistemas são formados pelo
conjunto de todos os seres vivos e fatores abiópticos (luz, temperatura, água).
Calor – Energia térmica transferida entre sistemas com diferentes temperaturas.
Célula – Unidade básica dos seres vivos, formada por uma membrana celular,
material genético (que pode ou não estar envolto por uma membrana), citoplasma e
outras estruturas funcionais denominadas organelas.
Chuva ácida – Chuva que apresenta pH ácido em função da dissolução de óxidos
de carbono, nitrogênio e enxofre, em geral, provenientes da poluição.
Combustão – Reação química em que um dos reagentes é geralmente o oxigênio e
que ocorre com liberação de calor.
Combustível – Material cuja queima é utilizada para produzir calor, energia ou luz,
como por exemplo, a queima de combustíveis fósseis, tais como o carvão, o petróleo (de
onde se extrai a gasolina e o gasóleo), o álcool e o gás natural.
Condensação – Mudança de estado físico que consiste na passagem de uma
substância do estado gasoso para estado líquido.
Condução – É o modo pelo qual o calor é transferido através de um meio material,
de uma molécula (ou átomo) para sua vizinha.
Condutibilidade elétrica – Propriedade que possuem alguns materiais de
conduzirem a corrente elétrica, como por exemplo, os metais.
Cortiça – Material de origem vegetal extraído de sobreiros e utilizado para a
fabricação de rolhas entre outros objetos.
Cromossomos – É uma longa sequência de DNA, que contém vários genes, e outras
sequências de nucleótidos (nucleotídeos) com funções específicas nas células dos seres vivos.
Decantação – Processo de separação de misturas heterogêneas (sólido – líquido e
líquido – líquido), como por exemplo, areia + água e água+ óleo.

212 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Densidade – Relação entre a massa e o volume de uma substância.
Destilação – Processo no qual um líquido é fervido e seu vapor condensado.
É usado para separar líquidos misturados ou purificar líquidos.
Difusão – Consiste na passagem das moléculas do soluto, do local de maior para o
local de menor concentração, até estabelecer um equilíbrio.
Dilatação – Mudança de volume que sofrem as substâncias quando a sua
temperatura aumenta.
Dinamômetro – É um dispositivo que pode ser utilizado para medir a força.
Direção – É a informação contida na posição relativa de um ponto a respeito de
outro ponto, sem levar em consideração a distância entre eles.
Distância – É o comprimento entre dois pontos.
DNA – Material genético das células denominado ácido desoxirribonucleico.
É um composto orgânico que carrega as informações genéticas do ser vivo, ou seja, as
informações que determinam como o ser vivo deve ser.
Ebulição – Mudança de estado físico que consiste na passagem de uma substância
do estado líquido para o estado gasoso, rápida e tumultuosamente.
Elétrons – Partículas com carga elétrica negativa que fica ao redor do núcleo dos
átomos.
Endoesqueleto – Esqueleto interno presente em alguns animais, como peixes,
anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Endoparasitas – organismos que vivem dentro de outro organismo causando
doenças.
Energia cinética – Energia que se manifesta, num dado instante, através do
movimento.
Epiderme abaxial – Epiderme localizada na face inferior ou dorsal da folha. 
Epiderme adaxial – Epiderme localizada na face superior ou ventral da folha. 
Erosão – É o desgaste do solo e rochas causado pela atividade da água da chuva,
vento ou pela ação de outros elementos da natureza, como o gelo.
Escarcha – É um fenômeno meteorológico que se caracteriza pelo congelamento
das gotas de água de um nevoeiro.
Espermatozoides – São gametas masculinos produzidos durante a espermatogênese
que ocorre nos testículos.
Evisceram – retiram as vísceras; causam lesão que provoca a exteriorização das
vísceras.
Eutrofização – Aumento da concentração de nutrientes, principalmente fósforo e
nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos.
Excreção – É o processo pelo qual os produtos residuais do metabolismo e outros
materiais sem utilidade são eliminados do organismo.

213
Fenótipo – Designa as características apresentadas por um indivíduo, sejam elas
morfológicas fisiológicas e comportamentais. 
Floema (líber)– São formados por células vivas, cuja parede possui apenas a
membrana esquelética celulósica típica das células vegetais e uma fina membrana
plasmática. 
Fluxo – O correr do líquido, o escoamento ou movimento de avanço ou recuo.
Força – Grandeza vetorial que descreve as interações entre corpos.
Fotossíntese – Processo pelo qual as plantas transformam água e gás carbônico em
alimento, usando a energia do Sol.
Frequência – É o número de vezes que uma oscilação é realizada por unidade de
tempo.
Genótipo – Refere-se à constituição genética de um indivíduo, ou seja, aos genes
que ele apresenta.
Hidroponia – É a técnica de cultivar plantas  sem  solo, onde as raízes recebem
uma solução nutritiva balanceada contendo água e todos os nutrientes essenciais ao
desenvolvimento da planta.
Hidrossolúvel – Solúvel em água.
Homeostasia (homeostase) – Controle das condições estáveis no meio interno.
Através dela fatores como a manutenção das concentrações normais dos elementos
sanguíneos, temperatura, pH, balanço hídrico, pressão arterial e outras substâncias são a
todo instante equilibradas no organismo.
Invertebrados – Seres que não apresentam vértebras e ossos, ou seja, apresentam
o corpo mole.
Íons – Átomo ou grupo de átomos que perdeu ou ganhou um ou mais elétrons para
se tornar carregado eletricamente.
Isolantes / Maus condutores – Materiais que apresentam grande oposição ao
movimento das cargas elétricas.
Lipossolúvel – Solúvel em lipídios e insolúvel na água.
Massa – É uma medida da inércia de um corpo. Ela mede a quantidade de matéria
do objeto.
Matéria – Tudo o que tem massa e ocupa espaço.
Medição – Comparação de uma grandeza com outra da mesma espécie, tomada
para unidade de medida.
Meiose – É um tipo de divisão celular em que uma célula diplóide produz quatro
células haplóides, sendo por este motivo uma divisão reducional.
Metabolismo – Conjunto de transformações químicas que ocorrem no organismo
vivo e produzem energia a partir dos alimentos.
Metamorfose – Mudança de forma, como a lagarta que se torna ninfa.

214 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


Mitose – É um processo contínuo de divisão celular. Na mitose a célula se duplica
para dar origem a duas novas células.
Módulo – O módulo ou comprimento do vetor v= (a, b) é um número real não
negativo.
Molécula – A menor unidade de uma substância pura. Uma molécula é formada
por, no mínimo, dois átomos.
Mutualismo – É uma das relações harmônicas interespecíficas (entre indivíduos de
espécie diferentes), na qual ambos se beneficiam.
Oosfera – Oosfera é uma célula sexual feminina constituinte do óvulo vegetal.
Osmose – Passagem do solvente através da membrana semipermeável, sempre do
local de menor concentração de soluto para o de maior concentração.
Pareamento – Associação de duas coisas, emparelhar.
Partícula – Uma pequena fração da matéria.
Pedúnculo – Pé de flor ou de fruto.
Período – Tempo que leva a decorrer um ciclo, num sistema que oscila.
Peso – É a força gravitacional que a Terra exerce sobre corpos que estão na sua
superfície.
Precipitado – Pequenas partículas de sólido em uma solução, formadas por reação
química.
Pressão – É a relação entre uma determinada força e sua área de distribuição.
Ptialina – A  ptialina (ou amilase salivar) é uma enzima da saliva que, em pH neutro ou
ligeiramente alcalino, digere parcialmente o amido e converte-o em maltose.
Repouso – Quando um sistema está parado (em um dado referencial).
RNA (Ácido Robonucleico) – É um composto orgânico formado a partir da
transcrição do DNA. O RNA é responsável pela síntese de proteínas nas células.
Síndrome – Conjunto dos sinais e sintomas que caracterizam determinada condição
ou situação.
Sistema – Parte do Universo em estudo, separada do exterior por fronteiras reais ou
imaginárias.
Som – Propagação de energia na forma de ondas no meio que rodeia um corpo em
vibração.
Sublimação – Mudança do estado sólido a gasoso, sem passar pelo estado líquido.
Substância – Material que apresenta propriedades características bem definidas.
Tentáculo – Apêndice não segmentado, geralmente flexível, do corpo de um animal,
usado como órgão tátil, para a locomoção, ou para a alimentação.
Trabalho – É uma medida da energia transferida pela aplicação de uma força ao
longo de um deslocamento.

215
Transpiração – Perda de água de uma planta pela evaporação.
Unicelular – É um organismo que consiste em apenas uma célula.
Vaporização – Transformação física que resulta da passagem do estado líquido
para o estado gasoso (vapor). Pode ser feita lentamente (evaporação) ou rápida e
tumultuosamente (ebulição).
Velocidade – Grandeza vetorial que mede a distância percorrida por um corpo
num determinado intervalo temporal.
Vertebrados – Seres que apresentam vértebras e ossos.
Xilema – São formados por células mortas. Tecido das plantas vasculares por onde
circula a água com sais minerais dissolvidos - a seiva bruta - desde a raiz até as folhas.

216 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


REFERÊNCIAS

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SOARES, J. L. Biologia. São Paulo: Scipione, 1992. Vol. I.

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218 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


REVISTAS

Ciência Hoje, Scientific American Brasil e Pesquisa Fapesp


Ciência Hoje das Crianças. Sociedade Brasileira de Letras para o Progresso da Ciência: São
Paulo: Global; Rio de Janeiro: Ciência Hoje.
Lição de Casa. São Paulo. Editora Klick Editora.
Nova Escola. São Paulo. Editora Abril.

SITES

http:// parquedaciencia.com.br
http://cantinhodaciencia.no.sapo.pt/
http://cienciaemcasa.cienciaviva.pt/
http://ciencias.com.br/links_ciencias.htm
http://cienciasexperimentaistp.blogspot.com.br
http://criancas.hsw.uol.com.br/experiencias-canal.htm
http://e-aprender.com.br
http://edelviramat.blogspot.com.br
http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/a-respiracao-nosso- diafragma.htm
http://educar.sc.usp.br/ciencias/biologia/
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http://genoma.ib.usp.br
http://hypescience.com/experiencias-feira-ciencia/
http://manualdomundo.com.br/
http://midia.cpt.com.br/pdfs/cpt/pcn/volume-04-ciencias-naturais
http://pic-saneamento.vilabol.uol.com.br/pesquisa.htm
http://pontociencia.org.br
http://rossetti.eti.br
http://seara.ufc.br/sugestoes/sugestoes.htm
http://trabalhoescolar.hpg.ig.com.br/meio_ambiente.htm
http://www.ambientebrasil.com.br/
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http://www.cpt.com.br/pcn/pcn-parametros-curriculares-nacionais-do-1-ao-5-ano
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http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade-aquatica/zona-costeira-e-marinha>
http://www.planeta10.com.br/Kids/alimentacao5.htm
http://www.uenf.br/uenf/centros/cct/qambiental/

219
ANEXO I: ATIVIDADES DE BIOLOGIA ASSOCIADAS AOS CONTEÚDOS
CURRICULARES/ORDEM CRONOLÓGICA E CURRICULAR

PARTE II: ATIVIDADES DO 1º ANO


CURRÍCULO ATIVIDADE EXPERIMENTAL CONTÉUDO
MÉTODO 01. MICROSCÓPIO ÓPTICO. Microscópio ótico: estrutura e
CIENTÍFICO funcionamento.
02. USO DO PAQUÍMETRO NA Como usar um paquímetro em atividades de
BIOLOGIA. Biologia.
ORIGEM DA VIDA 03 . A EXPERIÊNCIA DE FRANCESCO REDI. Abiogênese x biogênese , criacionismo.
BIOQUÍMICA 04. DESTILAÇÃO DA ÁGUA. Produção de água para experiências em
atividades de Biologia.
05. DETECÇÃO DA PRESENÇA DE AMIDO. Composição dos alimentos /Amido.
06. DETECÇÃO DE VITAMINA C. Composição das substâncias /Vitamina C.
07. DETERMINAÇÃO DE PRESENÇA DE Composição dos alimentos/Proteínas.
PROTEÍNA EM AMOSTRAS.
A CÉLULA 08. DIFERENÇAS ENTRE CÉLULA ANIMAL Parede celular, células vegetais; célula
E VEGETAL. animal.
MEMBRANA 09. MEMBRANA SEMIPERMEÁVEL. Estrutura da membrana celular/
PLASMÁTICA Permeabilidade.
10. TRANSPORTE ATRAVÉS DE Permeabilidade/Transporte de substâncias
MEMBRANAS SEMIPERMEÁVEIS. nas células.
11. MEIOS HIPOTÔNICOS, ISOTÔNICOS E Osmose em células vegetais.
HIPERTÔNICOS.
12. PLASMÓLISE E DEPLASMÓLISE. Observação de células em diferentes meios.
13. OSMOSE NA MEMBRANA DE UM Observação de transporte de substâncias/
OVO. Osmose.
ESTRUTURA E 14. OBSERVAÇÃO DA CICLOSE. Estrutura de uma célula vegetal.
FUNCIONAMENTO Movimentos do citoplasma - ciclose.
CELULAR 15. ORGANELAS CELULARES. Organelas celulares: estrutura e
funcionamento.
METABOLISMO 16. FOTOSSÍNTESE. Demonstrar a ocorrência da fotossíntese e a
ENERGÉTICO: produção do gás oxigênio.
FOTOSSÍNTESE 17. IMPORTÂNCIA DA CLOROFILA NA Pigmentos vegetais/Fotossíntese.
E RESPIRAÇÃO REALIZAÇÃO DA FOTOSSÍNTESE.
CELULAR
18. REGIÕES DA FOLHA ONDE OCORRE Fotossíntese/ Produção de amido na folha.
A FOTOSSÍNTESE.
19. PROCESSO DE FERMENTAÇÃO. Observação das leveduras e a produção de
gás carbônico.
DIVISÃO CELULAR 20. MITOSE. Divisão celular para reposição de células.
21. MITOSE NA CÉLULA VEGETAL. Divisão celular conservativa, fases das
mitose em células vegetais.
22. MEIOSE. Divisão celular para formação de gametas.
DIFERENCIAÇÃO 23. PIGMENTOS VEGETAIS COMO Substâncias ácidas e básicas.
CELULAR INDICADORES DE ÁCIDOS E BASES. pH.
TECIDOS VEGETAIS 24. EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS VEGETAIS. Extração de pigmentos vegetais.
25. HISTOLOGIA VEGETAL - EPIDERME E Observação de tecidos vegetais.
SUAS ADAPTAÇÕES.
26. TECIDOS DE CONDUÇÃO VEGETAL. Xilema e Floema.
DIFERENCIAÇÃO 27. HISTOLOGIA ANIMAL. Observação da glândula pineal, gânglios
CELULAR linfáticos, medula óssea, tecido muscular
TECIDOS ANIMAIS estriado.

220 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


PARTE II: ATIVIDADES DO 2º ANO
CURRÍCULO ATIVIDADE EXPERIMENTAL CONTÉUDO
BIODIVERSIDADE 28. OBSERVAÇÃO DE MICRO- Água e seus micro-organismos.
E CLASSIFICAÇÃO ORGANISMOS AQUÁTICOS.
DOS SERES VIVOS

29. OBSERVAÇÃO DE PROTISTA EM Protistas/observação de diferentes


BRIÓFITAS. espécies.
30. OBSERVAÇÃO DE ENDOPARASITAS. Observar as diferenças dos ciclos de
endoparasitas humanos.
BIODIVERSIDADE 31. ESPONJAS. Esponjas.
E CLASSIFICAÇÃO 32. CNIDÁRIOS. Água viva e corais.
DOS SERES VIVOS
33. ESTRELA-DO-MAR: ANATOMIA Equinodermos /Estrela-do-mar.
INTERNA E EXTERNA.
INVERTEBRADOS I 34. OURIÇOS-DO-MAR: MORFOLOGIA. Equinodermos/Ouriço-do-mar.
BIOLOGIA DOS 35. IDENTIFICAR OS ARTRÓPODES NO Observar e identificar os diferentes
ANIMAIS SOLO. artrópodes.
INVERTEBRADOS II
BIOLOGIA DOS 36. DETECÇÃO DA PRESENÇA DE Composição dos ossos.
ANIMAIS MINERAIS EM ORGANISMOS DO REINO
ANIMAL.
37. PEIXES ÓSSEOS: ANATOMIA Peixes ósseos.
EXTERNA E INTERNA.
38. ESTUDAR O CORAÇÃO DE Observar diferenças entre os vasos.
GALINHA. ciculatórios e musculaturas do coração.
BIOLOGIA DAS 39. CIRCULAÇÃO DOS VEGETAIS. Floema e xilema/Osmose.
PLANTAS 40. ANATOMIA DE UMA FLOR. Estrutura da flor.
41. ESTUDAR A VEGETAÇÃO LOCAL. Tipos de vegetação e reconhecimento das
classes do reino Plantae.
42. FOTOTROPISMO. Crescimento dos vegetais em direção a
luz.
43. HIDROPONIA DA BATATA DOCE. Crescimento dos vegetais em direção a
luz.
44. BOMBAS DE SEMENTES. Reprodução das plantas e biomas.
45. REPRODUÇÃO ASSEXUADA NAS Tipos de reprodução assexuada.
PLANTAS.
BIOLOGIA 46. AÇÃO DA SALIVA. Atividade enzimática (amilase salivar)/
HUMANA: SISTEMA Digestão.
DIGESTÓRIO 47. ATUAÇÃO DA PTIALINA. Atividade enzimática/Digestão/Amilase
salivar.
48. IDENTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS Composição dos alimentos/Proteínas.
NOS ALIMENTOS (II).
49. IDENTIFICAÇÃO DE LIPÍDIOS NOS Composição dos alimentos/Lipídeos.
ALIMENTOS.
50. AÇÃO DA BILE NO ORGANISMO. Sistema digestivo digestão de lipídios.
BIOLOGIA 51. ANÁLISE DO SUOR. Regulação da temperatura/Composição
HUMANA: SISTEMA do suor.
EXCRETOR 52. DETECÇÃO DO CLORETO DE SÓDIO Composição da urina/Problemas de
E GLICOSE NA URINA. saúde/diabetes.

221
BIOLOGIA 53. O EFEITO DOS REFRIGERANTES NOS O consumo de refrigerante e sua
HUMANA: SISTEMA OSSOS. influência na saúde.
ÓSSEO

BIOLOGIA 54. ATOS VOLUNTÁRIOS E ATOS Sistema nervoso.


HUMANA: SISTEMAS REFLEXOS.
NERVOSO E 55. SENTIDO DO PALADAR. Sentidos do corpo humano/Paladar.
ENDÓCRINO
BIOLOGIA 56. REPRODUÇÃO HUMANA. Observação de diferentes tipos celulares e
HUMANA: SISTEMA tecidos dos sistema reprodutor.
REPRODUTOR
SEXUALIDADE 57 ESFREGAÇO DA MUCOSA BUCAL. Observação da estrutura celular.
E SAÚDE:
COMPORTAMENTO,
58. APRENDER SOBRE OS MÉTODOS Métodos anticoncepcionais.
MÉTODOS
ANTICONCEPCIONAIS.
ANTICONCEPTIVOS
E DSTS 59. TESTE DE CONTROLE: Camisinha/prevenção de doenças e
PERMEABILIDADE DA CAMISINHA. gravidez.
SAÚDE E 60. OBSERVAR A AÇÃO DE UM Ação do antisséptico.
QUALIDADE DE ANTISSÉPTICO.
VIDA

PARTE II: ATIVIDADES DO 3º ANO


CURRÍCULO ATIVIDADE EXPERIMENTAL CONTÉUDO
GENÉTICA: ATUAL 61. GENES DOMINANTES E Genética: relação entre os alelos de um
DESENVOLVIMENTO DA RECESSIVOS mesmo gene.
BIOLOGIA MOLECULAR 62. ESTRUTURA DO DNA. Composição e estrutura do DNA.
63. EXTRAÇÃO DE DNA. Composição e estrutura do DNA.
64. BANDA DE DNA. Extrair pigmentos dos vegetais e comparar
as bandas de DNA.
ECOLOGIA: INTERAÇÕES 65. COMO SE ORGANIZAM AS Sociedade (relação ecológica).
ECOLÓGICAS FORMIGAS.
66. COLÔNIA DE BACTÉRIAS. Colônias ( relação ecológicas).
67. LIQUENS. Simbiose ( relação ecológica).
ECOLOGIA: AGENTES 68. INTERFERÊNCIA DA POLUIÇÃO Poluição da água e germinação de
POLUENTES NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES. sementes.
DECOMPOSITOSITORES 69. IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS. Decomposição de matéria orgânica.
ECOSSISTEMAS 70. MICROECOSSISTEMAS. Funcionamento de um ecossistema
fechado.
EVOLUÇÃOHUMANA 71. EVOLUÇÃO DO SER HUMANO. Função dos polegares .
72. A TEORIA DE DARWIN. Tipos de bicos e alimentos.

222 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


PARTE III: JOGOS DE BIOLOGIA

JOGOS DO 1ª ANO

CURRÍCULO ATIVIDADE EXPERIMENTAL CONTÉUDO


BIOQUÍMICA 73. MINHA DIETA ALIMENTAR É Composição da dieta e tipos de nutrientes.
ADEQUADA?

JOGOS DO 2º ANO
CURRÍCULO ATIVIDADE EXPERIMENTAL CONTÉUDO
SISTEMÁTICA 74. TAXIONOMIA DOS SERES VIVOS. Sistemática e taxonomia.

JOGOS DO 3 º ANO
CURRÍCULO ATIVIDADE EXPERIMENTAL CONTÉUDO
ECOLOGIA 75. DA CADEIA À TEIA ALIMENTAR. Fluxo energético.
ESTRUTURAS
DOS
ECOSSISTEMAS
ECOLOGIA 76. OS GRANDES BIOMAS BRASILEIROS. Ecossistemas/ terrestres brasileiros.
ECOSSISTEMAS

PARTE IV: PROJETOS

PROJETOS DO 1ª ANO
ORDEM ATIVIDADE CONTEÚDO
CURRICULAR
CITOLOGIA 77. CONSTRUÇÃO DE MODELO DE Organelas citoplasmáticas.
CÉLULA ANIMAL E VEGETAL. Parede celular, membrana celular.
Núcleo.
CITOLOGIA 78. CONSTRUÇÃO DE MODELOS DE Divisão celular.
DIVISÃO DIVISÃO CELULAR (MITOSE E MEIOSE). Fases da mitose.
CELULAR Fases da meiose.
HISTOLOGIA 79. CONSTRUÇÃO DE MODELO DE Tipos de tecidos epiteliais.
ANIMAL TECIDOS EPITELIAIS.

223
PROJETOS DO 2º ANO
CURRÍCULO ATIVIDADE EXPERIMENTAL CONTÉUDO
FILO PLATYHEL- 80. COLETA E OBSERVAÇÃO DE Classe tubellaria.
MINTHES PLANÁRIAS.
REINO PLANTAE 81. A VEGETAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS. Flora local.
Tipos de folhas.
Biomas.

PROJETOS DO 3 º ANO
CURRÍCULO ATIVIDADE EXPERIMENTAL CONTÉUDO
ECOLOGIA 82. ECOSSISTEMAS NATURAIS E/OU Ecossistemas.
ECOSSISTEMAS MODIFICADOS. Biomas.
Poluição.
Desmatamentos.
Alterações bióticas e abióticas.

224 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


ANEXO II: CONSTRUÇÃO DE MAQUETES DE TECIDOS EPITELIAIS

Figura 01: Tecidos epiteliais e sua utilização.

225
ANEXO III: LAMINÁRIO - DESCRIÇÃO DAS LÂMINAS PREPARADAS PARA
MICROSCOPIA

LÂMINA NOME DESCRIÇÃO


1 Hipófise (glândula Glândula situada na base do crânio que produz numerosos e importantes
pineal) hormônios. É conhecida como glândula mestra do sistema nervoso. Está
dividida em duas partes: adeno – hipófise e neuro – hipófise. A glândula
possui células secretoras que produzem hormônios que regulam outras
glândulas e uma densa rede de vasos sanguíneos.

2 Gânglios Os gânglios são órgãos de defesa do organismo humano e produzem


linfáticos(linfonodos) anticorpos. Quando o nosso corpo é invadido por micro-organismos,
por exemplo, o vírus da gripe, os glóbulos brancos dos gânglios linfáti-
cos começam a se multiplicar ativamente para combater os invasores
próximos ao local da invasão. Vemos na parte mais externa a membrana
citoplasmática ou cápsula de tecido conjuntivo, grande quantidade de
vasos sanguíneos, células reticulares e linfócitos (grânulos corados em
vermelho).

3 Medula óssea Observamos em destaque a substância cinzenta (corada de vermelho


em forma de borboleta) onde podemos observar neurônios motores. Na
parte mais clara podemos ver a substância branca da medula espinhal
que é formada basicamente por fibras nervosas mielínicas.

4 Músculo estriado É composto por células com vários núcleos, longas e cilíndricas, que se
contraem voluntariamente para facilitar os movimentos do corpo ou de suas
partes. Os músculos estão envolvidos pelo epimísio, uma membrana de tecido
denso não modelado. O perimísio, um tecido conjuntivo menos denso, envolve
feixes de fibras musculares. O endomísio, composto por fibras reticulares e por
uma lâmina basal, envolve cada uma das células.
5 Próstata É uma glândula que faz parte dos órgãos sexuais masculinos. A função da
próstata é produzir e guardar um dos fluídos que compõem o sêmen. Glândula
responsável pela produção de parte do líquido seminal. Suas células são
alongadas, porém o núcleo está situado na membrana basal. Há um espaço
considerável onde o líquido prostático circula.
6 Útero Órgão que recebe o óvulo fecundado. Observam - se internamente glândulas,
células uterinas e músculos.
7 Testículo Neste corte observam - se túbulos seminíferos onde ocorre a formação
dos espermatozoides, os quais aparecem na luz dos túbulos. As fases da
meiose podem ser identificadas na parede dos túbulos seminíferos.
8 Placenta É através da placenta que ocorrem as trocas de oxigênio e gás carbônico
entre a mãe e o bebê. É por meio da placenta que o feto excreta produtos
do seu metabolismo e recebe os nutrientes por meio da difusão do sangue
materno. É formada por várias camadas de tecido. Dentre elas vemos: tecido
uterino, músculo liso, veias, artérias, tecido conjuntivo, deposito de fibrina
(em destaque coradas em vermelho) e células deciduais.

226 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA


9 Mitose (raiz de al- Corte longitudinal da raiz de cebola onde é possível observar as fases da
lium Cepa) mitose: prófase, metáfase, anáfase, telófase e citocinese das do ápice da
raiz de cebola.
10 Folha de geranium - Epiderme da face inferior da folha de gerânio. Além das células epidér-
abaxial micas, podemos observar tricomas e estômatos.
11 Folha de geranium - Epiderme da face superior da folha de gerânio. Nesta lâmina é possível
adaxial observar somente as células epidérmicas e tricomas.
12 Grãos de Aleurona Nesta lâmina encontramos células do endosperma com vacúolos con-
tendo os grãos de aleurona corados de vermelho (rosa).

227
AUTOLABOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
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Brejarú – Palhoça – SC
CEP: 88.133-520 Fone: +55 (48) 3341-2802
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228 MANUAL DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA

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