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ENSINO DE QUÍMICA
(Licenciatura em Ensino de Química)
Universidade Rovuma
Lichinga
2022
USO DE INDICADORES NATURAIS ÁCIDO-BASE COMO FACILITADORES NO
ENSINO DE QUÍMICA
(Licenciatura em Ensino de Química)
Universidade Rovuma
Lichinga
2022
Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
1.1. Justificativa e Relevância do Estudo............................................................................3
1.2. Problematização...........................................................................................................4
1.3. Delimitação do Tema...................................................................................................5
1.4. Hipóteses......................................................................................................................5
1.4.1. Primária.................................................................................................................5
1.4.2. Secundária.............................................................................................................5
1.5. Objectivos.....................................................................................................................5
1.5.1. Geral......................................................................................................................5
1.5.2. Específicos............................................................................................................5
2. Marco teórico.......................................................................................................................6
2.1. Indicadores Ácido-Base...............................................................................................6
2.2. Antocianinas.................................................................................................................6
2.3. Ensino da Química.......................................................................................................8
2.4. Experimentação no ensino de química.........................................................................9
2. Metodologias.....................................................................................................................10
2.1. Tipo de pesquisa.........................................................................................................10
2.1.1. Método de pesquisa.............................................................................................10
2.2. Quanto aos objectivos................................................................................................10
2.3. Quanto a Natureza......................................................................................................11
2.4. Quanto a Abordagem.................................................................................................11
2.5. Quanto aos Procedimentos Técnicos..........................................................................11
2.6. Técnica de colecta de dados.......................................................................................11
a) Observação Directa....................................................................................................11
b) Questionário...............................................................................................................12
2.7. Técnicas de apresentação, análise de resultados de dados.........................................12
3. Aspectos éticos..................................................................................................................12
4. Cronograma.......................................................................................................................13
5. Orçamento.........................................................................................................................13
6. Referencial Teórico...........................................................................................................14
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1. Introdução
A disciplina de Química é comummente vista pelos alunos como uma disciplina muito difícil.
A forma tradicional de ensino, que vêm desde a época da revolução industrial, pode ser uma
das rações para falta de interesse desses alunos. Portanto, as aulas experimentais podem
proporcionar um aumento no interesse dos alunos e é um método, facilitados no processo de
ensino e aprendizagem. As aulas práticas ajudam os alunos a compreenderem melhor os
conteúdos ministrados na sala de aula, além, de desenvolver um pensamento crítico e trazer
conhecimentos do quotidiano contribuindo para a qualidade de vida dos alunos.
Esses métodos, muitas vezes, não utilizam aulas práticas, influenciando directamente no
ensino de Química. Outro ponto é a escassez de recursos e estruturas para aulas experimentais
do ensino da química. Para proporcionar um aumento no aprendizado dos alunos sobre os
conteúdos de química, se faz necessário o uso de actividades de observação e interacção do
fenómeno a partir de aulas experimentais. É por meio delas que os alunos podem estabelecer
relações entre o domínio dos objectos observáveis e o domínio das ideias. Os indicadores
ácido-base, ou indicadores de pH naturais são substâncias orgânicas presentes em algumas
flores e vegetais a partir da extracção de antocianinas. Os indicadores são capazes de mudar
de cor dependendo das características físico-químicas da solução na qual estão contidas.
Dessa forma salienta-se que o uso da experimentação como ferramenta de aprendizagem para
facilitar a compreensão dos conteúdos de Química, além de, contextualizar com a vivência e o
meio em que os alunos estão inseridos é um dos papéis atribuídos ao professor que é o
responsável por mediar esse conhecimento. Com isso, esse estudo poderá contribuir para uma
melhor compreensão da eficiência dos indicadores como ferramenta para facilitar o ensino da
química visando sua aplicação em aulas de experimentação.
1.2. Problematização
Com o passar de diversas décadas, a globalização tem reestruturado drasticamente o local de
trabalho. Neste novo contexto, surgiram necessidades e desafios pertinentes ao
aperfeiçoamento profissional, sugerindo que o novo modelo produtivo requer, para seu
próprio aprimoramento, a participação, o interesse e o envolvimento dos indivíduos. Um dos
principais meios de transferência da informação, quer seja profissional ou não, é a educação,
que deve estar preparada para formar, colaborar em processos permanentes de aprendizagem
no decorrer da vida do indivíduo, ajudar na construção da sua identidade e permitir que
encontre seu espaço, desta forma, desempenhando seu papel dentro de uma sociedade.
Diversas técnicas podem ser utilizadas para determinar de forma qualitativa ou quantitativa a
veracidade ou não em uma determinada prática de ensino. Dentre tantas, o uso de produtos
naturais como indicadores ácido-base vêm como uma estratégia para auxiliar na compreensão
macroscópica das moléculas, bem como das reacções envolvidas por meio da capacidade de
alterar a coloração de uma solução na presença de um ácido ou base. Esses indicadores
geralmente são moléculas sintéticas ou orgânicas comummente extraídas de materiais
vegetais e que possibilitam utilizar o conhecimento prévio dos alunos em prol da construção
do seu conhecimento científico.
Será que os Indicadores Naturais Ácido-Base podem ser utilizados como facilitadores
no Ensino de Química?
1.4. Hipóteses
1.4.1. Primária
O uso de Indicadores Naturais Ácido-Base facilitará o Processo de Ensino de Química.
1.4.2. Secundária
Será que os Indicadores Naturais Ácido-Base podem ser utilizados como facilitadores
no Ensino de Química;
Será que o uso dos Indicadores Naturais Ácido-Base facilitará no Ensino de Química.
1.5. Objectivos
1.5.1. Geral
Estudar o uso de Indicadores Naturais ácido-base como facilitadores no ensino de
Química.
1.5.2. Específicos
Definir o conceito de Indicadores Naturais Ácido-Base;
Descrever o ensino de química
Propor o uso de Indicadores Naturais Ácido-Base como facilitadores no ensino de
Química.
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2. Marco teórico
2.1. Indicadores Ácido-Base
De acordo com Vasques, et al (2018), os indicadores ácido-base ou indicadores de pH são
substâncias orgânicas fracamente ácidas (indicadores ácidos) ou fracamente básicas
(indicadores básicos) que têm sua coloração alternada de acordo com as condições químicas
da solução. Isto significa que conforme a variação nas características físico-químicas,
principalmente na variação de pH (potencial hidrogeniônico) que mostra através da variação
de cor se a amostra será ácida (protonada) ou básica (desprotonadas). Ainda de acordo com o
autor acima citado:
2.2. Antocianinas
De acordo com Santos, et al (2017), as antocianinas (do grego: anthos = flores; kianos =
azul), pertencem à classe dos flavonóides derivadas das antocianidinas, são substâncias
presentes nas seivas das plantas, são responsáveis pelos pigmentos de coloração azul, violeta,
vermelha e rosa exibida por flores e frutos. O autor diz que:
O ensino de Química está além de ministrar conteúdos apenas descritivos ela tem o
propósito de contribuir com a conscientização e formação de cidadãos críticos. Visto
que está ciência está inserida no quotidiano dos alunos e esses fenómenos podem ser
explicados pelos professores de Química. Criando pessoas com consciência e com
responsabilidades social e política. A aprendizagem da Química deve possibilitar aos
alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de
forma abrangente e integrada, para que estes possam julgá-la com fundamentos
teórico-práticos (p. 45).
Porém o que se nota, segundo o autor citado anteriormente, são as dificuldades dos
professores, tanto em formação como os que já actuam no ensino de Química, em promover
uma interdisciplinaridade. Segundo eles, o ensino está sendo feito de forma
descontextualizada e não interdisciplinar, dificultando a associação dos eventos químicos com
o quotidiano por parte dos alunos. Santos, et al (2017) afirma que:
Como alternativa para sanar essa problemática, é preciso mudar o estilo tradicional
das aulas, que muitas vezes são cansativas e pouco atractivas aos alunos, trazendo
jogos didácticos relacionados com os assuntos teóricos correspondentes e tornando
mais frequentes as aulas de laboratório. Para que os alunos consigam experienciar a
teoria na prática. Os conteúdos abordados na disciplina de Química devem ser
eficientes e significativos, que sejam um reflexo da realidade quotidiana dos alunos.
Para isso, a metodologia mais eficiente é a de experimentação, que pode ser realizada
com materiais de fácil aquisição (p. 46).
Dessa forma, os experimentos laboratoriais (aulas práticas) complementam os conteúdos
teóricos abordados, permitindo um ensino construtivo onde aborda a pesquisa, a
contextualização e a problematização. Quando houver a falta de funcionamento destes nas
escolas, acessar procedimentos que podem ser executados na própria sala de aula com
material de baixo custo e de fácil acesso. Para Santos, et al (2017) não se concebe ensinar
química dissociada da parte experimental e por essa razão a Química é considerada uma
Ciência Experimental.
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tempo inadequado para a realização das actividades; dificuldade que os alunos têm de
relacionar teoria e prática, conhecimentos teóricos insuficientes para o
acompanhamento das aulas pelos alunos, entre outros (p. 51).
Existem ainda os perigos do reducionismo, do fazer pelo fazer, para não se fazer um
experimento pelo experimento, ou seja, sem validade contextual do que se está estudando já
que nessa modalidade de aulas práticas em laboratórios se tornou um modismo. Sobre essa
modalidade os PCNs deixam claro que a experimentação na escola média tem função
pedagógica. Entretanto, não soluciona o problema de ensino-aprendizagem em Química,
dessa forma não se desvincula “teoria” e “laboratório”. Teoria e prática se acham intimamente
relacionadas à práxis histórica, social, colectiva e quotidiana. Segundo Schnetzler (2010):
2. Metodologias
2.1. Tipo de pesquisa
2.1.1. Método de pesquisa
Segundo Gil (2002), método representa um procedimento racional e ordenado, constituído por
instrumentos básicos, que implica utilizar a reflexão e a experimentação, para proceder ao
longo do caminho e alcançar os objectivos pré-estabelecidos no planeamento da pesquisa.
O método de estudo do presente projecto será indutivo, pós ira generalizar os factos, isto é,
partimos de algo particular para uma questão mais geral, que segundo Lakatos & Marconi
(1991), método indutivo ou indução é o raciocínio que, após considerar um número suficiente
de casos particulares, conclui uma verdade geral.
Porém, a escolha desta técnica é devidamente apoiado por que conforma Gil (1991), as
pesquisas explicativas têm como objectivo primordial a identificação dos factores e a
explicação da ocorrência dos fenómenos, (p.75).
Deste modo, irei utilizar está técnica para o aprofundamento de uma realidade específica, com
o objectivo de conseguir informações ou conhecimentos acerca dos factores que levam os
contaminantes orgânicos a permanecerem muito tempo na água mesmo depois de passar pelo
processo de purificação.
b) Questionário
Como técnicas para a colecta de dados, irá usar-se um questionário previamente estruturado,
constituído por uma série de perguntas no qual será dirigida aos funcionários e aos dirigentes
destes estabelecimentos com objectivo de identificar os factores do mão tratamento de água
contendo contaminantes orgânicos.
3. Aspectos éticos
Qualquer investigação efectuada a seres humanos levanta questões morais e éticas. Os
conceitos em estudo, o método de recolha de dados e a divulgação de certos resultados da
investigação podem, bem entendidos, contribuir para o avanço dos conhecimentos científicos,
mas também podem lesar os direitos fundamentais das pessoas (Thiollent, 1986).
Neste contexto, pode-se perceber que os sujeitos entrevistados, cientes da natureza do estudo
e dos eventuais transtornos neles envolvidos e a garantia da confidencialidade e anonimato
dos sujeitos e dos dados em estudo, aderirão voluntariamente à pesquisa.
4. Cronograma
Seram realizadas varias actividades para este presente projecto de pesquisa , das quais podem
se verificar no quadro a baixo.
Meses
Actividade 1 2 3 4
Escolha do tema
Pesquisa Bibliográfica
Revisão literária
Colecta de dados
Relatório preliminar
Relação final
Apresentação
Divulgação dos resultados da pesquisa
Fonte: autor (2022)
5. Orçamento
Material Preço Moeda
1 Computador 35,000,00 MZN
1 Impressora 6000,00 MZN
1 Bloco de Resma 500,00 MZN
1 Caixa de caneta 300,00 MZN
1 Caixa de lápis 300,00 MZN
1 Cartuxo de Tinta 3500,00 MZN
1 Embalagem de argolas 200,00 MZN
1 Bloco de cartona tipo A4 500,00 MZN
1 Embalagem de borracha 250,00 MZN
2 Bloco de Nota 100,00 MZN
1 Gravador de áudio 750,00 MZN
Total 47,400,00 MZN
Fonte: autor (2022)
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6. Referencial Teórico
Gil, António Carlos. (2008). Como elaborar projectos de pesquisa (4ª edição). São Paulo:
Atlas.
Santos, G. S.; Martins, M. M., Pavan, F. A. (2017). Antocianinas como indicadores ácido-
base com potencial aplicação no espaço escolar. Monografia, licenciatura em
química, UNIPAMPA.
Thiollent, Michel. (1986). Metodologia da pesquisa – acção (2ª edição). São Paulo: Cortez.
Vasques, J. D. V.; DA Silveira, C. V.; Dos Reis, P. R. (2018). Uso de indicador natural de
pH como alternativa para o ensino de química na comunidade indígena do trovão, na
região no alto rio negro. Revista IGAPÓ-Revista de Educação Ciência e Tecnologia
do IFAM, v. 12, n. 1, p. 12-21.