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Delegação de Gurúè
Delegação de Gurúè
Índice
Declaração de Honra......................................................................................................................IV
Agradecimento.................................................................................................................................V
Dedicatória.....................................................................................................................................VI
Índice de tabelas..........................................................................................................................VIII
1.3. Justificativa..........................................................................................................................11
1.4. Problematização..................................................................................................................12
1.5. Objectivos............................................................................................................................14
2.6.4.1. Historial do Sistema Internacional de Medidas, (S.I) de acordo com BIPM (2007)...28
6.1. Conclusões...............................................................................................................................45
6.2. Sugestão...............................................................................................................................46
Bibliográficas.................................................................................................................................48
Apêndice.........................................................................................................................................51
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Declaração de Honra
Eu José Mangacheiro Nharucue, declaro por minha honra que esta monografia é resultado da
minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor. O seu conteúdo é original e
todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia final.
Declaro que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para a obtenção de
qualquer grau académico.
___________________________
Agradecimento
Agradecer primeiro a Deus pela benevolência e compaixão durante toda essa caminhada.
Agradeço a UCM, delegação de Gurúè pela oportunidade de cursar e por terem facultado todo o
processo de formação académica. Os meus agradecimentos são extensivos aos tutores do curso de
física que de forma paciente estiveram presentes e transmitiram tudo que tinham por dar.
Dedicatória
Dedico este trabalho a minha querida esposa Belda Piedade Xavier, os meus filhos Adelson José
Mangacheiro, Messias José Mangacheiro, Josefina José Mangacheiro, Cristelina José
MAngacheiro, Aurora José Mangacheiro e Levi José Mangacheiro, que durante todos esses anos
acompanharam esta difícil caminhada de forma paciente e carinhosa.
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Tabela 3. Unidades de Comprimento. Fonte: Adaptada pelo autor a partir de HEMPEL (1981)
Tabela 4. Unidades de Área. Fonte: Adaptada pelo autor a partir de HEMPEL (1981)
Tabela 5. Unidades de Volume. Fonte: Adaptada pelo autor a partir de HEMPEL (1981)
Resumo
O objecto de estudo foi a análise das causas que influenciam na percepção e Dedução de
unidades no S.I, trabalho este efectuado na Escola Secundaria Geral 3 de Fevereiro, em Alto
Molocue, a pesquisa pretendia saber se o O Fraco Domínio na Dedução de Unidade de Física
para S.I era contributo das metodologias usadas pelos professores ou o fraco interesse dos alunos
seria a causa, ela contou com uma abordagem indutiva, recorrendo a questionário de perguntas
abertas e fechadas para professores e alunos, para colher as suas sensibilidades sobre o tema em
discussão, e para atestar as suas hipóteses assim como atingir os objectivos específicos foram
observadas aulas em varias turmas. Os resultados mostram que a maior parte dos alunos
considera a resolução de problemas conducentes a dedução de Unidade de Física uma matéria
difícil, a assistência das aulas levou o autor a concluir que as estratégias utilizadas pelas
professores abrangidos pela pesquisa divergem entre se e das preconizadas pelo programa de
ensino de física da 8ª Classe e usam metodologias que o autor acredita não serem as mais
adequada ao PEA, os erros cometidos pelos alunos durante a resolução do questionário, revelam
que a maior parte deles tem dificuldades nas operações básicas. Sendo as operações básicas
fundamentais para a conversão de unidades.
CAPITULO I – INTRODUÇÃO
A física é uma ciência que vem crescendo com a natureza, a necessidade de compreender e
interpretar os fenómenos da natureza, fez com que essa ciência evolui-se de forma científica e
tecnológica, mas todo esse desenvolvimento só foi possível com a descoberta de formas de
quantização de tudo que se observava, o que subtende que não haveria desenvolvimento da
ciência se não fosse descoberta uma forma de quantificar as grandezas (medir).
A primeira base que se aprende no ensino de física é o conhecimento das grandezas físicas, as
suas definições, interpretações ate as manipulações (conversões). Se está base não for bem
construída, não haverá futuro nessa aprendizagem. O ensino de Física no nível básico tem sido
bastante discutido no que diz respeito à sua contextualização, interdisciplinaridade e
desenvolvimento de competências. Esta disciplina tem como pressuposto oferecer subsídios para
a formação de cidadãos capazes de compreender, intervir e participar da realidade, articulando o
conhecimento científico à competências de outras áreas. Assim, seu aprendizado deve contribuir
não só para o conhecimento teórico para propiciar a construção de compreensão dinâmica de
fatos naturais, mas também deve contribuir para um conhecimento técnico e prático, para a
compreensão do quotidiano social e articulação de uma visão do mundo natural, e na prática
laboratorial é imprescindível a necessidade de quantificar as grandezas físicas de modo a evitar
resultados desastrosos.
1.3. Justificativa
A escolha deste tema intitulado, “O fraco domínio na dedução de unidade de Física para sistema
Internacional dos alunos da 8ª classe da Escola Secundária Geral 3 fevereiro de Alto Molócuè”,
deveu ao facto de que o fraco domínio na dedução de unidades de Física para o Sistema
Internacional tendo em conta o conhecimento sobre as unidades de medição tem um impacto na
vida das pessoas, os alunos devem possuir este conhecimento, este tema também tem a
relevância social e cientifico pois estás dificuldades que os alunos da 8ª classe lidam se pela
primeiras vez com as unidades e grandezas, precisa que professores da Física transmitam usando
todos instrumentos até chegar a unidade principal. Sendo assim a pesquisa deste tema apresenta
três razões de estudo.
Em primeiro lugar é de interesse pessoal tendo em conta que tenho deparado com situações em
que os alunos simplesmente resolvem os trabalhos sem ter em conta com as unidades, outro
aspecto é de que toda actividade humana precisa de conhecer as medições e as unidades para
facilitar a sua sobrevivência, e como professor, é necessário que este tema seja estudo como tema
de investigação para que os alunos tenham noção de dedução das unidades (S.I), para que este
use sempre na vida deles como estudantes e cidadãos. .
A segunda razão da escolha do tema para o interesse académico que irá contribuir no
conhecimento cientifico a necessidade de que sempre que estiver presente um exercício, é sempre
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muito pertinente sua dedução, caso necessário dará um aprofundamento especifico e sua
valorização na maioria dos alunos da 8ª classe, não tem valorizado este principio, e com isso
muitos alunos têm concluído o ensino básico do ensino Secundário sem conseguir deduzir as
unidades para o Sistema Internacional.
A terceira razão da escolha do tema está direcionada no interesse social, pelo facto de que todas
as actividades do nosso dia-a-dia estão ligadas as medições, dai que este tema tem maior
relevância na vida do cidadão para o seu conhecimento. É nesta perspectiva que aluno seja
incutido estas ferramentas.
Exemplo 1: no mercado quando compramos qualquer produto usamos a balança como um
instrumento de medição (kg).
Exemplo 2: No hospital usa se o peso para as crianças etc.
1.4. Problematização
A inaptidão de estimular a motivação nos alunos é umas dos principais insatisfações que se
encontra no aluno actual, onde se verifica que cada vez mais poucos alunos aderindo o
aprendizado de Física, pós estes se debatem apenas com fórmulas que na sua maioria não
percebem a sua interpretação e não os ajuda visualmente a desenvolver nenhuma habilidade. Este
cenário é preocupante, não só para o aluno ou professor, mas também para a própria sociedade
que tem visto seus filhos sem o devido aproveitamento pedagógico, sem aquisição de nenhuma
competência e ainda sem soluções para os problemas da própria sociedade.
Em qualquer âmbito social ou científico, quantificar é uma necessidade empirista, portanto, é por
isso que o ensino de física começa com o estudo das grandezas físicas e suas deduções. É notório
nesta escola tamanha dificuldade enfrentada por alunos da 8ª classe é a dedução e conversão de
unidades, e como estudante e aspirante a uma licença em ensino de física, afirmo que se o aluno
tiver uma má preparação na dedução de unidade física, terá graves dificuldades de desenvolver as
competências que lhe são desejadas pelo programa nacional de ensino. Para um bom fim, é
necessariamente necessário um bom principio, e o princípio da física está nas grandezas físicas,
concretamente na dedução de unidades físicas, portanto a aprendizagem significativa desta
matéria é pouco observada nesta escola e a falta de laboratório assim como o tempo lectivo por
aula são apontadas como as causas da fraca motivação e assimilação significativa deste conteúdo.
Quais são os erros que os alunos da 8ª classe cometem perante a resolução de um exercício ou
problema envolvendo dedução e conversão de unidades para SI e vice-versa?
Que metodologias e estratégias podem ser usadas para uma aprendizagem prática e teórica de
dedução e conversão de unidades para SI e vice-versa?
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1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo Geral
Analisar as causas do fraco domínio na dedução de unidade Física para o Sistema
Internacional na Escola Secundária Geral 3 de Fevereiro.
1.5.2. Objectivos Específicos:
Identificar os factores que contribuem para o fraco domínio dedução e conversão de
unidades para SI e vice-versa, na Escola Secundária Geral 3 de Fevereiro;
Descrever os erros típicos dos alunos na resolução de problemas envolvendo dedução de
unidades;
Propor estratégias para minimização as dificuldades dos alunos na dedução e conversão
de unidades para SI e vice-versa dos alunos da 8ª classe da Escola Secundária Geral 3
Fevereiro;
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que lhe é apresentado ou por ele descoberto. Tanto por recepção como por descobrimento, a
atribuição de significados a novos conhecimentos depende da existência de conhecimentos
prévios especificamente relevantes e da interação com eles.
O subsunçor pode ter maior ou menor estabilidade cognitiva, pode estar mais ou menos
diferenciado, ou seja, mais ou menos elaborado em termos de significados. Contudo, como o
processo é interativo, quando serve de idéia-âncora para um novo conhecimento ele próprio se
modifica adquirindo novos significados, corroborando significados já existentes.
Por exemplo, para um aluno que já conhece a Lei da Conservação da Energia aplicada à energia
mecânica, resolver problemas onde há transformação de energia potencial em cinética e vice-
versa apenas comprova o conhecimento prévio dando-lhe mais estabilidade cognitiva e talvez
maior clareza. Mas se a Primeira Lei da Termodinâmica lhe for apresentada (não importa se em
uma aula, em um livro ou em um moderno aplicativo) como a Lei da Conservação da Energia
aplicada a fenômenos térmicos ele ou ela dará significado a essa nova lei na medida em que
“acionar” o subsunçor Conservação da Energia, mas este ficará mais rico, mais elaborado, terá
novos significados pois a Conservação da Energia aplicar-se-á não só ao campo conceitual da
Mecânica mas também ao da Termodinâmica (Moreira, 2009).
Podem se citar diversas condições para que ocorra uma aprendizagem significativa, porem de
acordo com Moreira (2012, 6), são duas as condições essenciais para a aprendizagem
significativa:
1) o material de aprendizagem deve ser potencialmente significativo e
2) o aprendiz deve apresentar uma predisposição para aprender.
A primeira condição implica l) que o material de aprendizagem (livros, aulas, aplicativos) tenha
significado lógico (isto é, seja relacionável de maneira não-arbitrária e não-literal a uma estrutura
cognitiva apropriada e relevante) e 2) que o aprendiz tenha em sua estrutura cognitiva idéias-
âncora relevantes com as quais esse material possa ser relacionado. Quer dizer, o material deve
ser relacionável à estrutura cognitiva e o aprendiz deve ter o conhecimento prévio necessário para
fazer esse relacionamento de forma não-arbitrária e não- literal.
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Segundo Prass (2012); Aprendizagem Mecânica refere-se a entrada de informações sem esta estar
associada a conceitos ou informações existente no subsunçor 1 ou seja na estrutura cognitiva. Ao
ponto que Aprendizagem significativa ocorre quando um novo conteúdo (ideias ou informações)
está relacionado com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura cognitiva (pontos de
ancoragem para aprendizagem), assimilado por ela e para que tenha lugar, é necessariamente os
pontos de ancoragem.
Por tanto, Ausebel citado por Nunes (2007) advoga que para ocorrer de forma correcta é
importante que o professor seja bom de identificar as estruturas cognitivas que o aluno já
consolidou para priorizar a utilização de um método de ensino que privilegie a associação de
conceitos de matéria, prestando atenção:
1
Subsunçor surge como um “aportuguesamento” do inglês “subsumer” (Pontes Neto, 1988, p. 59).
2
Similitudes são as semelhanças.
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Para Ausebel citado por Ostermann & Cavalcante (2010), diz que se tivesse que reduzir toda a
psicologia educacional a um só princípio, diria o seguinte: “ o factor isolado mais importante que
influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe”. Este tipo de aprendizagem é
excelência para o mecanismo humano.
Ausebel citado por Nunes (2007), aprendizagem pode ser processada por:
1. Descoberta: O aluno aprende sozinho, descobre princípio, relação, lei, como pode
acontecer na solução de um problema.
2. Recepção: recebe-se a informação pronta (como e uma aula expositiva) e o trabalho do
aluno consiste em actuar activamente sobre este material, e relaciona-lo a ideia relevante
disponíveis em sua estrutura cognitiva.
3. Significativa: a informação é relacionada aos conhecimentos prévios do aluno de uma
forma importante, substancial, sem ser ao pé da letra.
4. Repetitiva: ocorre quando o aluno carece de conhecimento prévio do assunto dado ou
quando tem que assimilar o conteúdo ao pé da letra3.
As duas primeiras dizem respeito à forma como o conteúdo chega ao aluno, e as duas últimas, a
forma como as informações são assimiladas. Entretanto Ausebel apesar de reconhecer a
importância da aprendizagem por descoberta, principalmente no período pré-escolar, no geral, a
sua concepção reside na aprendizagem significativa por recepção como responsável por todo o
acúmulo de cultura e conhecimentos da nossa sociedade, compondo, assim, a base de qualquer
disciplina escolar.
3
Ao pé da letra significa exacto (Dicionário da língua portuguesa)
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A aprendizagem é dinâmica, pois ela é uma interacção entre aluno e professor, a partir do
conhecimento prévio que o aluno tem. Ausebel orienta suas atenções aos conhecimentos que os
alunos já possuem que é a base de um dos princípios que sustentam a aprendizagem significativa.
Ausebel subscreve esse princípio da seguinte maneira:
Albino & Lima (2008, p. 133) afirmam ainda que “A aprendizagem que envolve a pessoa ou o
aluno na experiência existencial ou educacional é uma aprendizagem significativa”.
É desta interacção que emergem, para o aprendiz, os significados dos materiais potencialmente
significativos. É também nesta interacção que o conhecimento prévio se modifica pela aquisição
de novos significados.
2.3. As actividades experimentais no Ensino de Física
Segundo Bruyne (1991), a metodologia é a lógica dos procedimentos científicos em sua génese e
em seu desenvolvimento, não se reduz, portanto, a uma “metrologia” ou tecnologia da medida
dos factos científicos.
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Muito mais expressivo que o objectivo de aprender mais para melhorar as práticas docentes como
um todo, de modo que os alunos realmente aprendam física ou que ao menos tenham menos
repulsão a ela. Mais que isso, tentar melhorar a realidade de ensino de física.
ensino. Do ponto de vista deles, por sua vez, a Resolução de Problemas somente será bem
sucedida caso houver a presença de aspectos de natureza investigativa em seus planejamentos.
No Ensino de Física, e em geral, no Ensino de Ciências e de Matemática, é fácil constatar que
uma parte significativa da carga horária das aulas costuma ser dedicada para sessões de
Resolução de Problemas. No entanto, vários pesquisadores sinalizam o fracasso generalizado
destas atividades, quando realizadas de forma tradicional, em função do baixo desempenho dos
alunos (Senent, 1988).
Quando professores são questionados a esse respeito, a grande maioria justifica este fracasso
devido a falta de conhecimentos teóricos, por parte dos alunos, sobre os temas/conceitos e leis
que os problemas abordam e ao escasso domínio que eles têm sobre o aparato matemático
necessário para resolvê-los (Gil, 1988).
Outra justificativa possível para o fracasso na Resolução de Problemas, em aulas de Física,
Matemática e Ciências em geral, refere-se a falhas praticadas pelos professores em seus
planeamentos de ensino/aprendizagem (Torregrosa, 1988).
Isto também pode ser observado, se analisarmos os planeamentos de aula dos professores de
física que atuam em escolas de nosso país, embora muitas vezes eles não o reconheçam.
Ao procurar reverter tal situação, alguns trabalhos tentaram explicitar diferenças entre um bom e
um mau solucionador de problemas, extraindo a partir disso algumas recomendações de como
resolver bem os problemas e como transmiti-las aos alunos como uma forma efetiva de ajuda.
Isto levou à elaboração de modelos de resolução que, por vezes, se configuravam em algoritmos
mais ou menos precisos. No caso da elaboração de algoritmos precisos, permaneceu-se diante de
um paradigma de ensino/aprendizagem baseado na transmissão/recepção de conhecimentos já
elaborados e cuja ineficácia tem sido observada e bastante discutida na área de Ensino de
Ciências (Senent, 1988).
Aparentemente, na maioria das vezes, os alunos não aprendem como resolver problemas;
meramente memorizam soluções para situações que são apresentadas pelos professores como
simples exercícios de aplicação. Isto é consequência do tipo de Ensino de Ciências ainda
predominante em nossas escolas, qual seja, um ensino fundado na crença de que o conhecimento
pode ser “transmitido verbalmente” e assim ser “assimilado” pelos alunos. Durante a prática
tradicional de Resolução de Problemas esta situação fica bem evidenciada, pois, é comum os
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alunos conseguirem resolver problemas similares aos anteriores, mas fracassarem ou desistirem
frente a novas situações, (Escudero, 1995).
Cabe ressaltar que, apesar de muitos professores afirmarem que trabalham com problemas em
suas aulas, o que realmente fazem é a resolução de “simples exercícios”. Esses exercícios,
normalmente trabalhados em sala de aula, ficam muito aquém dos problemas enfrentados na vida
diária e é difícil apontar a contribuição que podem trazer aos alunos para ajudá-los em suas
tarefas cotidianas (Pozo, 1998).
Neste sentido, se faz necessária uma distinção entre o que se pode considerar um problema
propriamente dito e o que se apresenta como um simples exercício. Esta diferença é apontada por
vários autores que pesquisam sobre a temática de Resolução de Problemas no Ensino de Ciências
(Gil Pérez e Torregrosa, 1987; Cudmani, 1998; Garret, 1995; Peduzzi, 1997; Pozo, Postigo e
Crespo, 1998; entre outros).
De forma bastante genérica, pode-se afirmar que uma dada situação caracteriza-se como um
problema para um indivíduo quando, ao procurar resolvê-la, ele não chega a uma solução de
forma imediata ou automática. Neste caso, necessariamente, o solucionador envolve-se num
processo de reflexão e de tomada de decisões culminando, usualmente, no estabelecimento de
uma determinada sequência de passos ou etapas. Por outro lado, numa atividade envolvendo
apenas exercícios, o que se observa é o uso de rotinas/passos automatizados, ou seja, as situações
com as quais o indivíduo se depara já são por ele conhecidas, podendo ser resolvidas por meios
ou caminhos habituais.
No entanto, a distinção entre problema e exercício é bastante sutil, não devendo ser especificada
em termos absolutos (Peduzzi, 1997). Para uma determinada pessoa uma situação proposta pode
se constituir em um problema, enquanto que para outra, a mesma situação pode ser vista como
um mero exercício. Por isso, esta distinção dependerá de cada indivíduo (de seus conhecimentos
e de sua experiência) e da tarefa proposta (Gil, 1988).
Partindo do pressuposto de que essas atividades didáticas, além de auxiliarem no
desenvolvimento da capacidade e de autonomia dos alunos para enfrentarem situações-problema
do dia-a-dia, ajudam no aprimoramento do desempenho necessário frente às exigências impostas
pela sociedade atual (Dcnem, 1998).
Neste sentido, as situações-problema podem ser elaboradas tanto na perspectiva de abarcar
aspectos internos à estrutura conceitual da disciplina, quanto para abordagem de fenômenos
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cotidianos e/ou situações históricas. Assim, além de propiciar uma forma de contextualização dos
conteúdos escolares, superando seu caráter tradicional - “abstracionista”, desenvolvem a
capacidade de compreender situações novas. Esta compreensão das situações novas exige uma
ponte entre a teoria e a prática. Portanto, para realizar esta ponte são aproveitadas situações da
vivência pessoal que contribuem para o processo de construção dos conhecimentos escolares e
estes, por sua vez, auxiliarão os alunos à solucionar e/ou compreender fenômenos cotidianos e
experiências pessoais. A atividade de solucionar problemas envolve um grande grau de
criatividade, pois, cada solucionador utilizará suas experiências, conhecimentos e interpretações
para resolver a situação-problema em jogo. Isto exigirá a elaboração de hipóteses, estratégias ou
planos a serem seguidos de forma consciente, culminando, por vezes, em resultados que
necessitam de análises cuidadosas (Cudmani, 1998).
A dinâmica de Resolução de Problemas pode desenvolver-se tanto através de uma atividade de
lápis e papel, quanto de uma atividade com uso de experimento, ou ainda, de uma atividade com
uso de texto. É sempre importante que envolva situações vivenciais, mas, é necessário também
que estas sejam apresentadas o mais abertas possíveis, de modo que estimulem os alunos a
levantarem as “variáveis” envolvidas, os parâmetros relevantes e as possibilidades de resolução,
exigindo, assim, uma mobilização dos conhecimentos necessários para o encaminhamento do
processo (Garret, 1995).
Conheça algumas estratégias que auxiliam na resolução de exercícios/problemas:
Leia o problema buscando fazer a compreensão do mesmo;
Para visualizar o problema construa gráficos, diagramas ou desenhos;
Listar as grandezas e dados envolvidos no exercício;
Fazer a verificação das unidades das grandezas, observando se todas pertencem ao mesmo
sistema de unidades, caso contrário deve-se fazer as transformações necessárias;
Quantificar o problema, escrevendo leis ou princípios que estejam envolvidos no
problema;
Fazer a orientação do problema de forma a facilitar na sua resolução;
Desenvolver o problema literalmente, fazendo as substituições numéricas somente ao
final de cada etapa;
Fazer a análise crítica dos resultados encontrados.
Fazer o registro das principais partes envolvidas na resolução do exercício;
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A palavra grandeza, do latim grandis, refere-se a tudo aquilo que é suscetível de avaliação. No
caso em que esta avaliação pode ser realizada com instrumentos e expressa em padrões
previamente definidos e aceitos pela comunidade científica, denominamos de grandezas físicas.
As grandezas físicas, quanto à sua natureza, podem ser classificadas em duas espécies: as
escalares e as vetoriais.
As grandezas físicas escalares são grandezas que ficam completamente determinadas quando
delas se conhecem a intensidade, ou seja, o valor numérico e a correspondente unidade de
medida. São exemplos de grandezas físicas escalares:
Atualmente, são sete as grandezas fundamentais que permitem exprimir qualquer das grandezas
físicas dos vários ramos da Física, a saber: comprimento (m), massa (kg), tempo (s), intensidade
da corrente elétrica (A), temperatura termodinâmica (K), intensidade luminosa (cd) e quantidade
de matéria (mol).
As grandezas físicas derivadas são expressas através da relação estabelecida entre uma ou mais
grandezas físicas fundamentais. Algumas, a saber: volume (m3), velocidade (m/s), aceleração
(m/s2), força (N), energia (J) e pressão (Pa).
A medição, operação pela qual associamos números às propriedades físicas dos corpos e da
natureza é de importância fundamental para diversas ciências, ditas exatas, como a Física, a
Matemática e a Química.
Enquanto nos limitamos apenas a observar os fenômenos físicos, sem associar números às nossas
observações, estamos estudando os fenômenos apenas qualitativamente; no momento em que
caracterizamos nossas observações por resultados numéricos, estaremos fazendo o estudo
quantitativo. (Pauli, 1979).
Há até uma famosa frase atribuída ao Lorde Kelvin, cientista inglês do século XIX sobre o
assunto:
“Se você pode medir aquilo do que fala e exprimi-lo por um número, é porque conhece alguma
coisa do assunto. Em caso contrário o seu conhecimento é precário. Lorde Kelvin” (PAULI,
1978, p. 4).
2.6.3. Medição, medida, unidade e padrão
Medir uma grandeza física é determinar, por comparação, quantas vezes ela contém outro
intervalo daquela mesma espécie de grandeza, arbitrariamente escolhido como sendo unitário.
Este intervalo unitário é chamado de unidade. A medição é o ato de medir. A medida1 é o
resultado obtido de uma medição. A medida deve ser expressa através de um valor numérico, que
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representa quantas vezes a grandeza física contém a unidade usada na medição, e um símbolo,
que representa a unidade da grandeza utilizada.
A representação material ou não de um corpo ou ente físico da unidade arbitrada é chamada de
padrão.
Vamos supor que se queira determinar o comprimento da mesa da sala de aula, utilizando uma
caneta esferográfica, cujo comprimento será tomado como referência de comparação. Se
encontrarmos, para o comprimento da mesa, cinco comprimentos da caneta (5 ct), teremos a
situação ilustrada na Figura 1.
Neste caso, o padrão de medida é a caneta, ou seja, corpo ou ente físico que contém ou porta a
unidade arbitrada; a unidade de medida é o comprimento da caneta, representada por ct, e a
medida do comprimento da mesa é 5 ct.
Note que a grandeza medida, o comprimento da mesa, e a unidade de medida utilizada devem ser
grandezas físicas de mesma espécie, neste exemplo, comprimento.
Os cientistas e técnicos procuram definir unidades e padrões de medida que possam ser obtidos e
utilizados de maneira segura, sem variações ou deformações em todo o universo, ditas universais,
através do Sistema Internacional de Unidades (S.I.), regulamentados em Conferências Gerais de
Pesos e Medidas (INMETRO, 2007). Veja as definições de algumas destas unidades na Tabela 1.
Para efetuar medidas é necessário fazer uma padronização, escolhendo unidades para cada
grandeza. Antes da instituição do Sistema Métrico Decimal, as unidades de medida eram
definidas de maneira arbitrária, variando de um país para outro, dificultando as transações
comerciais e o intercâmbio científico entre eles. As unidades de comprimento, por exemplo, eram
quase sempre derivadas das partes do corpo do rei de cada país: a jarda, o pé, a polegada e outras.
Até hoje, estas unidades são usadas nos Estados Unidos, embora definidas de uma maneira
menos individual, mas através de padrões restritos às dimensões do meio em que vivem e não
mais as variáveis desses indivíduos.
Há registros de que a primeira ideia de um sistema métrico seja de John Wilkins, primeiro
secretário da Royal Society de Londres em 1668, porém a ideia não vingou e a Inglaterra
continuou com os diferentes sistemas de pesos e medidas.
Foi na França onde a ideia de um sistema unificado saiu do papel. A proliferação dos diferentes
sistemas de medidas foi uma das causas mais frequentes de litígios entre comerciantes, cidadãos e
cobradores de impostos. Com o país unificado com uma moeda única e um mercado nacional
havia um forte incentivo econômico para romper com essa situação e padronizar um sistema de
medidas. O problema inconsistente não era as diferentes unidades, mas os diferentes tamanhos
das unidades. Ao invés de simplesmente padronizar o tamanho das unidades existentes, os líderes
da Assembleia Nacional Constituinte Francesa decidiram que um sistema completamente novo
deveria ser adotado.
O Governo Francês fez um pedido à Academia Francesa de Ciências para que criasse um sistema
de medidas baseadas em uma constante não arbitrária. Após esse pedido, um grupo de
investigadores franceses, composto de físicos, astrônomos e agrimensores, deu início a esta
tarefa, definindo assim que a unidade de comprimento metro deveria corresponder a uma
31
Bureau International des Poids et mesures (BIPM), um laboratório permanente e centro mundial
da metrologia científica, as atividades que incluem o estabelecimento de normas de base e as
escalas das quantidades de capital físico e manutenção dos padrões protótipo internacional.
Para medir diretamente uma grandeza física deve-se compará-la diretamente com outra grandeza
de mesma espécie, utilizada como unidade de medida. O resultado desta comparação é um
número que indicará o número de vezes que a unidade adotada está contida (múltiplo) ou contém
(submúltiplo) na grandeza física medida. Existem sete grandezas físicas postas como básicas ou
fundamentais. Por conseguinte, passaram a existir sete unidades básicas correspondentes — as
unidades básicas do SI — descritas na tabela, na coluna à esquerda. A partir delas, podem-se
derivar todas as outras unidades existentes. As unidades básicas do SI — posto que
dimensionalmente axiomáticas — são dimensionalmente independentes entre si. A tabela 1
mostra Unidades de medida fundamentais e definição do padrão adotado no S.I.
Tabela 1: Unidades de medida fundamentais e definição do padrão adotado no S.I. HEMPEL (1981)
Unidade Grandeza
Símbolo Definição
de medida física
Comprimento igual a 1.650.763,63
comprimentos de onda, no vácuo, da radiação
Metro m Comprimento correspondente à transição entre os níveis
2p10 e 5d5 do átomo de criptônio 86.
Duração de 9.192.631.770 períodos da
radiação correspondente à transição entre dois
Segundo s Tempo níveis hiperfinos do estado fundamental do
átomo de Césio 133.
Igual à massa do protótipo internacional, um
cilindro de platina iridiada, sancionada pela
Quilograma Conferência Geral de Pesos e Medidas em
kg Paris, em 1189, e depositada no pavilhão de
Massa Breteuil, em Sèvres.
Corrente elétrica invariável que, mantida em
dois condutores retilíneos, paralelos, de
comprimento infinito e de área de secção
Intensidade transversal desprezível e situados no vácuo a 1
da metro de distância um do outro, produz entre
corrente esses condutores uma força de intensidade
Ampére A elétrica 2.10-7 newton, por metro de comprimento
desses condutores.
Fração 1 / 273,16 da temperatura
Kelvin K Temperatura termodinâmica do ponto tríplice da água.
33
Unidades de Comprimento
35
Tabela 3. Unidades de Comprimento. Fonte: Adaptada pelo autor a partir de HEMPEL (1981)
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
(km) (hm) (dam) (m) (dm) (cm) (mm)
1000km 100m 10m 1m 0.1m 0.01m 0.001m
Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação
por 100. Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devmos fazer uma
divisão por 100. Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes
uma das regras anteriores.
Tabela 4. Unidades de Área. Fonte: Adaptada pelo autor a partir de HEMPEL (1981)
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
(km2) (hm2) (dam2) (m2) (dm2) (cm2) (mm2)
1x106 m2 1x104 m2 1x102 m2 1 m2 1x10-2 m2 1x10-4 m2 1x10-6 m2
Unidades de Volume
Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação
por 1000. Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma
divisão por 1000. Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes
uma das regras anteriores.
Tabela 5. Unidades de Volume. Fonte: Adaptada pelo autor a partir de HEMPEL (1981)
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
(km3) (hm3) (dam3) (m3) (dm3) (cm3) (mm3)
36
Nesse contexto, nesta pesquisa do tipo qualitativa, para a realização da pesquisa foram usados os
seguintes métodos:
Quanto a abordagem - O método de abordagem escolhido para esta pesquisa foi o método
indutivo que segundo Lakatos & Marconi (2011, p53) é um processo mental por
intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se
uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Este método nos foi
útil a partir do momento em que tivemos os resultados dos dados recolhidos no campo,
apôs a sua discussão e descrição, inferimos os resultados obtidos, isto é, partimos de
particular para o geral.
Quanto ao procedimento - o método eleito Monográfico como, que para Lakatos e
Marconi (1995, p. 151) é “[...] um estudo sobre um tema específico ou particular de
suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga
determinado assunto não só em profundidade, mas em todos os seus ângulos e aspectos,
dependendo dos fins a que se destina”.
Quanto aos objectivos a pesquisa é explicativa que segundo Gil (2002) a pesquisa
explicativa preocupa-se em identificar os factores que determinam ou que contribuem
para a ocorrência dos fenómenos. É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da
realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.
Este tipo de pesquisa será aplicado ao momento em que será proporcionado maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito, isto é, na interação
com os alunos na sala de aula, e com os professores que lecionam a física na 8ª classe.
Porque a pesquisa consiste no estudo profundo e exaustivo de um objeto (O Fraco
38
O estudo contou com um universo populacional de 230 alunos da 8a classe da ESG3F e deste
número foi extraída uma amostra de 50 alunos, seleccionados por cada turma um conjunto de
alunos respeitando a questão da representatividade de modo a permitir a fiabilidade dos
resultados e consequente credibilidade do estudo.
Após a apresentação na escola e do grupo de disciplina, foram escolhidos com ajuda do delegado
de disciplina de física, os 50 alunos para comporem a amostra, estes alunos saíram um pouco por
todas as turmas da 8ª classe. De seguida foi feita apresentação da pesquisa aos alunos e para que
estes levassem a serio a resolução do questionário, foi-lhes explicado que era para um bom maior.
Feita essa colheita de dados, foi a vez de os professores responderem o seu questionário e o
fizeram com grande ânimo.
Recolhidos os dados, eles foram agrupados por categorias de análise de modo a facultar a sua
interpretação.
Para a melhor ilustração e compreensão, a análise e interpretação de dados foi feita através de
tabelas. Os dados foram processados no pacote estatístico SPSS versão 18, associado ao
Microsoft Excel 2013.
40
Em seguida, foi usada uma ficha de questionário que se torna como testemunho documental da
pesquisa realizada junto a tabela de respostas dadas pelos entrevistados.
Questão 1
A questão tinha por objectivo colher sensibilidades dos estudantes em relação a resolução de problemas,
de modo a saber se eles achavam difícil ou não.
Entretanto, para 50% dos alunos submetidos a esta questão, a resolução de problemas/exercícios
conducentes a dedução ou conversão de sistemas de unidade é difícil.
Questão 2
No caso que as dificuldades existentes são causadas pelos professores?
A questão tinha como objectivo saber se alunos achavam que as dificuldades que apresentam na
resolução de problemas conducentes a dedução ou conversão de sistemas de unidades eram ou
não causadas pelos professores.
41
Os resultados após a resolução da 2ª questão, indicam que 40% dos alunos inqueridos afirmaram
que as dificuldades por eles apresentadas não eram causadas pelo professor.
36% deles não afirmam categoricamente que as dificuldades por eles apresentadas é causada
pelos Professores enquanto que 24% afirmam que os Professores são a causa dos problemas por
eles apresentados.
Questão 3
Qual seria a possível causa da não resolução dos problemas conducentes a dedução ou
conversão de sistemas de unidade?
A questão por objectivo saber qual a principal causa deles não conseguirem resolver problemas
conducentes a dedução ou conversão de sistemas de unidade.
Questão 4 e 5
Qual das seguintes afirmações abaixo, melhor define a medição de uma grandeza física?
O que é o sistema internacional de unidade?
As questões tinham por objectivo saber se os alunos tinham a noção do que era medir uma
grandeza física e o que é um sistema de unidades.
Como se pode ver na tabela 6, apenas 34% dos alunos sabem definir o que é um sistema de internacional
de unidade, assim como também apenas 46% sabem dizer o que são grandezas físicas, e este cenário
revela, por parte, uma falta de empatia na memorização de conteúdos físicos ou uma total falta de
percepção deste fundamento.
Questão 6, 7 e 8
O comprimento, a massa, o tempo, a temperatura, são grandezas físicas, diga se são, Grandezas
de medição indireta (derivadas), Grandezas de medição directa (fundamentais), Apenas
grandezas físicas mistas.
Faça corresponder as grandezas físicas com as suas respectivas unidades.
Usando as unidades do comprimento completa a sequência abaixo: Quilômetro (km); Hectômetro
(hm); ______________ (dam); Metro (m); ____________ (dm); ________________ (cm);
Milímetro (mm).
Estas questões pretendiam avaliar o nível de conhecimento de existência das grandezas físicas
fundamentais, suas unidades e seus submúltiplos.
Tabela 10: Percentagem de resolução das questões 6, 7 e 8
Nº da Pergunta Respostas Nº de alunos que acertaram Percentagem (%)
6 50 29 58
7 50 11 22
8 50 13 28
43
Os números na tabela 7 deixam claro que existe um baixo nível de conhecimento sobre as grandezas
físicas e suas unidades, este facto também contribui para que estes nem conheçam na íntegra os múltiplos
e submúltiplos do comprimento.
Questão 9, 10, 11, e 12
Sabendo que um metro (1m) é equivalente a cem centímetros (100cm), diga quanto ira valer em
metros 250cm?
Sabendo que uma hora (1h) tem 60 minutos e 1 minuto tem 60 segundos, diga quantos segundos
tem meia hora?
Sabendo que 1kg equivale a 1000g, diga quantos quilogramas tem 350g?
Converta para o sistema internacional de unidades 35 centímetros de comprimento.
Estas questões tinham como objectivo, avaliar se os alunos sabem seguir os passos de resolução de um
exercício, assim como também desejava saber, ate que ponto eles conhecem a tradução de equivalências, o
equacionamento e extração do pedido, assim como as suas habilidades matemáticas.
interpretar e equacionar o pedido. Apenas 10% conseguiram responder correctamente a questão e esta
percentagem é bastante desencorajadora.
Esses dados mostram que a maior parte dos alunos tem dificuldade de nos procedimentos matemáticos
para variadas operações.
Fica claro nestas questões que a interpretação do problema/exercício/pedido, é uma das causas
doo fracasso, fracasso que pode em parte estar associado ao modo como este conteúdo foi
leccionado, portanto, não se pode ignorar a insuficiência de aparatos matemáticos que os alunos
demostraram.
45
Os resultados deixam claro que a causa O Fraco Domínio na Dedução de Unidade de Física para
Sistema Internacional, na 8ª classe da ESG3F-Alto Molócuè é um conjunto de factores,
destacando-se as excessivas abstrações usadas pelos professores durante a leccionação deste
conteúdo, pois de acordo com Mavanga (2008), a experimentação é a base para a compreensão de
qualquer fenómeno em física principalmente em classes iniciais. Um outro factor que merece
destaque é a interpretação linguística, isto é, existe uma dificuldade em sair da linguagem
corrente para a linguagem cientifica/matemática, facultando desde modo a interpretação dos
enunciados que lhe são colocados. Esta dificuldade é prevista por Gil (1988) como sendo
justificada pela falta de conhecimentos teóricos, por parte dos alunos, sobre os temas/conceitos e
leis que os problemas abordam e ao escasso domínio que eles têm sobre o aparato matemático
necessário para resolvê-los.
A má formação em leitura e escrita nas classes anteriores afecta tanto o rendimento dos alunos e
dos professores, pois é impossível ditar os apontamentos nesta classe, porque muito abaixo da
média dos alunos conseguem escrever e ler correctamente, e esse problema se estende até aos
cálculos matemáticos básicos que são necessários para resolver os exercícios.
Relativamente os erros típicos concebidos pelos alunos, ficou claro que a aplicação dos cálculos
matemáticos, é um dos principais contraste, tal facto que contribuiu para 29.5% dos submetidos
conseguissem interpretar o fenómeno ou equacionar, mas falhar no cálculo matemático. 39,5%
dos submetidos falharam na totalidade a questão, isto é, não puderam nem interpretar a questão.
Esses dados mostram que a maior parte dos alunos tem dificuldade de nos procedimentos
matemáticos para variadas operações.
Os resultados encontrados neste estudo vão de acordo com os pronunciados por PEDUZZI (1997) ao
afirmar que as causas de fracasso mais frequentemente apontadas por professores na resolução de
problemas de Física são:
Como se pode ver, em todas as questões os alunos totalmente certos, são poucos, o que revela
tamanha deficiência cognitiva nesta matéria por parte dos alunos. Também se nota que a uma
falta de domínio de procedimentos básicos para a resolução de uma problema físico e a isto é
adicionado a falta de domínio de aparatos matemáticos básicos. Esses factores estão em parte
ligados ao modo de lecionação deste conteúdo ou de colocação dos exercícios, pois se os
exercícios forem resolvidos numa perspectiva de investigação, estas mostraram ser atividades
didáticas adequadas para o tratamento deste conteúdo em Física, assim como para a aquisição de
técnicas e estratégias de resolução de exercícios/problemas adotados, possibilitando maior
exercitação oral e atitudinais (juízos, normas e valores).
47
Examinando os dados da analise de dados (capitulo IV) conjugados com as teorias definidas na
fundamentação teórica (capitulo II) levam as seguintes conclusões:
A maior parte dos alunos considera a resolução de problemas conducentes a Dedução de Unidade
de Física para Sistema Internacional é uma matéria difícil conforme as respostas dadas a questão
1 da análise e interpretação de dados. Os factos dos alunos temerem por um determinado
conteúdo condiciona a sua capacidade de compreensão. Entretanto, surge assim uma questão para
pesquisas posteriores: Quais as causas do medo encarado pelos alunos diante da resolução de
problemas conducentes Dedução de Unidade de Física para Sistema Internacional?
A assistência das aulas levou o autor a concluir que as estratégias utilizadas pelas professores
abrangidos pela pesquisa divergem entre se e das preconizadas pelos programa de ensino de
física da 8ª Classe e usam metodologias que o autor acredita não serem as mais adequada ao
PEA, originando deste modo a seguinte hipótese que pode ser aceite ou não por meio de uma
pesquisa experimental: as metodologias usadas pelos professores de física contribuem para as
dificuldades que os alunos da 8ª classe apresentam na resolução problemas conducentes Dedução
de Unidade de Física para Sistema Internacional.
O contacto directo com os alunos durante as assistências de aulas, transpareceram que os alunos
apresentavam fraco domínio na leitura. Tendo em conta que o saber ler ajudaria o aluno a
compreender o enunciado do problema, essa dificuldade dá origem a hipótese seguinte: a fraca
habilidade na leitura é um dos factores das dificuldades que os alunos da 8ª classe apresentam na
resolução problemas conducentes a Dedução de Unidade de Física para Sistema Internacional.
Os erros cometidos pelos alunos durante a resolução do questionário, revelam que a maior parte
deles tem dificuldades nas operações básicas. Sendo as operações básicas fundamentais para as
deduções de unidades em física, recai-se a seguinte hipótese: o fraco domínio das operações
básicas da matemática contribuem para as dificuldades que os alunos da 8ª classe apresentam na
resolução problemas conducentes Dedução de Unidade de Física para Sistema Internacional.
Apenas 24% dos alunos inqueridos afirmaram que os professores são a causa das dificuldades
que eles apresentam na resolução problemas conducentes a sistemas de duas equações lineares,
48
enquanto que 76% deles pensam de maneira diferente o que significa que para a maior parte deles
o professor não é a causa das dificuldades que apresentam.
Com base nas respostas da questão nº 5, conclui-se que os alunos apresentam dificuldades na
resolução de equações lineares simples. Este facto dificulta a resolução matemática de exercícios.
Sustentando o surgimento da seguinte hipótese: as dificuldades apresentadas pelos alunos na
resolução de equações lineares simples influenciam nas dificuldades que os alunos da 8ª classe
apresentam na resolução problemas físicos.
6.2. Sugestão
A partir destas observações, sugere-se que nas planificações haja um espaço cada vez maior para
atividades de Resolução de Problemas que se baseiam no tratamento de situações-problema
49
abertas e mais próximas da realidade, ao invés delas se restringirem unicamente aos exercícios
que exigem apenas a aplicação de algoritmos de resolução já decorados pelos alunos (atividades
repetitivas).
Ressaltamos que para trabalhar de forma adequada com a Resolução de Problemas no Ensino de
Ciências, particularmente de Física, não se pode abarcar todo o ensino sob esse enfoque. Temos
sempre que discutir qual é o melhor momento e/ou qual o assunto apropriado para realizarmos
uma atividade de Resolução de Problemas. Para que elas possam realmente contribuir para um
ensino e uma aprendizagem mais significativa dos alunos, devem ser incorporadas de forma
coerente e criteriosa nas planificações, de modo articulado com as demais atividades didáticas.
50
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Catarinense de Ensino de Física, Florianópolis/BRA, UFSC, v.14 n.3, p.229-253, 1997.
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52
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Vianna, D. M., Peduzzi, L. O. Q., Borges, O. N., Nardi, R. (Orgs.), Atas Do Viii Encontro De
Pesquisa Em Ensino De Física, São Paulo/Bra: Sbf.
53
Apêndice
54
Questão 1
Questão 2
No caso que as dificuldades existentes são causadas pelos professores?
Questão 3
Qual seria a possível causa da não resolução dos problemas conducentes a dedução ou
conversão de sistemas de unidade?
Questão 4.
Qual das seguintes afirmações abaixo, melhor define a medição de uma grandeza física?
A. Medir uma grandeza física é determinar, sem comparação, quantas vezes ela contém outro
intervalo qualquer espécie de grandeza, arbitrariamente escolhido como sendo unidade.
B. Medir uma grandeza física é determinar, por comparação, quantas vezes ela contém outro
intervalo qualquer espécie de grandeza, arbitrariamente escolhido como sendo unidade.
C. Medir uma grandeza física é determinar, por comparação, quantas vezes ela contém outro
intervalo daquela mesma espécie de grandeza, arbitrariamente escolhido como sendo unitário.
Questão 5
O que é o sistema internacional de unidade?
Questão 6.
Questão 7.
Faça corresponder as grandezas físicas com as suas respectivas unidades.
Grandezas Físicas Unidades no S.I
Comprimento (l) Segundo (s)
Tempo (t) Quilograma (kg)
Massa (m) Metro (m)
Questão 8
Usando as unidades do comprimento completa a sequência abaixo:
Quilômetro (km); Hectômetro (hm); ______________ (dam); Metro (m); ____________ (dm);
________________ (cm); Milímetro (mm).