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Severino João Domingos

Relatório de Estágio Pedagógico de Química


Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão Laboratorial

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
Severino João Domingos

Relatório de Estágio Pedagógico de Química

Relatório de Estagio Pedagógico de


Química a ser apresentado ao
Departamento de Ciências Naturais e
Matemática, Extensão de Cabo Delgado,
para fins da avaliação.

Supervisor: dr. Pedro Francisco

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
Índice
Lista de Símbolos e Abreviaturas .............................................................................................. iv

Índice de tabelas ......................................................................................................................... v

Dedicatória................................................................................................................................. vi

Agradecimento.......................................................................................................................... vii

Resumo ....................................................................................................................................viii

CAPITULO I .............................................................................................................................. 9

1. Introdução............................................................................................................................ 9

1.1. Objectivos do relatório .................................................................................................... 9

1.2. Fases da Prática e Estágio Pedagógico .......................................................................... 10

CAPITULO II ........................................................................................................................... 11

2. Desenvolvimento ............................................................................................................... 11

2.1. Etapas do Estágio Pedagógico de Química ................................................................... 11

2.1.1. Trabalho de campo ..................................................................................................... 11

2.1.2. Observação de aulas dos tutores e de colegas praticantes ......................................... 11

2.1.3. Participação em reuniões pedagógicas....................................................................... 11

2.1.4. Seminários ................................................................................................................. 12

4. Os métodos centrados no aluno ......................................................................................... 13

5. A aprendizagem cooperativa ............................................................................................. 14

2.2. OBSERVAÇÃO ............................................................................................................ 16

2.2.1.1. Distribuição ............................................................................................................ 17

2.2.2. Observação ................................................................................................................. 17

2.2.3. Breve Historial da Escola Secundária 15 de Outubro-Montepuez ............................ 18

2.2.4. Localização Geográfica da Escola ............................................................................. 19

2.2.4.1. Descrição e análise das aulas leccionadas pelo tutor ............................................. 19

2.2.4.2. Descrição e análise das aulas leccionadas pelo tutor ............................................. 20

2.2.4.3. Descrição e análise das aulas leccionadas pelo estagiário ..................................... 20

2.2.4.4. Análise do programa da classe e da dosificação elaborada pela escola ................. 21


2.2.4.5. Caracterização dos Alunos ..................................................................................... 22

2.2.4.6. Caracterização da escola observada ....................................................................... 22

2.2.4.7. Caracterização do Professor tutor .......................................................................... 23

2.2.4.8. Caracterização Física da sala de aula ..................................................................... 23

2.2.4.10. Aulas leccionadas ................................................................................................... 26

CAPITULO III ......................................................................................................................... 38

3. Dificuldades, Sugestões, Recomendações e Conclusão .................................................... 38

3.1. Dificuldades ................................................................................................................... 38

4. Conclusão .......................................................................................................................... 39

5. Referencias Bibliográficas ................................................................................................ 40

Anexos ................................................................................................................................... XLI

Apêndices ............................................................................................................................. XLII


iv

Lista de Símbolos e Abreviaturas

1. ACS– Avaliação e Controle Sistemático


2. AP – Avaliação Parcial
3. DAP: Director Adjunto Pedagógico;
4. EP: Estágio Pedagógico
5. EPQ: Estágio Pedagógico de Química;
6. ESG: Ensino Secundário Geral;
7. E.S. 15 de Outubro MTZ: Escola Secundária 15 de Outubro - Montepuez;
8. H: Homem;
9. HM: Homem/Mulher;
10. M: Mulher;
11. PEA – Processo de Ensino-Aprendizagem
12. PP´s: Práticas Pedagógicas;
13. UR: Universidade Rovuma.
v

Índice de tabelas
Tabela 1. Horário de Química, da 10ª Classe, turma A......................................................................... 17
Tabela 2. Horária da Escola .................................................................................................................. 17
vi

Dedicatória
Este relatório de Estágio pedagógico, endereço meu agradecimento especialmente ao meu pai
(João Domingos), aos meus irmãos e irmãs (João, Joaquim, Maurício, Ernesto, Domingos,
Emília, Josefina e Bertina), que depositaram a sua confiança em mim e com muito esforço e
sacrifício para que este trabalho fosse feito com sucesso, também têm estado me apoiado nos
maus e bons momentos da minha longa caminhada.
vii

Agradecimento

O autor deste relatório reconhece que seria muito difícil, quase impossível a realização deste
trabalho sem a devida colaboração de outras pessoas e entidades. De igual modo seria injusto
deixar este espaço num vazio, sem registar o devido agradecimento.

Agradecimentos profundos vão para o seu pai: João Domingos; aos seus irmãos: Bertina,
Domingos, Emília, Josefina, Ernesto, Joaquim e Maurício, que me apoiaram com paciência,
nos momentos bons e ruins.

Agradecimento especial ao seu supervisor Pedro Francisco pela assistência e sugestões das
actividades, desde o primeiro dia do Estagio Pedagógica de Química, até no final onde foi
feito este relatório. E como não devia deixar de ser, à UNIROVUMA, pela maneira generosa
que tem vindo a estimular actividade do estágio, levando os estudantes para estagiar nas
escolas. Agradece ao docente da cadeira Eduardo Priceiro, por ter lhe recebido com gentileza
e conselho, quando introduziu-se a cadeira do estágio.
viii

Resumo
O EPQ é uma actividade que visa preparar o estudante praticante, colocando-lhe a viver situações reais do PEA
de Química, para a futura vida profissional que é a prática docente. O trabalho de campo realizado na Escola
Secundária 15 de Outubro - Montepuez, em vista na aquisição conhecimentos, habilidades e experiência da
prática docente, durante o PEA, culminou com a compilação e produção deste relatório. O estágio teve início no
dia 24 de Maio de 2022 e previsto para terminar no dia 24 de Julho (2º trimestre do ano lectivo 2022, no ensino
secundário). A pertinência deste trabalho é o facto de relatar uma experiência prática que o estudante veio
assimilando durante o decurso da formação. No que diz respeito a metodologia usada para a concretização deste
relatório foi a consulta bibliográfica e a observação directa. Todavia, este trabalho está estruturado em elementos
pré˗textuais, introdução, desenvolvimento, conclusão, elementos pós˗textuais, assim como ditam as regras de
publicação de trabalho na UNIROVUMA.

Palavra-chave: EPQ; Prática docente; praticante e PEA.


9

CAPITULO I

1. Introdução

O presente relatório é da cadeira de EPQ leccionada por mestre Eduardo Priceiro. Neste trabalho
procurou-se fazer uma abordagem acompanhado de determinadas circunstâncias do decurso das
práticas pedagógicas, começando da fase pré-observação passando para a fase de leccionação de
aulas no campo até a compilação de dados para a formação de dados. O estágio realizou-se no
mês de Junho á Julho, tendo o foco a leccionação da disciplina de Química.

Este relatório de Estágio Pedagógico de Química, enquadra-se no âmbito de formação profissional de


professores na UNIROVUMA, com a finalidade de preparar o estudante praticante e colocando-o nas
situações reais do PEA, permitindo a integração dos conhecimentos teórico-práticos e actividade
docente, nos devidos termos como currículo contempla.

De acordo com MIALARET (1991) diz que:

O professor deve ter uma formação científico-académica, que diz respeito


ao conjunto de disciplinas teóricas de carácter científico que vão fornecer ao
futuro professor à competência de que ele necessita para administrar os
conteúdos dos programas de ensino do nível com que irá trabalhar. A
formação pedagógica diz respeito aos saberes necessários à uma prática
competente de leccionação por parte do professor, pois não lhe basta
conhecer todo o material científico que lhe é fornecido para dizer que é um
profissional competente.

1.1.Objectivos do relatório
Objectivo geral:

 Incluir progressivamente o estudante em contextos reais de ensino e aprendizagem de


ensino de Química.

Objectivos específicos:
 Promover a aquisição de habilidades e competências que possibilitem a intervenção, a
investigação e a prática de projectos pedagógicos no ensino da disciplina de Química;
 Descrever os aspectos observados e vivenciados durante o EPQ;
 Oferecer sugestões de maneira a contribuir para a melhoria da qualidade do PEA.

De acordo com DEMOS (2005), “ser Professor é cuidar para que o aluno aprenda.”. O fazer
com que alguém aprenda alguma coisa parte do acto de ensinar, que provêm da transmissão
de conhecimentos variados de um indivíduo para o outro. Mas já o cuidar apela a uma atitude
por parte de quem ensina, virada para a dedicação e para o empenho de quem ensina.
10

DIAS at al (2010), sustenta que:

Entre ensinar e educar existem aspectos comuns e aspectos distintos, e nós


pensamos que a valorização da tarefa do professor reside exactamente nesta
distinção. Se pensarmos que um dos principais agentes do processo
educativo é o professor, seria interessante reflectirmos sobre as principais
características que nos ajudam a construir um possível perfil do professor, do
educador.

1.2.Fases da Prática e Estágio Pedagógico


DIAS at al (2010) “as Práticas Profissionalizantes (Prática e Estágio Pedagógico) na formação
de professores, está organizada em quatro fases e acompanha em todo o percurso da formação
inicial de professores na UNIROVUMA”, respectivamente:

1. Prática Pedagógica Geral (com 80 horas, sendo 48 horas de contacto e 32 de estudo);


2. Prática Pedagógica de (uma certa disciplina) I (com);
3. Prática Pedagógica de (uma certa disciplina) II (com);
4. Estágio Pedagógico (com 200 horas, sendo 48 de contacto e 152 de estudo)

Metodologia do trabalho

Segundo GIL (1999) “metodologia é conjunto de regras empregadas no ensino de uma


ciência ou arte”. Para tala elaboração deste trabalho baseou-se no método bibliográfico o qual
consistiu na pesquisa exploratória e levantamento do material bibliográfico.

O autor do relatório esteve afecto na E.S. 15 de Outubro-MTZ, todavia, a observação directa


constituiu a principal técnica na recolha de dados no EPQ, depois de uma análise e
sistematização do mesmo no terreno, e a observação indirecta foi usada como instrumento de
análise documental, fichas de recolha de informações referentes.
11

CAPITULO II
2. Desenvolvimento
2.1.Etapas do Estágio Pedagógico de Química

Segundo DIAS et al (2010), “as principais etapas da prática pedagógica são: a pré-
observação, a observação, pós-observação e seminários”.

2.1.1. Trabalho de campo

DIAS et al (2010), “o Trabalho de Campo nas Práticas Pedagógicas pode ser realizado de
forma real”. Na forma real, o praticante desloca-se à Escola Integrada e trabalha em
ambientes escolares verdadeiros”. Na forma virtual, o praticante permanece na
UNIROVUMA e trabalha com filmagens de escolas, de aulas, com entrevistas aos vários
actores intervenientes no ambiente escolar.

2.1.2. Observação de aulas dos tutores e de colegas praticantes


O trabalho de campo iniciou em duas fases, nomeadamente: observação das aulas dos tutores
e dos colegas praticantes, na qual, a primeira consistiu na observação directa das aulas
leccionadas pelo professor da disciplina Elias Manuel, e a segunda fase consistiu na
observação das aulas leccionadas pelo estagiário, em aspectos técnicos e didácticos.

2.1.3. Participação em reuniões pedagógicas


Infelizmente, não pude participar em nenhuma reunião pedagógica, devido a ausência de
solicitação dos praticantes estagiários em reuniões marcadas pela direcção pedagógica.

Planificação e execução das aulas

“O exercício de qualquer profissão é prático, no sentido de que trata-se de aprender a fazer


“algo” ou “acção”. A profissão do professor é acima de tudo prática. O modo de aprender a
profissão, conforme a perspectiva da imitação, será com base da observação, imitação,
reprodução e às vezes, reelaboração dos modelos existentes na prática consagrada como bons”
(PIMENTA & LIMA, 2004).

As micro-aulas inserem-se numa perspectiva ampla de desenvolver nos praticantes


habilidades instrumentais, actividades de “saber fazer” indispensáveis à realização da prática
profissional do professor.

O processo de planificação das aulas foi feito pelo estudante praticante, foi um processo no
qual cada estudante era atribuído um tema específico de uma certa classe de ESG, com
12

mesmo podendo planificar para posterior dar uma micro-aula na sala de aula na presença do
docente da cadeira mestre Eduardo Priceiro, com objectivo de resolver possíveis dificuldades
detectadas para preparação do trabalho real de campo.

2.1.4. Seminários
O seminário é um método de estudo e actividade didáctica específica de cursos universitários.
“Os seminários pedagógicos são actividades planificadas, de intercâmbio, nas quais o
estudante praticante apresenta, individualmente ou em grupo, estudos efectuados sobre
determinado tema, com carácter psico-pedagógico e didáctico” (DIAS et al, 2010).

O seminário pedagógico é agendado pelo supervisor e decorre na UNIROVUMA ou na


Escola incluída. Podem participar nos seminários pedagógicos os intervenientes (supervisores,
estudantes e tutores) das Práticas Pedagógicas de uma determinada disciplina. (U.R.
Regulamento Académico, Artigo 46).

Os seminários são encontros de reflexão, discussão e problematização de vários assuntos, com


vista a estabelecer uma melhor articulação entre a teoria e a prática. Nas PP´s distinguimos
dois tipos de seminários: Seminários Práticos e Seminários Pedagógicos. Os Seminários
Práticos destinam-se a:

1. Promover a análise crítica e discussão do Trabalho de Campo em desenvolvimento na


escola relativo à observação da escola, das aulas e de todas outras situações pedagógicas
que exijam reflexão e intervenção.

2. Planificar e organizar o Trabalho de Campo;

Nesta fase abordaram-se alguns temas com vista a preparar o praticante estagiário na
eficiência do seu posterior trabalho, resumidamente, foram:

3. Desafios de um professor
 Falta de tempo para actividades pessoais do professor

Recebendo, em geral, um baixo salário, somado à desvalorização da carreira, os professores


procuram por estratégias que visam manter o custo de vida - cada vez mais alto no Brasil.
Assim, muitos preferem aumentar seus turnos de trabalho ou assumir funções extras (como
coordenação e outros cargos administrativos), o que leva a uma maior dificuldade do
professor em conciliar suas actividades pessoais e profissionais, influenciando negativamente
o quotidiano da sala de aula.
13

 Lidar com diferentes perfis ao longo de toda trajectória profissional

O professor deve lidar com alunos de vários estilos: desinteressados, desmotivados,


despreocupados, irresponsáveis, tímidos, distraídos, impacientes, etc. Contudo, deve saber
estimular a curiosidade de cada um deles ao longo de toda sua trajectória profissional e
motivá-los, para que suas turmas tenham maior engajamento na realização de actividades e
maior participação durante as aulas.

 Identificar, compreender e reparar as dificuldades encontradas pelos alunos

De forma a ser um bom guião na busca pelo conhecimento, o professor deve saber identificar,
compreender e auxiliar seus alunos em relação às suas dificuldades, pois elas representam
grandes desmotivadores e contribuem para o baixo rendimento escolar. Assim, saber
exactamente onde os alunos estão com problemas, facilita na divisão e na realização de
intervenções pedagógicas e consequentemente, no aprimoramento do processo pedagógico.

 Realizar actividades diversas

Como cada aluno é único e apresenta competências e dificuldades específicas e diversas, o


educador também deve juntar os conteúdos a serem passados por meio de actividades
variadas, atendendo às necessidades de todos.

 Disputar a atenção dos alunos com o celular

Um grande desafio em sala de aula nos últimos anos tem sido o acesso crescente e facilitado
dos alunos às múltiplas tecnologias. Saber desviar o foco do aluno do celular para as aulas,
segurar sua atenção e conduzir uma apresentação suficientemente atractiva para que as telas
coloridas e dinâmicas das tabletes e smartphones não sejam mais interessantes que a aula é
uma tarefa que exige muito esforço do professor.

4. Os métodos centrados no aluno


 O método expositivo

Segundo Marcheti na aula expositiva, como o próprio nome diz, o foco está na exposição,
feita por pessoas que tenham um conhecimento satisfatório sobre o assunto, e por isso, pode
ocorrer o negligenciamento da importância do interesse e da atenção do aluno (citado por Leal
e Júnior, 2006: 97). Para Kuethe uma aula expositiva é uma apresentação verbal, pelo
professor, do conteúdo a ser aprendido (ibidem). Na opinião de Gil, consiste numa
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predilecção verbal utilizada pelos professores com o objectivo de transmitir informações aos
seus alunos.

 O método construtivista
O papel do professor na sala de aula é extremamente importante na implementação de um
ensino construtivista, pois ao contrário do que se pensa, o professor construtivista não tem um
papel passivo dentro da sala de aula, assume sim um papel de mediador e facilitador na
aprendizagem dos alunos.

Se o ensino construtivista tem como base a premissa de que o aluno é o agente da sua própria
formação, uma das grandes vantagens deste método é a autonomia que é concedida ao aluno
na sala de aula, ele é visto como um agente activo na construção da sua aprendizagem. O
aluno é considerado um agente activo se esforçar por seleccionar informação importante,
organizá-la coerentemente e integrá-la noutros conhecimentos que já possua e que lhe são
familiares (2001).

 Método de trabalho independente

O método de trabalho independente caracteriza-se por uma maior actividade visível dos
alunos, individualmente ou em grupo. É por isso que a auto-actividade e a independência
experimentam aqui sua máxima expressão, uma vez que o método de trabalho independente
consiste de tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de
modo relativamente independente e criador. Jessipow cita duas características do trabalho
independente dos alunos:

 É uma tarefa posta pelo professor dentro dum tempo razoável para que os alunos possam
soluciona –la ;
 É uma necessidade resultante da tarefa que têm o (s) aluno (s) de buscar e tomar as
melhores vias para sua solução, pondo em tensão suas forças.

5. A aprendizagem cooperativa
A aprendizagem cooperativa é definida como um conjunto de técnicas de ensino em que os
alunos trabalham em pequenos grupos e se ajudam mutuamente, discutindo a resolução de
problemas facilitando a compreensão do conteúdo. Todas as actividades são estruturadas pelo
professor que acompanha e estabelece os comportamentos desejados para os alunos no
desenvolvimento da aula. Essa estratégia permitiu aos estudantes interagirem com os colegas
e com o professor, possibilita também o ganho de autonomia e de responsabilidade para tomar
15

decisões no desenvolver das actividades em sala de aula. A baixo está descritas algumas das
vantagens dessa metodologia.

 Estimula e desenvolve habilidades sociais;


 Cria um sistema de apoio social mais forte;
 Encoraja a responsabilidade pelo outro;
 Encoraja os estudantes a se preocupar uns com os outros;
 Cria uma relação positiva entre alunos e professores;
 Cria um ambiente activo e investigativo.

Elementos básicos da aprendizagem cooperativa

Segundo, Johnson & Johnson (1999 a) para que a aprendizagem seja cooperativa é necessário
que se verifiquem as seguintes características específicas que não actuam isoladamente, mas
são interdependentes.

 A interdependência positiva

Caracteriza-se por um sentido de dependência mútua que se cria entre os alunos da célula e
que pode conseguir-se através da implementação de estratégias específicas de realização,
onde se incluem a divisão de tarefas de diferenciação de papéis, atribuição de recompensas,
estabelecimento de objectivos comuns para todo a célula e realização de um único produto
(Marreiros, 2001) Johnson & Johnson (1999 a), referem ainda que a interdependência positiva
cria um compromisso com o sucesso de outras pessoas, para além do seu próprio sucesso, o
qual é a base da Aprendizagem Cooperativa.

 Responsabilidade individual
O segundo elemento essencial da aprendizagem é a responsabilidade pessoal e o
compromisso individual. Cada célula deve sentir-se responsável pelas aprendizagens definidas
para essa célula, e cada membro será responsável pela tarefa que lhe foi atribuída. Ninguém
pode aproveitar o trabalho dos outros. A responsabilidade individual implica que cada
estudante da célula seja avaliado e que a célula saiba que a sua avaliação é o resultado dessas
avaliações individuais. A finalidade das células de Aprendizagem Cooperativa é que os
estudantes aprendam
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 Interacção frente a frente permitindo


O terceiro elemento da Aprendizagem Cooperativa é a interacção frente-a-rente ou cara-a-
cara a qual se caracteriza por manter os alunos numa situação física permitindo que cada um
esteja frente a frente com os outros e assim, os diferentes estudantes se encorajem e facilitem
os esforços de cada um de modo a alcançarem os esforços da célula (MARREIROS, 2001).

 Desenvolvimento de competências interpessoais e grupais


O quarto componente da Aprendizagem Cooperativa consiste em ensinar aos estudantes
algumas competências sociais e grupais. Os estudantes, tal como necessitam de aprender os
conteúdos académicos, também necessitam de aprender as competências sociais necessárias
para funcionar como parte de uma célula cooperativa.

 Avaliação do processo do trabalho da célula


O quinto e último elemento da aprendizagem cooperativa é a avaliação grupal. JOHNSON &
JOHNSON (1999 a) referem que esta avaliação ocorre quando os estudantes da célula
analisam em que medida os objectivos da célula estão sendo alcançados, tendo em conta as
regras definidas. Devem ainda determinar quais as atitudes positivas e negativas e quais as
condutas que a célula deve manter ou modificar.

2.2.OBSERVAÇÃO
ALARCÃO & TAVARES (2003) afirma que no contexto escolar, a observação é “o conjunto
de actividades destinadas a obter dados e informações sobre o que se passa no processo de
ensino/aprendizagem com a finalidade de, mais tarde, proceder a uma análise do processo
numa ou noutra das variáveis em foco”.

Pré-observação
Esta fase deu-se logo no início das actividades lectivas da cadeira de Estágio Pedagógico de
Química ao nível da faculdade, onde a docente descreveu o que seria Estágio Pedagógico de
Química, os conteúdos, objectivos, avaliação e como deveria decorrer a prática do Estágio
Pedagógico de Química.

Para além disso, a docente orientou como devem ser elaborados os planos de aulas. E orientou
ainda as micro-aulas apresentadas pelos estudantes na sala de aulas como forma de
aperfeiçoar a prática docente. Mas devido o elevado número de estudantes não foi possível a
apresentação das micro-aulas por parte de todos estudantes.
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2.2.1.1. Distribuição
Nesta fase, houve a distribuição de classes, turmas, turnos e horários aos praticantes,
particularmente, o praticante deste relatório foi lhe concebido a seguinte alocação:

Tabela 1. Horário de Química, da 10ª Classe, turma A

Horas Tempo Dias de semana


lectivo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira
17:30 - 18:15 1º

16:40 - 17:25 2º

Fonte: Sector pedagógico da E.S. 15 de Outubro - MTZ-2022.

Tabela 2. Horária da Escola

Tempo Manhã Tarde Noite


Concentração 06:15 11:20 16:25
1º 06:30 - 07:15 11:35 - 12:20 16:40 - 17:25
2º 07:20 - 08:05 12:25 - 13:10 17:30 - 18:15
3º 08:10 - 08:55 13:15 - 14:00 18:20 - 19:05
4º 09:00 - 09:45 14:05 - 14:50 19:10 - 19:55
5º 09:50 - 10:35 14:55 - 15:40 20:00 - 20:45
6º 10:40 - 11:25 15:45 - 16:30 20:50 - 21:35
Fonte: Sector pedagógico da E.S. 15 de Outubro - MTZ-2022.

2.2.2. Observação
Segundo DIAS, et al. (2010), “A observação das aulas vai permitir ao praticante conhecer
situações concretas de ensino e aprendizagem, verificando, por exemplo, como é que os
professores fazem a gestão do tempo de aula, como se controla a disciplina na sala de aula,
como se usa o material didáctico, etc.”.

Nesta fase, consistiu na observação de aulas leccionadas pelo tutor; e na observação de alguns
outros aspectos durante a leccionação de aulas por parte do autor deste relatório.

O objectivo principal da observação foi de querer ganhar experiência de forma directa, em


relação a actividade e o perfil do professor na sala de aula, tanto como acontece o processo de
ensino e aprendizagem (PEA) na disciplina de Química ao nível do ESG, a registar todos os
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procedimentos do decurso das aulas, que dentre os quais, a função didáctica, as metodologias
usadas pelo professor, a interacção entre o professor e o aluno, entre outros procedimentos.

2.2.3. Breve Historial da Escola Secundária 15 de Outubro-Montepuez


No âmbito da fundação da Frelimo, a 25 de Junho de 1962, inicia uma nova fase da longa
resistência do povo moçambicano, a dominação colonial portuguesa. A Frelimo desencadeou
a preparação da luta armada de libertação de Moçambique, mobilizando as forcas internas e
externas. Na sequência disso, os portugueses utilizava varias estratégias com vista a impedir a
expansão da Frelimo em todo território moçambicano, e uma delas utilizadas foi a
perseguição dos régulos que iam aderindo a Frelimo.

No caso concreto no conselho Circunscrição de Montepuez, os régulos que aderiam a Frelimo


foram: Regulo Thomas, Regulo Mualia, Regulo Gulue, Ancião Metiquita, Ancião Gingore e
Ancião Nipicha, assim identificados foram presos na cadeia do conselho de circunscrição de
Montepuez, o governador do distrito de Porto Amélia, actual província de cabo delgado
ordenou o assassinato de 4 prisioneiros.

Em cumprimento desta ordem foi convidado o regulo Megama, o representante dos régulos
do distrito de porto Amélia, soldados fuzileiros que saíram do porto Amélia no dia 14 de
Outubro de 1964, usando a via de Mocimboa da Montanha chegou até no local de fuzilamento
no monte Natari, passando toda noite. No dia seguinte 15 de Outubro do mesmo ano chegou a
delegação do distrito para assistir o acto de fuzilamento dos régulos em causa.

Os 4 foram fuzilados obedecendo as seguintes sequência: 1º O régulo Thomas; 2º Ancião


Metiquita; 3º Ancião Gingore; 4º O régulo Mualia.

Para o régulo Mualia foi disparado 7 vezes mas a arma apenas saia água, tanta insistência para
a sua morte, o régulo Megama interviu pedindo para que aceitasse a morte pela causa da
pátria. Por sua vez o régulo Mualia pediu a oportunidade para fazer uma oração muçulmana e
depois desta, aceitou a morte mas foi a baioneta.

A Escola secundária 15 de Outubro é uma escola nova que se foi inaugurada por Sua
Excelência Dr. Zeferino de Andrade Alexandre Martins na altura era o Ministro de Educação,
no dia 09 de Abril de 2010. O seu funcionamento foi a partir da data 11de Maio de 2010 com
transferência da direcção da escola secundária de Montepuez, alguns professores e alunos do
2º ciclo (11ª e 12ª classe) de ambos turnos.
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2.2.4. Localização Geográfica da Escola


Escola Secundaria 15 de Outubro, localizado geograficamente no distrito de Montepuez,
província de Cabo Delgado, no Norte da cidade de Montepuez, Bairro de N’koripo-Niuhula
fazendo fronteira a Sul e Oeste pela zona residencial do Bairro com o mesmo nome, esta na
escola Industrial, sudeste pelo posto médico, norte pelas instalações do Instituto de formação
de professores (IFP). Esta escola dista a três quilómetros e oitocentos metros (3.800 km) do
centro da cidade, estando na margem direita da estrada que da acesso a escola. A mesma
estrada prolonga até as instalações dos Campus Universitários da UniRovuma. A escola foi
inaugurada do dia 09 de Abril de 2010 por sua excelência Zeferino de Andrade Alexandre
Martins e entrou em funcionamento em Maio do mesmo ano.

2.2.4.1. Descrição e análise das aulas leccionadas pelo tutor


O autor do presente relatório assistiu uma aula, segundo o número de aulas recomendadas no
mínimo para o estagiário assistir antes de ter a turma.

As aulas observadas decorreram no dia 10 de Junho, no 1o tempo, que vai de 16:40 até 17:15,
no turno da Noite, de acordo com o horário em funcionamento daquela instituição, do mês de
Junho do ano 2022, na 10a classe, turma A. A sala apresentava boas condições de higiene, boa
apresentação do professor e os alunos, um número de alunos que permitia a circulação do
professor na sala de aulas. E o professor juntava o material necessário básico para a
leccionação, nesse caso, bata, plano de aula e entre outro.

Logo no início da aula, o professor situou aos alunos por onde teriam parado na última aula
para poder fazer uma ligação com o conteúdo actual. Todavia, ele introduziu a aula falando de
Alcanos: - Conceito, Fórmula geral. Série homóloga e radicais derivados dos alcanos.

Fez a marcação de presenças e ter feito um breve resumo em conjunto com os alunos, colocou
o tema do dia, explicou e seguidamente passou a ditar os apontamentos. Após a mediação do
conteúdo da aula, não fez-se a consolidação e nem controlo.

Em relação a linguagem usada pelo professor foi clara, acessível ao nível dos alunos,
perguntou dúvidas e os alunos não colocaram as dúvidas, o tema da aula foi claramente
indicado aos alunos, tinha plano de aula, sendo que a aula leccionada correspondia à do
programa de ensino, teve o bom uso do quadro de giz, para além do alto domínio científico e
excelência da qualidade de aula que ele apresentou, com vista ao bom rendimento pedagógico
uma vez bem assimilada a sua aula por parte dos alunos.
20

Ao longo do decorrer da aula, a motivação fazia parte, relacionando o tema com o quotidiano
do aluno. A consolidação consistia na busca do saber dos alunos, por método de elaboração
conjunta em diálogo para controlar os conhecimentos adquiridos.

No final da aula o tutor, apresentou o praticante estagiário a turma e vice-versa e fez a entrega
da turma ao mesmo, dando-o algumas orientações de como trabalhar com a turma assim como
o conteúdo na qual devia dar continuidade. O tutor mostrou sempre a disponível, um espírito
de pedagogo com alto grau de competências no ponto de vista profissional.

2.2.4.2.Descrição e análise das aulas leccionadas pelo tutor


O autor do deste relatório, assistiu uma aula do tutor da 10ª classe, curso nocturno, a
assistência da mesma aula não foi de carácter avaliativa e nem de forma surpreendente, pelo
que, foi do conhecimento e autorização do tutor.

A aula observada decorreu no dia 10 de Junho, no 1o tempo, que vai de 16:40 até 17:25, no
turno da noite, de acordo com o horário em funcionamento naquela instituição, do mês de
Junho do ano 2022, na 10a classe, turma A. A sala apresentava em boas condições de higiene,
boa apresentação do professor e os alunos, um número de alunos que permitia a circulação do
professor na sala de aulas. E o professor possuía o material necessário básico para a
leccionação, que é: bata, plano de aula, entre outro. Portanto, o professor mostrava domínio
do conteúdo leccionado, e deste modo, a aula decorreu muito bem, havia interacção entre o
professor e os alunos.

2.2.4.3. Descrição e análise das aulas leccionadas pelo estagiário


O autor do deste relatório, foi assistido três aulas pelo supervisor, onde estava dar aula da 10ª
classe, curso nocturno, a assistência da mesma aula foi de carácter avaliativa e nem de forma
surpreendente, pelo que, foi do conhecimento do estagiário.

A primeira aula observada decorreu no dia 21 de Junho de 2022, no 2o tempo, que vai de
17:30 até 18:15 min, no turno da noite, de acordo com o horário em funcionamento naquela
instituição, na 10a classe, turma A. A sala apresentava em boas condições de higiene, boa
apresentação do professor e dos alunos, um número de alunos que permitia a circulação do
professor na sala de aula. E o professor possuía o material necessário básico para a
leccionação, que é: bata, plano de aula, entre outro. Portanto, o professor estagiário mostrava
domínio do conteúdo leccionado, mas teve algumas dificuldades que foi observada pelo
supervisor que são: teve problema de organizar o conteúdo no quadro, onde escrevia não
21

chegava em baixo do quadro, também não actuava em torno da turma. E deste modo, a aula
não decorreu bem, não havia interacção entre o professor e os alunos.

A segunda aula observada decorreu no dia 28 de Junho de 2022, no 2o tempo, que vai de
17:30 até 18:15 min, no turno da noite, de acordo com o horário em funcionamento naquela
instituição, na 10a classe, turma A. A sala apresentava em boas condições de higiene, boa
apresentação do professor e dos alunos, um número de alunos que permitia a circulação do
professor na sala de aula. E o professor possuía o material necessário básico para a
leccionação, que é: bata, plano de aula, entre outro. Portanto, o professor estagiário mostrava
domínio do conteúdo leccionado, mas teve algumas dificuldades diferente da aula anterior,
que foi observada pelo supervisor que havia constatado falta de estratégias para explicar e
demonstrar no quadro na sala de aula e teve dificuldade em termo de expressões, não falava
tudo que foi tratado com seus próprios nomes. E deste modo, a aula decorreu bem, havia
interacção entre o professor e os alunos.

A terceira aula observada decorreu no dia 05 de Julho de 2022, no 2o tempo, que vai de 17:30
até 18:15 min, no turno da noite, de acordo com o horário em funcionamento naquela
instituição, na 10a classe, turma A. A sala apresentava em boas condições de higiene, boa
apresentação do professor e dos alunos, um número de alunos que permitia a circulação do
professor na sala de aula. E o professor possuía o material necessário básico para a
leccionação, que é: bata, plano de aula, entre outro. Portanto, o professor estagiário mostrava
domínio do conteúdo leccionado, mas teve algumas dificuldades, diferente da aula anterior,
que foi observada pelo supervisor que havia constatado falta de estratégias na explicação. E
deste modo, a aula decorreu bem, havia interacção entre o professor e os alunos.

2.2.4.4.Análise do programa da classe e da dosificação elaborada pela escola


Um dos primeiros documentos que o autor do relatório não lhe foi concebido pelo tutor após a
doação da turma na qual frequentava e realizava a sua actividade docência foi a dosificação
anual (plano analítico de Química, 10ª classe) elaborada pela escola em consonância com a
Direcção provincial de educação e Desenvolvimento Humano.

Os conteúdos que foi dado pelo professor estagiário foram plasmados no Programa de Ensino
de Química da 10ª classe, portanto, o aspecto constatado pelo autor do relatório foi o facto de
que sem a dosificação havia algumas dificuldades ao extrair os conteúdos que no PEQ 10ª
classe continha, sendo que o mesmo, o tutor orientava ao praticante estagiário para que
pudesse planificar bem as aulas, assim podendo servir de conteúdo para leccionar, e outro
aspecto.
22

2.2.4.5. Caracterização dos Alunos


Em sua maioria, os alunos da 10a Classe, turma A, são constituídos por jovens. Todos eles
falam a língua portuguesa como oficial, falando-se Macua e outras línguas como primeira
língua-L1.

Em relação ao número de alunos e a faixa etária dos mesmos, a turma é composta por 78
alunos sendo, 38 mulheres contra 40 homens, com idades compreendidas entre os 18 a 28
anos.

Alguns alunos eram alunos a tempo inteiro, isto é, não tinham outra ocupação fora da escola e
dos trabalhos domésticos que realizavam nas suas casas. Os alunos eram provenientes de
bairros da cidade municipal de Montepuez.

No que diz respeito ao comportamento, durante o estágio, apesar de maioria ter-se verificado
um bom comportamento poucos alunos tomaram comportamentos adversos ligeiros,
merecendo uma intervenção ou tomada de medidas imediata, verificou-se uma boa relação
entre o professor e os alunos.

Quanto a organização, a turma está bem organizada e obedece a seguinte estrutura


hierárquica: Director de turma (Elias Manuel); Chefe de turma (Juma Baltazar Alberto) e o
seu adjunto chefe (Ana Augusto); Chefe de higiene (Suzana Francisco); chefe do desporto
(Sufo Eusébio) e Chefe da informação (Inácio Adelino).

2.2.4.6. Caracterização da escola observada


A Escola Secundária 15 de Outubro, tem as suas instalações de alvenaria e funciona com um
total de 10 salas de aulas. A escola é constituída por 8 blocos os quais comportam as 10 salas
de aulas, 1 secretaria que tem 5 gabinetes administrativos, 1 biblioteca que está em
funcionamento, 1 laboratório comum para todas as disciplinas das ciências naturais, 1 sala de
informática com 16 computadores, 1 papelaria que esta em funcionamento pela falta de
material, 1 posto médico que não está em funcionamento, 1 sala dos professores, 1 gabinete
do núcleo ante DTS/SIDA, 1 cantina escolar, 1 oficina, 1 armazém e 10 casas de banho das
quais 6 para os alunos, sendo 3 femininos e 3 masculinos e ainda 4 casas para os professores,
sendo 2 femininos e 2 masculinos. A escola não possui pisos, e o acesso aos blocos é
facilitado através de rampas que se encontram no início e no fim de cada passeio.

A escola possui uma área desportiva com condições para a prática do futebol e várias
actividades que requerem um espaço cómodo, possui 7 pátios enormes para o recreio. Possui
23

ainda um internato o qual por razões de força maior não foi possível confirmar o número de
quartos e conta com 7 residências das quais 6 são dos professores.

2.2.4.7. Caracterização do Professor tutor


“O professor é aquele que exerce uma actividade profissional de natureza pública (a
sociedade), uma prática partilhada que tem dimensão pessoal e colectiva implicando
autonomia e responsabilidade”. (BICUDO & SILVA, 1999).

Segundo MIALARET (1991) “o professor deve ter uma formação científica académica, que
diz respeito ao conjunto de disciplinas teóricas de carácter científico que vão fornecer ao
futuro professor a competência de que ele necessita para gerir os conteúdos dos programas de
ensino do nível com que ira trabalhar”.

Consoante as citações acima colocadas o Professor Elias Manuel, tem formação


psicopedagógica do nível superior, com experiência de trabalho, sendo falante da língua
portuguesa, macua, de nacionalidade moçambicana, actualmente vive no bairro de Ncoripo,
arredores da cidade municipal de Montepuez, altura média, corpo normal e pele escura. Tem
qualidades profissionais exigidas tais como: assiduidade, pontualidade, cumprimento de
normas, disponibilidade e respeito pelo próximo.

2.2.4.8. Caracterização Física da sala de aula

De acordo com PIMENTA e LIMA (2004:156) “a sala de aulas é um espaço social de


organização do processo de ensino, é o lugar de encontro entre professores e alunos com suas
histórias de vida, das possibilidades de ensino e aprendizagem, da construção do
conhecimento partilhado”.

“A organização de uma sala deve possuir carteiras para todos os alunos, organizados em filas,
distanciadas a meio metro. As turmas devem estar de acordo com as idades e composta por 35
a 40 alunos para permitir boa assimilação e acompanhamento na leccionação”. (PROENÇA,
1989).

A sala número 7 da E.S. 15 de Outubro-MTZ., apresenta condições aceitáveis para o


desenvolvimento da actividade educativa. E está equipada de mobiliário suficiente para todos
os utilizadores. Tem uma porta em boas condições e janelas que garantem um bom
arejamento e iluminação normal. Quanto ao aspecto de higiene, a sala de aula apresentava-se
sempre limpa.
24

2.2.4.9. Estrutura e organização das aulas

Objectivos

De acordo com PILLETI (2004) “O objectivo é a transformação das orientações estratégicas


(funções, finalidades) em resultados pré-concebidos e concreto-operacionalizados.”
No cumprimento das actividades de o praticante foi lhe incumbido exercer, parte do trabalho
foi possível de executar a partir de objectivos que o praticante em coordenação com o
dispositivo legal (PEQ 10ª classe) definiu logo no inicio da cada actividade, e, de salientar
que, quase todos os objectivos traçados, satisfatoriamente foram alcançados.

Conteúdos
De acordo com LIBÂNEO (2006), “conteúdo é o conjunto de conhecimentos, habilidades,
hábitos, modos valorativos e atitudes de actuação social, organizados pedagógica e
didacticamente, tendo em vista a assimilação activa e a aplicação pelos alunos na sua prática
de vida.”

Os conteúdos leccionados passaram por um processo de selecção e organização dos mesmos e


foram organizados pedagógico e didacticamente, tendo em vista alguns princípios como:
interdisciplinaridade, componentes sociais e ecológicos, a situação económica do país,
aplicabilidade dos conhecimentos na vida prática, consideração de aspectos históricos e de
hierarquia dos conteúdos.

Métodos
Para NERICI (1989) “método é um conjunto de caminhos percorrido para alcançar-se um
determinado fim ou objectivo”.
De acordo com os métodos usados na realização das actividades que o autor foi incumbido a
executar, fora devidamente adequados, pelo que, a partir dos mesmos foi possível alcançar os
objectivos pré-definidos inicialmente de cada actividade (caso especifico do método de
elaboração conjunta).

Meios

No pensar de LIBÂNEO (2006), “meios de ensino designamos todos os meios e recursos


materiais utilizados pelo professor, pelos alunos para a organização e condução metódica do
processo de ensino e aprendizagem”.

No âmbito da realização das actividades responsabilizadas houve falta de meios que


pudessem possibilitar a melhor compreensão dos conteúdos programados, mas graças às
25

habilidades e competências do praticante adquiridas durante a sua formação foi possível


recompensar tais lacunas substituindo os meios convencionais com os de fáceis acessos
localmente disponíveis.

Avaliação

Na óptica de PILETT, (2004) “avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é um meio que
permite verificar até que níveis os objectivos estão sendo alcançados, identificando os alunos
que necessitam de atenção individual e reformulando o trabalho com adopção de
procedimentos que possibilitam sanar as dificuldades.”
No caso da disciplina de Química 10ª classe turma F, o praticante usou as avaliações
diagnósticas, formativa e somativas

Pós-Observação

Durante as actividades de EPQ na escola integrada, verificou-se uma colaboração constante


com a direcção da escola no geral, tendo oportunidade de participar em um encontro e em
uma reunião, sendo convocadas por grupo de disciplina.

Planificação e Execução das Aulas

DIAS at al (2010) “O plano é um projecto, uma idealização da aula. A realização de uma aula
seja qual for a sua dimensão e perspectiva não dispensa a planificação. Este facto também é
importante em todos os outros aspectos da vida social”.

O processo de planificação das aulas foi feito pelo estagiário da 10ª classe, turma A em
coordenação com supervisor, onde o supervisor corrigia os erros que ele constatava durante a
planificação, mas também o esclarecimento de dúvidas que supervisor prestava ajudou
bastante para perceber como planificar as aulas.

Todos os planos foram apresentados ao supervisor e ao tutor no mínimo 24 horas e em


algumas vezes 12 horas antes do dia da leccionação para a sua correcção e melhoramento para
posterior a execução das aulas.
26

2.2.4.10. Aulas leccionadas


 AULA 1: Nomenclatura dos alcanos (14 de Junho de 2022), nesta aula tratou-se de:

Nomenclatura Oficial ou IUPAC (União Internacional da Química Pura e Aplicada)


Nomenclatura IUPAC com cadeia normal
Para nomear alcano com cadeia normal, usa-se o prefixo que indica o número de átomos de
carbono pertencentes a cadeia principal e sufixo “ano” que indica a característica da função
química do composto orgânico.

Nome IUPAC: Prefixo + terminação (ano)

No de Átomo Prefixo Fórmula Sufixo Nome do


do Carbono Molecular Alcano
1 Met CH4 ano Metano
2 Et C2H6 ano Etano
3 Prop C3H8 ano Propano
4 But C4H10 ano Butano
5 Pent C5H12 ano Pentano
6 Hex C6H14 ano Hexano
7 Hept C7H16 ano Heptano
8 Oct C8H18 ano Octano
9 Non C9H20 ano Nonano
10 Dec C10H22 ano Decano
NB.: Para os compostos com mais de três átomos pode-se colocar a letra “n” a anteceder o
nome. O “n” refere-se à cadeia “normal”.

Radicais alquil
Radicais alquil. São derivados dos alcanos, que apresenta menos um átomo de hidrogénio.

A terminação dos nomes dos radicais é “ il”.


Nome do Radical: prefixo + terminação (il)

No de Átomo do Prefixo Fórmula Molecular Nome do Radical


Carbono
1 Met CH3- Metil
2 Et C2H5- Etil
3 Prop CH3-CH2-CH2- Propil
H3C CH CH3
3 Isoprop Iso-propil
H
4 But CH3-CH2-CH2-CH2- Butil
CH3

4 Tercbut H3C C CH3 Tercbutil


H
NB:

 O prefixo “Iso” é aplicado quando temos dois radicais metil;


 Termo “Terc ou tercio” Quando o Hidrogénio retirado for do carbono terciário.
27

 AULA 2: Isomeria dos alcanos (21 de Junho de 2022), nesta aula tratou-se de:
Conceito de isomeria
A palavra isomeria provém do latim e significa: “partes iguais” (Iso = igual) e (meros =
partes)

Isomeria é o fenómeno pelo qual dois ou mais compostos orgânicos apresentam mesma
fórmula molecular mas com fórmulas estruturais ou racionais diferentes.

Tipos de Isomerias dos Alcanos


Isomeria de cadeia

Os alcanos apresentam dois tipos de Isomeria

Isomeria de posição

Isomeria de cadeia é aquela onde os isómeros têm tipos de cadeias diferentes.

Ex: C4H10
CH3
H3C CH2 CH2 CH3 H3C CH CH3
1 2 3 4 1 2 3
Butano (Cadeia normal) 2-metilpropano (Cadeia ramificada)

Isomeria de posição ocorre quando os isómeros têm a mesma cadeia carbónica ramificada,
mas diferem pela posição de radicais.

Ex: C6H14

CH3 CH3

H3C CH CH2 CH2 CH3 H3C CH2 CH CH2 CH3


1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
2-metilpentano 3-metilpentano

 AULA 3: Propriedades dos alcanos (28 de Junho de 2022), nesta aula tratou-se de:
Propriedades dos alcanos

Propriedades Físicas dos alcanos

 De C1 (metano) até C4 (butano) são gases inodoros;


 De C5 (pentano) até C15 (penta decano) são líquidos com cheiro característico;
 De C16 (hexa decano) em diante são sólidos inodoros;
 Os alcanos são apolares, insolúveis em água, solúveis em solventes orgânicos, menos
densos do que a água, poucos reactivos, com pontos de ebulição e de fusão baixos…
28

Propriedades químicas dos Alcanos

Reacção de Substituição

 A reacção que caracteriza os alcanos chama-se Reacção de Substituição.

Na substituição dos átomos de hidrogénio na molécula dos alcanos obedece à regra de


Markovnikov, que diz:

“Em Reacções de Substituição, será substituído o hidrogénio ligado ao carbono menos


hidrogenado da cadeia”.

a) Reacção de Halogenação, substitui-se o hidrogénio por um halogéneo (F, Cl, Br e I).

Ex: reacção de cloração de propano

H3C CH CH3 + Cl2 H3C CH CH3 + HCl


H Cl
Propano 2-cloropropano

b)Reacção de Nitração, substitui-se o hidrogénio por um grupo nitro (-NO2) proveniente do


ácido nítrico (HNO3 ou HONO2).

Ex: Nitração de butano

H3C CH CH2 CH3 + HO-NO2 H3C CH CH2 CH3 + HO-H


H NO2
butano
2-nitrobutano

c) Reacção de Sulfonação, substitui-se o hidrogénio por um grupo sulfónico (-SO3H),


proveniente do ácido sulfúrico (H2SO4 ou HO-SO3H).

Ex: Sulfonação de propano

H3C CH CH3 + HO-SO3H H3C CH CH3 + H2O


H SO3H
propano
Ácido 2-propanosulfónico

Reacção de combustão

a) Combustão completa forma dióxido de carbono e água.

Ex: C3H8 + 5O2 3CO2 + 4 H2O

b) Combustão incompleta forma monóxido de carbono e água

Ex: C3H8 + O2 3CO + 4 H2O


29

 AULA 4: - Metano como representante da série. (05 de Julho de 2022), nesta aula
tratou-se de:
O METANO
Ocorrência do metano na natureza

O Metano (CH4) é também chamado “gás dos pântanos”, ou “gás das minas”.

 O Metano (CH4) encontra-se nos pântanos, nas águas estagnadas, nas minas de carvão,
nos reservatórios de petróleo e gás natural.

Métodos de Obtenção do Metano

- Na indústria:

Ex. 1: C(s) + 2 H2(g) → CH4(g) Ex. 2: CO(g) +3 H2(g) → CH4(g)


+ H2O(l)

- No Laboratório:
Ex. 1: A partir do Carbeto de Alumínio: Al4C3(g) + 12H2O(l)  3CH4(g) + 4Al(OH)3(aq)

Ex. 2: A partir de Iodeto de metil: CH3-I + HI  CH4 + I2

Ex. 2: A partir de acetato de sódio: CH3-COONa + NaOH → CH4 + Na2CO3

Propriedades físicas do metano


O metano é um gás incolor, inodoro, menos denso do que o ar, insolúvel em água, solúvel em
solventes orgânicos e arde com chama pouco luminosa.

Propriedades químicas do metano


Ex. 1: Nitração de metano: CH4 + HNO3  CH3-NO2 + H2O

Ex. 2: Sulfonação de metano: CH4 + H2SO4  CH3-SO3H + H2O


Ex. 3: Cloração de metano:
1ª etapa: CH4  Cl2  CH3-Cl  HCl
2ª etapa: CH3-Cl  Cl2  CH2-Cl2  HCl
3ª etapa: CH2-Cl2  Cl2  CH-Cl3  HCl
4ª etapa: CH-Cl3  Cl2  CCl4  HCl
Reacção global: CH4 4Cl2  CCl4  4HCl

Aplicações do metano
 O metano é usado como combustível, na preparação do negro de fumo.
30

 AULA 5: Realização de ACS2 (08 de Julho de 2022), nesta aula tratou-se de:
Realização de ACS2
1. Considere os compostos abaixo representados:

I. H 3C CH2 CH2 CH2 CH3

CH3
7
H3C C CH2 CH CH2 CH3
1 2 3 4 5 6
CH3 CH3
II. 8 9

a) Classifica a cadeia carbónica do composto I, quanto a cadeia.


b) Classifica os carbonos presentes no composto II em primários, secundários, terciários e
quaternários.
2. Considere os compostos abaixo representados:
H3C CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3
I.

H3C CH CH CH2 CH3

CH3 CH2

II. CH3

CH3 CH3
H3C C CH2 CH

CH3 CH2

III. CH3

a) Escreva os nomes IUPAC dos compostos II e III.


b) Escreva dois (2) isómeros de posição do composto I.

3. i) Indique três (3) propriedades físicas do metano (CH4).


ii) Escrever a equação química de obtenção do metano:
a) Na indústria
b) No laboratório

4. Escrever as equações químicas das seguintes reacções e dê nome IUPAC os produtos


orgânicos formados:
a) Bramacão de pentano.
b) Nitracão de metano
c) Sulfonação hexano.
31

AULA 6: - Alcenos: Conceito. Fórmula geral. Série homóloga. e Nomenclatura (IUPAC e


Usual). (12 de Julho de 2022), nesta aula tratou-se de:
Alcenos
Alcenos, alquenos, olefinas – são hidrocarbonetos de cadeia aberta que contem uma ligação
dupla entre átomos do carbono.

Fórmula geral dos alcenos


Os alcenos apresentam como fórmula geral: CnH2n; Onde: n 2
Série homóloga dos alcenos

Nº de átomos de carbono Fórmula molecular Fórmula racional


2 C2H4 CH2=CH2
3 C3H6 CH2=CH2-CH3
4 C4H8 CH2=CH2-CH2-CH3
5 C5H10 CH2=CH2-CH2-CH2-CH3
6 C6H12 CH2=CH2-CH2-CH2-CH2-CH3
Nomenclatura dos alcenos
Nomenclatura IUPAC
A Nomenclatura dos alcenos de cadeia normal e de cadeia ramificada é semelhante à
nomenclatura utilizada para os alcanos. Troca-se a terminação Ano do alcano por Eno do
alceno.

Cadeia normal
Regra: Prefixo + Terminação “eno”.

H2C CH2 H2C CH CH3


Ex. 1: eteno Ex. 2: propeno

A partir do Alceno com quatro átomos de Carbono, depois da terminação “eno” deve se
indicar a posição da ligação dupla.

H2C CH CH2 CH3 H3C CH CH CH3


1 2 3 4 1 2 3 4

Ex.: buteno-1 buteno-2

Cadeia ramificada

1. A cadeia principal é a mais longa que contém a ligação dupla;


2. Na numeração da cadeia principal, deve começar-se da extremidade mais próxima da
ligação dupla.
3. É necessário indicar a posição da ligação dupla na cadeia carbónica depois da terminação
– eno;
32

4. Os radicais são citados no início do nome do composto por ordem alfabética, podendo
levar os prefixos di-, tri-, tetra-, etc. quando se tratam de radicais iguais (estes não
entram para a ordem alfabética).

Exemplo:

H3C CH2 CH CH2 CH2 CH2 CH3


4 5 6 7 8
H3C C CH CH2 CH CH3
1 2 3 4 5 6 HC CH CH3
3 2 1
CH3 CH3
2,5-dimetilhexeno-2 4-etilocteno-2

H3C C CH CH3
1 2 3 4
CH3
2-metilbuteno-2

Nomenclatura usual dos alcenos


Escrevem-se os nomes dos radicais seguidos pela palavra eteno ou etileno.
Primeiro localizar os carbonos da ligação dupla, nomear os radicais, ordenar os nomes de
radicais obedecendo a ordem alfabética e terminar por etileno.

Exemplo:

H3C C CH CH2 CH CH3

CH3 CH3
dimetil, isobutil etileno

AULA 7: - Isomeria de cadeia, de posição da ligação dupla e geométrica (Cis-Trans). (19 de


Julho de 2022), nesta aula tratou-se de:
Isomeria dos alcenos

Isomeria de cadeia
Os Alcenos apresentam três tipos de isomeria Isomeria de posição
Isomeria geométrica (Cis–Trans)

Isomeria de cadeia
Este tipo de isomeria, ocorrem nos compostos que apresentam a mesma fórmula molecular,
mas com tipos de cadeia diferentes.
33

Exemplo: Fórmula molecular: C5H10

H2C C CH2 CH3


H2C CH CH2 CH2 CH3 CH3
penteno-1 2-metilbuteno-1

Isomeria de posição
Os compostos apresentam a mesma fórmula molecular mas diferem na posição da ligação
dupla.

Exemplo: Fórmula molecular: C5H10

H2C CH CH2 CH2 CH3 H3C CH CH CH2 CH3


penteno-1 penteno-2

Isomeria geométrica (Cis - Trans)


Compostos com mesma fórmula molecular mas com diferentes arranjos espaciais.

Este tipo de isomeria ocorre quando os átomos de Carbono envolvidos na ligação dupla estão
ligados a dois radicais diferentes.

Exemplo 1: Fórmula molecular: C4H8

H3C CH3 H3C H

C C C C

H H H CH3
Cis buteno-2 Trans buteno-2

Exemplo 2: Fórmula molecular: C4H6Cl2

H3C CH3 H3C Cl

C C C C

Cl Cl Cl CH3
Cis - 2,3-diclorobuteno-2 Trans - 2,3-diclorobuteno-2
34

AULA 8: - Obtenção dos alcenos (22 de Julho de 2022), nesta aula tratou-se de:
Métodos de Obtenção
Os alcenos obtêm-se através de reacção de eliminarão e de adição.
Reacção de Eliminação
Consiste na retirada de átomos a um composto originando ligação dupla.

Desidratação dos álcoois (Reacção de eliminação de água “H2O”) Aplica-se a regra de


SAYTZEFF diz que: ―Nas reacções de eliminação, deve-se eliminar o hidrogénio de
carbono vizinho ao grupo hidroxilo (OH) e que esteja menos hidrogenado.

OH
H2SO4
H3C CH CH2 CH3 H3C CH CH CH3 + H2O
butanol-2 buteno-2

Deshalogenação dos derivados halogenados (Eliminação de Halogénios)

H2C CH2 + HCl


Cat.
H3C CH2 Cl
Ex. 1: cloroetano eteno

H2C CH CH3 + Zn H2C CH CH3 + ZnBr2


Br Br propeno-1
Ex. 2: 1,2-dibromopropano

Desidrogenação Catalítica dos Alcanos (Eliminação de Hidrogénio)

Ni / Pt
H3C CH2 CH3 H3C CH CH2

Reacção de Adição

 Hidrogenação de alcinos

H3C C CH + H2 Ni / Pt
H3C CH CH2
35

AULA 9: - Propriedades físicas e químicas dos alcenos (26 de Julho de 2022), nesta aula
tratou-se de:
Propriedades dos alcenos
Propriedades físicas dos alcenos

As propriedades físicas dos alcenos são:

 De C2 até C4 são gases;

 De C5 até C15 são Líquidos;

 De C16 em diante são sólidos;

 Os pontos de ebulição (PF) aumentam de acordo com o número de carbonos na


cadeia e dependem da maior ou menor ramificação que nela exista.

 São insolúveis em água e bem solúveis em solventes orgânicos.

 São menos densos que a água.

Propriedades químicas dos alcenos


Os alcenos são caracterizados pela reacção de adição.

A reacção de adição aplica-se regra de Markovnikov, que diz: “Nas reacções de adição,
adiciona-se o hidrogénio ao carbono mais hidrogenado da dupla ligação”.

 Hidratação (Adição da água H2O)

OH
H2SO4
H3C CH CH2 + H2O H3C CH CH3
propeno-1 propanol-2

 Adição de Haletos de Hidrogénio (HCl, HBr e HI)

Br
H2C CH CH2 CH3 + HBr H3C CH CH2 CH3
buteno-1 2-bromobutano

 Hidrogenação (Adição de Hidrogénio)

H2C CH2 + H2 H3C CH3


Ex.1: eteno etano
36

Cat.
H3C CH CH CH3 + H2 H3C CH2 CH2 CH3
buteno-2 butano
Ex.2:

 Halogenação (Adição de Halogénio)

Br Br
H3C CH CH CH3 + Br2 H3C CH CH CH3
buteno-2 2,3-dibromobutano
Ex:

 Reacção de Combustão

Reacção incompleta
H2C CH2 + 2O2 2 CO + 2 H 2O
Reacção completa

H2C CH2 3 O2 2 CO2 + 2 H 2O


AULA 10: - Etileno ou Eteno como representante da série (29 de Julho de 2022), nesta aula
tratou-se de:
Etileno ou Eteno
O Etileno, em condições normais do ambiente, é um gás incolor de cheiro característico,
pouco solúvel na água. Arde com chama luminosa.

Ocorrência do etileno
Etileno encontra-se na natureza em pequenas quantidades nos gases do petróleo e no gás
natural.
Obtenção do etileno
 Desidratação do etanol
CH3CH2OH CH2 = CH2 + H2O

 Desidrogenação

CH3CH3  CH2 = CH2 + H2

Propriedades do Etileno
Propriedades físicas
Etileno é um gás, menos denso que o ar, insolúvel em água, solúvel em solventes orgânicos,
inflamável e ponto de fusão igual a 169,5 ºC e o ponto de ebulição igual 102,5ºC.
37

Propriedades Químicas
O etileno destaca-se pela reacção de polimerização. (poli significa muitos e meros significa
unidades).

Polimerização é uma reacção de adição, na qual um monómero (molécula pequena) reage


entre si, formando polímeros (moléculas grandes).

nCH2 = CH2  (-CH2-CH2-)n


Polietileno (plástico)

Aplicação de Etileno
Etileno é usado no fabrico de álcool (etanol, plástico, anestésicos, anticongelante, também é
usado no amadurecimentos das frutas

Aplicação de polietileno
Polietileno é usado no fabrico de matérias plásticas (copos, baldes, bacias, sacos, garrafas
etc).
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CAPITULO III

3. Dificuldades, Sugestões, Recomendações e Conclusão

3.1.Dificuldades

A grande dificuldade que o praticante teve foi o tempo das aulas ser curto e as estratégias que
traçava não conseguia atingir os objectivos, também ao apresentar o plano de aula ao
supervisor, sempre houve várias rectificações e com isso era muito difícil. Sempre rasurava a
parte de exercícios e TPC, porque os exercícios e que o TPC não estava bem formulada as
questões, por esse facto consegui aprender a formular questões.

Quanto a leccionação das aulas houve falha das estratégias, com esse desafio deu para
aperfeiçoar as estratégias de como transmitir o conteúdo da aula, para que os alunos percebam
com mais facilidade.

Sugestões e Recomendações

Verificou-se não só em Química mas também nas outras disciplinas o acompanhamento do


estagiário por parte do tutor foi parcial, por isso, sugere-se que a Direcção da E. S. 15 de
Outubro-MTZ, evidencie todos os esforços possíveis de modo que os professores
encarregados em acompanhar os estagiários estejam a tem e hora fazendo o acompanhamento.

Verificou-se de igual modo a falta parcial de assistência das aulas dos estagiários por parte do
supervisor, razão pela qual sugere-se que, para além do acompanhamento por parte do tutor,
haja também assistência e acompanhamento dos estagiários por parte dos docentes confiados
na supervisão dos estagiários de modo a adquirirem uma componente psicopedagógica de
qualidade, face à uma boa leccionação (de qualidade) e excelência, num momento em que
todas as atenções estão viradas na melhoria da qualidade de ensino no país.
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4. Conclusão
Chegado no fim do relatório, o professor é um elemento fundamental do PEA, onde a
actividade do mesmo contribui para o sucesso ou insucesso, ou seja, a qualidade do ensino no
PEA. A observação feita nas aulas dadas pelo tutor revela a inexistência de problemas por
parte dos alunos no que diz respeito à compreensão, sendo um aspecto muito positivo tendo-
se notado até na leccionação das aulas pelo estudante praticante.

A componente pedagógica, por sua vez, é indispensável a qualquer professor, uma vez que ele
tem de conhecer a escola e o seu papel na sociedade, os diferentes métodos e técnicas de
ensino, um conjunto de questões psicológicas que irão afectar positiva ou negativamente as
suas aulas bem como a didáctica das diferentes disciplinas que os professores irão leccionar.

Apesar de algumas dificuldades constatadas durante o estágio, a que referir que o PEA na E.S
15 de Outubro-MTZ em geral e na 10ª A, em particular ocorreu num estado possivelmente
óptimo.
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5. Referencias Bibliográficas
1. Alarcão, I., & Tavares, J. (2003). Supervisão da Prática Pedagógica. Uma perspectiva
de desenvolvimento e aprendizagem. 2ª ed. Coimbra, Almedina.
2. Bicudo, M. A.V. & Silva, C. A. (1999). Formação do Educador e Avaliação
Educacional. Unespe Editora. São Paulo.
3. Demo, P. (2005). Ser Professor é Cuidar que o Aluno Aprenda. 4ª ed, Porto Alegre,
Editora Mediação.
4. Dias, H. N., & et all. (2010). Manual de Praticas Pedagógicas. Editora Educar;
Maputo.
5. Gil, A. C. (1999). Métodos e Técnicas de pesquisa social. 5 ed. Editora Atlas S.A, São
Paulo.
6. Libâneo, J.C. (2006). Didáctica, Cortez Editora, São Paulo.
7. Mialaret, G. A. (1991). Formação dos Professores. Coimbra, Livraria Almedina.
8. Nérici, I. G. (1989). Introdução a Didáctica Geral, 6 ed., Funda da Cultura, São
Paulo.
9. Pillet, C. (2004). Curso de Didáctica Geral, 23ªed, São Paulo, editora Ética.
10. Pimenta, S. G., & Lima, M. S. L. (2004). Estágio e Docência. São Paulo, Cortez Editora.
11. Proença, M.C. (1989). Didáctica da Historia, Livros Horizontes, Lisboa.
12. Programa de Ensino de Química (PEQ) da 10ª classe. (2010). Moçambique.
13. Universidade Pedagógica. (2009). Aspectos Essenciais do Regulamento Académico.
Maputo.
XLI

Anexos
XLII

Apêndices
XLIII

Fonte Autor: Turma A, 8ª Classe, 2022


XLIV
XLV

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