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Índice
Lista de Símbolos e Abreviaturas...........................................................................................................iii
Lista de Tabelas......................................................................................................................................iv
Dedicatória..............................................................................................................................................iv
Declaração...............................................................................................................................................v
Agradecimento........................................................................................................................................vi
Resumo.................................................................................................................................................viii
O presente relatório visa abordar aspectos resultantes do trabalho de campo realizados na Universidade
Rovuma no ano lectivo de 2021 e procura-se fazer uma descrição profunda daquilo que foram as PP´s.
Com a duraçao de dois meses, a prática do campo teve início no prncípio do mês de Setembro e o seu
término em Outubro, no 2º semestre do ano em curso, com finalidade de preparar o estudante praticante
á situações reais do PEA, permitindo a integração dos conhecimentos teórico-práticos, visto que o seu
currículo contempla actividades de Estagio Pedagógico de Química. Teve como objectivo geral,
desenvolver conhecimentos, habilidades, competências organizacionais, pedagógicas e profissionais
gerais bem como atitudes no estudante, no domínio do processo de ensino e aprendizagem da disciplina
de Química. A metodologia usada foi com base na consulta bibliográfica, realização de micro aulas na
Universidade Rovuma, observação directa, constituíram principais técnicas de recolha de dados no
EPQ. Na elaboração deste relatório tiveram-se como objectivos gerais: demonstrar de forma simples e
clara, a capacidade de integração de conhecimentos; articular os saberes científicos específicos,
Psicopedagógicos e didácticos; descrever de forma científica, coerente e integrada a vivência
experienciada nas Práticas Pedagógicas ou Estagio Pedagógico de Química; analisar científica e
criticamente as questões da educação; e contribuir para a melhoria da qualidade de ensino-
aprendizagem. E tem-se como objectivos específicos: compreender o ensino e a aprendizagem de
biologia nas escolas secundárias; observar e leccionar aulas de Química ; identificar os princípios
reguladores do PEA de Química; e, sistematizar dados empíricos e elaborar planos de lição de aulas de
química.................................................................................................................................................viii
Palavras-chave: Estágio Pedagógico de Química; PEA; Leccionação de aulas.....................................viii
Capítulo I.................................................................................................................................................9
Introdução................................................................................................................................................9
1. Objectivos do relatório......................................................................................................................10
1. 1. Metodologia do trabalho................................................................................................................10
1. 2. Essência de Práticas Pedagógicas..................................................................................................10
1. 2.1. Importância das Práticas Pedagógicas.........................................................................................11
1.2. 2. Princípios das PP´s.....................................................................................................................11
1.2. 3 Fases do estágio pedagógico........................................................................................................11
1.3. Referências teóricas........................................................................................................................11
iv

CAPITULO II........................................................................................................................................14
2. Etapas do estágio pedagógico de Química.........................................................................................14
2. 1. Pré-observação..............................................................................................................................14
2.1.1. Observação..................................................................................................................................16
2.1.2. A Escola Observada.....................................................................................................................16
2.1.3.1. Definição de Escola..................................................................................................................16
2.1.3.2. Breve Historial da Escola Secundaria de Montepuez................................................................17
A Escola Secundária de Montepuez é uma das mais antigas da cidade de Montepuez fundada em 1976
após a Independência Nacional de Moçambique e foi inaugurada no dia 16 de Fevereiro do mesmo ano,
com a inserção da 5a e 6a classe do curso Nocturno, cujo 1o director dessa escola foi Jacinto Abel
Mussera. Nessa alteza, a escola era chamada por Escola Preparatória...................................................17
2.1.3.3. Localização Geográfica da Escola Secundaria de Montepuez..................................................17
2.1. 3.4. Funcionamento da escola observada........................................................................................17
2.1.3.5. Breve descrição da Sala de Aula observada..............................................................................18
2.1.4. Descrição e análise das aulas leccionadas por outros colegas......................................................18
2.1.5. Estrutura e organização da aula observada...................................................................................19
2.1.6. Momentos da Aula.......................................................................................................................19
2.1.6.1. Objectivos da Aula...................................................................................................................19
2.1.6.2. Conteúdos das Aulas.................................................................................................................20
2.1.6.3. Caracterização dos Alunos........................................................................................................20
2.1.6.4. Caracterização do professor......................................................................................................20
2.1.6.5. Relação Professor-Aluno..........................................................................................................20
2.1.6.6. Observações Gerais e Avaliação das Aulas Observadas...........................................................21
 Os meios mais usados foi a sala virtual: google meet....................................................................21
2.1.7. Análise do Programa de Ensino da 8a Classe...............................................................................21
2.1.7.1. Conteúdos das aulas da 8a Classe..............................................................................................22
2.1.7.2. Métodos....................................................................................................................................22
2.1.7.3. Meios de Ensino.......................................................................................................................23
2.1.7.4. Avaliação..................................................................................................................................23
2.1.8. Análise da Dosificação Elaborada...............................................................................................23
CAPÍTULO III......................................................................................................................................24
3. Pós-Observação.................................................................................................................................24
v

3. 1. Planificação e execução das aulas..................................................................................................24


3. 1. 1. Leccionação das aulas................................................................................................................25
3.1.1.2. Análise e avaliação das aulas leccionadas.................................................................................25
3.1.1.2.1. Auto-Avaliação em torno das aulas leccionadas....................................................................25
3.2.Avaliação e aproveitamento pedagógico dos estudantes..................................................................26
A avaliação deve ser contínua e sistemática e, deve ter três funções principais: pedagógico-didáctica,
diagnóstica e de controlo. A função pedagógico–diagnóstica relaciona-se com o alcance dos
objectivos definidos. A função diagnóstica refere-se à “análise sistemática das acções do professor e
dos alunos, visando detectar desvios e avanços do trabalho docente em relação aos objectivos,
conteúdos e métodos”. A função de controlo tem a ver com a comprovação dos resultados de
aprendizagem por parte dos alunos........................................................................................................26
Fazendo uma avaliação do aproveitamento, posso afirmar que foi positivo..........................................26
3.3.Efectivos dos Alunos da Turma A 8ª Classe....................................................................................26
Tabela 1. Efectivos dos estudantes do curso de Quimica.......................................................................26
CAPITULO IV: CONCLUSÃO............................................................................................................27
Sugestões...............................................................................................................................................28
Constrangimentos..................................................................................................................................28
Anexos...................................................................................................................................................29
Apêndices..............................................................................................................................................30
Bibliografia............................................................................................................................................31

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Lista de Símbolos e Abreviaturas


1. EPQ: Estagio Pedagógico de Química;

2. ESG: Ensino Secundário Geral;

3. E.S.M: Escola Secundária de Montepuez;

4. PP´s: Práticas Pedagógicas;

5. PEA: Processo de Ensino e Aprendizagem;

6. RAUR: Regulamento Académico da Universidade Rovuma;

7. R. T: Reunião de turma;

8. TPC: Trabalho Para Casa;

9. UR: Universidade Rovuma


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Lista de Tabelas
Tabela 1. Efectivos dos Alunos…………………………….……………………………………26

Dedicatória
A minha dedicatória vai em primeiro lugar para minha família especialmente a minha esposa,
minhas filhas e meus irmãos pelo carinho e força manifestado em mim dia após dia nesta minha
longa caminhada, mas também, vai para meus colegas, amigos e a todos aqueles que directa ou
indirectamente me dêem dado coragem e apoio moral nos meus estudos e vai também para os
v

docentes que incansavelmente prestaram apoio na descoberta do mundo da ciência na academia


nesta extensão da Univdersidade Rovuma- Cabo Delgado.

Declaração
Para os devidos efeitos e considerações desta cadeira. Eu, Abdul Mussa, de 31 anos de idade,
natural de Nampula, província de Nampula, estudante do Curso de licenciatura em Ensino de
Química com habilidades em Biologia 5º ano, na Universidade Rovuma, extensão de Cabo
Delgado, declaro que este relatório de estagio pedagógico de Química, foi por mim produzido,
vi

como resultado da pesquisa que fiz sob orientação do meu docente da cadeira de EPQ e meu
supervisor. Os seus conteúdos basearam-se na observação e pelas referências bibliográficas.

Montepuez, 23 de Outubro de 2021


______________________________
Abdul Mussa

Agradecimento
Agradeço em primeiro lugar, a Deus pelo dom de vida. Do mesmo modo, agradeço o esforço do
meu docente da cadeira, dr Jorge Chabane e meu supervisor dr Eduardo Priceiro que subsidiou a
supervisão, não só pela orientação de como deveriam ser os planos de aulas, mas também pela
paciência, pela maneira real dizer as coisas (criticas, observações) e humildade durante o período
vii

de assistência de aulas. Para terminar, agradeço também todos aqueles que directa ou
indirectamente deram sua mão para que este trabalho fosse possível.
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Resumo
O presente relatório visa abordar aspectos resultantes do trabalho de campo realizados na Universidade
Rovuma no ano lectivo de 2021 e procura-se fazer uma descrição profunda daquilo que foram as PP´s. Com a
duraçao de dois meses, a prática do campo teve início no prncípio do mês de Setembro e o seu término em
Outubro, no 2º semestre do ano em curso, com finalidade de preparar o estudante praticante á situações reais
do PEA, permitindo a integração dos conhecimentos teórico-práticos, visto que o seu currículo contempla
actividades de Estagio Pedagógico de Química. Teve como objectivo geral, desenvolver conhecimentos,
habilidades, competências organizacionais, pedagógicas e profissionais gerais bem como atitudes no estudante, no
domínio do processo de ensino e aprendizagem da disciplina de Química. A metodologia usada foi com base na
consulta bibliográfica, realização de micro aulas na Universidade Rovuma, observação directa, constituíram
principais técnicas de recolha de dados no EPQ. Na elaboração deste relatório tiveram-se como objectivos
gerais: demonstrar de forma simples e clara, a capacidade de integração de conhecimentos; articular os
saberes científicos específicos, Psicopedagógicos e didácticos; descrever de forma científica, coerente e
integrada a vivência experienciada nas Práticas Pedagógicas ou Estagio Pedagógico de Química; analisar
científica e criticamente as questões da educação; e contribuir para a melhoria da qualidade de ensino-
aprendizagem. E tem-se como objectivos específicos: compreender o ensino e a aprendizagem de biologia nas
escolas secundárias; observar e leccionar aulas de Química ; identificar os princípios reguladores do PEA de
Química; e, sistematizar dados empíricos e elaborar planos de lição de aulas de química.

Palavras-chave: Estágio Pedagógico de Química; PEA; Leccionação de aulas


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Capítulo I

Introdução
O presente relatório foi elaborado no âmbito da Cadeira de Estagio Pedagógico de Química,
leccionada na Universidade Rovuma, com a intenção de integrar os estudantes desta agremiação
na articulação da teoria e prática. É na cadeira de Estagio Pedagógico, que são implementadas as
actividades curriculares que garantem um contacto experimental com situações psico-
pedagógicas e didácticas concretas que contribuem para preparar de forma global o estudante
para a vida profissional da qual a importância é de aproximar o futuro professor a situações reais
do PEA permitindo a aplicação de conhecimentos adquiridos na sala relativamente ao ensino de
Química. As aulas práticas envolvendo simulações, observação e leccionação das aulas tiveram o
seu início mês Setembro de e tendo terminado no mês Outubro, no 2º semestre do ano lectivo de
2021. E para a observação das aulas do docente da cadeira serviu-se da ficha de observação de
aulas para a recolha de dados referente à realidade do PEA na disciplina de Química e, quanto à
leccionação, serviu-se de planos de aulas por praticante elaborados a partir de conhecimentos
adquiridos na cadeira de EPQ. A importância do relatório está no facto de permitir o
conhecimento de toda a realidade da escola nas diferentes áreas de actuação. No que se refere às
fases, as PP΄s estão organizadas em 4 fases que acompanham todo percurso da formação de
professores na Universidade Rovuma.

Na elaboração deste relatório foram usadas as técnicas metodológicas tais como: consulta
bibliográfica, realização de seminários, entrevistas, observação directa ao docente da cadeira e os
colegas praticante para o enriquecimento do mesmo, e a execução da actividade docente exercida
no momento da leccionação da cadeira..
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1. Objectivos do relatório
Gerais:

 Relatar as actividades realizadas durante o estágio;


 Articular os saberes científicos específicos, Psico-pedagógicos e didácticos;
 Descrever de forma científica, coerente e integrada a vivência experienciada nas Práticas
Pedagógicas ou Estagio Pedagógico de Química;
 Analisar científica e criticamente as questões da educação;

Específicos:

 Compreender o ensino e a aprendizagem de Química nas escolas secundárias;


 Observar e leccionar aulas de Química;
 Identificar os princípios reguladores do PEA de Química;
 Elaborar planos de lição de aulas de Química;
 Indicar as limitações e sugestões para o PEA de Química.

1. 1. Metodologia do trabalho
Na elaboração do presente relatório usou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, que
segundo Lakatos e Marconi (2009:192) pesquisa bibliográfica é um apontamento geral sobre os
principais trabalhos já realizados, revistados de importância por serem capazes de fornecer
dados actuais e relevantes relacionados com o tema. Portanto, este método constitui na escolha
selectiva dos diferentes autores que abordaram os temas em estudo.

Para observação como técnica de colecta de dados, o estudante praticante estagiário tinha como
instrumento uma ficha de recolha de informações onde pode anotar todos os aspectos observados
durante a aula assistida ao docente e alguns colegas que simularam a aulas no momento de
leccionação da cadeira. A leccionação das aulas pelo praticante estagiário, a respectiva análise e
avaliação das mesmas pelo docente e supervisor com vista a retirar os aspectos negativos assim
como positivos para realçá-los em suas aulas.

1. 2. Essência de Práticas Pedagógicas


De acordo com o Regulamento Académico da UR “As práticas pedagógicas são
actividades curriculares articuladoras da teoria e da prática, que garantem o contacto
11

experimental com situações psicopedagógicas e didácticas concretas e que contribuem


para preparar de forma gradual, o estudante para a vida profissional.”

Deste modo, para as PP΄s, a articulação da teoria e da prática ocorrem em instituições da


educação uma vez que o próprio curso é de formação de professores.

1. 2.1. Importância das Práticas Pedagógicas


As PP΄s revestem-se de uma grande importância pois, possibilitam-nos a vivência do meio
escolar em contacto com os alunos, professores, pais e encarregados de educação, funcionários e
colegas no geral, de modo a criar hábitos de colaboração e de convivência própria desse meio;
desenvolvem actividades do PEA, pesquisa, desenvolvimento de competências do saber ensinar,
aprender, saber ser e saber conviver profissionalmente assim como desenvolver capacidades de
análise e, contribuição crítica e criadora para cada vez mais uma melhoria marcante do
profissionalismo bem como no melhoramento da qualidade de ensino.

1.2. 2. Princípios das PP´s


A análise teórica da prática escolar é o que impulsiona as actividades das PP´s. Os estudantes
devem tomar a consciência das relações e interpretações multidimensionais existentes entre as
várias áreas de estudo. O estudante deve ser capaz de “mobilizar” para a observação, reflexão
sobre a realidade escolar.
1.2. 3 Fases do estágio pedagógico
Segundo Dias et al, (2010:16), se refere às fases do EPQ estão organizadas em 4 fases que
acompanham todo percurso da formação de professores na UR. Assim decorrido desde a 1ª fase
no 1º ano (2018), a 2ª fase no 2o ano (2019), a 3a fase no 3o ano (2020), e agora é 4ª fase e última
no 4º ano (2021), onde o praticante toma a continuidade da 3ª fase na qual planifica e lecciona
aulas assim como as actividades interdisciplinares e transversais, sob tutória do Docente da
cadeira e do supervisor da UR.

1.3. Referências teóricas


O Estágio Pedagógico envolve, principalmente, o trabalho preliminar e o do campo. Geralmente,
o trabalho do campo é desenvolvido na escola que nela o estudante praticante é integrado e o
preliminar é realizado na UR. Elas surgem entre vários objectivos, dar à disposição dos
praticantes a planificação de actividades de ensino e aprendizagem tendo em conta as
perspectivas interdisciplinares e transversais (Dias, et al, 2010:19).
12

De acordo com o autor acima citado, o Estágio Pedagógico, constitui-se como a primeira
experiência real da formação inicial que um futuro professor de Química apresenta com a
realidade escolar.
O professor, segundo Nercy (1988:125) é orientador do processo de ensino e aprendizagem, deve
ser fonte de estímulos que leva o aluno a reagir para que se processe a aprendizagem. O
professor deve ter uma formação científico-académica, que diz respeito ao conjunto de
disciplinas teóricas de carácter científica que vão fornecer ao futuro professor a competência que
ele necessita para gerir conteúdos dos programas de ensino no nível com que irá trabalhar.

A formação pedagógica diz respeito aos saberes necessários a uma prática competente de
leccionação por parte do professor, pois não lhe basta conhecer todo conteúdo científico, mas
também, o profissionalismo competente (Dias e Santos, 2008:12).

Porém, a componente pedagógica, é indispensável a qualquer professor, uma vez que ele tem de
conhecer a escola e o seu papel na sociedade, os diferentes métodos e técnicas de ensino, um
conjunto de questões psicológicas que irão afectar positiva ou negativamente as sua aulas bem
como a didáctica das diferentes disciplinas que o professor irá leccionar.

No desempenho das suas funções, o professor necessita a garantia de uma prática pedagógica
eficaz. Isso só é possível se nele criar um pensamento reflexivo sobre a sua acção pedagógica,
desenvolvendo nele um pensamento reflexivo sobre a acção que ele desenvolve. (Dias et al,
2008:12).

Aula é um conjunto dos meios e condições pelas quais o professor dirige e estimula o processo
de ensino em função da actividade própria do aluno no processo de aprendizagem ou seja
assimilação consciente e activa dos conteúdos (Libâneo, 1990:177). Nesta perspectiva, temos a
escola como forma predominante de organização do processo de ensino, é onde se criam, se
desenvolvem, e se transformam as condições necessárias para que os alunos assimilem
conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções, desenvolvendo assim suas capacidades
cognoscitivas.
Sala de aulas Segundo Nérici (1990:100), a aula inclui três partes básicas: a Preparação de
condições para a realização dos objectivos visados (motivação, revisão ou articulação com a
experiência anterior); a acção para alcançar os objectivos (desenvolvimento com a participação
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da classe) e trabalho em torno dos objectivos (fixação, ampliação e verificação da


aprendizagem). Perante esta perspectiva, para que uma aula decorra eficazmente é necessário que
haja uma motivação no aprendiz para que ele possa despertar interesse no que está aprendendo.
É na sala de aula que se cria, desenvolvem-se e transformam-se as condições necessárias para
que os alunos assimilem conhecimentos, atitudes e convicções (Libâneo, 1990:177). Nesta
perspectiva, o professor é o único sujeito que deve garantir as condições em vista a assimilação
dos conhecimentos pelos alunos. Portanto, ele deve preparar-se para o efeito, isto é, deve
elaborar um plano de aula, este visto por Libâneo (1990:241) como “um detalhadamento do
plano de ensino.
De acordo com este autor acima citado, o ensino no seu todo, compreende vários elementos, dos
quais destaca-se a planificação e a avaliação.
A planificação é um processo de racionalização, organização e coordenação da acção docente
(professor), em vista a articular a actividade escolar e a problemática do contexto social
(Libâneo, 1990:2). De facto, para o PEA decorrer satisfatoriamente é preciso que esteja ligado
aos interesses sociais, ou seja, dar resposta aos anseios da sociedade, se considerar-se que o
professor e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais.
A avaliação é vista por Luckesi, citado por Libâneo (1990:196), como sendo uma apreciação
qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor
a tomar decisões sobre o seu trabalho.
Neste raciocínio do autor, pode-se admitir que a avaliação é um dos elementos do PEA que, a
partir da verificação e qualificação dos resultados obtidos, visa determinar a correspondência
desses dados com os objectivos pré-concebidos em prol da tomada de decisões das actividades
didácticas seguintes. Avaliação é processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os
conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no
comportamento, propostas nos objectivos a fim de que haja condições de decidir sobre
alternativas do planeamento do trabalho do professor e de escola como todo (Piletti, 1997:190).
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CAPITULO II

2. Etapas do estágio pedagógico de Química


A prática de EPQ decorreu em duas etapas principais, Simulação de um tema didáctico e
trabalho de campo que consistiu em micro aula, sendo ela, dividida em três sub-etapas que
são: pré-observação, observação e pós-observação.

2. 1. Pré-observação
Esta etapa iniciou com actividades lectivas das práticas de estágio pedagógico de química ao
nível da faculdade, se abordou as características básicas de um professor ideal e não ideal.
Depois seguida o docente efectuou a distribuição de alguns conteúdos da 8a, 9a, 10a e 11a e 12a
classes, que consistiram na escolha de uma Escola para figurar e para meu caso fui atribuído para
fazer planos para Escola Secundaria de Montepuez e esses conteúdos serviram de base para
elaboração de planos de aulas e de micro aulas, com objectivo de avaliar a mediação das aulas.
No que concerne ao tratamento dos temas distribuídos para as micro-aulas a docente da cadeira
de EPQ realçou os seguintes critérios a usar:
 Concretizar no plano temático do programa do ensino de Química o assunto
correspondente ao seu tema;
 Verificar os objectivos e as sugestões metodológicas propostas pelo programa
relativamente ao tratamento do tema;
 Verificar o que esta proposto no manual do aluno.
Ainda nesta aula inicial abordou-se os aspectos relacionados com plano de aula, objectivos,
pressupostos metodológicos, métodos, meios didácticos e outros aspectos da aula.
Em relação ao plano de aula, debateu-se como deveria ser o processo de planificação de processo
ensino-aprendizagem, onde se deu o conceito do professor ideal, as suas características,
aprendizagem cooperativa e planificação de uma aula activa e métodos de ensino centrados no
aluno. O plano modelo tendo a docente deixado claro que na elaboração de um plano primeiro
deve-se ter em conta o tipo de aula, pois ela pode ser nova, continuação, consolidação e
exercitação.
De acordo com Libaneo (2006), na concepção de ensino que se propõe, as tarefas docentes
visam organizar a assimilação activa, o estudo independente dos alunos, a aquisição de métodos
de pensamentos, a consolidação do aprendido.
15

Isso significa que, sempre de acordo com os objectivos e conteúdos da matéria, as aulas poderão
ser previstas em correspondência com as etapas os passos do processo de ensino e podemos ter:
aulas de preparação e introdução da matéria no inicio de uma unidade; aulas de tratamento mais
sistematizado da matéria nova; aulas de consolidação (exercícios, recordações, sistematização,
aplicação); aulas de verificação de aprendizagem para avaliação diagnostica ou de controlo.

Em relação aos objectivos consolidou-se que estes devem se reflectir nos três níveis de
aprendizagem: cognitivo, psicomotor e afectivo. No entanto a docente exortou que nos planos de
Química deve-se ter o cuidado na definição dos objectivos sobretudo no nível cognitivo pois há
termos que se confundem, como é o caso da distinção entre conceito e definição. Na concepção
da docente da cadeira de EPQ, conceito é no ponto de vista mais amplo, portanto precisamos
muito tempo para definir o conceito de um conteúdo, diferentemente com definição que é uma
parte do conceito. Paralelamente a esta abordagem, a docente sugeriu que nos planos de
Química, partindo-se por exemplo do tema solução constasse para objectivos no nível cognitivo
a seguinte forma de definição desse objectivo: “No final da aula, o aluno deve definir solução” e
não “no final da aula o aluno deve possuir conhecimento sobre solução”.

Quanto aos pressupostos teóricos, a docente da cadeira exortou igualmente a sua inserção no
plano de aula, tendo frisado que estes são conhecimentos anteriores que o aluno deve ter para
facilitar a percepção da matéria nova. Sua importância fundamenta-se em ajudar o professor a
fazer uma ligação do tema anterior ou tratada na classe anterior para a matéria nova em
tratamento, permitindo que haja uma participação activa em relação ao conteúdo tratado. Por
exemplo, na abordagem da ligação química, o professor pode perguntar sobre valência.

Em relação aos métodos, a docente tornou claro que nas aulas de Química os métodos a aplicar
devem ir de acordo com o conteúdo a tratar. Os métodos usados nas aulas de Química são: o
expositivo, experimental, elaboração conjunta e trabalho independente. Para o método
experimental sugeriu-se na apresentação de pequenas experiencias químicas pois facilitam a
integração e compreensão dos conteúdos tratados.

E por ultimo a docente realçou no uso racional do tempo que para tal, deve-se focalizar o
essencial, ou seja, o assunto referente ao seu tema em tratamento; uso de meios didácticos pois
para além de estimular o aluno, economizam o tempo.
16

Distribuição de temas para simulação das aulas


A distribuição apenas foi beneficiária aos estudantes presentes no dia inicial das actividades do
EPQ e para os estudantes ausentes deveriam apresentar a sua escolha entre os temas das mesmas
classes acima referidas. Nas aulas que se seguiram procedeu-se com as simulações das aulas e,
posteriormente apresentação das aulas virtualmente, já para a prática no campo de Estágio
Pedagógico de Química.

2.1.1. Observação
De acordo com Duarte (2006) é o acto de olhar alguém ou alguma coisa cuidadosamente, a partir
de critérios negociados, com o propósito de entender e fundamentar os aspectos observados, de
modo a possibilitar mudanças factuais, conceituais, procedimentos e atitudinais dos envolvidos.

Portanto para esta etapa realizou-se o trabalho de campo com a observação de aulas leccionadas
virtualmente pelos colegas com assistência do tutor (docente da cadeira).

Importa realçar que a observação usada aqui ajudou ao pesquisador a identificar algo a respeito
dos objectivos do saber no qual, o indivíduo não tem consciência mas que orienta o seu
comportamento. Neste raciocínio, o objectivo principal desta observação era de compreender
como ocorre o processo de ensino e aprendizagem na disciplina de química ao nível do ESG,
anotando todos os procedimentos do decurso das aulas, que dentre os quais, a função didáctica,
as metodologias usadas pelo professor, a interacção entre o professor e o aluno, entre outros
procedimentos que o critério usado foi de a observadora colocar-se numa posição na sala, que lhe
permitisse ver tanto o professor assim como os alunos.

2.1.2. A Escola Observada

2.1.3.1. Definição de Escola

De acordo com Libâneo (1989:56) “a Escola é um lugar colectivo do trabalho ou instituição de


formação e educação do Homem.”
Portanto a escola como sendo um local de trabalho, é um estabelecimento de ensino e
aprendizagem que envolve professores, direcção da escola, alunos e pais encarregados de
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educação, assim como a comunidade em geral onde estes últimos contribuem para a realização
de uma educação eficiente.
A escola deve estabelecer relações constantes com o meio pois, a formação integral do aluno não
passa pela simples instrução dos conteúdos académicos, mas sim pela educação disciplinar na
qual desempenha um papel predominante os valores essenciais para um crescimento e
desenvolvimento harmonioso.

2.1.3.2. Breve Historial da Escola Secundaria de Montepuez

A Escola Secundária de Montepuez é uma das mais antigas da cidade de Montepuez fundada em
1976 após a Independência Nacional de Moçambique e foi inaugurada no dia 16 de Fevereiro do
mesmo ano, com a inserção da 5a e 6a classe do curso Nocturno, cujo 1o director dessa escola foi
Jacinto Abel Mussera. Nessa alteza, a escola era chamada por Escola Preparatória.

2.1.3.3. Localização Geográfica da Escola Secundaria de Montepuez


A ESM localiza-se no Bairro Cimento, na rua dos Estudantes, próximo do Bairro de Nacate e
ao lado do Centro de Instrução Básica Militar, em frente da escola está situada ao palácio do
administrador do distrito e por diverso lado está localizada o antigo lar de estudantes.

2.1. 3.4. Funcionamento da escola observada


De acordo com as informações (horário em turnos) cedidas pelo sector pedagógico, as
actividades lectivas estavam divididas e realizadas em três turnos. O 1º turno (6:30min a
11:25min) e o 2º turno (11:45min as 15:25 minutos), contemplavam algumas turmas da 8ª a
12ª classe; o 3º turno (16:40 minutos as 21 horas) para além das outras classes, leccionava-se
a 12ª classe, no ramo das letras de acordo com a norma da escola e das preferências dos
alunos.

A escola contém 19 salas de aulas, uma biblioteca, duas cantinas, uma sala dos professores,
uma secretaria, seis casas de banho entre públicos e “privados” e outras condições propícias
para o PEA. O ensino a distância funcionou na sala número 1 do primeiro pavilhão.
Relativamente a área da Química, a ESM conta com 7 professores de Química sendo 6
licenciados e 1 bacharel.
18

2.1.3.5. Breve descrição da Sala de Aula observada

Para Bonnet (2007:67) salienta que a sala de aulas “é o espaço onde se realizam as actividades
especialmente organizadas na interacção entre o professor e o aluno, que consiste na transmissão
e aquisição de conhecimentos, habilidades e experiencias da actividade cognitiva dos alunos.

Portanto na sala de aulas desenvolvem-se as relações pedagógicas entre os intervenientes do


processo. Relativamente à sala de aula virtual, o autor se apoio de alguns aparelhos electrónicos,
tais como: telemóvel e computador. Apesar da sala se virtual funcionou da melhor forma mas
com alguns problemas tais internet fraca e oscilação de rede a distancia com os alunos.

2.1.4. Descrição e análise das aulas leccionadas por outros colegas

O processo de observação das aulas decorreu em alguns dias consoante a distribuição dos
colegas. De acordo com a direcção do curso da UR devíamos ter uma semana de assistência das
aulas mas devido a entrada tardia aos locais de estágio. As aulas observadas decorreram nos dias
intercaladas no mês de Setembro de acordo com o horário em funcionamento da instituição. A
sala apresentava boas condições de limpeza, como era virtual, boa apresentação do professor e os
alunos, um número de alunos que permitia a circulação do professor na sala de aulas.

O assunto tratado aula leccionada pelo autor foi sobre História de Quimica. A motivação foi
bastante forte, sempre relacionando o tema com o quotidiano do aluno pois a professor
desenvolveu nos alunos incentivos de modo a sentirem a importância e a necessidade de estudar
a história de Quimica. A reactivação dos conhecimentos do nível inicial foi boa, quase todos
alunos conseguiram responder as questões colocadas pelo autor sobre aula. Por tanto, antes de
iniciar o novo conteúdo, fez um breve resumo em conjunto com os alunos que só depois, é que
colocou o tema do dia, iniciando em trabalho conjunto com os alunos numa chuva de ideias
ligado ao novo conteúdo, explicou e seguidamente passou a ditar os apontamentos. A
consolidação consistia na busca do saber dos alunos, por método de elaboração conjunta em
diálogo para controlar os conhecimentos adquiridos. Após a mediação do conteúdo da aula,
existiu o domínio e consolidação que posteriormente, ocorreu o controlo e avaliação deixando no
fim da aula, um TPC aos alunos.
19

Perante esta aula leccionada pelo colega, pode se destacar a satisfação das seguintes exigências
da aula num processo de ensino e aprendizagem:

 A linguagem usada pelo professor foi clara e abrangente, acessível ao nível dos alunos;
 O tema da aula foi claramente indicado aos alunos;
 Apresentava o plano de aula sendo que a aula leccionada correspondia à dosificada;
 O professor respondeu as dúvidas dos alunos e mostrou que estava bem preparada;
 Teve o bom uso do acessório de comunicação, para além do alto domínio científico e
excelência da qualidade de aula que ela apresentou, com vista ao bom rendimento
pedagógico.

2.1.5. Estrutura e organização da aula observada


Sempre que se inicia um empreendimento, tendo em vista alcançar determinadas metas torna-se
importante fazer previsão básica da acção a ser realizada, previsão essa que funciona como fio
condutor susceptível de orientar a acção (Proença, 1989:407).

A organização das aulas depende dos objectivos, dos conteúdos, dos métodos, dos meios
disponíveis, das condições da sala de aula, bem como do conhecimento prévio dos alunos.

2.1.6. Momentos da Aula


As funções didácticas ou momentos da aula são parte integrante de um plano de aulas e
constituem na sua essência as fases do PEA e que se realizam de forma interligada. As funções
didácticas são tarefas, elementos, etapas, momentos do processo de ensino que tem carácter geral
e necessário, as quais permitem organizar pedagogicamente as actividades dos alunos em cada
aula. As funções didácticas foram: introdução e motivação, mediação e assimilação do conteúdo
da aula, domínio e consolidação e, controle e avaliação.

2.1.6.1. Objectivos da Aula


No plano de aula continham objectivo gerais e específicos definidos em três níveis (cognitivo,
psicomotor e afectivo) segundo apresenta a taxonomia de Bloon. Estes objectivos eram mais
específicos para uma determinada aula e encontravam-se definidos no cabeçalho do plano. (vide
em apêndices).
20

2.1.6.2. Conteúdos das Aulas


Os conteúdos se encontravam descritos dentro do plano de aula e distribuídos para cada
momento da aula mas o seu desenvolvimento detalhado era feito em forma de apontamentos num
quadro mural. Os tais conteúdos eram retirados das aulas dosificadas pelo grupo de disciplina de
química como vem em anexos deste trabalho.

2.1.6.3. Caracterização dos Alunos

A turma de 5o curso de Quimica é constituída maioritariamente por alunos jovens e senhores em


que suas idades estão compreendidas entre os 25 a 50 anos. Na turma existem cerca de 24
estudantes sendo 18 homens e 6 mulheres distribuídos por cada carteira. Os estudantes residentes
nos diversos distritos: Montepuez, Pemba e outros distritos. Todos os estudantes falam a língua
oficial portuguesa. Quanto ao comportamento, durante a aula assistida estes alunos mostraram
um bom comportamento e sempre com vontade de querer aprender mais.

A turma está bem organizada e obedece a seguinte estrutura hierárquica: Director de turma;
Chefe de turma; Adjunto chefe da turma, Chefe de higiene; chefe de informação e Chefes dos
grupos.

2.1.6.4. Caracterização do professor


A professor, de nacionalidade moçambicana, falante da língua oficial portuguesa, tem formação
psico-pedagógica do nível superior pela Unirovuma desde 2017, no curso de Licenciatura em
Ensino de Quimica, com experiência de trabalho, aparentemente de altura média, escuro e um
magro, actualmente vive no bairro de N’coripo arredores da cidade municipal de Montepuez.
Tem qualidades profissionais exigidas tais como: assiduidade, pontualidade, cumprimento de
normas, disponibilidade e respeito pelo próximo.

2.1.6.5. Relação Professor-Aluno


Nesta aula houve uma boa relação e notou-se a contribuição por parte dos alunos na sala de
aulas. Esta boa relação entre o professor com os seus alunos não só verificou-se dentro da sala de
aulas, visto que o professor foi sempre muito social, aberto, conversativo, simpático,
disponibilizando-se na resolução de qualquer questão aos seus alunos a qualquer tempo, embora
o tempo foi curto.
21

2.1.6.6. Observações Gerais e Avaliação das Aulas Observadas


Relativamente as aulas observadas, segundo os princípios psico-pedagógicos pode se dizer que
houve um bom caminho visto que houve análise da extensão dos conteúdos do lado do docente,
com requisitos necessários para a aula de Química, requisitos estes, científicos assim como
didácticos. Duma forma geral tecem-se as seguintes considerações quanto a aula observada:

 Os meios mais usados foi a sala virtual: google meet.

 Na aula observada, a avaliação estava presente em todos momentos do PEA. Esta foi
contínua e direccionada com vista a medir o nível de conhecimentos, habilidades, atitudes
e valores especificados nas competências básicas definidas no plano de aula. Assim,
dependendo dos objectivos a serem alcançados, são tomados os seguintes tipos de
avaliação: diagnóstica, formativa e sumativa.

2.1.7. Análise do Programa de Ensino da 8a Classe


Segundo Pilett (2004:56) “Programa consiste no detalhamento do currículo conforme as
necessidades ou situações específicas da escola, da sala de aula, do aluno.”

O novo currículo procura um lado, dar uma formação teórica e sólida que integre uma
componente pré-vocacional e por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica dos pais e do país.
Assim, o novo programa do ESG tem objectivos, conteúdos, previsão do tempo para cada
unidade temática, metodologias, competências, procura responder aos desafios da educação,
assegurando uma formação integral do aluno, que assenta em quatro pilares básicos:

Saber ser que é preparar o homem Moçambicano no sentido estético, espiritual e crítico, de
modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os seus
próprios juízos de valor que estarão na base da decisões indivíduas que tiver de tomar em
diversas circunstâncias da sua vida;

Saber conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos


científicos sólidos e aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a interpretação
e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais;
22

Saber fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito
empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual, mas
também às tendências de transformação no mercado;

Saber viver juntos e com os outros que traduzem a dimensão ética do homem, isto é, que saber
comunicar-se com os outros, respeitar-se a si à sua família e aos outros homens de diversas
culturas, religiões, raças, entre outros. (Programa de Ensino de Química 8ª classe 2008:2-3)

2.1.7.1. Conteúdos das aulas da 8a Classe


Com os pilares acima mencionados (saber ser, saber conhecer, saber fazer e saber viver juntos e
com os outros) foram traçados os objectivos gerais da disciplina, objectivos gerais do ciclo, os
objectivos gerais da 8ª classe e os objectivos específicos de cada conteúdo. Neste programa da 8ª
classe constam 4 unidades temáticas que são:

 1ª Unidade temática: Introdução ao estudo da Química


 2ª Unidade temática: Substâncias e misturas
 3ª Unidade temática: Estrutura da matéria e reacções químicas
 4ª Unidade temática: Água
Idem, com estes conteúdos, na perspectiva de tornar a aprendizagem da
química relevante para o aluno, além dos métodos tradicionais de ensino
e aprendizagem, frequentemente utilizados pelos professores, julga-se
pertinente incluir nesse processo, formas alternativas de abordagem da
Biologia, as quais propiciam aos alunos, oportunidades para que possam
fazer uma nova leitura do mundo que o rodeia, através de temas
geradores. (Programa de Ensino de Quimica 8ª classe, 2008:7).

2.1.7.2. Métodos

Idem, Libâneo (1989:160) “método é o caminho a seguir para o alcance de um determinado


objectivo”.
Na perspectiva de Nerici (1989:183) enfatiza ao descrever que “Método é um conjunto de
caminhos para se chegar a um determinado fim.”
Consideremos de um modo geral de métodos, procedimentos ou estratégia de ensino, todas “as
acções, processos ou comportamentos planejados pelo professor, para colocar o aluno em
23

contacto directo com coisas factos ou fenómenos que lhes possibilitem modificar a sua conduta,
em função dos objectivos previstos” Tura apud Dias (2008: 89).

O programa de ensino da 8a Classe no fim de cada unidade tem sugestões metodológicas para o
tratamento dos temas. Mas com isto não quer dizer que o docente use apenas as metodologias
sugeridas, mas use as mais adequadas para uma determinada aula.

2.1.7.3. Meios de Ensino


Dentro do plano continham os meios. Os meios mais usados foram o quadro preto, giz, caneta,
livro de turma, caderno. Em algum momento, usavam-se também cartolina (representação de
esquemas e figuras) de acordo com a natureza do conteúdo a ser abordado e outros materiais
químicos.

2.1.7.4. Avaliação
Nas aulas observadas, a avaliação estava presente em todos momentos do PEA. Esta foi contínua
e direccionada com vista a medir o nível de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores
especificados nas competências básicas definidas no plano de aula.

As formas de avaliação a serem aplicadas consistem na observação de pequenos trabalhos


individuais ou em grupo, perguntas orais, resolução de exercícios ou correcção do TPC
planificados. Dependendo dos objectivos a serem alcançados, são tomados os seguintes tipos de
avaliação: diagnóstica, formativa e somativa.

2.1.8. Análise da Dosificação Elaborada

Segundo Nérici, (1989: 186) “A planificação trimestral ou semestral geralmente garante o


cumprimento do programa previamente traçado, permitindo os professores que leccionam a
mesma disciplina em uma determinada escola estejam em mesmo ritmo ou aproximadamente
igual.”

Planificação é a previsão mais objectiva possível de todas as actividades escolares para a


efectivação do processo de ensino e aprendizagem que conduz ao aluno de modo a alcançar os
objectivos previstos no programa temático. O grupo de disciplina dosifica os conteúdos
programados trimestralmente e deixa na pasta de disciplina que se encontra nos armários da sala
dos professores como vem em anexos.
24

CAPÍTULO III

3. Pós-Observação

Durante as actividades de EPQ na Universidade integrada, verificou-se uma colaboração constante com a
o tutor da cadeira, tendo oportunidade de participar em vários chats propostos por ele.

O primeiro chat foi realizado no dia no dia 07 de Agosto de 2021, pelas 18h e teve duração de
uma hora, onde se falou de aula ideal e professor ideal.

O segundo chat foi realizado no dia no dia 13 de Agosto de 2021, pelas 19h e teve duração de
uma hora, onde se falou de aula ideal e professor ideal.

3. 1. Planificação e execução das aulas


Para (Libâneo 1994: 25), planificar significa, portanto, uma actividade consciente de previsão
das acções docentes fundamentadas em opções político-pedagógicas e tendo como referência
permanente as situações didácticas concretas. Através da planificação, o professor escolhe e
determina os objectivos, os métodos e meios dirigindo todo o processo na base dos programas de
ensino que contém as orientações metodológicas para assimilação dos conteúdos da matéria de
ensino pelos alunos. O professor planifica, controla e avalia todos os passos didácticos e
metodológicos da assimilação dos alunos

Plano de aula é indispensável ao processo de ensino e aprendizagem onde faz-se a referência na


relação dos objectivos, métodos de ensino, funções didácticas, criatividade e imaginação por
parte do docente.

No que concerne a planificação das aulas, esta decorria em alguns dias, feita por cada estudante
praticante de EPQ. Todos os planos (do autor) eram apresentados ao tutor e ao supervisor
segundo como omeu tutor e meu supervisor teria orientado logo no inicio do estagio, para a sua
correcção e melhoramento e para posterior a execução das aulas. O processo de planificação não
só permitia uma maior colaboração e exercitação dos estudantes praticantes na planificação das
aulas, mas também o esclarecimento de dúvidas em caso de um colega ter alguns problemas num
determinado tema.
25

3. 1. 1. Leccionação das aulas


A leccionação da aula foi feita numa quarta feira. Para a efectivação desta fase, baseou-se na
preparação feita pelo docente da cadeira e do conhecimento ao longo do curso e através da
assistência de aulas feita principalmente pela tutora que dava indicações dos aspectos negativos
que o estudante estagiário devia melhorar com vista a alcançar os objectivos traçados. Durante a
leccionação o praticante estagiário recebeu duas assistências: a primeira dos colegas praticantes
que serviu para troca de experiencia e segunda assistência foi do meu tutor e ssupervisor que
tinha um carácter avaliativo.

3.1.1.2. Análise e avaliação das aulas leccionadas


Todas as aulas eram iniciadas por uma saudação assim como controle de presenças. Como se
pode verificar nos planos, havia nesta função a consolidação da matéria anterior, através da
recapitulação feita pelo aluno e correcção do TPC e sistematização dos conteúdos das aulas
anteriores pelo praticante. E também a colocação do tema da matéria nova no quadro. A
recapitulação tinha como principal objectivo, diagnosticar ou testar nos alunos o ponto de
situação real no que diz respeito a assimilação da matéria anterior, para poder decidir ao avanço
ou não a matéria nova.
Para Libâneo (1994: 181), salienta que não se deve iniciar uma aula de repente, mas sim, com
um discurso inicial para que os alunos se descontraiam. Portanto ao invés de chegar ao quadro e
colocar as palavras, as teorias ou conceitos e os exemplos, a gente começa conversando, por
exemplo pedindo à turma para definir um conceito. É necessário partir de um ponto em que os
alunos participem, para não ficarem naquela atitude passiva.
O TPC que os alunos realizavam e nos momentos introdutórios das aulas pelas sínteses das aulas
anteriores, permitiam avaliar o grau de assimilação ou de acomodação dos conteúdos de acordo
com os objectivos pré-estabelecidos

3.1.1.2.1. Auto-Avaliação em torno das aulas leccionadas


Em torno deste aspecto fez-se cumprir basicamente a fase de verificação do desempenho do
praticante em relação ao período de leccionação, caracterizado pela elaboração conjunta e
orientação para realização de um teste escrito que reflectisse todos os níveis de avaliação e os
níveis de percepção dos conhecimentos. Segundo Libâneo (1994:196) a avaliação é o espelho e
lâmpada do PEA, pois permite-nos conceber a imagem do nosso trabalho e dos problemas a
26

nossa volta, e lâmpada porque ilumina-nos indicando todos os caminhos em que estamos a
percorrer e dá perspectiva para onde vai e o que se prevê encontrar.

3.1.1.2.2. Aspectos negativos


Quanto a auto-avaliação, o maior problema verificado por mim próprio, o primeiro que fui
assistido 1 dia e foi caracterizado pelo nervosismo e ansiedade nos primeiros minutos porque
tratava-se da primeira vez a dar aula de Química sendo assistido pelo meu docente, um professor
experiente, mas com o domínio do conteúdo a leccionar passou tão rápido o nervosismo e ganhei
a estabilidade e segurança. O problema de internet foi o outro ponto. Na aula me senti que estive
bem, entretanto o meu tutor advertiu-me na necessidade de sempre usar a linguagem química e
dar sempre que necessário exemplos concretos de catalisadores positivos e negativos e não só
basear-me nas equações que envolvem os tais tipos de catalisadores.
3.1.1.2.3. Aspectos positivos
Fui sempre pontual nas assistências e na leccionação. Participei todas aulas leccionadas
virtualmente. Nunca dera aula não planificada e levava sempre o plano para a sala de aulas.

3.2.Avaliação e aproveitamento pedagógico dos estudantes

A avaliação deve ser contínua e sistemática e, deve ter três funções principais: pedagógico-
didáctica, diagnóstica e de controlo. A função pedagógico–diagnóstica relaciona-se com o
alcance dos objectivos definidos. A função diagnóstica refere-se à “análise sistemática das
acções do professor e dos alunos, visando detectar desvios e avanços do trabalho docente em
relação aos objectivos, conteúdos e métodos”. A função de controlo tem a ver com a
comprovação dos resultados de aprendizagem por parte dos alunos.

Fazendo uma avaliação do aproveitamento, posso afirmar que foi positivo.

3.3.Efectivos dos Alunos da Turma A 8ª Classe

Tabela 1. Efectivos dos estudantes do curso de Quimica


Alunos no inicio do ano Desistentes Alunos no fim do semestre
H M HM H M HM H M HM
18 6 24 0 0 25 18 6 24
Fonte: Autor (2021)
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CAPITULO IV: CONCLUSÃO


As actividades do Estagio Pedagógico de Química contribuíram para a formação no aspecto
individual, bem como no colectivo, sobre tudo no aspecto ligado ao trabalho em equipa no que
concerne fundamentalmente a planificação de aulas, leccionação, elaboração de avaliações. A
leccionação de aula foi um aspecto marcante no EPQ, pois, esta componente permitiu com que o
praticante estagiário através da prática, superasse as dificuldades que enfrentava nos primeiros
dias de aulas. Quanto a assistido o autor e aos colegas praticantes concluiu-se também que os
mesmos seguem os requisitos necessários para uma boa leccionação, isto é, planificam, contudo
a falta de aulas práticas tem sido um dos maiores problemas que se podem registar. Outro
aspecto ligado a esse estagio foi a leccionação das aulas virtualmente.
Ao longo do PEA foi possível perceber que na leccionação, o mais importante não é cumprir
com o programa ou seja com os conteúdos programados para o trimestre, mais sim, procurar
fazer perceber a matéria isso sim é o mais importante. Principalmente quando se trata da
disciplina de Química em que maior parte de alunos a considera como um bicho-de-sete-cabeças,
pude perceber que era necessário seguir todos os passos possíveis de modo a formar os
pesquisadores da Química do futuro.
28

Sugestões
 Sugerir a extensão ou seja a Universidade Rovuma para criarem condições para acontecer
estágio nas escolas e não virtuais como aconteceu esse ano.
 Que se elabore modelos ou cartazes sempre que possível para garantir que o PEA de
Química ocorra da melhor forma e que haja a diminuição do grau de abstracção em
relação a um dado fenómeno.
 Para o próximo estágio, sugere-se que sejam informados no início da actividade os
tutores que os praticantes sempre contam com o apoio deles e não podem deixar de
apoiar, de modo que tenha um melhor acompanhamento lógico das actividades.

Constrangimentos
Foi muito difícil lidar com uma turma virtualmente, visto que não estávamos presencialmente,
não é fácil por exemplo satisfazer as todas as dúvidas dos alunos atendendo que o tempo está
cronometrado. Este constrangimento se fazia mais sentir na altura de marcação de presença, pois
perdia tanto tempo fazendo chamada o em vez de tratar do assunto da aula. Problemas de rede e
internet constrangiu muito.
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Anexos
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Apêndices
31

Bibliografia
Dias, Hildizina Norberto et al, (2008). Manual de Práticas Pedagógicas, Editora Educar,
Maputo.
Dias, Hildizina Norberto; et al (2010). Manual de Práticas e Estágio Pedagógico, 2ª edição,
Edição: Editora Educar.
Duarte, Stela e Chemane, Orlando (2006). Formação de tutores para as Praticas Pedagógicas
da Universidade Pedagógica, Aspectos gerais da tutoria. Maputo.
INDE/MINED, (2008). Programa de Ensino de Química 8ª classe, Maputo.
Lakatos, Eva Maria; Marconi, Maria de Andrade (2009). Metodologia científica. 5ª Edição,
S. Paulo.
Libâneo, José Carlos (1989). A Democratização da Escola Pública, Loyola, São Paulo.
Libâneo, José Carlos, (2001). Organização e Gestão da Escola Teoria e Prática. 3a ed., (revista e
ampliada): editora Terra.
Nérici, Imídio Giuseppe (1989) Introdução a Didáctica Geral, 6 ed., Funda da Cultura, São
Paulo.
Pillet, C. (2004). Curso de Didáctica Geral, 23ªed, São Paulo, editora Ética.
Proença, M.C (1989). Didáctica da Historia, Livros Horizontes, Lisboa.

Universidade Rovuma (2020). Aspectos Essenciais do Regulamento Académico, Maputo.

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