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Processo Disciplinar
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Processo Disciplinar
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................4
2. O processo Disciplinar............................................................................................................5
2.1. A instituição do processo disciplinar...................................................................................5
2.2.Infracção Disciplinar.............................................................................................................5
2.3. Sanções Disciplinares..........................................................................................................6
2.4. Organização e Instrução do Processo Disciplinar................................................................7
2.4.1. O objecto e fim do processo disciplinar............................................................................7
2.5. O inicio do Processo disciplinar..........................................................................................7
2.6. Nulidade do Processo Disciplinar........................................................................................8
2. 7. Impugnação do Despedimento............................................................................................9
2.8. Obrigatoriedade de Mediação............................................................................................10
Conclusão..................................................................................................................................11
Referências Bibliográficas........................................................................................................12
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1. Introdução
O processo disciplinar acontece quando o comportamento culposo do trabalhador que,
pela sua gravidade e consequências, torne imediata e praticamente impossível a subsistência
da relação de trabalho, confere ao empregador o direito de fazer cessar o contrato de trabalho
por despedimento. Assim, a aplicação da sanção disciplinar, nos termos do artigo 65, n.º 1 da
presente lei, é obrigatoriamente precedida da instauração de processo disciplinar.
Ainda, neste trabalho poderá se destacar o processo disciplinar como sendo um meio no qual
o trabalhador é sancionado quando demonstra u comportamento inadequado dentro da
organização, obrigado assim o empregador o gestor a instituir um processo disciplinar.
Para a elaboração do presente trabalho foi necessário a consulta de obras bibliográficas acima
referidos e a consulta electrónica internet, que fundamentam teoricamente os pontos aqui
referenciados, Este presente trabalho encontra-se estruturado por seguinte forma: Introdução,
Desenvolvimento, conclusão e Referência bibliográfica.
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2. O processo Disciplinar
O poder disciplinar do empregador é uma faculdade que lhe é atribuído por lei.
Compreende o poder de qualificar comportamentos com infracções, instaurar
processos disciplinares e de punir o trabalhador que viola os seus deveres
profissionais.
“O poder disciplinar corresponde a uma faculdade atribuída a uma das partes, o empregador,
de impor sanções à outra, o trabalhador, máximo o despedimento” (Martinez, 2010: 673).
2.2.Infracção Disciplinar
É o facto ou comportamento voluntário (uma acção ou uma omissão) praticado
pelo trabalhador com violação dos seus deveres profissionais. Significa que o
trabalhador pode ser punido “por fazer o que é proibido” ou “por deixar de fazer o
que é devido”.
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Nos termos do Artigo 66, n.ᵒ1 da Lei do Trabalho, a infracção disciplinar está
relacionada com a violação culposa de deveres profissionais. É, pois, o
“comportamento culposo do trabalhador que viola os seus deveres profissionais”.
a) Admoestação verbal;
b) Repreensão registada;
a) Suspensão do trabalho;
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d) Despedimento;
2. 7. Impugnação do Despedimento
Conforme a Lei de Trabalho no seu artigo nº 69, refere a Impugnar o
despedimento ou a “justa causa” da rescisão do contrato de trabalho é, no fundo,
manifestar que não concorda com a decisão que lhe foi aplicada no processo
disciplinar. Os motivos dessa discordância podem ser vários:
Por considerar que foi acusado e punido ilegalmente já que os factos de que
está sendo acusado, por exemplo, nem se quer constituem violação dos seus
deveres profissionais, ou mesmo que o sejam, não foi respeitada a lei na
aplicação da sanção disciplinar;
Por não terem sido respeitadas formalidades que a lei fixa para a aplicação de
sanções disciplinares ou, mesmo, pelo facto de a sanção disciplinar aplicada
não constar, por exemplo, da lei do trabalho.
A acção de impugnação do despedimento deve ser intentada no prazo de 6 meses a
contar da data do despedimento.
Sendo o despedimento declarado ilícito, o trabalhador deve ser reintegrado no seu
posto de trabalho e pagas as remunerações vencidas desde a data do despedimento até
ao máximo de 6 meses, sem prejuízo da sua antiguidade.
Conclusão
Ao concluir este trabalho que teve como tema o processo disciplinar. Realçou-se de diversos
conteúdos em prol do conteúdo chave, na medida que o mesmo, desenvolveu-se de modo a se
perceber o que, como, e quando, o processo disciplinar afecta um trabalhador. Deste modo, o
conceito de poder disciplinar, intrinsecamente ligado à necessidade de compreensão do seu
fundamento enquanto poder conferido ao empregador, o que já pressupõe que deriva do seu
conceito. Entendemos que de um modo geral, a doutrina nacional associa o conceito de
«poder disciplinar» à faculdade que é conferida ao empregador, desde logo, através da lei, de
aplicar sanções disciplinares ao trabalhador que não cumprir com as condições acordadas
inicialmente no contrato de trabalho. Assim, quando o trabalhador atrasa ou falta ao
serviço viola os deveres de pontualidade e de assiduidade, respectivamente. Portanto, com
este seu comportamento prática uma infracção disciplinar, podendo, se assim entender, o
empregador aplicar-lhe uma sanção disciplinar. Os deveres do trabalhador estão previstos nas
diferentes alíneas do Artigo 58 da lei do trabalho.
Deste modo, recorreu ao estudo de várias teorias que não lhe trouxeram uma explicação em
concreto de forma autónoma, mas foi lhe possível compreender como o poder disciplinar é
atribuído ao empregador pelo facto deste se tratar de uma estrutura organizativa que permite o
desencadear de acções que tendem à aplicação de um procedimento disciplinar, que cessa
com a decisão e comunicação ao trabalhador de qual a sanção que lhe foi imposta. Ainda na
fase preliminar de entendimento do conceito e fundamento do poder disciplinar cabe
sistematizar este conceito sob o ponto de vista legal, tendo em consideração que a sua
interpretação ao longo dos vários diplomas legais não se manteve estável.
Todavia, destacou-se que o processo disciplinar é nulo quando a nota de culpa é feita sem
respeitar o que sobre ela a lei determina. De acordo com a lei, a nota de culpa deve “conter a
descrição detalhada dos factos e circunstâncias de tempo, lugar e modo do cometimento da
infracção que é imputada ao trabalhador”. Assim, se, por exemplo, a nota de culpa é elaborada
sem a indicação detalhada das circunstâncias de tempo, lugar ou modo como os factos se
passaram, em princípio, o processo será nulo.
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Referências Bibliográficas
Fernandes, A. M. (2012). Direito do Trabalho. (17ª Edição). Coimbra, Almedina.