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Físico-Química
7º ano
Autores
Maria Luísa Costa
Osvaldo Ortet
Otelino Pereira
Valdemar Vaz
ILUSTRAÇÃO
Adobe Stock Image | Freepik
REVISÃO LINGUÍSTICA
Luís Pereira
COORDENAÇÃO GERAL
Direção Nacional de Educação
EDITOR
Ministério da Educação
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Tipografia Santos
EDIÇÃO
© 2O19
Cidadania
Exercício de aplicação
em parte
Os temas do manual faz
À medida que avanças de
n- ordamos
- da tua vida. Por isso ab
tro de uma unidade tem áti com obje-
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Química.
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Atividade prática
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Seja Bem-vindo(a)!
Este é o teu manual de Físico-Química
7.º Ano
Este manual é um instrumento útil em que vais começar, de uma forma mais específica, a
interagir com a Física e Química, ciências fascinantes que contribuíram para o ser huma-
no dar um salto sem precedentes e transformar o mundo no que é hoje.
Os autores
ÍNDICE
1. Introdução à Ciência
3. ENERGIA
OBJETIVOS A ATINGIR
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1
Introdução à Ciência
A Ciência é um conjunto de respostas e uma procura constante da verdade sobre tudo o que existe.
Portanto, é uma forma de investigar e explicar a Natureza.
Quando se fala em ciência, muitas pessoas pensam em microscópios, tubos de ensaio, laboratórios, investi-
gação de alto nível, etc., devido à sua relação com a mesma, mas ela pode ser algo muito elementar. “A ciên-
cia pode ser algo muito simples, como observar o nascer do sol a cada manhã ou extremamente complexo”,
como explicar a origem do Universo.
O conhecimento científico advém dos factos. Logo, as opiniões ou preferências individuais e suposições
especulativas nunca possuem espaço na ciência. Qualquer conhecimento científico é objetivamente compro-
vado, o que implica um alto grau de confiabilidade na ciência.
A ciência não é algo acabado, tem carácter dinâmico e encontra-se em constante crescimento. As respostas
encontradas sofreram muitas mudanças ao longo do tempo e esse processo continuará a acontecer no futu-
ro. As descobertas são transmitidas de geração em geração e os progressos científicos acontecem à medida
que são feitas novas descobertas. Um conhecimento científico leva a outro, e assim sucessivamente.
A infinidade de questões sobre a natureza levou à divisão da ciência em vários ramos, de modo a facilitar as
investigações e intensificar a obtenção de respostas. Portanto, dividiu-se a ciência em ramos para multiplicar
as respostas das diversas questões que inquietam a humanidade.
Alguns ramos da Ciência e os respetivos objetos de estudo
• Biologia: estuda os seres vivos (os animais, • Astronomia: estuda os astros (planetas, cometas,
as plantas, os fungos, as algas, os protozoários, estrelas, satélites, etc.) e a estrutura do universo.
as bactérias, os vírus) e as relações entre eles.
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1
Introdução à Ciência
• Geologia: estuda a Terra, a sua origem, a sua estru- • Matemática: estuda os números, as opera-
tura, a sua forma, os materiais que a compõem e as ções numéricas, as relações entre as quantida-
transformações que ocorrem nela. des, os conjuntos, etc.
• Física: estuda os fenómenos e propriedades que não provocam a formação de novos mate-
riais. A energia, os movimento as forças são objetos de estudo da Física.
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1
Introdução à Ciência
Existem questões que transcendem uma determinada área científica, e quando for o caso, vários ramos cien-
tíficos atuam de forma conjunta na procura de soluções.
O entendimento sobre muitos fenómenos que ocorrem na Natureza assim como conhecimentos sobre a
constituição e transformação dos materiais permitiu à humanidade encontrar soluções para muito dos seus
problemas.
Tecnologia
Desde os tempos antigos o ser humano utilizou a sua inteligência e a sua aptidão motora para garantir a
sobrevivência. O ser humano dominou o fogo e aproveitou-o em diversas situações, construiu instrumentos
com madeiras e pedras para caçar e proteger-se, etc. Ao longo de milhares de anos foram aparecendo in-
venções e descobertas que transformaram o mundo no que é hoje.
A habilidade de invenção humana teve um grande avanço quando o conhecimento científico passou a com-
plementar a técnica vulgar e artesanal. A competência humana para melhorar técnicas, instrumentos e efe-
tuar descobertas passou a ser ilimitada. Deste modo apareceram milhares de invenções que mudaram o
mundo, a forma como vivemos e pensamos.
Fig. 9 Computador
Fig. 10 Internet
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1
Introdução à Ciência
• O telemóvel - aparelho pequeno, leve, com diversos recursos como internet, correio
eletrónico, música, câmara fotográfica e vídeo.
Fig. 12 Telemóvel
Fig. 13 Laser
Fig. 14 Holograma
Trabalho de pesquisa
Procura na internet (ou utilizando outros recursos) informações sobre pelo menos duas das seguintes
grandes máquinas construídas pelo Homem:
• Big Bud 747 – um dos maiores tratores do mundo
• Mil Mi-26 - um helicóptero muito potente
• Airbus A380 - Um grande avião de transporte de passageiros
• Liebherr T 282 B – um dos maiores camiões
• JR-Maglev – Um dos comboios mais rápidos
• Antonov Na-225 – um dos maiores aviões
• Baggar 293 – A maior máquina de movimentação de terra
• USS Enterprise – O maior porta-aviões do mundo
Não te esqueças de indicar os sítios de internet consultados (ou a bibliografia consultada) e a data em que
a pesquisa foi feita.
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1
Introdução à Ciência
• Antoine Lavoisier (1743-1794) – químico francês, autor da famosa frase ‘’Na natu-
reza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’’. Ele revolucionou esse ramo
científico. Em 1789 lançou uma obra de grande importância para a ciência intitulada
Tratado elementar de química.
• Isaac Newton (1643-1727) – Cientista inglês, que apesar de também ter sido as-
trónomo, alquimista, filósofo natural e teólogo, foi mais reconhecido como físico e
matemático. A sua obra, Princípios matemáticos da filosofia natural, é considerada
uma das mais influentes na história da ciência. A obra descreve a lei da gravitação
universal e as três leis de Newton que fundamentam a mecânica clássica. Newton
construiu o primeiro telescópio refletor e deu muitas outras contribuições para a
ciência.
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1
Introdução à Ciência
Trabalho de pesquisa
Procura na internet (ou utilizando outros recursos) outros cientistas famosos não mencionados anterior-
mente, indicando os seus nomes, as suas nacionalidades e as suas principais descobertas.
Não te esqueças de indicar os sítios de internet consultados (ou a bibliografia consultada) e a data em que
a pesquisa foi feita
O mapa seguinte, figura 19, resume os principais conceitos que aprendeste sobre a ciência.
Ciência
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1
Introdução à Ciência
Exercícios de aplicação
A ciência é um conjunto de respostas e uma busca constante da verdade em relação a tudo o que existe,
ou seja, é uma forma de investigar e explicar a natureza.
A ciência foi dividida em vários ramos de estudo para facilitar as investigações e obter respostas com
maior rapidez.
Exemplos de ramos da ciência:
• Biologia – estuda os seres vivos (os animais, as plantas, os fungos, as algas, os protozoários, as bacté-
rias, os vírus) e as relações entre eles.
• Astronomia – estuda os astros (planetas, cometas, estrelas, satélites, etc.) e a estrutura do universo.
• Geologia – estuda a Terra, a sua origem, a sua estrutura, a sua forma, os materiais que a compõem e as
transformações que ocorrem nela.
• Matemática – estuda os números, as operações numéricas, as relações entre as quantidades, os con-
juntos, etc.
• Física – estuda fenómenos e propriedades que não provocam a formação de novos materiais. A energia,
os movimento as forças são objetos de estudo da Física.
• Química – estuda a composição, as propriedades e as transformações da matéria. Os fenómenos e as
propriedades que provocam a formação de novos materiais são objetos de estudo da Química.
• Medicina – dedica-se ao estudo da vida, da saúde, da doença e da morte dos seres humanos e animais.
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1
Introdução à Ciência
A Física e a Química estão relacionadas praticamente com tudo o que encontramos no nosso dia a dia.
Podes também encontrar outros exemplos de produtos que nas suas composições possuem substâncias
originadas de processos físicos e químicos, tais como: os computadores, os telemóveis, os tablets e diversos
eletrodomésticos.
Sem a Física e a Química não era possível ter eletricidade, televisão, telemóveis, medicamentos, automó-
veis, barcos, aviões, entre outros.
O nosso corpo, por exemplo, é formado por diversas substâncias em constante transformação, que nos
possibilitam continuar vivo. Ao consumirmos, por exemplo, alimentos e água, o nosso sistema digestivo
produz substâncias químicas capazes de transformar esses materiais ingeridos em nutrientes necessários
para diversas funções do organismo, como produção de energia, manutenção dos órgãos, dos tecidos, dos
ossos, etc.
A B
Fig. 20 Exemplos de alguns produtos e respetiva composição química: A - Água engarrafada; B - Creme de mãos
Exercícios de aplicação
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1
Introdução à Ciência
A exploração e a transformação de todas as matérias-primas que a humanidade usufrui, a análise dos ma-
teriais que utiliza e consome e a orientação da investigação no sentido da criação de novos materiais para a
sociedade, levam os Químicos e os Físicos a contribuirem para o desenvolvimento das diversas atividades
humanas e das outras ciências:
É possível observar vários benefícios que a Física e a Química trouxeram para o nosso ambiente. O trata-
mento de água, a dessalinização da água do mar, a melhoria da qualidade do ar, do solo e da fauna marinha,
o controlo da poluição, são exemplos de como a Química e a Física podem trabalhar em benefício dos seres
vivos e do planeta.
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1
Introdução à Ciência
Atualmente existe uma consciencialização quanto às práticas de reciclagem, ao tratamento de águas residu-
ais, à utilização de materiais biodegradáveis e à criação de locais apropriados para o tratamento de resíduos
sólidos.
As relações da Física e da Química com o ambiente devem ser aperfeiçoadas de maneira a que se promova
uma qualidade de vida cada vez melhor.
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1
Introdução à Ciência
Uma questão importante a ter em conta é a ética na obtenção e na divulgação dos resultados obtidos. Um in-
vestigador científico deve fazer registos de forma fiel das informações relevantes do observado. Nunca deve
alterar, falsificar ou omitir informações para obter resultados “perfeitos”.
O método científico
Os Físicos e os Químicos são particularmente curiosos, olham as coisas de uma maneira especial! E gostam
muito de levantar questões.
O método científico é o modo próprio que os cientistas têm de executar as suas tarefas, correspondendo a
procedimentos práticos que orientam as pesquisas e levam ao conhecimento científico.
Em ciência não há um método único. Cada ramo científico pode ter o seu método diferente de outro. O grupo
de cientistas, de uma determinada área de estudo, decide a forma como vão ser desenvolvidas as pesquisas.
Um método clássico, e ainda utilizado, consiste na realização de uma sequência organizada de fases ou
etapas:
Durante esta etapa, podem ser utilizados diversos aparelhos para aperfeiçoar os dados, como a lupa, o
microscópio, o telescópio, os detetores de ondas (som e luz), entre outros. A observação marca o início das
investigações e é feita tantas vezes quanto necessário.
Estando perante dúvidas sobre a explicação de algum facto ou fenómeno observado, procede-se à formula-
ção do problema (ou levantamento de uma questão).
2. Formulação de hipótese
Apresentação de uma explicação temporária ou de uma resposta provisória com base em dados recolhidos,
inerentes ao problema formulado.
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1
Introdução à Ciência
5. Conclusão e generalização
Com a análise dos resultados e das apreciações chega-se a uma conclusão sobre a veracidade da proposta
explicativa sugerida como hipótese, generaliza-se e estabelecem-se as Leis.
Resumindo:
O ser humano
perante a natureza
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1
Introdução à Ciência
Objetivo
Nota: É bom lembrar que se deve ter muito cuidado ao realizar experiências envolvendo fogo. Devem ser
feitas sempre em local aberto e com a presença do(a) professor(a). É o(a) próprio(a) professor(a) que terá
a responsabilidade de acender o fogo e também de apagá-lo.
Materiais necessários
• Garrafa de plástico transparente, com um pequeno buraco na parte lateral superior e com tampa
• Duas folhas de papel
• Fita-cola pequena
• Uma caixa de fósforos
Procedimentos
Parte I
1. Enrola os dois papéis dando-lhes um formato cilíndrico. Fixa-os com fita-cola para não se desenrolarem.
2. Com ajuda do(a) professor(a) ateia o fogo numa das extremidades do papel cilíndrico fora da garrafa.
3. Observa e regista o comportamento do fumo (sobe ou desce?).
4. Será que o fumo sobe sempre em qualquer situação?
Parte II
5. Introduz uma das extremidades do segundo papel enrolado no buraco da garrafa, segurando-o com fita-
-cola de maneira a que fique praticamente na horizontal. Com ajuda do(a) professor(a) ateia o fogo na outra
extremidade.
6. Observa e regista o comportamento do fumo dentro da garrafa.
7. Que conclusão tiras tendo em conta os pontos 3 e 5.
Exemplo de uma nova questão: Porquê que o fumo se comportou desse modo dentro da garrafa?
A escrita do relatório é o outro momento importante, que tem como objetivo a exposição escrita da experiên-
cia laboratorial realizada, de uma forma simples, clara e precisa. No relatório deves descrever o que fizeste,
como fizeste e a que conclusões chegaste. Existem tópicos importantes que deves focar na escrita do
relatório final da experiência: o Tema, Breve introdução, Objetivo, Materiais e/ou Reagentes utilizados,
Procedimento experimental, Discussão dos resultados, Conclusões e Bibliografia consultada.
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1
Introdução à Ciência
O laboratório é o local mais seguro e adequado para os químicos, os físicos e outros cientistas desenvolve-
rem os seus trabalhos experimentais.
O laboratório é por vezes associado a um espaço perigoso, misterioso e inseguro. No entanto, se conheceres
as regras básicas de segurança e o modo de manusear os materiais existentes, tudo se torna mais fácil, e
irás constatar que de facto o laboratório é um local simples e seguro. Contudo, é importante teres consciência
que qualquer trabalho experimental necessita de especial atenção, pois é potencialmente perigoso. O labo-
ratório não é um local para brincadeiras. Sendo assim, quanto mais souberes acerca das regras básicas de
segurança, menor será o nível de perigosidade.
Portanto, nesta fase inicial em que te encontras, uma impressão positiva do laboratório será importante para
que possas começar sem complexos e sem medo o estudo desta ciência experimental.
Terás que aprender as boas práticas de laboratório. Estas devem obedecer a um conjunto de regras que
visam o manuseamento correto dos materiais correntes existentes no laboratório e que nunca deverás es-
quecer.
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1
Introdução à Ciência
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1
Introdução à Ciência
• Riscos
Hoje em dia é obrigatória a informação pública acerca da composição de muitos materiais. Daí a razão de
serem devidamente rotulados.
Um rótulo deve indicar, de um modo sucinto, a composição do produto em causa. Além da composição, os
rótulos ainda trazem, no caso de certos produtos, determinados símbolos - os pitogramas de perigo - que
nos alertam para o perigo de manuseamento de alguns desses produtos, ou seja, os pictogramas revelam
informações sobre os efeitos nocivos de um determinado produto para a saúde humana ou para o meio am-
biente.
Na figura 29, encontram-se vários exemplos de pitogramas de perigos e alguns cuidados que poderás en-
contrar nos rótulos de produtos químicos.
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1
Introdução à Ciência
Outras informações valiosas que podes encontrar nos rótulos dos produtos químicos são as frases R e S,
ou seja, as frases de riscos (código R) e as frases de segurança (código S). As frases R especificam em
pormenor os riscos relativos ao manuseamento do respetivo produto. As frases S são recomendações que
descrevem as medidas adequadas que qualquer pessoa deve seguir para minimizar ou prevenir efeitos re-
sultantes da exposição a um determinado produto químico.
É de realçar que atualmente em embalagens mais recentes, em vez das frases R e S, encontram-se as
Advertências de Perigo, código H, e as Recomendações de Prudência, código P, respetivamente.
(irritante ou nocivo)
As normas de segurança são estabelecidas para a segurança de todos, mas dependem do teu comporta-
mento individual.
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1
Introdução à Ciência
• Nunca trabalhes sozinho no laboratório, deves estar sempre acompanhado(a) do(a) professor(a) ou do(a)
técnico(a) responsável;
• O material, especialmente o de vidro, deves colocá-lo o mais afastado possível das extremidades da
bancada, para evitar que caia;
• Deves ter um caderno de laboratório sempre atualizado;
• Deves fazer o registo de todos os dados experimentais, e observações importantes na hora da
execução da experiência. Nunca deixes para depois da aula;
• Mantem a bancada onde realizas a experiência sempre bem arrumada e limpa;
• Lava as mãos adequadamente após a execução de qualquer experiência;
• Antes de saíres do laboratório, deves verificar se as torneiras de gás e de água estão fechadas,
bem como se os aparelhos utilizados estão desligados.
Perante a imensa variedade de fenómenos e materiais existentes no nosso universo torna-se importante
a medição.
Por vezes é necessário saber quão grande ou pequeno é um objeto, quão longe ou perto se encontra,
quando termina um determinado fenómeno, etc.
Imagina um copo com água. Podes medir a capacidade do copo (volume), podes pesá-lo (a massa) e
medir a sua altura (comprimento).
A medição é um processo fundamental em Física e Química, que consiste num conjunto de operações que
tem por objetivo determinar o valor de uma grandeza. Ela é bastante útil para descrever as observações.
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1
Introdução à Ciência
Metrologia é a ciência
Grandeza é qualquer quantidade física que pode ser medida. Exemplos: que estuda a medição.
a massa, o volume, o comprimento, o tempo, a temperatura, etc.
Para efetuarmos a medição de uma grandeza física, (ato de medir), precisamos de conhecer a unidade
correspondente. A unidade é uma grandeza particular de uma dada espécie, selecionada segundo deter-
minado critério e que serve de padrão de comparação com outras grandezas da mesma espécie.
Os Químicos e os Físicos têm necessidade de fazer medições de massa, temperatura, tempo, comprimento,
etc. Essas medições exigem certos cuidados, pois medir implica:
A B C
E F
D
Fig. 32 Alguns instrumentos de medição: A- Balança analítica; B- Balança de precisão; C- Fita métrica;
D- Termómetro de mercúrio; E- Termómetro digital; F- Cronómetro
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1
Introdução à Ciência
Erros na medição
Nenhuma medição é perfeita, pois o resultado da medição vem acompanhado de erros devido a alguns
fatores. Existem dois tipos de erros mais correntes ao efetuar uma medição: os erros sistemáticos e os
erros fortuitos ou aleatórios.
Erros sistemáticos
São erros que resultam de uma falha de um instrumento de medida (Ex: uma balança mal calibrada), e/ou
do método utilizado (Ex: posicionamento constantemente incorreto do aparelho de medida).
Se forem descobertos podem ser corrigidos ou eliminados.
Para minimizar esses erros deve-se repetir a medição várias vezes e assumir o valor da média aritmética
como sendo o valor mais provável.
28
1
Introdução à Ciência
O mapa seguinte, figura 33, resume os princípios que aprendeste para fazer uma medição.
Medir
Por exemplo
Implica
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1
Introdução à Ciência
Em ciência não há um método único, cada ramo científico pode ter o seu método diferente.
Um método clássico, e ainda utilizado, consiste na realização de uma sequência organizada de fases ou
etapas:
1. Observação, Registo de dados e Formulação do problema.
2. Formulação de hipótese
3. Realização de experiências controladas.
4. Análise dos resultados
5. Conclusão e generalização
O laboratório é o local mais seguro e adequado para os químicos, os físicos e outros cientistas desenvol-
verem os seus trabalhos experimentais.
Qualquer trabalho experimental necessita de especial atenção. O laboratório não é um local para brinca-
deiras. Devem-se cumprir as regras básicas de segurança.
A medição é um processo fundamental em Física e Química, que consiste num conjunto de operações que
tem por objetivo determinar o valor de uma grandeza. Ela é bastante útil para descrever as observações.
Nenhuma medição é perfeita, existem dois tipos de erros mais correntes associados:
• Erros sistemáticos - São erros que resultam de uma falha de um instrumento de medida (Ex: uma balança
mal calibrada), e/ou do método utilizado (Ex: posicionamento constantemente incorreto do aparelho de me-
dida). Se forem descobertos podem ser corrigidos ou eliminados.
• Erros fortuitos ou aleatórios - São erros que podem ocorrer devido ao posicionamento desajustado do
observador em relação à escala ou por outras causas, como por exemplo, variações no ambiente do labo-
ratório. São inevitáveis e ocorrem sem qualquer regularidade. Para minimizar esses erros deve-se repetir a
medição várias vezes e assumir o valor da média aritmética como sendo o valor mais provável.
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1
Introdução à Ciência
Atividade Prática II: “Medição do volume de um corpo com uma proveta graduada”
Objetivos
• Medir o volume de um corpo sólido através do deslocamento do líquido numa proveta.
• Reconhecer a utilidade de uma proveta.
• Adotar uma posição correta para a leitura do volume do líquido (base de “menisco”).
Procedimento
1. Enche a proveta com água até cerca de 1/3 da sua capacidade.
2. Observa e regista corretamente o volume de água colocada na proveta (Vi).
3. Introduz o corpo sólido cuidadosamente na proveta com água.
1ª
2ª
3ª
Média aritmética da variação do volume
31
1
Introdução à Ciência
Questões
Objetivos
Materiais necessários
• Termómetros graduados na escala de Celsius
• Copos de vidro
• Água da torneira
• Gelo
Procedimento
1. Analisa cuidadosamente um termómetro de laboratório e regista o valor máximo e mínimo da escala.
2. Regista o valor da menor divisão da escala.
3. Coloca a parte sensível do termómetro em contacto com a água da torneira, aguarda uns minutos e
regista o valor da temperatura.
4. Repete o ponto 3 pelo menos 3 vezes e calcula a média aritmética dos valores.
5. Repete os pontos 3 e 4 usando cubos de gelo a derreterem-se num copo.
Valor da temperatura em
Experiências 0
C
1ª
Água da
torneira
2ª
3ª
Média aritmética
1ª
Cubos de gelo
2ª
3ª
Média aritmética
32
Verifica o que aprendeste nesta temática
1. Desde os tempos remotos, várias questões sobre a natureza ocuparam a mente do Homem. A
procura de respostas para estas questões levou ao surgimento da ciência.
2. O controlo da água das praias é uma aplicação da Química que está relacionada principalmente
com uma das seguintes atividades. Qual?
3.1- Classifica cada uma das afirmações seguintes como verdadeira (V) ou
falsa (F)
A. Durante a realização de experiências deve-se retirar anéis e/ ou pulseiras.
B. Antes de usarmos substâncias químicas, devemos ler com atenção os rótu-
los colocados nos frascos que as contêm.
C. Os recipientes que contêm substâncias químicas não precisam de ser rotu-
lados.
D. Não é preciso preocuparmo-nos com a contaminação dos reagentes.
E. Após a realização de experiências é necessário limpar e arrumar a mesa de trabalho.
3.2- No laboratório encontram-se diversos produtos e equipamentos. Faz a legenda das seguintes imagens:
33
3.3- Os produtos químicos podem ser perigosos. Por isso utilizam-se pitogramas de perigo para alertar
quem vai manusear esses produtos para os perigos inerentes. Identifica o significado dos seguintes sinais
de perigo e diz quais os cuidados que devem ser tomados no manuseio de produtos que os apresentam.
34
5. Assinala com uma cruz a unidade no Sistema Internacional (SI) correspondente a cada uma das
seguintes grandezas.
Comprimento
Tempo
Massa
Temperatura
6. Assinala com uma cruz o instrumento de medida correspondente a cada uma das seguintes gran-
dezas.
Massa
Tempo
Comprimento
Temperatura
35
2
Os Materiais que nos rodeiam
2
Os Materiais que nos rodeiam
36
2
Os Materiais que nos rodeiam
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2
Os Materiais que nos rodeiam
OBJETIVOS A ATINGIR
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2
Os Materiais que nos rodeiam
Materiais
Material é tudo o que tem massa e ocupa espaço, tais como o ar, a água, as rochas, o oxigénio, o dióxido
de carbono, o nosso organismo, etc. Qualquer ser ou objeto da Natureza é feito de algum material.
Os materiais apresentam as mais diversas características e servem para várias aplicações, como por
exemplo, os mobiliários da nossa casa, os nossos vestuários, a nossa alimentação, etc.
A variedade dos materiais na natureza é muito grande, e por isso é fundamental classificá-los seguindo
determinados critérios, para facilitar o estudo dos mesmos.
1. Quanto à origem
Os materiais podem ser de origem vegetal (obtidos a partir das plantas), origem animal (obtidos a partir
dos animais), ou mineral (formado por tudo aquilo que não possui vida, e podem ser obtidos a partir dos
minérios, rochas, etc).
Quando são extraídos diretamente da natureza são considerados materiais naturais, podendo ser con-
sumidos tal como a natureza os produz. Os que sofreram algumas transformações provocadas pelo ser
humano são designados de materiais manufaturados ou artificiais.
39
2
Os Materiais que nos rodeiam
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2
Os Materiais que nos rodeiam
Não esquecendo da água, material de origem mineral o nosso bem precioso, que deves poupá-la devido
à sua escassez no planeta Terra.
Atualmente existe uma forte dependência da humanidade por materiais artificiais ou manufaturados, como
por exemplo, nylon, silicone, plásticos, tintas, etc.
Para a produção de materiais artificiais ou manufaturados utilizam-se outros materiais naturais e/ou manufa-
turados, designados de matérias-primas.
Os recursos naturais constituem fontes de matéria-prima utilizadas pela humanidade ao longo dos tempos.
Sabendo que esses recursos são limitados, devemos explorá-los e fazer uso de forma racional, aplicando a
política dos 3 R´s, Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Através da reciclagem usa-se em menor quantidade as
matérias-primas e os recursos na Terra demorar-se-ão mais tempo.
No caso específico de Cabo Verde, é de salientar a existência de poucos recursos naturais e, assim como,
uma forte dependência de produtos importados e/ou manufaturados.
É bastante importante teres uma atitude que visa a preservação ambiental, tendo em atenção os teus
hábitos de consumo e poupança de recursos.
41
2
Os Materiais que nos rodeiam
Cidadania:
Produção e tratamento de lixo
Lixo é o resto de materiais que utilizamos, no quotidiano, e que consideramos desnecessário, incómodo e
que se pode deitar fora. Muitos dos materiais presentes no lixo produzido têm efeitos negativos sobre o meio
ambiente e demoram tempo para desaparecer completamente. Existem materiais que podem ser perfeita-
mente reutilizados antes de serem jogados fora, mas também há materiais no lixo que podem ser reaprovei-
tados como matéria-prima na produção de diversos bens.
Reduzir
Não deves desperdiçar os recursos existentes, ou seja, utiliza o que for ne-
cessário. Por exemplo, não esquece as torneiras de água abertas em tua
casa ou em estabelecimentos que frequentares. Tira o máximo proveito dos
recursos e diminui ao máximo possível a produção do lixo.
Reutilizar
São práticas que deves tomar como exemplo, de modo a ajudar os mais ne-
cessitados.
42
2
Os Materiais que nos rodeiam
Cidadania:
Produção e tratamento de lixo
Reciclagem
Uma das fases da reciclagem consiste na separação dos diferentes tipos de lixos ou ma-
teriais.
Atualmente vários países usam contentores de diferentes cores para separar os diversos
tipos de lixos obtidos nas habitações, escolas, empresas, indústrias, etc.
Geralmente, esses contentores também são colocados nas ruas, onde a população deposita os lixos sepa-
rados.
É muito importante que cada tipo de lixo seja armazenado em contentores diferentes para facilitar o pro-
cesso de reciclagem. Normalmente, no contentor azul: Papel, cartão, revistas, jornais; No contentor ama-
relo: plásticos e metais; No contentor verde: garrafas, garrafões, frascos de vidro; No contentor vermelho:
pilhas usadas nos comandos, baterias de telemóveis.
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2
Os Materiais que nos rodeiam
Cidadania:
Consumo e Consumismo
Consumismo é o consumo para além do que é necessário para o bem-estar. Devemos evitar o consumis-
mo se queremos ter a sustentabilidade económica e a sustentabilidade ambiental.
Ao adquirirmos produtos e bens devemos ter em conta o seu custo ambiental e social, para além do seu
custo financeiro.
Devemos adquirir produtos ou bens para necessidades reais e tomar cuidados para não comprar algo
desnecessário. Devemos estar atentos para não sermos explorados por meio de publicidades enganosas.
Compras associadas ao consumismo, tais como, compra não planeada, ou seja, feita à pressa ou
por recordar de comprar ao ver a exposição de um determinado produto, e compra compulsiva, feita por
exemplo, como consequência de sentimentos ligados a transtornos de ansiedade, devem ser evitadas.
Dos exemplos acima referidos, considera-se que estes materiais encontram-se à temperatura ambiente e
pressão atmosférica.
3. Quanto à cor
Temos materiais:
Solúveis em água: açúcar, cloreto de sódio (sal de cozinha), álcool etílico, etc.
Insolúveis em água: óleo, azeite, petróleo, plástico, madeira, ferro, borracha, etc.
Temos:
Materiais combustíveis, os que ardem no fogo: madeira, plástico, álcool etílico, gasolina, gasóleo, petróleo,
hidrogénio, etc.
Materiais incombustíveis, os que não ardem no fogo: água, nitrogénio,areia, mármore, granito, solo, etc.
44
2
Os Materiais que nos rodeiam
As substâncias são materiais constituídos por um único componente, ou seja, podemos defini-las como
quaisquer materiais ou corpos que apresentam sempre as mesmas propriedades. Na natureza é muito difícil
encontrar um material com apenas um único componente. Como exemplos de substâncias, temos o ouro, o
oxigénio, o mercúrio e o ferro.
As Misturas de substâncias são formadas por mais do que um componente. Como por exemplo água que
bebemos, leite, refrigerantes, água do mar, o ar que respiramos, a areia da praia, o vidro, o petróleo bruto, a
cortiça, etc, em que as suas propriedades variam conforme as respetivas composições.
Na grande diversidade de materiais que se encontram na natureza, a maioria são misturas de substâncias.
Areia da praia
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2
Os Materiais que nos rodeiam
No dia a dia, o termo puro significa que estes produtos não contêm impurezas indesejáveis que possa pre-
judicar a nossa saúde, no entanto em Química, este termo significa que o material é constituído por uma só
substância, ou seja, um material puro é constituído apenas por uma única substância.
Na verdade, o rótulo do frasco de doce de leite que se diz “puro” dá-nos a indicação da existência de mais
do que um componente.
Exercícios de aplicação
1. Escolhe entre os materiais seguintes, aqueles que são substâncias e os que são misturas de substâncias.
A - Oxigénio; B - Tinta de escrever; C - Água; D - Madeira
2. Quais dos materiais seguintes não são substâncias?
A - Granito; B - Água salgada; C - Açúcar
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2
Os Materiais que nos rodeiam
São características de uma substância que podem ser medidas ou observadas sem que a sua composição
química seja afetada.
As propriedades físicas permitem identificar, e até mesmo verificar se uma substância é pura ou não.
Sem teres a noção do que é uma propriedade física em concreto, no teu dia a dia consegues identificar certos
materiais pelas suas propriedades, como por exemplo, a cor brilhante do ouro e da prata, o cheiro caracterís-
tico da laranja, do álcool, da naftalina, o sabor característico do alho, a maleabilidade dos metais, etc.
Brilho metálico
Sólido à temperatura
ambiente
Cor acastanhada
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Os Materiais que nos rodeiam
Ponto de fusão
É a temperatura a qual uma substância passa do estado sólido para o estado líquido a uma dada pressão. Por
exemplo, a água sólida (gelo) passa para o estado líquido quando a sua temperatura atinge 0 ºC à pressão
normal.
Ponto de ebulição
É a temperatura a qual uma substância passa do estado líquido para o gasoso (vapor) a uma
dada pressão. Por exemplo, a água líquida passa para o estado gasoso (vapor de água) quando
a sua temperatura atinge 100 ºC à pressão normal.
Água 0 100
Alumínio 660 2470
Azoto - 210 - 196
Chumbo 327 1740
48
2
Os Materiais que nos rodeiam
Água pura
Se um material for constituído por apenas uma
única substância, durante a fusão e a ebulição, a Líquido
+
temperatura permanece constante (ver as linhas Gasoso
de cor verde do gráfico da figura 59).
Temperatura 0c a 1 atn
P.E. 1000C
Sólido
Gasoso (vapor)
+
Líquido
Como exemplo, observa o gráfico da figura 59 P.F. 00C
que ilustra o ponto de fusão e o ponto de ebulição Líquido
P.E. - Ponto de ebulição
da água pura. -100C
P.F. - Ponto de fusão
Sólido
Tempo de aquecimento
Densidade
Densidade:
m
d= v
Imagina se tiveres uma mistura de duas substâncias líquidas imiscíveis numa pro-
veta (torre de líquidos), a mais densa fica na parte inferior e a menos densa na parte
superior da proveta.
Tendo em conta a figura à direita, poderás concluir que o líquido de cor vermelha
é mais denso de que os restantes, e por sua vez o líquido de cor verde é o menos
denso.
49
2
Os Materiais que nos rodeiam
Exercícios de aplicação
1. O ponto de fusão do chumbo é 327 ºC e o seu ponto de ebulição é 1740 ºC à pressão normal. Indica o
estado físico do chumbo, quando apresentar as seguintes temperaturas:
2. As esferas da figura seguinte têm a mesma massa. Qual delas é a menos densa? Justifica a tua resposta.
Esfera 1 Esfera 2
A presença de certas substâncias, também pode ser facilmente identificada através de transformações
químicas que ocorrem quando são postas em contacto com outras substâncias. Para descobrir as proprie-
dades químicas de uma substancia, geralmente é importante realizar alguns ensaios químicos ou experiên-
cias laboratoriais. Assim, apresentam-se alguns exemplos:
Explosão de Hidrogénio
Exemplo 1: O hidrogénio é um gás à temperatura ambiente, que forma com o ar uma mis-
tura explosiva. Identifica-se facilmente, aproximando uma chama à boca de um tubo de
ensaio que contém o gás hidrogénio, escuta-se um estampido devido à explosão do gás.
O hidrogénio é combustível.
Exemplo 3: O dióxido de carbono é um gás libertado durante a nossa respiração. Identifica-se, pelo facto
de turvar a água de cal (Solução aquosa de hidróxido de cálcio). É um gás incomburente e incombustível.
Exemplo 4: Certos metais quando submetidos a uma chama conferem-lhe uma cor
característica. Por exemplo, o sódio torna a chama amarela, o lítio torna a chama
vermelha, o cobre torna chama verde, o potássio torna a chama violeta.
Cobre Lítio Sódio Potássio
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2
Os Materiais que nos rodeiam
Exemplo 5: O amido torna azul-arroxeada a tintura de iodo. O pão que nós comemos con-
tém amido. Colocando gotas de tintura de iodo numa fatia de pão, há formação de uma
nova substância de cor azul-arroxeada.
Exemplo 6: A água pode ser identificada utilizando sulfato de cobre(II) anidro, que é um pó branco e em
contacto com a água fica azul.
Gotas de Água
Sulfato de cobre(II)
anidro (branco)
Sulfato de cobre(II)
hidratado (azul)
O ponto de fusão é a temperatura a qual uma substância passa do estado sólido para o estado líquido a
uma dada pressão. Exemplo: o ponto de fusão da água é 0 ºC, à pressão normal, o que significa que a água
pura no estado sólido (gelo) passa para estado líquido ao atingir a temperatura de 0 ºC, à pressão normal.
O ponto de ebulição é a temperatura a qual uma substância passa do estado líquido para o estado gasoso
a uma dada pressão. Exemplo: o ponto de ebulição da água é 100 ºC, à pressão normal, o que significa que a
água pura no estado líquido passa para estado gasoso ao atingir a temperatura de 100 ºC, à pressão normal.
A densidade é a propriedade física de uma substância cujo valor se calcula dividindo a massa da substância
pelo seu respetivo volume, como apresentado pela fórmula:
m
d= v
, sendo d - densidade, m - massa da substância e V - volume da substância
Geralmente os materiais mais densos ocupam posições inferiores relativamente aos menos densos, exceto
em situações em que se têm apenas materiais sólidos.
A presença de certas substâncias num material pode ser identificada através das respetivas propriedades
químicas. Exemplos: o oxigénio é comburente, a água torna azul o sulfato de cobre anidro, o dióxido de
carbono turva a água de cal, o sódio torna a chama amarela, o lítio torna a chama vermelha, o cobre torna a
chama verde, entre outros. Quando realizam-se ensaios químicos para identificar substâncias, a composição
química das mesmas são afetadas.
51
2
Os Materiais que nos rodeiam
Por exemplo:
• Misturas heterogéneas
São misturas que não apresentam aspeto uniforme (duas ou mais fases) em
toda a sua extensão, ou seja, os seus diferentes componentes são visíveis.
Por exemplo: o granito, uma mistura de areia e cal, uma mistura de água e óleo, etc.
• Misturas coloidais
São misturas que parecem ser homogéneas quando observadas a nível macroscópico (a
olho nu), mas que quando observadas ao microscópio (escala micro e nanométrica) ou
outros instrumentos de ampliação, mostram-se heterogéneas, distinguindo-se os diferen-
tes componentes da mistura.
Por exemplo:
• Ao observar um copo de leite a olho nu não consegues identificar os seus componentes, mas ao observá-lo
ao microscópio, distinguem-se vários componentes no leite;
• Há materiais, como por exemplo a gelatina, a maionese, o queijo, a pasta de dentes, espuma de barbear,
nevoeiro, que também são misturas coloidais.
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2
Os Materiais que nos rodeiam
• 1 fase
Misturas homogéneas • 1 fase
• 3 componentes
• 2 componentes
(água, sal e açúcar)
(água e álcool)
Sangue
Atenção: a mistura de água e gelo é uma mistura heterogénea sim, mas de fases, e não uma mistura
heterogénea de substâncias.
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2
Os Materiais que nos rodeiam
O mapa seguinte, figura 60, resume os principais conceitos que aprendeste sobre os materiais.
Materiais
Podem ser
Substâncias Misturas de
Substâncias
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2
Os Materiais que nos rodeiam
2.3. As soluções
As soluções são misturas homogéneas de duas ou mais substâncias. As soluções, quanto ao estado físico,
podem ser sólidas, líquidas ou gasosas.
Por exemplo, a mistura de cobre e o estanho, nas fabricações dos sinos e medalhas de bronze.
As soluções sólidas são diversas, existem vários materiais metálicos que usamos na nossa cozinha, consti-
tuídos por diferentes metais. O anel que usamos nos dedos, por exemplo é constituído por diferentes metais.
Solução Gasosa é uma mistura homogénea de diferentes substâncias que se encontram no estado gasoso.
Como por exemplo, o ar que respiramos é uma mistura de componentes gasosos, o azoto, hidrogénio, oxi-
génio, entre outros. Qualquer mistura homogénea de gases é considerada uma solução gasosa.
Solução Líquida é uma mistura homogénea de diferentes substâncias, em que pelo menos uma das subs-
tâncias deve estar no estado líquido.
Uma solução líquida resulta de uma mistura homogénea entre dois líquidos, entre um sólido e um líquido e
também entre um líquido e um gás.
55
2
Os Materiais que nos rodeiam
Após a mistura do
sólido e líquido
Líquido
Sólido
Solução líquida
Mistura entre um sólido e um líquido, forma Mistura entre um líquido e um gás, forma
uma solução líquida. uma solução líquida
O mapa seguinte, figura 61, resume os principais conceitos que aprendeste sobre as soluções.
Soluções
Podem ser
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2
Os Materiais que nos rodeiam
Uma solução líquida, é constituída sempre por soluto(s) e solvente. O soluto é a substância que se dissolve
no solvente para formar uma solução, e o solvente é a substância que dissolve o soluto.
No teu dia a dia encontras muitas soluções, basta teres um pouco de curio-
sidade. No entanto, existem algumas soluções cujo solvente não é a água.
Por exemplo, o álcool etílico é o solvente do iodo. A acetona é o solvente
do verniz das unhas.
A composição quantitativa de uma solução pode ser expressa de diversas formas. No entanto, para já vais
apenas aprender a expressar a composição quantitativa de uma solução em termos de sua concentração
mássica (Cm ).
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2
Os Materiais que nos rodeiam
A concentração mássica é o quociente entre a massa do soluto (m) e o volume da solução (V), represen-
tada pela seguinte expressão:
Concentração Unidades:
mássica
m(soluto) • A massa (m) exprime-se em gramas (g);
cm= v(solução) • O volume (V) exprime-se em decímetros cúbicos ou em centímetros
cúbicos (L ou dm3, cm3);
• A concentração mássica (Cm) exprime-se em gramas por decímetros
cúbicos ou gramas por centímetros cúbicos (g/L ou g/dm3, g/cm3).
Atividade Prática IV: “Preparação de 100 mL de uma solução aquosa de cloreto de sódio
com a concentração de 20 g/L”
Objetivos
Reagentes
• Cloreto de sódio (sal de cozinha) ; Água destilada
Materiais
• Balança ; Vidro de relógio; Espátula; Copo Gobelet; Vareta de vidro; Esguicho; Funil; Balão volumétrico
de 100mL; Pipeta de Pasteur
Procedimento
1. Coloca um vidro de relógio sobre a balança, tara a balança e, com ajuda de uma espátula, pesa 2,0 g de
cloreto de sódio.
2. Transfere a quantidade do cloreto de sódio para o gobelet e adiciona uma determinada quantidade de
solvente, abaixo do volume total pretendido.
3. Faz a dissolução do cloreto de sódio, agitando com uma vareta de vidro até dissolver todo o soluto (cloreto
de sódio).
4. Com ajuda de um funil, transfere a solução do gobelet para o balão volumétrico de 100 mL.
5. Com ajuda de uma pipeta de Pasteur, para obter maior precisão na medição, adiciona água ao balão
volumétrico até perfazer 100 mL.
6. Finalmente, tapa o balão e agita a solução para a homogeneizar. E assim terás uma solução aquosa de
cloreto de sódio com uma concentração de 20 g/L.
58
2
Os Materiais que nos rodeiam
Nota: Como a concentração da solução vem expressa em g/L, é necessário conveter a unidade do volume
da solução a litro.
m(soluto )
Utilizando a expressão: C (solução) = C (solução ) =
V (solução )
m(soluto ) m(solução )
C (solução ) = 20 g / L =
⇒ 20 ⇒ m(solução ) = 20
2
0 g / L × 0,100 L = 2,0 g
V (solução ) 0,100 L
Uma solução é saturada quando, a uma dada temperatura, já não dissolve mais quantidade de soluto.
Uma solução é insaturada ou não saturada quando, após a adição do soluto a uma dada temperatura, o
solvente ainda terá alguma capacidade para dissolver mais quantidade de soluto.
59
2
Os Materiais que nos rodeiam
Em química, quando se comparam duas soluções com a mesma composição qualitativa, elas podem ser
classificadas de soluções concentradas e soluções diluídas.
Uma solução concentrada apresenta maior quantidade de soluto dissolvido na mesma quantidade de sol-
vente, enquanto que uma solução diluída apresenta menor quantidade de soluto na mesma quantidade de
solvente.
Na figura 62 são apresentadas duas soluções de sulfato de cobre. Pode-se observar que na solução A a cor
é mais intensa que na solução B, isto porque na solução A foi colocado mais soluto do que na solução B.
Portanto, a solução A é solução concentrada e a solução B é solução diluída.
As misturas homogéneas apresentam um aspeto uniforme (uma só fase) em toda a sua extensão, quer
observadas a olho nu (vista desarmada) quer ao microscópico. Não é possível distinguir os diferentes com-
ponentes. Exemplos: água açucarada, água potável, ar, petróleo bruto, etc.
As misturas heterogéneas não apresentam aspeto uniforme em toda a sua extensão, os seus diferentes
componentes são visíveis. Exemplos: mistura de areia e cal, granito, mistura de água e óleo, etc.
As misturas coloidais aparecem homogéneas quando observadas a olho nu. Porém, quando observadas
ao microscópico (dimensões micro e nanométrica), mostram-se heterogéneas. Exemplos: maionese, queijo,
nevoeiro, sangue, pasta de dente, espuma de barbear, gelatina, etc.
Soluções
As misturas homogéneas de duas ou mais substâncias são designadas por soluções. As soluções podem
ser sólidas, líquidas ou gasosas. Exemplos: bronze (solução sólida), água salgada (solução líquida) e o ar
(solução gasosa).
60
2
Os Materiais que nos rodeiam
As soluções que têm como solvente a água são designadas por soluções aquosas.
Uma solução é saturada quando, a uma dada temperatura, o solvente não consegue dissolver mais quan-
tidade de soluto.
Uma solução é insaturada quando, a uma dada temperatura, o solvente terá ainda capacidade de dissolver
mais quantidade de soluto.
Comparando duas soluções com a mesma composição qualitativa, a solução concentrada é a que apre-
senta maior quantidade de soluto por volume de solução e a solução diluída é a que apresenta menor
quantidade de soluto por volume de solução, ou seja, a solução com maior concentração é concentrada e a
com menor concentração é diluída.
Decantação
É uma técnica que se usa para separar um sólido depositado no fundo de um recipiente que contém um
líquido.
Imagina que tens um copo com água e partículas sólidas em suspensão. Deixa repousar e, após alguns mi-
nutos, verás que a maioria das partículas sólidas ficam depositadas no fundo do copo. Logo, poderás separar
o líquido transferindo-o para outro copo através de uma vareta.
61
2
Os Materiais que nos rodeiam
No entanto, a decantação não permite a separação completa dos componentes sólidos e do líquido, pois a
parte sólida fica sempre com alguma humidade.
Filtração
É bastante utilizada quando o sólido se encontra em suspensão num líquido.
Geralmente usa-se um papel de filtro poroso, que é colocado num funil. Podes separar
o sólido em suspensão num líquido fazendo passar a mistura por meio do papel de filtro
poroso. O sólido fica retido no papel e o líquido passa através do filtro, sendo este líquido
chamado de filtrado.
Centrifugação
É utilizada também quando o sólido se encontra em suspensão num líquido, no entanto
a separação é mais rigorosa.
A mistura é introduzida numa centrifugadora elétrica e, depois de rodar com uma gran-
de velocidade, o sólido fica depositado no fundo do recipiente. Por conseguinte, pode
ser removido do líquido por decantação.
Peneiração
É uma técnica utilizada para separar sólidos com tamanhos diferentes. Também é muito
utilizada em Cabo Verde, por exemplo, na apanha de areia, onde se separam grãos de
diferentes tamanhos.
Catação
É uma técnica manual de separação muito utilizada no nosso dia a dia. Imagina,
por exemplo, quando vais separar os grãos bons do feijão e os “estragados”.
Sublimação
É utilizada quando um dos sólidos na mistura sublima facilmente com aque-
cimento, ou seja, passa com facilidade do estado sólido para o estado ga-
soso, separando-se dos restantes componentes sólidos.
Como exemplo temos o iodo, que é uma substância que sublima facilmente
quando aquecido. Mistura de iodo sólido
e areia
Sublimação do iodo
Imagina se tiveres uma mistura de areia e iodo num copo. Ao ser aquecida, o iodo sublima rapidamente,
ficando a areia livre no copo.
62
2
Os Materiais que nos rodeiam
Se tiveres uma mistura sólida heterogénea, ao misturar um líquido, um dos sólidos pode ser solúvel no líquido
adicionado e separar-se dos restantes. É a técnica utilizada, por exemplo, para extrair a cafeína do café e do
chá.
Decantação em funil
É uma técnica utilizada para separar, por exemplo, dois líquidos que não se misturam, designados de líquidos
imiscíveis.
Cristalização
A cristalização é um processo utilizado para separar um sólido que se encontra dissolvido
num líquido. Por exemplo, nas salinas, na produção do sal. A água do mar é transportada
para grandes depósitos, ficando em repouso. Com o tempo, a água vai-se evaporando,
obtendo-se o sal cristalino.
Ebulição de solvente
É uma técnica também utilizada para separar um sólido que se encontra dissolvido
num líquido, mas com aquecimento da solução até à ebulição. Logo, o componente de
menor ponto de ebulição evapora-se com maior rapidez, restando o sólido.
Esta técnica também pode ser utilizada para separar dois líquidos miscíveis. Mas neste
caso, os dois líquidos devem ter ponto de ebulição muito diferente. Imagina uma mistura
homogénea de água e acetona (substância que é utilizada por exemplo para retirar o ver-
niz das unhas). Ao ser aquecida a mistura, a acetona, como entra em ebulição a 560C, evapora-se, ficando
no recipiente a água.
É importante referir que, com esta técnica, geralmente não é possível recuperar as duas substâncias da mis-
tura, pois uma delas evapora-se sempre.
63
2
Os Materiais que nos rodeiam
É uma técnica muito útil, que nos permite identificar o número de componentes de uma
mistura.
A tinta preta de uma caneta é constituída por tintas de diferentes cores. Assim, depen-
dendo da marca da caneta usada, podem observar-se manchas de diversas cores. O
vermelho e o azul são as mais vulgares, cada tipo de cor corresponde a uma substância
diferente.
Geralmente, aplica-se uma pequena quantidade da tinta no papel de filtro e como as subs-
tâncias diferentes têm afinidades diferentes com o papel de filtro, percorrem distâncias diferentes, quando o
papel tiver sido molhado com um solvente adequado.
Esta técnica é útil para identificar os diferentes componentes de soluções coradas, mas também pode ser
utilizada para soluções não coradas. Neste caso a visualização das manchas terá de ser feita com material
específico.
Em vez de papel de filtro, existem outros materiais que são utilizados para aplicar as soluções. Usam-se, por
exemplo, as placas de cromatografia em camada fina.
Numa destilação simples ocorre apenas um único processo de destilação. Geralmente é usada para sepa-
rar componentes de uma mistura cuja diferença entre os pontos de ebulição é maior do que 80ºC.
Enquanto que, numa destilação fracionada ocorrem sucessivamente várias destilações simples, embora não
sejam independentes umas das outras. É uma técnica mais adequada para a separação de misturas de com-
ponentes cuja diferença entre os pontos de ebulição é menor do que 80ºC.
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Os Materiais que nos rodeiam
A destilação é a técnica utilizada em Cabo Verde para produzir a aguardente, ou seja o famoso “grogue”.
Cidadania:
Não ao consumo do álcool e de outras drogas
O álcool existente nas bebidas alcoólicas é o etanol ou álcool etílico, que é obtido geralmente por fermen-
tação de produtos agrícolas que contém açúcar e amido. A destilação é um processo de separação muito
importante para a obtenção do álcool e, no caso concreto de Cabo Verde, faz-se a destilação da aguar-
dente (álcool) a partir da cana-de-açúcar.
O álcool, o etanol, é uma substância assimilada rapidamente pelo organismo humano. Geralmente quando
a presença do álcool no organismo atinge 1 a 2 g por quilograma de massa corporal, provoca, em muito
casos, o estado de embriaguez no consumidor.
As outras drogas são produtos ilícitos com consequências muito mais graves para os(as) cidadãos/ cidadãs.
O álcool e as outras drogas levam à dependência. O uso abusivo desses produtos tem consequências
negativas graves.
Em Cabo Verde, constata-se que o consumo do álcool é exagerado e as consequências sociais são gra-
ves, levando a perturbações e/ou à morte.
O consumo de álcool está associado a um conjunto de consequências negativas para a vida do(a) estu-
dante, entre as quais a dificuldade de aprendizagem e o baixo rendimento escolar.
O consumo de álcool é um fator de risco para o insucesso escolar e esse insucesso provavelmente au-
mentará com o uso abusivo do álcool.
Jovens e adolescentes são os que mais consomem álcool e tem sido uma preocupação particular para os
setores da saúde e da educação.
Caro(a) aluno(a) fica longe do álcool e das drogas, porque quem seguir pelo
caminho do álcool e das drogas não terá um futuro brilhante.
Toma cuidado! Quem te oferecer ou te convidar para usar droga e álcool é teu/tua
inimigo(a).
65
2
Os Materiais que nos rodeiam
Exercícios de aplicação
1. Associa cada número a uma letra, de modo a obteres correspondências corretas entre as técnicas de
separação e a obtenção dos componentes da mistura.
2. Descreve as técnicas de separação que utilizarias para separar uma mistura sólida de sal fina de cozinha
com areia fina.
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Os Materiais que nos rodeiam
Decantação
Heterogénea
Heterogénea
Decantação em funil Separação de líquidos imiscíveis.
líquido-líquido
Cristalização
Separação de um sólido dissolvido num líquido.
(evaporação lenta do solvente)
Ebulição do solvente
Misturas Homogéneas
Destilação simples
Separação de componentes cuja diferença en-
(ocorre apenas um único processo
tre os pontos de ebulição é maior do que 80ºC.
de destilação)
Destilação faccionada
Separação de componentes cuja diferença en-
(ocorrem de forma sucessiva
tre os pontos de ebulição é menor do que 80ºC.
várias destilações simples)
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Os Materiais que nos rodeiam
Desde sempre o ser humano transformou os materiais, utilizando-os para satisfazer as suas necessidades
de alimentação, vestuário, transporte, etc.
As transformações físicas são aquelas que ocorrem sem a formação de novas substâncias, ou seja, numa
transformação física apenas se modificam algumas propriedades, mas os materiais nunca deixam de ser o
que eram antes da transformação.
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Os Materiais que nos rodeiam
Sublimação do Sólido
Sólidificação Condensação
Sólido Líquido Gás
Sublimação do gás
Exercícios de aplicação
A água também pode penetrar no solo, acumulando-se em depósitos subterrâneos, os lençóis freáticos. A
água retida no solo é aproveitada na alimentação das plantas, e seguidamente é transpirada pelas folhas
para a atmosfera. O ciclo da água volta ao início e repete-se constantemente.
A evaporação, condensação, solidificação e fusão são as transformações físicas que mantêm a água nos
três estados físicos na natureza.
As transformações químicas são aquelas que acontecem com a formação de novas substâncias, isto é, as
substâncias originadas e as substâncias iniciais são diferentes.
69
2
Os Materiais que nos rodeiam
Exemplo:
Alguns sinais que nos permitem detetar a ocorrência de uma reação/transformação química de uma subs-
tância:
٭Mudança de cor;
٭Formação de um sólido;
٭Libertação de um gás;
٭Cheiro caraterístico;
٭Aumento ou diminuição da temperatura;
٭Formação de chama, etc.
As substâncias que são sujeitas a uma transformação química são chamadas de reagentes. As novas
substâncias que são formadas numa transformação química são denominadas de produtos da reação.
O sistema constituído por reagentes e produtos da reação é designado por sistema reacional.
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2
Os Materiais que nos rodeiam
Escreve-se o nome dos reagentes antes da seta (→) e o nome dos produtos da reação depois. A seta para
além de separar reagentes e produtos da reação, indica também o sentido da transformação química. Quando
temos mais do que um reagente ou mais do que um produto da reação, devem-se separar pelo sinal +. Depois
do nome de cada reagente e de cada produto da reação, indica-se o estado físico correspondente.
Obs.: (s) – estado sólido, (l) – estado líquido, (g) – estado gasoso e (aq) - estado aquoso.
Exemplo:
Butano (g) + Oxigénio (g) (por ação do calor) Dióxido de carbono (g) + Água (g)
O butano, no estado gasoso, reage com o oxigénio, no estado gasoso, originando dióxido de carbono, no
estado gasoso, e água, no estado gasoso.
Entre os reagentes, o sinal mais (+) lê-se “reage com”. A seta (→) lê-se “originando” Entre os produtos, o
sinal mais (+) lê-se “e”.
As transformações químicas ocorrem devido a vários fatores, podendo ser destacados os seguintes exem-
plos: Ação do calor, da luz, da eletricidade, mecânica e da junção de substâncias.
Esta transformação química ocorre, por exemplo, quando se utiliza fermento em pó (bicarbonato de sódio) na
confeção de bolos. A massa dos bolos fica com orifícios correspondentes à libertação do dióxido de carbono.
O óxido de mercúrio (II), no estado sólido, ao ser aquecido (por ação do Óxido de Mercúrio(II)
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2
Os Materiais que nos rodeiam
Nota: As transformações químicas, em que as substâncias se decompõem por ação do calor, denominam-se
termólises.
• Incêndio florestal
A Proteção Civil de Cabo Verde é uma instituição pública, que vem desempenhando um papel fundamental
na prevenção e minimização de acidentes e dificuldades relacionados com vários acontecimentos, como por
exemplo: erupção vulcânica da Ilha do Fogo, incêndio na localidade de Monte Tchota na Ilha de Santiago, etc.
A Proteção Civil de Cabo Verde trabalha em articulação com várias entidades, tais como: Bombeiros, Polícia,
Forças Armadas, Serviços de Saúde, Cruz Vermelha. Tem como principais objetivos:
• É por causa da luz que as folhas de árvores ficam com a cor amarela no outono.
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Os Materiais que nos rodeiam
• Fotossíntese é uma transformação química que ocorre nas plantas com clorofila, Óxigénio
Dióxido de Carbono
De uma forma geral, o processo da fotossíntese pode ser apresentada através do Água
seguinte esquema de palavras:
Fig. 76 Processo da fotossíntese
negativo.
• O cloreto de cobre(II), em solução aquosa, decompõe-se por ação da corrente elétrica, originando cloro
gasoso e cobre sólido.
O cobre deposita-se no elétrodo positivo com uma cor castanha avermelhada e o cloro no elétrodo nega-
tivo, um gás com cheiro característico.
Nas indústrias é utilizada a transformação química por ação da corrente elétrica para obtenção de deter-
minadas substâncias, purificação de outras, revestimentos de metais, etc.
73
2
Os Materiais que nos rodeiam
Nota: As transformações químicas que resultam da decomposição de substâncias por ação da corrente
elétrica são denominadas de eletrólises.
As transformações químicas também podem ocorrer devido à ação mecânica, isto é, devido às fricções ou
choques entre materiais. A energia libertada nessas fricções ou choques desencadeia a transformação quí-
mica.
de substâncias.
Hidróxido de cobre(II)
aquosa de sulfato de cobre (II), forma-se hidróxido de cobre (II) sólido e sulfato de Sulfato de cobre(II)
(sól. aquosa azul)
sódio aquoso.
Hidróxido de sódio (aq) + Sulfato de cobre (II) (aq) → Hidróxido de cobre (II) (s) + Sulfato de sódio (aq)
Ferro (s) + Sulfato de cobre (II) (aq) → Sulfato de ferro (II) (aq) + Cobre (s)
74
2
Os Materiais que nos rodeiam
As transformações físicas ocorrem sem a formação de novas substâncias, ou seja, nas transformações
físicas as substâncias iniciais e finais são as mesmas. Exemplos: fragmentação de materiais, dilatação ou
contração de materiais, mudança de estado físico dos materiais, etc.
As transformações químicas ocorrem com a formação novas substâncias, isto é, nas transformações quími-
cas as substâncias iniciais e finais são diferentes. Exemplos: queimas da madeira, enferrujamento do ferro,
amadurecimento de frutas, etc. As transformações químicas são designadas por reações químicas.
O sistema constituído por reagentes e produtos da reação é designado por sistema reacional.
Luz Fotossíntese
Decomposição da água
Corrente elétrica
Decomposição do cloreto de cobre
75
2
Os Materiais que nos rodeiam
O mapa seguinte, figura 78, resume os principais conceitos que aprendeste na temática 2.
Sólidos Transformações
Físicas
Constituem
Composições
quantitativas Caracterizam-se pelas Soluções
e qualitativas
Separam-se
76
Verifica o que aprendeste nesta temática
Madeira
Vidro Leite
Algodão Lã
Petróleo
Conjunto A
1.1. Forma um subconjunto de A, constituído por matérias-primas que se podem retirar diretamente da natu-
reza.
1.2. Dos materiais presentes no conjunto A, indica os de:
a) Origem animal b) Origem vegetal c) origem mineral
I.. As matérias-primas são produtos naturais ou manufaturados, que as indústrias transformadoras aproveitam
para fabricar novos produtos.
II. As matérias-primas são produtos artificias que o homem não necessita para a sua transformação.
4. A tabela seguinte apresenta o ponto de fusão e o ponto de ebulição de quatro substâncias, à pressão
normal.
Ponto de Ponto de
Substância
fusão (ºC) ebulição (ºC)
Etanol - 171 -93
Propano - 190 -45
Butano - 135 0,6
Pentano - 131 36
77
5. Quando aquecemos uma substância no estado sólido, a sua temperatura aumenta, e, num determi-
nado momento, pode ocorrer uma mudança de estado físico.
5.1. Como se designa a temperatura em que uma substância passa do estado sólido para o estado líquido?
5.2. Assinala com uma cruz (x) a opção que completa corretamente a frase seguinte:
‘‘Enquanto ocorre a fusão ou a ebulição de uma substância …
A... a temperatura aumenta com o tempo de aquecimento.’’
B... a temperatura diminui com o tempo de aquecimento.’’
C... a temperatura mantem-se constante com o tempo de aquecimento.’’
6. O ponto de fusão, o ponto de ebulição e a densidade são as propriedades físicas que permitem
identificar as substâncias.
6.1. Na tabela seguinte encontra-se o ponto de fusão e o ponto de ebulição de três substâncias, à pressão
normal.
Ponto de Ponto de
Substância
fusão (ºC) ebulição (ºC)
Água 0 100
Álcool etílico -114 78
Oxigénio -219 -183
6.1.1. O que acontece com a água a 100ºC?
6.1.2. Qual é o estado físico do álcool etílico à temperatura de 80ºC?
6.1.3. À temperatura de (-200ºC ) o oxigénio encontra-se no estado sólido ou no estado líquido? Justifica.
6.2. Como se chama a grandeza física que relaciona a massa de uma substância com o volume que ocupa?
6.3. Calcula a densidade do chumbo, sabendo que 113 g desse material ocupa o volume de 10 cm3.
7. A figura seguinte ilustra dois balões com volumes iguais (V= 2 dm3) dentro de uma
sala. Uns dos balões contem o gás hidrogénio (d = 0,089 g/dm3) e o outro balão contem
o gás oxigénio (d = 1,429 g/dm3)
7.1. Considerando que a densidade do ar é 1,225 g/dm3, identifica o gás que se encontra no
balão azul. Justifica a tua resposta.
7.2. Calcula a massa do oxigénio e a massa do hidrogénio contido nos balões.
8. Num laboratório químico, o Sr. José, verificou que 3,2 g de açúcar ocupa um volume de 2,0 cm3.
Qual é a densidade do açúcar? A. 1,6 g/cm3, B. 3,2 g/cm3, C. 6,4 g/cm3.
9. A presença de determinadas substâncias num material é verificada através das propriedades quí-
micas. Assinala com uma cruz (x) as opções corretas.
Propriedades químicas
Substâncias Turva a Torna
Comburente Combustível
água de cal a chama verde
Oxigénio
Dióxido de carbono
Hidrogénio
Cobre
78
10. Classifica as seguintes misturas, assinalando com uma cruz ( X ) a opção correta:
Granito
Água açucarada
Óleo e água
Areia
Ar
Coca-cola
Água e gelo
Areia e cal
12. Aponta um processo de separação adequado para separar os componentes das seguintes misturas:
a) Água com poeiras _____________________________
b) Água com areia _________________________
c) Água salgada __________________________
d) Água e álcool _______________________
e) Limalha de ferro e arroz ______________________________
f) Água e óleo da cozinha ______________________________
g) Areia e iodo ____________________________________
h) Açúcar e areia _____________________________________
79
13. Resolve as seguintes palavras cruzadas, de forma a fornecer a reposta correta para cada mudança
de estado.
16. Classifica como Física ou Química cada uma das transformações, assinalando com uma cruz a
opção correta.
80
17. A água, por ação da corrente elétrica, transforma-se em hidrogénio e oxigénio.
18. Quando friccionamos um fósforo na lixa de uma caixa de fósforo, é libertado o calor que provoca
a decomposição de uma substância chamada de clorato de potássio (sólido), em duas novas subs-
tâncias, o cloreto de potássio (sólido) e oxigénio (gasoso).
81
3
Energia
82
3
Energia
3
Energia
83
3
Energia
OBJETIVOS A ATINGIR
84
3
Energia
Unidades de energia
Joule (J)
85
3
Energia
Sistema físico
Um sistema é um conjunto formado por qualquer porção de matéria e energia, a ser estudado num deter-
minado momento.
Fronteira
Si
st
Vizinhança em
a
٭O Universo;
٭Um planeta ou uma estrela;
٭A água ou gás dentro de um recipiente;
٭Qualquer corpo, como um carro ou uma pedra, etc.
Quanto à troca de matéria e/ou energia com a vizinhança, os sistemas podem ser classificados do seguinte
modo:
Isolados
Podem
Sistemas
ser
Abertos
Podem
Não Isolados
ser
Fechados
• Um sistema é isolado quando não permite a troca de energia e de matéria com a sua
vizinhança. Somente o universo é considerado um sistema isolado. A garrafa térmica é um
exemplo de uma aproximação a um sistema isolado.
86
3
Energia
Durante a transferência de energia entre sistemas não isolados, o sistema que emite energia é a fonte de
energia e o sistema que recebe energia é o recetor de energia.
Alguns exemplos:
A energia que consumimos provém de diferentes fontes. Inicialmente, o ser humano aproveitou as fontes
disponíveis na natureza, designadas de fontes primárias de energia, como por exemplo: o sol, o vento, o
petróleo, a água, o gás natural, o carvão, o urânio, etc.
Com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, foi possível obter outras fontes de energia a partir das
fontes primárias, as designadas fontes secundárias de energia, como por exemplo: a eletricidade, a gaso-
lina, o gasóleo, o querosene e o gás butano.
As fontes primárias de energia podem ser renováveis ou não renováveis, conforme o tempo necessário
para a sua reposição, após a sua utilização.
87
3
Energia
Fontes de energias renováveis são fontes naturais de energia que se renovam continuamente na natureza,
portanto são consideradas inesgotáveis.
• O Sol
• O Vento
Esta fonte pode ser utilizada para produzir a energia elétrica através dos
aerogeradores.
88
3
Energia
• Água
Esta fonte pode ser utilizada na produção da energia elétrica através das
barragens hidroelétricas, das marés, etc.
• A Biomassa
As fontes de energias não renováveis são consideradas esgotáveis, ou seja, depois de utilizadas não
podem ser recuperadas pelo ser humano e/ou pela natureza em tempo útil.
Essas três fontes de energias não renováveis são designadas combustíveis fósseis, porque resultaram de
restos de seres vivos que desapareceram há milhões de anos.
• Urânio
89
3
Energia
A energia manifesta-se de diferentes formas, de acordo com a fonte de onde ela provém ou com os efeitos
que ela produz.
• Energia Solar
• Energia Eólica
• Energia Hídrica
É a energia proveniente da força das águas. A forma mais comum do seu apro-
veitamento é a utilização de barragens hidroelétricas para a produção de ener-
gia elétrica.
• Energia Geotérmica
• Energia Elétrica
• Energia Nuclear
• Energia da Biomassa
90
3
Energia
• Por exemplo, a energia potencial química que se encontra armazenada nas baterias
de telemóveis, nos alimentos, nos combustíveis, etc.
• Um corpo a uma certa altura possui energia potencial gravítica, por ser atraído pela
Terra. A manifestação dessa energia torna-se evidente se o corpo cair.
91
3
Energia
A Física e a Química são fascinantes. Há várias situações no teu dia a dia que é puramente a Físico-Química
em ação, mas nem fazes ideia. No teu quotidiano, já reparaste que uma determinada forma de energia pode
transformar-se noutra(s)?
92
3
Energia
80ºC
Quanto maior for a temperatura de um corpo, maior será a
25ºC
Calor é energia transferida entre dois corpos com temperaturas diferentes. Espontaneamente, o calor é sem-
pre transferido de um corpo com maior temperatura para outro com menor temperatura.
CALOR
Equilíbrio térmico
Água fria
Água quente
Equilíbrio térmico acontece quando dois ou mais corpos, com temperaturas diferentes
e colocados em contacto, atingem, após algum tempo, a mesma temperatura.
Água morna
O calor pode ser transferido por três mecanismos diferentes: Condução, Convecção e Radiação.
Condução
A figura 81 reflete claramente um exemplo de condução do calor. Uma das extremidades do metal encontra-
-se em contato direto com a fonte de calor. Há necessidade de utilização de luvas, evitando-se assim possí-
veis queimaduras das mãos, devido à transferência do calor de uma extremidade para a outra por condução.
A condução também ocorre nos líquidos e nos gases, porém a um nível muito baixo. A maior parte deles são
maus condutores térmicos.
Imagina que tens uma panela de cachupa ao lume. Se introduzires uma colher de pau ou de metal
será que terás a mesma sensação? Terás uma sensação dolorosa quando usares a colher de metal e não
sentirás o mesmo com a colher de pau. Porquê?
É que nem todos os materiais transferem rapidamente o calor. Há materiais que são bons condutores térmi-
cos, pois conduzem rapidamente o calor. Noutros materiais, a transferência de energia sob a forma de calor,
por condução, é muito lenta. Por isso, são chamados de maus condutores térmicos.
93
3
Energia
A facilidade com que o calor é transferido por condução é determinada por uma grandeza física denomi-
nada por condutividade térmica de um material, expressa em J ⁄ (s×m×K) (sendo J - Joule; s - segundo;
m - metro; K - Kelvin).
Convecção
A convecção é uma forma de transferência de energia sob a forma de calor, que ocorre somente nos líqui-
dos e nos gases, em que a matéria aquecida se desloca.
Por exemplo, ao aqueceres água numa panela, a água quente que está no fundo da
panela sobe e ao chegar à parte superior arrefece, perdendo calor. Volta novamente ao
fundo da panela e assim sucessivamente, criando a chamada corrente de convecção.
94
3
Energia
Radiação
Este mecanismo é o único que permite a propagação do calor no vazio, isto é, sem suporte material. É por
este processo que o calor proveniente do Sol chega ao planeta onde vivemos – a Terra. O Sol e os corpos
a altas temperaturas emitem grandes quantidades de energia sob a forma de radiações eletromagnéticas.
A energia que é necessária transferir para que a temperatura de um corpo varie, depende dos seguintes
fatores:
Imagina que estás no laboratório de química a aquecer duas massas diferentes de água, inicialmente com a
mesma temperatura. Por exemplo, dois copos de vidro semelhantes com água numa placa de aquecimento,
um copo com 20 gramas de água e outro com 100 gramas, até atingirem uma temperatura final preestabele-
cida. O que poderás concluir?
- A quantidade de energia sob a forma de calor que é necessária fornecer é tanto maior quanto maior
for a massa de água, ou seja, o copo com 20 gramas de água atingirá a temperatura preestabelecida mais
rapidamente do que o copo com 100 gramas de água.
Ao aqueceres dois corpos diferentes com a mesma massa, que inicialmente se encontram à mesma tem-
peratura, a quantidade de calor, que é necessário fornecer-lhes para atingirem a mesma temperatura
final, depende da natureza da substância.
Cada substância, devido à sua natureza, possui a sua Capacidade Térmica Mássica.
A Capacidade Térmica Mássica de uma substância é a quantidade de energia que é necessária fornecer
à unidade de massa (1 kg) da substância, para que a sua temperatura aumente 1 K (Kelvin).
Ao aqueceres dois corpos com a mesma massa da mesma substância, que se encontram inicialmente à
mesma temperatura, a quantidade de calor que é necessário fornecer é tanto maior quanto maior for a tem-
peratura final que se pretende alcançar em cada corpo.
Sendo:
∆θ - Variação de temperatura;
∆θ= θf - θi θi- Temperatura inicial;
θf- Temperatura final.
Sendo:
Q – Quantidade de calor transferido, (J) ou (cal);
m – Massa da substância (de que é feito o corpo), (Kg) ou (g);
c – Capacidade térmica mássica da substância, J ⁄ (kg×K); J ⁄ (kg×°C) ou cal ⁄ (g×°C);
∆θ – Variação da temperatura sofrida pela substância, (°C) ou (K).
Neste nível de ensino a capacidade térmica mássica será expressa em J ⁄ (kg×°C) ou cal ⁄ (g×°C), e a tem-
peratura será expressa em °C.
96
3
Energia
O calor pode ser transferido por três mecanismos diferentes: condução, convecção e radiação.
Condução é o mecanismo de transferência de calor devido às colisões entre as partículas dos corpos
e que ocorre sem deslocamento de matéria. Esse mecanismo é característico dos sólidos, mas também
ocorre nos líquidos e nos gases a um nível baixíssimo. A condução do calor é determinada através de
uma grandeza física denominada condutividade térmica. Os bons condutores térmicos têm valores de
condutividade térmica elevados e os maus condutores térmicos têm valores baixos.
Convecção é o mecanismo de transferência do calor que ocorre nos líquidos e gases, em que a matéria
aquecida se desloca, formando as correntes de convecção.
Radiação é o mecanismo de transferência do calor através de radiações eletromagnéticas. Esse é o único
mecanismo que permite a transferência do calor sem suporte material (ocorre mesmo no vazio).
A transferência de energia sob a forma de calor depende de três fatores: a massa (m), a capacidade
térmica mássica (c) e a variação de temperatura (∆θ).
97
3
Energia
Ambiente é o conjunto formado por elementos físicos, químicos, biológicos, sociais e culturais, que interagem
de forma direta ou indireta, a longo ou a curto prazo, com os seres vivos e outros constituintes. Portanto,
fazem parte do ambiente recursos como a água, o ar, o solo, a energia, etc., e fenómenos como o clima, a
eletricidade, etc.
A qualidade de vida no nosso planeta depende da forma como a interação entre os componentes do ambiente
acontecem. Pois, se a interação for no sentido de promover um ambiente saudável, a vida na Terra será lon-
ga e terá qualidade. Mas, se a interação for no sentido contrário, a vida será penosa e/ou pode desaparecer
prematuramente.
Todos nós temos responsabilidade de fazer algo no sentido de preservar o ambiente, para que a vida com
qualidade perdure no nosso planeta. A forma como obtemos e utilizamos a energia tem consequências, boas
e/ou más, para o meio ambiente.
Atualmente, os principais recursos energéticos utilizados são os combustíveis fósseis, o carvão, o petróleo
e o gás natural, com uma taxa de utilização entre 80% e 86%. O petróleo, em particular, destaca-se como
sendo um dos produtos mais comercializados, se não o mais comercializado no mundo. Os combustíveis
fósseis são utilizados essencialmente para acionar máquinas, movimentar meios de transporte e gerar ener-
gia elétrica.
98
3
Energia
Os combustíveis fósseis são energeticamente muito eficientes, pois: uma pequena porção proporciona a ob-
tenção de grande quantidade de energia; os seus depósitos são relativamente acessíveis; são extraídos e
processados sem grande dificuldade.
Um dos problemas é que o consumo extremo dos combustíveis fósseis diminuiu substancialmente os seus
reservatórios, sendo certo que esses recursos poderão não estar disponíveis a curto ou médio prazo, por se-
rem esgotáveis.
O carvão é o combustível fóssil mais abundante à superfície da Terra. Ainda hoje, é a custa dele que se obtém
um quarto da energia que se consome no mundo.
O gás natural é um outro exemplo importante de combustível fóssil, também muito utilizado a nível mundial.
O gás natural tem vantagens sobre os outros combustíveis fósseis. Por exemplo, com a sua combustão são
obtidas temperaturas mais elevadas do que com a combustão do carvão ou do petróleo.
O investimento na utilização dessas energias ainda tem custos elevados, no entanto tem-se verificado vários
investimentos a nível mundial em termos de produção de energia elétrica para diversas finalidades.
99
3
Energia
Não deves, por exemplo, deixar lâmpadas, o televisor, o ar condicionado ou a ventoinha ligados desnecessa-
riamente.
Um outro exemplo relativo à poupança de energia elétrica: em Cabo Verde foi realizada uma campanha de
substituição de lâmpadas incandescentes ineficientes (gastam muita energia em nossas casas), entre 2008 e
2009, com 300.000 lâmpadas mais económicas e eficientes substituídas em todo o arquipélago.
Antes de comprar um eletrodoméstico, como por exemplo, frigorífico, televisor, micro-ondas, etc., consulta a
sua ficha técnica, para ter a noção sobre o consumo de energia. Reflete sobre o custo/benefício e só depois
decide sobre a compra ou não, pois são informações úteis para a educação e sensibilização do uso racional
de energia.
Como cidadão/cidadã, a tua ação no que concerne à utilização de energia deve ser no sentido de gastar o que
for necessário, pois o “bolso” e o ambiente agradecem.
100
3
Energia
Exercícios de aplicação
1. Faz um levantamento dos equipamentos elétricos existentes em tua casa. Indica as possíveis transforma-
ções de energia que ocorrem ao serem utilizados.
2. É importantíssimo reduzir os gastos com a eletricidade que usamos em nossas casas. Indica algumas
medidas a serem tomadas para reduzir o gasto de energia elétrica em tua casa.
Como se referiu anteriormente, atualmente a maior parte da energia utilizada provém da queima dos combus-
tíveis fósseis, o que tem criado um problema ambiental grave, uma vez que provoca o aumento da poluição
atmosférica.
A emissão de gases de efeito de estufa contribui para o aquecimento global e para as mudanças climáticas
que ocorrem no nosso planeta.
A libertação de gases provoca a ocorrência de chuvas ácidas, o que causa desastres ecológicos.
Pensa-se que para solucionar os problemas ambientais, devido à utilização em larga escala dos combustí-
veis fósseis, se deve recorrer ao uso das energias renováveis (consideradas energias limpas). Estas não se
esgotam, o seu impacto ambiental é menor e conferem a autonomia energética aos países que dependem da
importação dos combustíveis fósseis.
101
3
Energia
O aumento crescente do custo da eletricidade e das deficiências no fornecimento da energia, poderá, até
um certo ponto, pôr em causa o desenvolvimento de Cabo Verde, das empresas e de vários serviços. Neste
sentido, a procura de energias alternativas – energias renováveis, ou seja, energias provenientes de fontes
primárias, mais concretamente, a produção de energia a partir do sol e do vento, tem sido uma grande aposta
em Cabo Verde.
Cabo Verde, sendo um país com grande disponibilidade de sol e vento, tem demonstrado um interesse
crescente em projetos de produção de energia elétrica a partir da energia solar, mais concretamente usando
painéis fotovoltaicos, assim como também há uma grande aposta na produção da energia elétrica a partir da
energia eólica, usando aerogeradores. Nos últimos anos, Cabo Verde tornou-se num dos líderes da África
Ocidental na criação de projetos, à escala comercial, de centrais eólicas e solares. No ramo das energias
renováveis, com foco na produção de energia elétrica, encontram-se em Cabo Verde mais de cinco empre-
sas internacionais.
102
3
Energia
Outra empresa privada, a ELECTRIC, em 2011 instalou uma central eólica em Santo Antão.
Cabo Verde conta com o apoio de algumas entidades no desenvolvimento de políticas e ações para atingir
objetivos ao nível de África, a ECREEE (Ecowas Centre for Renewable Energy and Energy Efficiency) e a
REN 21 (Renewable Energy Policy Network for the 21st Century).
Cabo Verde é um arquipélago constituído por dez ilhas, situado no oceano Atlântico. Portanto, a energia das
ondas e das marés constitui uma potencialidade que poderia também ser explorada.
Em 2011 foi apresentado um estudo sobre recursos marítimos, concluindo que não era prioritário pôr em
prática, no arquipélago de Cabo Verde, projetos que tivessem a ver com a energia das ondas, visto que,
atendendo às condições existentes, não se aproveita essa forma de energia, tendo em conta a tecnologia
disponível no momento. Porém, caso venham a ser desenvolvidos projetos visando o aproveitamento dessa
forma de energia, as ilhas de Santo Antão e do Sal são as que apresentam melhores condições.
Em relação ao aproveitamento da energia das marés, não se dispõe de nenhum estudo por enquanto.
Portanto, atualmente não se conhecem iniciativas relacionadas com a utilização da energia das ondas e das
marés. No futuro, dependendo do desenvolvimento da tecnologia para utilização dessas formas de energia,
poderão existir projetos nesse sentido.
Resumindo, verifica-se uma grande aposta de Cabo Verde na produção de energia usando energias renová-
veis, de modo a diminuir a dependência dos combustíveis fósseis.
103
3
Energia
Cabo Verde é um país bastante dependente de combustíveis fósseis para a produção de energia. Dos com-
bustíveis fósseis utilizados em Cabo Verde, destacam-se a gasolina, o gasóleo, o fuelóleo, gás butano, Jet
A1 para os aviões e os lubrificantes.
O Consumo de biomassa resume-se à utilização de lenha nas zonas rurais e periféricas das cidades, na
confeção de alimentos e de outros produtos.
O consumo de energia elétrica proveniente das energias eólica e solar em Cabo Verde, conforme se referiu,
tem verificado algum progresso, mas, comparando com as energias não renováveis, a sua utilização ainda
é em menor escala.
Nas tabelas 5 e 6 estão apresentados, de uma forma resumida, o consumo de energias renováveis e não
renováveis em Cabo Verde.
Os dados de 2016 apontam que 90,1% da população cabo-verdiana tem acesso à eletricidade.
Algumas das apostas de Cabo Verde têm sido a criação de legislação que regule o setor das energias re-
nováveis e a criação de uma série de incentivos às empresas produtoras de energia elétrica, com base em
energias renováveis, tais como:
A visão do governo de Cabo Verde para o setor energético, expressa no Documento de Política Energética
de Cabo Verde, de 2008, é “Construir um País sem dependência de combustível fóssil”.
104
3
Energia
Atualmente, os principais recursos energéticos utilizados são os combustíveis fósseis: o carvão, o petró-
leo e o gás natural, com uma taxa de utilização entre 80% e 86%. O consumo extremo dos combustíveis
fósseis diminuiu substancialmente os seus reservatórios, sendo certo que esses recursos não vão estar
disponíveis a curto ou médio prazo, por serem esgotáveis.
A queima de combustíveis fósseis, para a obtenção de energia, tem criado um problema ambiental gra-
ve, uma vez que provoca o aumento da poluição atmosférica. A emissão de gases de efeito de estufa
contribui para o aquecimento global e para as mudanças climáticas que ocorrem no nosso planeta. A
libertação de gases, que provoca a ocorrência de chuvas ácidas, causa desastres ecológicos. O ar é
contaminado por gases tóxicos e partículas sólidas extremamente prejudiciais à saúde humana. Quando
acidentalmente ocorrem derrames do petróleo, durante o seu transporte nos mares e nos rios, aconte-
cem desastres ecológicos.
A utilização das energias renováveis (consideradas energias limpas, tais como as energias solar, eólica,
hídrica, geotérmica) pode ser uma alternativa face aos problemas ambientais provocados pela utilização
de combustíveis fósseis. As energias renováveis não se esgotam e o seu impacto ambiental é menor.
Atualmente há uma grande aposta na utilização dessas formas de energia, mas ainda com uma fraca
cobertura a nível mundial, com uma taxa de utilização entre 10 % e 13%.
Todos nós temos responsabilidade de fazer algo no sentido de preservar o ambiente, para que a vida
com qualidade perdure no nosso planeta. Por exemplo: não deixar lâmpadas, televisores, ventoinhas e
aparelho de ar condicionado ligados desnecessariamente; consultar a ficha técnica dos eletrodomésticos
antes de os adquirir, para ter a noção do consumo de energia e só depois tomar uma decisão sobre a sua
aquisição. Devemos usar a energia com inteligência.
Cabo Verde é um país bastante dependente de combustíveis fósseis para a produção de energia. O con-
sumo de energia elétrica proveniente das energias eólica e solar tem verificado algum progresso, mas,
comparando com as energias não renováveis, a sua utilização ainda é em menor escala.
Cabo Verde, sendo um país com grande disponibilidade de sol e vento, tem demonstrado um interesse
crescente em projetos de produção de energia elétrica a partir da energia solar, mais concretamente usan-
do painéis fotovoltaicos, assim como também há uma grande aposta na produção da energia elétrica a
partir da energia eólica, usando aerogeradores. Futuramente pensa-se em Cabo Verde “… sem depen-
dência de combustível fóssil”.
105
Verifica o que aprendeste nesta temática
A B C
3.1.1. Aberto
3.1.2. Aproximadamente isolado
3.1.3. Fechado
A- 20 cal =__________ J
B- 45 kcal =__________ kJ
C- 15 J =__________ kJ
D- 30 kWh =__________ J
A B C D
5.1.Identifica a principal manifestação de energia que está associada a cada uma das figuras (A, B, C e D).
6. A energia encontra-se associada a todos os sistemas. Tudo o que acontece no universo deve-se à
energia.
106
7. Dependendo das fontes ou dos efeitos, temos diferentes formas de energia. Completa a tabela
seguinte com a forma de energia correspondente a cada fonte.
8. Completa corretamente as frases seguintes com as seguintes palavras: temperatura, calor, condu-
ção, convecção ou radiação.
A- A energia transferida de um corpo, com temperatura mais elevada, para outro, com temperatura menor,
chama-se _______________.
B- A ________________é uma grandeza que mede o estado de agitação das partículas de um corpo. Está
relacionada com energia cinética das partículas.
C- O mecanismo de propagação do calor nos sólidos chama-se _____________________ e não há deslo-
camento de matéria.
D- _________________ é o mecanismo de propagação do calor no vazio.
E- O principal mecanismo de propagação do calor nos líquidos e gases chama-se ______________ e a ma-
téria aquecida desloca-se.
11. Seleciona a opção correta e completa a seguinte afirmação: “Dois corpos em contato atingem o
equilíbrio térmico quando...”
12. Foram aquecidos 2,5 kg de cobre, inicialmente à temperatura de 40ºC, até uma temperatura de
120ºC. A Capacidade térmica mássica do cobre é 376 J/(kg xºC).
107
Energia
13. Considera os materiais referidos na tabela seguinte e os seus respetivos valores de condutividade
térmica:
Condutividade térmica em
Material
J/(s x m x K )
Ferro 80
Alumínio 238
Ar 0,023
Ouro 317
Prata 427
14. Seleciona a(s) opção(ões) correta(s) e completa a seguinte afirmação: ‘‘Uma colher de pau numa
panela de cachupa é um mau condutor térmico, porque … ”
16. Qual é a quantidade de calor necessário para aquecer 200 g de água de 25 0C a 40 0C, sabendo que
a capacidade térmica mássica da água é 1 cal/(g x 0C)
A. 1 cal
B. 15 cal
C. 3000 cal
D. 100 cal
17. Seleciona a(s) opção(ões) correta(s) e completa a seguinte afirmação: ‘‘ A forma mais apropriada
de lidar com a energia no nosso dia a dia é … ”
A. a poupança de energia.
B. a economia de energia.
C. a conservação de energia.
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