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cartilha_musical.

pdf 1 3/4/15 11:18 AM

CM

MY

CY

CMY

EM SINTONIA COM
A MÚSICA NA ESCOLA.
ATIVIDADES PARA INTRODUZIR A EDUCAÇÃO
MUSICAL NO ENSINO FUNDAMENTAL I.

LEVE PARA A SALA DE AULA DICAS E MÚSICAS COMO: BANHO É BOM, A SOPA, TODO MUNDO TEM ALGUM TALENTO, LENGA LA LENGA E MAIS.
metodologia

Musicalizando a partir do corpo


A importância da Música como parte da formação e da cultura
que a escola precisa fornecer aos alunos foi reconhecida
recentemente. O desafio proposto às escolas é a maneira de
utilizar a Música como ferramenta pedagógica a favor das demais
competências, através de experiências plenas, prazerosas e
lúdicas, que garantam o desenvolvimento da sensibilidade natural.

Apresentamos uma proposta fundamentada com comandos simples para despertar nas crianças Um dos objetivos das aulas de Música é proporcio-
nas leis de maturação nervosa do desenvolvimento o sentido do som e suas qualidades, do ritmo, do nar estímulos para o desenvolvimento global da crian-
neuropsicomotor, ou seja, que parte do global para movimento, da interpretação musical, potenciali- ça, portanto, as atividades devem:
o específico, do simples para o complexo, do todo zando a criatividade, a livre exploração sonora, a 1. Ser atrativas, curtas e adaptadas ao
para as partes, porque sabemos que com o corpo improvisação, a vivência musical de obras, a educa- desenvolvimento psíquico, social, motor e cognitivo.
sentimos, com o corpo vivenciamos e com o corpo ção auditiva, ou audição ativa, em que se entendem 2. Partir sempre das possibilidades da criança.
aprendemos. Sabemos também que a ação produz os contextos e formas musicais escutadas. Apren- Valoriza-se o êxito, o que a estimula à superação e à
o pensamento e, posteriormente, esse mesmo pen- de-se Música fazendo Música. Os procedimentos realização de novas atividades
samento regula a ação, por exemplo, controlando, precedem à assimilação conceitual e o processo é
3. Ser programadas em função de objetivos compar
inibindo ou preparando os movimentos para todas tão importante quanto o resultado.
tilhados (processuais, finais e individuais); conse
as ações.
quentemente, não se promove a competição. Com
Sendo assim, nas atividades apresentadas sem- em sala de aula param-se os rendimentos anteriores de uma mesma
pre partiremos de vivências corporais com jogos Sabemos que a criança, em sua própria ativi- criança para ver se ela alcançou os objetivos pro
cooperativos, começando por etapas globais, nas dade, constrói seu conhecimento progressivamen- postos.
quais utiliza-se o corpo todo para realizar os mo- te através do estabelecimento das relações de
4. Atender aos desejos e interesses das crianças,
vimentos requeridos, até as específicas, em que elementos novos com suas experiências prévias.
dando-lhes oportunidade de serem criativas e res
utilizam-se apenas algumas partes corporais para O papel do educador é mediar essa construção,
ponsáveis na atividade.
realizar o movimento, enquanto outras realizam o favorecendo-a através do fornecimento de estímu-
suporte tônico. Os jogos utilizados nas atividades los e experiências ricas e variadas. Sendo assim, em É importante ressaltar que a Música é um meio par-
são cooperativos porque têm como objetivo viven- todas as atividades a criança sabe os objetivos que ticular e natural de expressão e de linguagem. Não se
ciar os conceitos musicais previamente; dessa for- se pretende alcançar. Explicamos exatamente o que pretende que a escola forme músicos, e sim que ela
ma, a criança não é eliminada durante o jogo. queremos ensinar e como ela utilizará essa aprendi- contribua com o desenvolvimento global de todos os
zagem em outras áreas. alunos e, sendo a Música um meio natural de comu-
Os elementos musicais apresentados obedecem
nicação e expressão, é quase um compromisso ético
a uma mesma premissa hierárquica: começamos
garanti-la como experiência a todos.

4 especial | Educação Musical


“Prezado professor, para que você compreenda a metodologia
Acesse aqui os
apresentada, conheça nas próximas páginas algumas sugestões
conteúdos digitais de atividades do 1o ao 5o anos do Ensino Fundamental.
O enfoque e aprofundamento dos conteúdos dependem da
faixa etária. Colocamos os modelos separados por anos, porém,
leia todos os modelos de atividades. As ideias podem servir de
exemplo para que você faça adaptações aos conteúdos que
está trabalhando com seu grupo.
O mais importante, no entanto, é a atenção que você
precisará ter para sempre começar com atividades globais,
nas quais os alunos utilizam o corpo todo em movimentos
amplos, para depois, aos poucos, sintetizar a aprendizagem
Professor, as músicas selecionadas para essas com atividades específicas como, por exemplo, as gráficas.
Lembre-se: da ação ao pensamento e do pensamento à ação.
atividades e muitas outras estão disponíveis
Sempre fará mais sentido e a aprendizagem será mais efetiva se
em nosso site. Acesse:
os conceitos forem vivenciados corporalmente.
A canção pode servir como apresentação dos conteúdos
www.moderna.com.br/pnld conceituais e/ou para despertar o interesse pelo estudo e
aprofundamento do tema, ou ainda como complemento do
tema estudado (observar a inter-relação entre as áreas nas
atividades).
Os temas escolhidos foram baseados nos conteúdos e/
ou objetivos estabelecidos nos Parâmetros Curriculares
Nacionais.”
A AUTORA
Roseli Lepique é professora de Música no Colégio Miguel de
Cervantes, em São Paulo, há 22 anos, Psicopedagoga (Instituto
Sedes Sapientiae) e Psicomotricista Clínica Institucional com
especialização em Grafomotricidade (ISPE — GAE e OIPR — Paris).
Autora dos livros “Canciones Infantiles Versión Iberoamericana”
(MEC — Espanha) e “Músicas Folclóricas Brasileiras” — volumes
I e II (Editora Tons). Criadora da Flauta Pedagógica Lepique,
instrumento de sopro que proporciona estímulos sensoriais e
proprioceptivos que favorecem o desenvolvimento grafomotor
e uma aquisição da letra cursiva mais eficiente.

Professor, conte-nos suas experiências em sala de aula:


educatrix@moderna.com.br
1º ao 5º anos

plano de aula Desenvolver as capacidades de concentração e


atenção, marcando a diferença entre ouvir (perceber
através do sentido) e escutar (direcionar a atenção,
entender, compreender e focar), ou seja, desenvolver
a percepção auditiva.

• Desenvolver a capacidade de classificar estímulos


sonoros de acordo com a sua intensidade e altura.
• Desenvolver a capacidade de realizar adaptação e
integração rítmica corporal aos estímulos sonoros
apresentados.
• Ajustar o movimento corporal individual ao espaço,
ao movimento do outro e aos estímulos sonoros.

• Som (altura, timbre e intensidade). • Jogo cooperativo. • Participação espontânea nas atividades propostas.
• Ritmo (adaptação rítmica, pergunta e resposta). • Discriminação auditiva de estímulos sonoros pela • Aceitação das regras estabelecidas com o grupo.
• Qualidades do movimento (força, velocidade, origem e pela intensidade. • Regulação dos interesses próprios com os dos
precisão e pressão). • Jogo rítmico corporal. demais componentes do grupo.
• Fatores do movimento (tempo, espaço, peso e • Jogo rítmico com objetos específicos e instrumentos • Valorização do silêncio como elemento
controle). de pequena percussão. imprescindível à execução musical.
• Formas de movimento (livres e dirigidas).
• Elementos musicais do movimento (ritmo e som).

CRITérios de avaliação
• Participar das atividades, regulando os próprios interesses com os interesses do grupo e com os objetivos propostos.
• Demonstrar interesse e atenção nas atividades e valorizar o trabalho em grupo.
• Diferenciar estímulos sonoros de acordo com a origem.
• Coordenar e controlar os movimentos durante as atividades, respeitando a velocidade e o silêncio (freio inibitório)
propostos pelo estímulo sonoro.

6 especial | Educação Musical


1º ano

plano de aula

• Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos • Ampliar gradativamente as possibilidades de comunicação e expressão das
diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais crianças, interessando-se por conhecer vários gêneros orais e escritos e
situações de interação. participando de diversas situações de intercâmbio social nas quais elas
• Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, possam contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas e elaborar e
velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e responder perguntas.
as potencialidades de seu corpo. • Familiarizar-se com a escrita por meio de livros, revistas e outros portadores
• Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de de texto e da vivência de situações nas quais seu uso se faça necessário.
deslocamento e ajustando suas habilidades motoras para utilização em jogos, • Escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor.
brincadeiras, danças e demais situações. • Interessar-se por escrever palavras e textos, ainda que não de modo convencional.
• Utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento etc., para ampliar • Reconhecer seu nome escrito, sabendo identificá-lo nas diversas situações
suas possibilidades de manuseio dos diferentes materiais e objetos. do cotidiano.
• Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo, conhecendo e • Escolher livros para ler e apreciar.
identificando seus segmentos e elementos e desenvolvendo cada vez mais
uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo.

• Reconhecer e valorizar os números, as • Ter uma imagem positiva de si, ampliando sua • Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo
operações numéricas, as contagens orais e as autoconfiança, identificando cada vez mais suas mundo social e natural, formulando perguntas,
noções espaciais como ferramentas necessárias limitações e possibilidades, e agindo de acordo imaginando soluções para compreendê-lo,
no seu cotidiano. com elas. manifestando opiniões próprias sobre os
• Comunicar ideias matemáticas, hipóteses, • Identificar e enfrentar situações de conflito, acontecimentos, buscando informações e
processos utilizados e resultados encontrados utilizando seus recursos pessoais, respeitando confrontando ideias.
em situações-problema relativas a quantidades, as outras crianças e adultos e exigindo • Estabelecer relações entre o modo de vida
espaço físico e medida, utilizando a linguagem reciprocidade. característico de seu grupo social e o de outros
oral e a linguagem matemática. • Valorizar ações de cooperação e solidariedade, grupos.
• Ter confiança em suas próprias estratégias e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração • Estabelecer relações entre o meio ambiente e as
em sua capacidade para lidar com situações e compartilhando suas vivências. formas de vida que ali se estabelecem,
matemáticas novas, utilizando seus valorizando sua importância para a preservação
conhecimentos prévios. das espécies e para a qualidade da vida.

especial | Educação Musical 7


1º ano

a sopa

de: Sandra Peres


Que que tem na sopa do neném? (2x) Que que tem na sopa do neném? (2x)
Será que tem espinafre? Será que tem mandioca?
Será que tem tomate? Será que tem minhoca?
Será que tem feijão? Será que tem jacaré?
Será que tem agrião? Será que tem chulé?
É um, é dois, é três! É um, é dois, é três!

Que que tem na sopa do neném? (2x) Que que tem na sopa do neném? (2x)
Será que tem farinha? Será que tem alho-poró?
Será que tem balinha? Será que tem sabão em pó?
Será que tem macarrão? Será que tem repolho?
Será que tem caminhão? Será que tem piolho?
É um, é dois, é três! É um, é dois, é três!

Que que tem na sopa do neném? (2x) Que que tem na sopa do neném? (2x)
Será que tem rabanete? Será que tem caqui?
Será que tem sorvete? Será que tem javali?
Será que tem berinjela? Será que tem palmito?
Será que tem panela? Será que tem pirulito?
É um, é dois, é três! É um, é dois, é três!

8 especial | Educação Musical


açãO! servar como eles convivem com os amigos que são herança cultural mundial enorme de que “o certo”
diferentes ou têm necessidades especiais e mediar, é escrever com a mão direita. Uma criança com la-
Vamos começar a aula de Música e ensinar brin-
se necessário); e o raciocínio lógico-matemático teralidade cruzada (por exemplo, escreve com a
cando. E sabe o que é melhor? As crianças vão apren-
para realizar a divisão da classe em dois grupos. mão direita e faz todas as outras atividades com a
der a utilizar o próprio corpo de forma que, quando
_ Vamos cantar a canção e a roda de dentro gi- esquerda) pode desenvolver problemas importan-
forem escrever, não vão cansar tanto. Conte para a
rará para este lado, que é chamado de direito (de- tes, tais como dislexia, discalculia, disgrafia, TDAH,
classe que só ficamos cansados ao escrever porque
monstrar girando à direita). A outra roda girará para gagueira, etc. Essa é a faixa etária que ela vai definir
na verdade utilizamos partes de nosso corpo que
o lado oposto. Chamamos esse lado de esquerdo que mão será a funcional para escrita.
não precisaríamos usar. Para escrever, devemos em-
pregar algumas partes do corpo e as demais devem (demonstrar). Uma roda ficará dentro da outra.
estar “descansando” ou servindo de apoio. Com os Quando cantarem “é um, é dois, é três”, a roda FASE 2
jogos, aprenderemos a ensinar as crianças a usar o de dentro deve parar e os componentes devem abrir Material necessário: espaço amplo e bolas de
corpo todo e depois só algumas partes. E nossos a perna para que os componentes da roda de fora meia (Veja no anexo I sugestões para confeccionar
jogos na aula de Música têm um grande segredo: passem por baixo e formem rapidamente a roda ou- as bolas de meia).
todo mundo ganha porque todos estão aprendendo. tra vez.
As bolas devem ser confeccionadas anterior-
Então, se o aluno errar ou for ‘queimado’, não im- _ Vocês devem ser muito rápidos porque, quan-
mente ou podem ser pedidas como lição de casa.
porta, continua brincando porque, com certeza, no do a segunda estrofe começar, a roda deve estar gi- É uma excelente oportunidade para relacionarmos
final do jogo ele vai aprender muito sobre o corpo: rando de acordo com o ritmo da canção. conceitos de sustentabilidade, meio ambiente, reci-
como ele funciona e como poderá ajudá-lo nas tare-
Sendo assim, inverte-se a posição das rodas clagem, etc. Por outro lado, a atividade de confec-
fas escolares.
(por isso o número de crianças em cada roda deve cionar a bola também proporciona estímulos para o
ser aproximado). O objetivo do jogo é que as crian- desenvolvimento da coordenação visomotora e das
Apreciação musical ças consigam organizar-se no espaço, adequando habilidades motoras específicas para escrita (pinça,
seu ritmo ao do grupo. Não importa se elas não con- dissociação digital, etc.).
Toque a música ou mostre o vídeo na internet:
seguirem na primeira vez; contanto que estejam se _ Agora precisamos dividir a classe em três gru-
www.youtube.com/watch?v=BMyhqppXKE0
divertindo e experimentando os movimentos, mui- pos. Quantos alunos cada grupo terá?
Enfatize a parte que é sempre repetida na música:
tos objetivos estarão contemplados.
“É um, é dois, é três!”. Isso será muito importante. Você pode aproveitar os grupos formados pela
Ao demonstrar o lado e nomeá-lo, você estará roda e subdividi-los, ou refazer os grupos para am-
ajudando a criança a construir a noção de laterali- pliar as relações sociais. A relação com os conceitos
FASE 1 dade. Isso é muito importante nessa faixa etária, matemáticos estará presente nas duas formas.
Material necessário: espaço amplo e aparelho sobretudo, com as crianças que têm dominância
Nessa fase, começaremos o enfoque em uma das
para reproduzir a canção. lateral à esquerda. Não adianta a criança decorar di-
áreas específicas da Educação Musical, a educação
_ Vamos fazer duas rodas. Como podemos sepa- reita e esquerda, ela precisa sentir primeiro que seu
auditiva: percepção e figura-fundo auditiva. Básica
rá-las? Quantos alunos têm na classe? Com quantas corpo tem dois lados, que são diferentes, que um
em todos os processos educativos, é a capacidade
crianças cada roda ficará? lado faz o movimento e o outro apoia o movimen-
de classificar os estímulos sonoros em relevantes e
to (mãos, olhos, ouvidos e pernas) e que cada lado
Você pode usar diferentes critérios para sepa- irrelevantes e dirigir à atenção apenas ao som rele-
tem um nome, independentemente do uso que ela
rar as duas rodas, porém, é um excelente momento vante. É a estrutura que sustenta a atenção. Além
faça. As crianças que usam a mão esquerda tendem
para observar os conceitos que seu grupo já adqui- disso, também trabalharemos o freio inibitório, ca-
a chamá-la de direita. Isso é bastante lógico já que,
riu de classificação; a formação social do grupo (ob- pacidade de frear voluntariamente os movimentos.
para ela, direito e certo são sinônimos. Aqui há uma

especial | Educação Musical 9


A sopa
1º ano

Essa habilidade é fundamental em todos os pro- É importante que nos jogos as crianças tenham pelo pátio marcando o ritmo e explorando as possi-
cessos de leitura e escrita e nos processos atencio- a oportunidade de vivenciar todos os papéis. bilidades sonoras do instrumento.
nais envolvidos na aprendizagem. Nessa fase, o freio inibitório requerido é mais Quando a letra da canção diz: “é um, é dois, é
_ Vocês repararam que na letra da canção algu- específico: a criança deve esperar até a próxima pa- três”, pause a música e todos devem “congelar”.
mas palavras “combinam”? Chamamos essa “com- lavra que rima. Parados, escutarão o som que o tambor produz.
binação” de rima. O jogo agora será mais difícil. Um Devem procurar outro tambor com som parecido e
grupo fará a roda, o outro ficará dentro dela com as formar pares.
bolas e o terceiro, fora da roda. A roda vai girando, Fase 3 Ao formar os pares, escute os sons produzidos
seguindo o ritmo da canção. Quando a letra da can- Material necessário: giz para desenhar no chão,
e, juntamente com o grupo, confirme se eles são si-
ção mencionar uma palavra que rima, o grupo de placas com o nome de ingredientes da sopa (confor-
milares ou não. Confirme também com os criadores
dentro deve jogar a bola para o grupo de fora, sem me modelo anexo II).
dos tambores para averiguar se o material utilizado
que ela toque os componentes da roda. O grupo que Copie as placas de acordo com o número de é o mesmo.
está fora da roda tenta pegá-la sem deixar cair no componentes de sua classe. Distribua as placas
Recomece o jogo, tirando o pause da canção. A
chão. Só podem jogar a bola de volta para o grupo entre as crianças. Desenhe vários círculos no chão
dupla produzirá sons parecidos para acompanhar
que está dentro da roda quando ouvirem a rima na (conforme a quantidade de alunos): serão as “pane-
o ritmo da canção. No refrão, pause novamente.
próxima estrofe. O que acontece com a criança que las”. Explique as regras do jogo:
As crianças devem procurar tambores com sons
deixa a bola cair? Ela pega a bola e continua brin- _ Vocês estão vendo esses círculos? São as pa-
diferentes. Repetir o procedimento de escutar jun-
cando. Veja o exemplo abaixo: nelas para fazer a sopa. Agora eu vou tocar a mú- tamente com o grupo. Na terceira estrofe, todos de-
sica [ou cantar] e vocês devem se organizar para vem trocar os tambores entre si e recomeçar o jogo.
Que que tem na sopa do neném? (2x) que em cada panela tenha a quantidade correta de
Será que tem espinafre? Nessa fase, a criança aprenderá a cuidar dos
ingredientes para fazer a sopa. Ninguém pode ficar
A roda vai girando e as crianças que estão objetos alheios e, por isso, deverá ter cuidado com
fora da panela. Lembram-se que a canção tem várias
fora da roda marcam o ritmo com as mãos. As os tambores dos amigos. Você pode aproveitar a
estrofes? Cada vez que começar uma estrofe, vocês
crianças que estão dentro da roda com a bola oportunidade para conversar com o grupo sobre o
devem se organizar nas “panelas”. Não vale repetir
devem marcar o ritmo da canção com os pés. zelo que devemos ter com o material coletivo, com o
os mesmos ingredientes.
patrimônio cultural, etc.
Será que tem tomate? Observe que a regra de não repetir os “ingre-
Jogar a bola para o grupo que está fora da roda. dientes” estimulará o grupo a realizar diferentes ti-
pos de interação social. Brincando, eles aprenderão Fase 5
Será que tem feijão? a conviver. Nessa fase, trabalharemos vários conteúdos si-
Tempo para o grupo conseguir pegar a bola. multaneamente. Leia as orientações escritas para o
3º ano em relação à cultura africana e a confecção e
Será que tem agrião? Fase 4 utilização dos instrumentos de percussão, e aplique
Devolver a bola para o grupo de dentro. Material necessário: tambor feito com bexiga com a canção.
e um pequeno pote redondo sem tampa (conforme _ Vamos ouvir a última parte da canção e escu-
anexo III).
O quadro exemplifica a dinâmica do jogo utili- tar atentamente os instrumentos. Será que conse-
Misture todos os tambores. Cada criança deve guimos construir instrumentos com sons parecidos
zando a primeira estrofe. A sequência deve se repe-
pegar um tambor que não seja o que confeccionou. utilizando objetos que temos em casa?
tir nas outras estrofes e, ao final, deve haver uma
Seguindo o ritmo da canção, as crianças passearão
troca de papéis entre os grupos.

10 especial | Educação Musical


contém materiais
complementares. veja no site»

Fase 6 Fase 7 Temporalização


Material necessário: folha com a atividade, Agora vamos a uma fase muito importante:
lápis de cor e lápis grafite. (Veja o modelo da ativi- _ O que aprendemos com esses jogos? Para que eles As fases do jogo estão pensadas para uma hora-
dade gráfica no anexo VII) -aula cada uma, dependendo da dinâmica do grupo.
servem? O que aprendemos sobre nosso corpo? Onde
Alguns grupos gostam muito de repetir várias vezes
Conte aos alunos qual é o objetivo: vamos usar o que aprendemos com ele? Qual é o ponto
_ Vocês lembram quando começamos o jogo o mesmo jogo e isso é positivo, porque, gradativa-
forte dos jogos? E o ponto fraco?
mente, as crianças apropriam-se dos conceitos.
que usamos primeiro o corpo inteiro? Lembram que Observe que o grupo deve dizer apenas um ponto
A confecção do material (bolas de meia, instru-
o objetivo era aprender a usar todas as partes do forte e um ponto fraco. Com isso, as crianças precisarão
mentos reciclados, etc.) pode ocupar duas ou três
corpo para depois usar só as que são realmente relembrar os jogos e farão uma síntese mental de tudo
horas-aula. É preciso estar bem atento que essa
necessárias para determinados movimentos? Ago- o que vivenciaram. Aproveite as sugestões para usar no
atividade antecede o jogo propriamente dito em al-
ra, vamos fazer essa atividade para melhorar ainda planejamento das outras atividades. Trabalhando a par-
gumas fases. Sendo assim, a distribuição das aulas
mais nossa letra cursiva, ou seja, ela ficará cada vez tir das áreas fortes das crianças, a chance de êxito é mui-
deve ser bem planejada.
mais legível e não vamos nos cansar muito. to maior. Analise os pontos fracos em relação à coerência
_ Que parte do corpo nós usaremos para fazer o com os objetivos que você queria atingir.
traço e depois pintar?
Para escrever, usamos apenas os dedos indica- Fase 8
dor e polegar, que realizam o movimento principal. Natureza e Sociedade: Estabelecer relações entre o
_ Que partes devem estar “descansando”? consumo da sopa, as regiões e o clima. Investigar costu-
Observe que a atividade está em preto e branco. mes familiares em relação a esse tipo de alimento (por
Colorir é uma atividade que está um pouco negli- exemplo, canja quando se está doente). Conceito de ali-
genciada na Educação, porém, é um exercício grafo- mentação saudável (legumes e verduras).
motor bastante eficaz. O importante é que a ativida- Linguagem: Solicitar pesquisa sobre receitas de
de deve ser significativa e contextualizada: a criança sopa utilizadas pelas famílias e suas finalidades. (Veja
precisa saber que objetivos temos com a atividade. o modelo da atividade gráfica nos anexos II, III, IV e V).
No caso de colorir, o objetivo que deve ser exposto Matemática: Vejo o modelo da atividade gráfica no
é o freio inibitório (a capacidade de frear volunta- anexo VIII.
riamente os movimentos) e principalmente síntese
mental dos conteúdos trabalhados: enquanto a
Observação: na atividade gráfica completar do anexo
criança está colorindo, organiza seus pensamentos,
VI, observe como seus alunos escolhem a rima (há
relacionando-os com os conteúdos aprendidos.
várias possibilidades) e como escolhem os caminhos
entre as palavras (economia de gestos, por exemplo).
Para ligar as palavras que rimam, eles precisarão
passar por outras palavras.

especial | Educação Musical 11


2º e 3º anos

plano de aula

• Compreender o sentido nas mensagens orais e escritas • Construir o significado de número natural a partir de • Comparar acontecimentos no tempo, tendo como
do que é destinatário direto ou indireto: saber atribuir seus diferentes usos no contexto social, explorando referência anterioridade, posterioridade
significado, começando a identificar elementos situações-problema que envolvam contagens, medidas e simultaneidade.
possivelmente relevantes, segundo os propósitos e e códigos numéricos. • Reconhecer algumas semelhanças e diferenças sociais,
intenções do autor. • Resolver situações-problema e construir, a partir delas, econômicas e culturais, de dimensão cotidiana,
• Ler textos dos gêneros previstos para o ciclo, os significados das operações fundamentais, buscando existentes no seu grupo de convívio escolar e na sua
combinando estratégias de decifração com estratégias reconhecer que uma mesma operação está relacionada localidade.
de seleção, antecipação, inferência e verificação. a problemas diferentes e um mesmo problema pode ser • Reconhecer algumas permanências e transformações
•U
 tilizar a linguagem oral com eficácia, sabendo resolvido pelo uso de diferentes operações. sociais, econômicas e culturais nas vivências cotidianas
adequá-la a intenções e situações comunicativas • Desenvolver procedimentos de cálculo — mental, das famílias, da escola e da coletividade, no tempo
que requeiram conversar num grupo, expressar escrito, exato, aproximado — pela observação de e no mesmo espaço de convivência.
sentimentos e opiniões, defender pontos de vista, regularidades e de propriedades das operações e pela • Estabelecer relações entre o presente e o passado.
relatar acontecimentos e expor temas estudados. antecipação e verificação de resultados.
• Participar de diferentes situações de comunicação • Estabelecer pontos de referência para situar-se,
oral, acolhendo e considerando as opiniões alheias posicionar-se e deslocar-se no espaço, bem como para
e respeitando os diferentes modos de falar. identificar relações de posição entre objetos no espaço;
•P
 roduzir textos escritos coesos e coerentes, interpretar e fornecer instruções, usando terminologia
considerando o leitor e o objeto da mensagem, adequada.
começando a identificar o gênero e o suporte que • Perceber semelhanças e diferenças entre objetos
melhor atendam à intenção comunicativa. no espaço, identificando formas tridimensionais ou
•E
 screver textos dos gêneros previstos para o ciclo, bidimensionais, em situações que envolvam descrições
utilizando a escrita alfabética e preocupando-se com orais, construções e representações.
a forma ortográfica.

12 especial | Educação Musical


• Reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais • Observar, registrar e comunicar algumas semelhanças • Brincadeiras, jogos, danças, atividades diversas de
de localização, orientação e distância, de modo a e diferenças entre diversos ambientes, identificando a movimento e suas articulações com os elementos
deslocar-se com autonomia e representar os lugares presença comum de água, seres vivos, ar, luz, calor, solo da linguagem musical.
onde vivem e se relacionam. e características específicas dos diferentes ambientes.
•R
 econhecer a importância de uma atitude responsável • Reconhecer processos e etapas de transformação
de cuidado com o meio em que vivem, evitando o de materiais em objetos.
desperdício e percebendo os cuidados que se deve ter • Utilizar características e propriedades de materiais,
na preservação e na manutenção da natureza. objetos e seres vivos para elaborar classificações.
• Formular perguntas e suposições sobre o assunto
em estudo.
• Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à
saúde, em relação à alimentação e à higiene pessoal,
desenvolvendo a responsabilidade no cuidado com
o próprio corpo e com os espaços que habita.

temas transversais

•R
 econhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais • O respeito a todo ser humano independentemente de • Identificação, no próprio corpo, da localização e da
de localização, orientação e distância, de modo a sua origem social, etnia, religião, sexo, opinião função simplificada dos principais órgãos e aparelhos,
deslocar-se com autonomia e representar os lugares e cultura. relacionando-os aos aspectos básicos das funções de
onde vivem e se relacionam. • O respeito mútuo como condição necessária para relação (sensações e movimentos).
•R
 econhecer a importância de uma atitude responsável o convívio social democrático: respeito ao outro • Adoção de postura física adequada.
de cuidado com o meio em que vivem, evitando o e exigência de igual respeito para si.
desperdício e percebendo os cuidados que se deve ter • A coordenação das próprias ações com as dos outros,
na preservação e na manutenção da natureza. por meio do trabalho em grupo.
• O repúdio a toda forma de humilhação ou violência
na relação com o outro.
• A compreensão de lugar público como patrimônio,
cujo zelo é dever de todos.
• O zelo pelo bom estado das dependências da escola.

especial | Educação Musical 13


2º ano

BANHO é bom
de: Helio Ziskind
Tchau, preguiça, Lá lá, laiá laiá lá, laiá lalá la,
Tchau, sujeira, laiá lalála lala lá, humm...
Adeus, cheirinho de suor!
Ainda não acabou não!
Lava, lava, lava Vem cá, vem... vemm...
Lava, lava, lava
Uma enxugadinha aqui,
Uma orelha, uma orelha... uma coçadinha ali.
Outro orelha, outra orelha... Faz a volta e põe a roupa de
paxá, ah!
Lava, lava, lava
Lava a testa, a bochecha Banho é bom...
Lava o queixo, lava a coxa e lava até... Banho é bom...
Banho é muito bom!
Meu pé, meu querido pé,
que me aguenta o dia inteiro... Agora acabou!

E o meu nariz, meu pescoço,


meu tórax e o meu bumbum
E também o fazedor de xixi!

14 especial | Educação Musical


especial | Educação Musical 15
banho é bom
2º ano

ação! internet, na biblioteca, com a família ou vizinhos. Fase 4


Localize no Atlas a Europa e a Espanha. Material necessário: garrafas de vidro prefe-
Comece a aula contando a seus alunos os obje-
tivos e a funcionalidade do que irão aprender. Apre- Você pode aproveitar para conversar com eles rencialmente iguais, água, guache, colher de pau e
sente a canção e levante os conhecimentos prévios sobre o uso adequado da água, já que atualmente a barbante.
que as crianças têm sobre ela. A seguir, pergunte Espanha está sofrendo um processo cada vez maior Peça às crianças que tragam garrafas de vidro.
por que será que o compositor resolveu escrever de desertificação. Confira esta canção: É importante que todas sejam iguais para a experi-
uma canção sobre banho. Ele é importante para a ência. Amarre o gargalo das garrafas com o barban-
Parlenda
saúde? Confira o que o grupo sabe a esse respeito. te a uma distância média de 15 centímetros entre
As crianças
elas, conforme ilustração abaixo:
lá na China
Fase 1 quando não têm o que fazer
Material necessário: bolas de meia. (Veja no atiram bolas
anexo I do 1º ano sugestões para confeccionar as para o alto
bolas de meia). e dizem que vai chover.
Formar uma roda com as crianças. Cada uma
deve segurar uma bola. Seguindo o ritmo da canção, Para dificultar a adaptação da atividade e
passar a bola para o amigo que está do lado direito enfatizar o trabalho com o freio inibitório, na
(veja informações sobre lateralidade nas atividades palavra “chover” você pode estender um pou-
do 1º ano). Durante a canção, bater palmas. Quando co a sílaba, por exemplo, “e dizem ... que vai ...
ouvirem as palmas, as crianças devem passar a bola chooooooooooooooooooo... VER!” Se tiver acesso à internet, visite o site
para o lado esquerdo, ou seja, inverter a rotação. www.tubeencore.com/watch/?v=o2oQdso5PMk
O procedimento para o jogo é igual ao da fase 1.
Quando a canção terminar, as crianças devem jogar e assista a um vídeo que demonstra como construir
a bola para cima o mais alto possível e sair corren- vários tipos de instrumentos com garrafas pet.
do para que nenhuma bola os atinja. Será o “banho Fase 3 Com uma colher de pau fina, bata nas garrafas,
de chuva”. Colocar a música outra vez para que as Material necessário: conduítes, objetos sono-
uma de cada vez. Converse com as crianças se elas
crianças recolham as bolas e recomecem o jogo an- ros ou instrumentos de pequena percussão.
acham que quando colocarem a água o som muda-
tes de o cantor começar a cantar. Sempre há perto de casa alguma construção rá. Coloque um pouco de água na segunda garrafa
onde você pode conseguir conduítes usados. Cor- e compare o som produzido. Aumente gradativa-
Fase 2 tando em pedaços iguais de aproximadamente um mente a quantidade de água e comprove com os
Material necessário: bolas de meia. metro podemos produzir sons muito interessantes. alunos a mudança na altura do som: quanto mais
Há um jogo tradicional na Espanha muito pare- Cada criança segura um conduíte e deve girá-lo água mais grave o som ficará. Veja se as crianças
cido com esse. A única diferença é que as crianças para o alto enquanto canta a canção. Quando a letra conseguem chegar a essa conclusão sozinhas. Per-
quicam a bola no chão em vez de passá-la pela roda. refere-se às partes do corpo, a criança deverá ras- gunte se podem exemplificar outros exemplos de
par uma caneta no conduíte em todas as sílabas das sons graves (voz dos homens, por exemplo) e agu-
Converse com as crianças sobre seu conheci- palavras. dos (voz das mulheres, em relação à dos homens).
mento sobre a Espanha (aproveitando o fato de que Explique que para classificar um som é necessário
são os atuais campeões da Copa do Mundo de Fu- Veja exemplos de objetos sonoros e instrumen-
tos de pequena percussão no anexo II do 3º ano. compará-lo com outro.
tebol). Incentive-os a procurarem informações na

16 especial | Educação Musical


contém materiais
complementares. veja no site»

Passeie pelo colégio fazendo uma coleta de Novas Tecnologias: Pesquisa sobre as regiões
sons. Faça uma lista com eles e classifique os sons geográficas relacionadas aos conteúdos.
entre graves e agudos. Para ajudá-los, diga que o Matemática: Cálculo mental, significado do nú-
som grave é como a voz do leão e o agudo, como a mero; situações-problema; operações básicas de
voz dos pássaros. adição e subtração. (Veja no anexo IV sugestão de
Divida a classe em dois grupos: um tocará os atividade de matemática).
conduítes quando a letra da canção referir-se às
partes corporais e o outro grupo tocará as garrafas,
criando uma melodia própria.
TEMPORALIZAÇÃO
As fases do jogo estão pensadas para uma hora-
Deixe o grupo tocar e observe como adaptam
-aula cada uma, dependendo da dinâmica do grupo.
seu ritmo próprio ao ritmo da canção. Troque os
Alguns grupos gostam muito de repetir várias vezes
grupos para que todos possam experimentar os
o mesmo jogo e isso é positivo, porque, gradativa-
dois instrumentos.
mente, as crianças apropriam-se dos conceitos.
A confecção do material (bolas de meia, instru-
Fase 5 mentos reciclados, etc.) pode ocupar duas ou três
Material necessário: folha com a atividade, lá- horas-aula. É preciso estar bem atento que essa
pis de cor e lápis grafite. (Veja no anexo III suges- atividade antecede o jogo propriamente dito em al-
tões de atividade grafomotora). gumas fases. Sendo assim, a distribuição das aulas
Conte aos alunos qual é o objetivo dessa ativida- deve ser bem planejada.
de e relembre que começamos os jogos utilizando o
corpo inteiro e que agora usaremos apenas o dedo
indicador e o polegar para realizar o movimento.
Leia as considerações sobre colorir nas atividades
do 1º ano.

Fase 6
História e Geografia: Localização geográfica da
Espanha. Desertos.
Linguagem: Leitura de diferentes textos.
(Veja nos anexos I e II sugestões de atividades de
linguagem).
Ciências: A água e o consumo consciente. Po-
luição das águas. A água nas regiões de deserto.
Características dos solos e ambientes com excesso
ou falta de água. Água e saúde.

especial | Educação Musical 17


3º ano

a carta

Um, dois e três

Pena, tinteiro e papel

para escrever uma carta

ao meu amigo Miguel.

E na carta escreverei

lembranças ao rei.

18 especial | Educação Musical


Confira a representação:
ação!
Comece a aula contando a seus alunos os objeti- um dois pena, tinteiro para escrever
vos e a funcionalidade do que irão aprender.
Um dos conceitos trabalhados com essa parlenda é
pergunta (P) e resposta rítmica (R). Ao apresentar a
parlenda aos alunos, marque o ritmo com as mãos
da seguinte maneira:
P) UM, DOIS: bater as mãos nas coxas (2 palmas) e três e papel uma carta

R) E TRÊS: palmas
P) PENA, TINTEIRO: bater as mãos nas coxas ao meu amigo e na carta lembranças

R) E PAPEL: palmas
P) PARA ESCREVER: bater as mãos nas coxas
R) UMA CARTA: palmas
P) AO MEU AMIGO: bater as mãos nas coxas
mi guel escreverei ao rei
R) MIGUEL: palmas
P) E NA CARTA: bater as mãos nas coxas Nessa fase, vamos trabalhar o freio inibitório, Fase 2
que é a capacidade de frear voluntariamente os mo- Material necessário: objetos sonoros ou instru-
R) ESCREVEREI: palmas
vimentos. Esse é o primeiro passo para adquirir o mentos de pequena percussão. (Veja exemplos de
P) LEMBRANÇAS: bater as mãos nas coxas controle corporal exigido em todos os processos de objetos sonoros e instrumentos de pequena percus-
atenção e de grafomotricidade (uma parte do corpo são no anexo II do 2º ano).
R) AO REI: palmas
produz movimentos, enquanto as outras realizam o
Divida a classe em dois grupos. Esse é um bom
suporte tônico para tal). O freio inibitório também é
momento para contextualizar e significar o conheci-
FASE 1 solicitado nos processos de leitura e escrita (princi-
mento adquirido nas aulas de Matemática. Observe
Material necessário: espaço amplo. palmente na escrita, relacionado com a separação
como seus alunos resolverão o problema e que re-
das palavras ao escrever, evitando aglutinação, por
Recite a parlenda marcando com as mãos o rit- cursos têm para tal (raciocínio lógico-matemático).
exemplo). Para intensificar o trabalho, utilize freios
mo. No final da parlenda, as crianças devem “fingir” Um grupo será de carteiros (C) e o outro de pes-
bruscos, como por exemplo, assim que as crianças
que estão escrevendo uma carta e sair com a “carta soas que receberão a carta (P). O grupo P deve es-
começarem a correr, solicitar que parem: não devem
imaginária” pela escola, entregando-a em diferen- conder-se em diferentes lugares enquanto o grupo C
mexer nenhuma parte corporal; variar as distâncias
tes lugares (subir, descer, correr, parar) ou para dife- recita a parlenda. Quando terminar de recitar devem
o máximo possível. (Veja no anexo I explicação so-
rentes pessoas. A um sinal previamente combinado procurar o grupo P. Como o grupo C encontrará o P?
bre o que é parlenda).
(assobiar, apitar ou bater palmas), todos devem vol- Através de sons que eles produzirem, por exemplo,
tar para recomeçar a brincadeira. Você pode mudar podem ser apitos, instrumentos de pequena per-
de lugar sempre. Isso tornará a brincadeira mais cussão ou objetos sonoros. Quando encontrados,
divertida e trabalhará a atenção dos seus alunos. os grupos trocam de papéis.

especial | Educação Musical 19


A carta
3º ano

Nessa fase, começaremos o enfoque a uma das


áreas específicas da Educação Musical: educação
auditiva: percepção e figura-fundo auditiva (básica
em todos os processos educativos, é a capacidade
de classificar os estímulos sonoros em relevantes e
irrelevantes e dirigir à atenção apenas ao som rele- carteiros pessoas
vante. É a estrutura que sustenta a atenção).

Fase 3
Material necessário: folhas de jornal cortadas
ao meio.
Distribuir folhas de jornal pelo chão, como no
desenho ao lado. Elas serão o caminho. Ao final, o criar diferentes sons corporais para marcar a per- Para ampliar, podemos atender à exigência da
grupo dos carteiros deve trocar de lugar com o gru- gunta e a resposta rítmica da parlenda. Lei federal nº 10.639, que estabeleceu a obrigatorie-
po de pessoas. Eles só podem trocar de lugar com Observe como as crianças inventam rapidamen- dade do ensino da cultura africana e afro-brasileira
um salto de cada vez, respeitando o ritmo das pal- te diferentes maneiras de produzir sons corporais. nas escolas públicas e privadas de todos os estados
mas da parlenda. Ninguém pode ocupar o mesmo Depois de aproximadamente dez minutos, convi- brasileiros. A pergunta e resposta é uma das inú-
retângulo de jornal ao mesmo tempo, e, ao acabar de-os a compartilharem com o grupo os sons desco- meras características do ritmo africano, e o ritmo
a parlenda, os grupos devem ter trocado de lugar. bertos. Escolha com eles os sons que serão utiliza- utilizado na canção é uma mistura de vários ritmos
Nessa fase, estamos especificando ainda mais o dos para pergunta e resposta. Na primeira vez que africanos. Ouça novamente com as crianças e con-
freio inibitório e acrescentamos a planificação dos realizamos essa atividade, a negociação da escolha verse sobre o assunto.
movimentos: a criança precisará prever o movimen- pode demorar um pouco.
to do outro para não ocupar o mesmo retângulo que Se você tiver acesso à internet mostre aos alu- Fase 5
ele e deverá planejar mentalmente um caminho a nos vários exemplos de percussão corporal:
ser seguido. Com o corpo todo, as crianças estarão Material necessário: instrumentos utilizados na
atividademusical.blogspot.com/2011/06/dida- fase 2.
experimentando as habilidades de raciocínio lógico
tica-da-percussao-corporal.html
matemático e de estruturação espacial. Cada grupo deve inventar uma maneira diferen-
No site abaixo, Marcia Rosane Chiqueto publica te de utilizar os instrumentos para acompanhar a
um trabalho muito interessante com exemplos de canção. Os grupos se apresentam e depois todos
Fase 4 grupos brasileiros de percussão corporal e que utili- juntos repetem.
Material necessário: aparelho para reproduzir zam sons alternativos:
Separe os instrumentos de acordo com o timbre
a canção. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/ (som característico). Observe como as crianças se
Relembre com as crianças a fase 1 do jogo quan- arquivos/2269-6.pdf organizam para classificar os instrumentos . Rapida-
do elas bateram as mãos nas pernas e depois em Nessa fase, estamos trabalhando com vários mente entenderão que objetos com o mesmo mate-
palmas para marcar a pergunta e a resposta rítmica. conteúdos simultaneamente: pergunta e resposta rial produzem sons parecidos.
Incentive-as a criar diferentes maneiras de produzir rítmica; cultura e apreciação musical; adaptação e Separe os grupos: pergunta e resposta. Se qui-
sons com o corpo que marquem o ritmo da parlen- integração rítmica, etc. ser complicar um pouco mais, outro grupo pode to-
da. Divida a classe em quatro grupos. Eles devem car como a melodia (para isso eles precisam pensar
20 especial | Educação Musical
contém materiais
complementares. veja no site»

ou cantar a letra da parlenda: a cada sílaba corres-


ponde uma batida igual. Em música chamamos isso um dois pe-natin-teiro paraescre-ver
de ritmo da melodia).
Observe o desenho ao lado:

Fase 6
e três e pa-pel uma carta
Material necessário: folha com a atividade, lá-
pis de cor e lápis grafite. (Veja no anexo V sugestão
de atividade grafomotora).
Explique a funcionalidade da atividade confor- aomeua-migo e nacarta es lem-branças
me orientações nas atividades do 1º ano.

Fase 7
Leia as orientações dadas nas atividades do
1º ano.
mi-guel creve rei ao rei

Fase 8
Converse com as crianças para sondar o conhe- utilizados, inventar selos para colar nos envelopes e TEMPORALIZAÇÃO
cimento prévio acerca de pena e tinteiro e peça a entregar as cartas.
elas que investiguem em suas famílias o assunto. As fases do jogo estão pensadas para uma hora-
Ciências: composição da tinta utilizada. Proces- -aula cada uma, dependendo da dinâmica do grupo.
Para aprofundar o conhecimento em outras áreas:
so de fabricação atual. Realizar pesquisas: pessoas Alguns grupos gostam muito de repetir várias vezes
História e Geografia: a história da pena e do tin- que usam caneta tinteiro; pessoas que colecionam o mesmo jogo e isso é positivo, porque, gradativa-
teiro, as regiões geográficas de sua origem, a utili- selos; os desenhos utilizados nos selos; pessoa que mente, as crianças apropriam-se dos conceitos.
zação, etc. ainda escrevem cartas; etc.
A confecção dos instrumentos de percussão ou
Linguagem: tipos de textos que eram produzi- Novas Tecnologias: pesquisa sobre as regiões objetos sonoros pode ocupar duas ou três horas-
dos com pena e tinteiro. Utilização atual (convites, geográficas relacionadas aos conteúdos trabalha- aula. É preciso estar bem atento que essa atividade
cartas, etc.). dos (Egito, por exemplo). antecede o jogo propriamente dito em algumas fa-
Escrever uma carta para um amigo e entregar. A ses. Sendo assim, a distribuição das aulas deve ser
utilização dos correios. A funcionalidade da escrita bem planejada.
cursiva.
Uma ideia: escrever cartas para outras escolas
perguntando sobre os jogos e brincadeiras que as
crianças usam nos momentos livres. Outra ideia:
escrever cartas para os amigos da classe; confeccio-
nar os envelopes com restos de papel que já foram

especial | Educação Musical 21


4º e 5º anos

plano de aula

• Compreender o sentido nas mensagens orais e escritas • Reconhecer semelhanças e diferenças entre os modos • Caracterizar causas e consequências da poluição da
do que é destinatário direto ou indireto, desenvolvendo de vida das cidades e do campo, relativas ao trabalho, água, do ar e do solo.
a percepção da intencionalidade implícita e conteúdos às construções e moradias, aos hábitos cotidianos, às •C
 ompreender o corpo humano como um todo integrado
discriminatórios ou persuasivos, especialmente nas expressões de lazer e de cultura. e a saúde como bem-estar físico, social e psíquico
mensagens veiculadas pelos meios de comunicação. • Reconhecer, no lugar no qual se encontram inseridos, do indivíduo.
• Ler autonomamente diferentes textos dos gêneros as relações existentes entre o mundo urbano e o mundo •C
 aracterizar materiais recicláveis e processos de
previstos para o ciclo, sabendo identificar os que rural, bem como as relações que sua coletividade tratamento de alguns materiais do lixo — matéria
respondem às suas necessidades imediatas e estabelece com outros lugares e regiões, focando orgânica, papel, plástico, etc.
selecionar estratégias para abordá-los. tanto o presente como o passado.
• Buscar e coletar informações por meio da observação
•U
 tilizar a linguagem para expressar sentimentos, • Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, direta e indireta, da experimentação, de entrevistas e
experiências e ideias, acolhendo, interpretando e da comunicação e dos transportes na configuração visitas, conforme requer o assunto em estudo e sob
considerando os das outras pessoas e respeitando de paisagens urbanas e rurais e na estruturação orientação do professor.
os diferentes modos de falar. da vida em sociedade.
• Confrontar as suposições individuais e coletivas com
•U
 tilizar a linguagem oral com eficácia, começando • Saber utilizar os procedimentos básicos de observação, as informações obtidas, respeitando as diferentes
a adequá-la a intenções e situações comunicativas descrição, registro, comparação, análise e síntese na opiniões, e reelaborando suas ideias diante das
que requeiram o domínio de registros formais, o coleta e tratamento da informação, seja mediante evidências apresentadas.
planejamento prévio do discurso, a coerência na defesa fontes escritas ou imagéticas.
•R
 esponsabilizar-se no cuidado com os espaços que
de pontos de vista e na apresentação de argumentos • Utilizar a linguagem cartográfica para representar e habita e com o próprio corpo, incorporando hábitos
e o uso de procedimentos de negociação de acordos interpretar informações, observando a necessidade possíveis e necessários de alimentação e higiene no
necessários ou possíveis. de indicações de direção, distância, orientação e preparo dos alimentos, de repouso e lazer adequados.
•P
 roduzir textos escritos, coesos e coerentes, dentro proporção para garantir a legibilidade da informação.
• Valorizar a vida em sua diversidade e a preservação
dos gêneros previstos para o ciclo, ajustados a • Adotar uma atitude responsável em relação ao meio dos ambientes.
objetivos e leitores determinados. ambiente, reivindicando, quando possível, o direito
•E
 screver textos com domínio da separação em palavras, de todos a uma vida plena num ambiente preservado
estabilidade de palavras de ortografia regular e de e saudável.
irregulares mais frequentes na escrita e utilização de • Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes
recursos do sistema de pontuação para dividir o texto grupos sociais e como se relacionam e constituem o
em frases. espaço e a paisagem no qual se encontram inseridos.
•R
 evisar seus próprios textos a partir de uma primeira
versão e, com ajuda do professor, redigir as versões
necessárias até considerá-lo bem escrito.

22 especial | Educação Musical


• Reconhecer algumas relações sociais, econômicas, • Ampliar os procedimentos de cálculo — mental, • Brincadeiras, jogos, danças, atividades de movimento
políticas e culturais que a sua coletividade estabelece escrito, exato, aproximado — pelo conhecimento de e suas articulações com os elementos da linguagem
ou estabeleceu com outras localidades, no presente regularidades dos fatos fundamentais, de propriedades musical.
e no passado. das operações e pela antecipação e verificação de
• I dentificar as ascendências e descendências das resultados.
pessoas que pertencem à sua localidade, quanto • Estabelecer pontos de referência para interpretar e
à nacionalidade, etnia, língua, religião e costumes, representar a localização e movimentação de pessoas
contextualizando seus deslocamentos e confrontos ou objetos, utilizando terminologia adequada para
culturais e étnicos, em diversos momentos históricos descrever posições.
nacionais. • Recolher dados, elaborar métodos para organizá-los
• I dentificar as relações de poder estabelecidas entre e expressá-los, interpretar dados apresentados em
a sua localidade e os demais centros políticos, tabelas e gráficos e valorizar essa linguagem como
econômicos e culturais, em diferentes tempos. forma de comunicação.
•U
 tilizar diferentes fontes de informação para leituras • Demonstrar interesse para investigar, explorar e
críticas; valorizar as ações coletivas que repercutem interpretar, em diferentes contextos do cotidiano
na melhoria das condições de vida das localidades. e de outras áreas do conhecimento, os conceitos e
procedimentos matemáticos abordados neste ciclo.

temas transversais

• Intercâmbio de informações com crianças de diferentes • O respeito ao ser humano independentemente da • Identificação, no próprio corpo, da localização e da
lugares do país, por meio de cartas, jornais, vídeos, origem social, etnia, religião, sexo, opinião e cultura. função simplificada dos principais órgãos e aparelhos,
fitas cassete, etc. • O respeito mútuo como condição necessária para relacionando-os aos aspectos básicos das funções de
•P
 reparação de roteiros, levantamento e escolha o convívio social democrático: respeito ao outro e relação (sensações e movimentos).
de fontes diversas para entrevistas, depoimentos, exigência de igual respeito para si. • Adoção de postura física adequada.
observações, pesquisas, etc., e sua efetivação. • A coordenação das próprias ações com as dos outros,
•R
 eprodução de instrumentos, técnicas, objetos e por meio do trabalho em grupo.
formas de representação de diferentes culturas para • O repúdio a toda forma de humilhação ou violência.
analisar e compreender suas estruturas.
• A compreensão de lugar público como patrimônio de
•A
 s influências da cultura africana na formação de todos, cujo zelo é dever de todos.
nossa cultura.
• O zelo pelo bom estado das dependências da escola.

especial | Educação Musical 23


4º ano

lenga la lenga

LENGA LA LENGA LA DUCHA LA DUÊ

LA DUCHA LA DU PAPA, LA DUCHA LA DUÊ

LA DUCHA LA DU MAMA, LA DUCHA LA DUÊ

LA DUCHA LA DU GOGÔ, LA DUCHA LA DUÊ

LENGA LA LENGA LA LENGAGÁ

LENGA LA LENGA LA LENGAGÁ.

24 especial | Educação Musical


ação! ditiva, inclusive). as crianças com dificuldade em esperar, entender as
Comece a aula contando a seus alunos os objeti- Na música, a parlenda é repetida 3 vezes. No fi- propostas, regular seus interesses e seu ritmo pes-
vos e a funcionalidade do que irão aprender. nal, há uma repetição da primeira parte, duas vezes. soal aos do grupo e brincar cooperativamente.
Veja na página 28 um texto complementar sobre Pergunte novamente ao grupo se lembram quan-
a música na África e, no anexo I, outro texto sobre a tas vezes cantaram a parlenda.
Fase 2
origem da palavra Lengalenga.
Material necessário: fita crepe e giz para marcar
Mostre a canção e converse sobre cultura afri- o chão. Fase 3
cana (veja nos anexos do 3º ano um texto sobre as
Marque duas linhas no chão com uma distância Material necessário: bolas de meia. (Veja no-
características da música africana) e sobre a origem
de aproximadamente 6 metros. Se estiver usando a sanexo I do 1º ano, sugestões para confeccionar as
da palavra “lengalenga”.
quadra, desenhe linhas paralelas à central. bolas de meia).
Vamos enfocar nesse jogo o freio inibitório (pa-
Divida a classe em dois grupos, com um deles
rar com intenção os movimentos do corpo, aspecto
portando bolas de meia. Todos caminham pelo es-
fundamental em todos os processos de aprendiza-
paço seguindo o ritmo da canção. Na parte forte da
gem). Para realização de um movimento, é impres-
canção (“Ê”) o grupo que está com as bolas deve
cindível que algumas partes do corpo estejam em
tentar acertar os pés dos que estão sem a bola. Para
movimento, enquanto as outras realizam o suporte
esquivar-se das bolas eles devem saltar o mais alto
ou apoio tônico para tal. 6m possível. Relembre com as crianças que as primeiras
Pergunte aos alunos se eles notaram que sem- Divida a classe em dois grupos. Pode ser um fases serviram para “prepará-los” para essa fase,
pre há uma parte da letra da parlenda que é mais bom momento para trabalhar o respeito aos dife- assim como os jogos os ajudarão a prepararem-se
forte (“Ê”). rentes, a socialização, os recursos matemáticos na para escrever sem cansar, por exemplo.
resolução dos problemas, etc. Ao explicar essa fase, enfatize a razão pela qual
Fase 1 Cada grupo deve ocupar uma linha e trocar de tentaremos acertar os pés: em primeiro lugar, para
Caminhar de acordo com o ritmo da canção e, lugar com o outro grupo até o final da canção. Quan- evitar machucar os amigos, em segundo lugar, para
na parte forte, que em música chamamos acento, as do a letra da canção diz a última parte forte “Ê”, to- treinar o foco. Conte aos alunos que o olho é res-
crianças devem saltar o mais alto possível. Explique dos os componentes do grupo devem estar na linha ponsável pelo movimento da mão e que, nessa fase
que esse salto será muito útil na próxima fase, crian- oposta. Porém, a dificuldade é que todos só podem do jogo, estaremos treinando-o para nos ajudar no
do suspense para despertar o interesse dos alunos. movimentar-se por meio de saltos, apenas nas par- momento da escrita. Além disso, enfatize que o jogo
Repetir duas vezes a canção. Pergunte às crianças tes fortes da canção. é para aprender e que, mesmo que a criança for
quais as partes corporais envolvidas no movimen- “queimada”, deve continuar brincando.
As crianças precisarão calcular mentalmente
to de saltar. Assim, aumentamos seu conhecimento quantas partes fortes têm e relacioná-las com o es- Observe a dificuldade que as crianças demons-
corporal, que será imprescindível na hora de escre- paço a ser percorrido. Essa habilidade será desen- tram ao esperar a parte forte para jogar a bola. Mui-
ver, quando a criança deverá utilizar apenas as par- volvida através da vivência. Você pode, posterior- tos jogam antes. Frear os movimentos é bem difícil
tes corporais fundamentais para o ato gráfico. mente, conversar sobre os recursos que utilizaram e também está relacionado a limites. Observe tam-
Pergunte às crianças quantas vezes se canta a para conseguirem percorrer o espaço dentro do bém a dificuldade que algumas crianças apresen-
parlenda e observe se eles conseguem responder. tempo proposto. Observe as respostas e descubra a tam em aceitar que o jogo não é competitivo.
Se não conseguirem, passe para a próxima fase e diversidade na construção da estruturação espacial. Para facilitar a troca de papéis no jogo, combi-
isso os ajudará a desenvolver a atenção tônica (au- Também é um excelente momento para observar ne com as crianças um código: ao bater palmas,

especial | Educação Musical 25


lenga la lenga
4º ano

por exemplo, todos devem voltar à linha original estruturação espacial e temporal mais específica de segurar o papel, dirige o olhar para o ato gráfico).
(da fase 2) para recomeçar o jogo. O grupo que está em relação àquela que vivemos na fase 2. Converse com eles sobre as partes corporais
com as bolas de meia deve entregá-las para o outro Pergunte às crianças quantos petelecos terão que devem servir de apoio ao ato gráfico (o corpo
grupo. Esta é uma oportunidade para trabalhar o que realizar para chegar ao final do percurso (12 no inteiro).
respeito, o ato de compartilhar, a troca, etc. total). Troque os percursos entre as crianças. Nessa fase, trabalharemos com a adaptação rít-
mica do ato gráfico. Eles devem realizar os traços de
Fase 4 acordo com o ritmo da canção. Como já vivenciaram
Fase 6 bastante a canção, não haverá dificuldades.
Material necessário: bolas de pingue-pongue Material necessário: Objetos sonoros. (Veja
ou tampinhas de garrafa pet. exemplos de objetos sonoros e instrumentos de Na 2ª atividade, a criança deve realizar os traços
Nessa fase, vamos especificar mais os movimen- percussão no anexo II do 2º ano) seguindo o ritmo da canção. Sendo assim, além dos
tos e a coordenação visomotora. Divida os grupos Construa com os alunos instrumentos de objetivos já mencionados, trabalharemos de forma
em pares. percussão ou objetos sonoros, conforme os mais específica a atenção tônica.
Sentados no chão de frente para o par, entregue sugeridos nas atividades do 1º e 2º anos.
uma bola ou tampinha para cada dupla. Na parte Permita que as crianças utilizem os instrumen-
Fase 8
forte da canção, deverão jogar a bola ou a tampinha tos para acompanhar livremente a canção. Separe
Converse com os alunos sobre o ponto forte e
para o amigo, utilizando os dedos da mão com o mo- os instrumentos de acordo com o timbre (ou seja,
fraco dos jogos e, principalmente, o que aprende-
vimento de “peteleco” (utiliza-se a ponta do dedo com sons parecidos). Comente sobre uma das ca-
ram com eles. Leia as orientações nas atividades do
indicador, curvando-o sobre a face interna do pole- racterísticas do ritmo africano, que é pergunta e res-
1º ano.
gar e soltando-o com força), respeitando a seguinte posta. Separe os grupos em pergunta e resposta,
ordem: como no exemplo abaixo:
1. Polegar com indicador (1ª frase). Fase 9
Geografia e História: dialetos e línguas faladas
2. Polegar com dedo médio (2ª frase).
no continente africano. Localização geográfica das
3. Polegar com dedo anelar (3ª frase). etnias linguísticas. Aprofundar conteúdos sobre os
4. Polegar com dedo mínimo (4ª frase). grupos etnolinguísticos bantos (ou bantu), bacon-
gos, suaíle, kimbundu, regiões pertencentes à Áfri-
ca Subsaariana; costumes; etnias, etc.
Fase 5
Material necessário: giz ou folhas de jornal. Realizar pesquisas sobre a origem das famílias
das crianças.
Desenhar no chão ou no jornal um percurso com
saída e chegada. Cada criança pode desenhar seu Fase 7 Projeto: jogos folclóricos tradicionais da região
percurso como quiser. O jogo pode ser individual ou Material necessário: folha com a atividade, e suas origens (europeia, africana, indígena). Você
em duplas. Vamos seguir o percurso com os “pete- lápis de cor e lápis grafite. (Veja nos anexos II, III e IV pode convidar, por exemplo, os avós de seus alunos
lecos” utilizados na fase anterior. sugestão de atividades grafomotoras). para contarem como brincavam em sua infância.
Depois, relacionar esses jogos às regiões e culturas
Agora, a criança precisará calcular a distância e As crianças devem segurar o lápis corretamen-
estudadas. Faça uma exposição com cartazes com a
adaptá-la à força que empregará nos petelecos para te (polegar e indicador em pinça) e realizar o movi-
explicação dos jogos, a origem, etc. com ilustrações
conseguir finalizar o trajeto. Essa fase envolve uma mento, sem tirar o lápis do papel e com a mão não
das crianças.
dominante servindo de apoio (a mão de apoio, além

26 especial | Educação Musical


contém materiais
complementares. veja no site»

Caracterizar os materiais recicláveis do lixo co- música na áfrica Os tambores são cilíndricos e talhados em um bloco
mum e sua utilização na construção, por exemplo, Quando falamos em África, o que pensamos? único de madeira. Geralmente são decorados com de-
dos instrumentos de percussão construídos pelo Geralmente no Tarzan ou em safáris. Mas a África é senhos de animais em relevo. São bem altos e são to-
grupo para as atividades de música. muito mais que isso. É um continente enorme com cados com as mãos, com os músicos em pé.
Linguagem: a relação entre a parte forte da can- inúmeros grupos étnicos diferentes. Entender a O balafón é um tipo de xilofone e é um dos instru-
ção (chamada de acento), a sílaba tônica e as regras história da África é difícil porque a cultura tradicio- mentos mais antigos que se conhece. Podemos ver
de acentuação. nal africana foi transmitida oralmente de pais para balafones por todo o continente africano.
Arte: a obra de Ricardo Ferrari e sua série “Me- filhos, dificultando sua divulgação para outros po- O instrumento de percussão africano moderno
mória de Infância”, retrata várias brincadeiras e jo- vos. Grande parte da cultura africana permanece in- mais conhecido é o djembé.
gos infantis folclóricos. tacta e incompreendida para a maioria das pessoas.
Para escutar e ver os instrumentos balafón,
Existem mais de dez mil línguas diferentes.
Ciências: comparação das condições de vida no djembé e outros instrumentos africanos, consulte:
continente africano (água, alimentação, saúde, etc.) Na África, a Música está presente em todos os
www.kawienbi.nl/Djembe%20ritmes.html
com as nossas. A importância da água e da higiene. lugares. Mesmo quando não há instrumentos, o
canto e as palmas animam as atividades diárias. bibliotecaantiguafantasia.blogspot.com/2011/03/
Novas Tecnologias: pesquisa sobre as regiões balafon.html
Cada grupo étnico tem uma maneira particular de
geográficas relacionadas aos conteúdos trabalha-
construir seus instrumentos. É impossível falar de elblogdelapercusion.blogspot.com/2010/10/
dos (Angola, por exemplo).
uma única música africana. Há diversas culturas desde-el-comienzo-de-los-tiempos-han.html
musicais africanas e na maioria delas podemos en-
TEMPORALIZAÇÃO contrar algumas características comuns:
As fases do jogo estão pensadas para uma hora- • A música está sempre relacionada com a vida
-aula cada uma, dependendo da dinâmica do grupo. cotidiana, estando presente no nascimento, nas ce-
Alguns grupos gostam muito de repetir várias vezes rimônias, no trabalho, nas celebrações sociais ou
o mesmo jogo e isso é positivo, porque, gradativa- religiosas, etc.
mente, as crianças apropriam-se dos conceitos. • É uma música compartilhada por todos os
A confecção dos instrumentos de percussão ou membros da comunidade. Os africanos raramente
objetos sonoros pode ocupar duas ou três horas- se limitam a escutar. Sempre participam cantando,
aula. É preciso estar bem atento que essa atividade tocando instrumentos ou dançando.
antecede o jogo propriamente dito em algumas fa- • É uma música de tradição oral, ou seja, não há
ses. Sendo assim, a distribuição das aulas deve ser partituras.
bem planejada.
• Grande parte da música é quase inseparável
da dança, portanto, ela é predominantemente rítmi-
ca.
Os instrumentos musicais africanos mais conhe-
cidos são de percussão. Cada grupo étnico tem sua
maneira particular de construir seus instrumentos.

especial | Educação Musical 27


5º ano

todo mundo tem algum talento


por: Sergio Valente e PC Bernardes

Todo mundo tem algum talento em algum tempo


Mas às vezes falta um pouco de movimento.

Sai do lugar, levanta daí


O que você sabe fazer
Faz falta por aí.

Se você sabe ler, leia


Se você sabe cantar, cante
Se você sabe ensinar, vender, pintar, curar, pedir, se levante.

Você pode simplesmente conversar com alguém


Você pode orientar, alimentar também
Tem alguém pertinho precisando do que você conhece tão bem!

Então vem, faça parte!


Então vem, faça sua parte!
Bote a mão na massa
Não espere, vá e faça também.

Não te custa nada, ajudar é de graça


Não guarde o seu talento no armário para as traças
Chega de culpar o mundo
quando no fundo a solução taí.

28 especial | Educação Musical


ação! Desperte a atenção do grupo para as estratégias de
Comece a aula contando a seus alunos os objeti- defesa utilizadas. As crianças também aprendem e
vos e a funcionalidade do que irão aprender. desenvolvem a noção de corpo nessa interação.
Apresente a canção e converse com os alunos Quando a canção acaba, os grupos trocam de
para investigar o conhecimento prévio do grupo so- papéis e o jogo recomeça.
bre “talento”. Os “caçadores” não podem soltar as mãos nem
Pergunte quantos talentos são mencionados na para pegar a bola de volta. Os que são caçados não
canção e se eles se lembram quais são. Escute a podem encostar a mão na bola.
canção mais uma vez e incentive-os a contar mental- Comente com seus alunos que esse jogo é de
mente. Confira a resposta ou ajude-os a acertarem: origem argeliana, e lá é chamado de “Txila, La”. In-
são dez (ler, cantar, ensinar, vender, pintar, curar, pe- vestigue o conhecimento prévio que eles têm sobre
dir, conversar, orientar e alimentar). a Argélia. As regras foram adaptadas para o jogo ad-
quirir um caráter cooperativo. O jogo original é pa-
recido com a queimada. Os pares podem queimar os
Fase 1 caçados em qualquer parte do corpo e estes devem
Material: bolas de meia e CD. (Veja no anexo I do
sair do jogo. Aqui o utilizamos com fins educativos e
1º ano sugestões para confeccionar bolas de meia).
inclusivos e também como elemento motivador para
Separe a classe em dois grupos, preferencial- ampliar o conhecimento cultural dos alunos.
mente, de igual número. O primeiro grupo será o
Seria interessante solicitar ao professor de Edu-
caçador e as crianças se colocarão em pares, com as
cação Física que brinque com os alunos com as re-
mãos dadas. O outro grupo circula livremente pelo
gras tradicionais.
espaço seguindo o ritmo da canção.
O grupo do caçador deve ter na mão uma bola de
meia. Cada vez que a canção mencionar um dos dez Fase 2
talentos, eles devem jogar a bola e acertar os pés do Material: espaço amplo, papel ou jornal cortado
outro grupo. Os componentes da dupla se revezam em tiras, canetas coloridas, CD.
para atirar as bolas. Distribua dez tiras de papel e canetas hidrográ-
Explique aos alunos que o objetivo do jogo é ficas para os alunos. Coloque a canção outra vez e
aprender música e melhorar o conhecimento que solicite que eles escrevam com letras maiúsculas
eles têm de seu próprio corpo e dos movimentos todos os talentos que ouvirem. Como já brincaram
que podem realizar com ele. Se alguém for “quei- bastante com a canção, provavelmente saberão de
mado”, não sai do jogo. Comente com os alunos a memória.
razão de direcionar a bola para os pés dos amigos, Coloque a canção outra vez e enquanto ela dura,
pois além de evitar acidentes, desenvolve a coorde- os alunos devem formar grupos de acordo com os
nação visomotora e o foco. Esses, entre outros, são seguintes critérios:
aspectos muito importantes na aprendizagem. 1. C
 om talentos iguais, formar grupos, sentar em
Os dois grupos estarão trabalhando o foco (au- roda e colocar no meio da roda as tiras com ta-
ditivo e visual), já que o grupo que está sendo “caça- lentos iguais. Os outros 9 talentos não devem
do” antecipará um movimento de defesa (que pode ficar expostos. Digamos que sua classe tenha
ser, por exemplo, saltar. Permita que eles descu- 30 alunos. Como são 10 talentos cada grupo
bram sozinhos maneiras de defenderem-se e obser- terá apenas 3 crianças, ou seja, em primeiro
ve o quanto pode ser rico seu repertório corporal). lugar as crianças deverão realizar cálculos

especial | Educação Musical 29


todo mundo tem algum talento
5º ano

mentais sobre a divisão em grupos; depois as crianças resolvem o problema da seguinte Cada criança receberá duas tiras de papel e nela
deverão negociar com a classe que trio repre- maneira: dividem a classe em grupos de 10 e deve escrever seu ponto forte e seu ponto fraco.
sentará cada talento. Realize adaptações ne- os grupos que ficam com menos crianças, re- Talvez eles necessitem de ajuda para entenderem o
cessárias em relação à quantidade de alunos petem os talentos. Converse com o grupo que que é forte e fraco (coisas que eles conseguem fazer
que sua classe possui, converse com seu gru- no mundo há várias pessoas que possuem muito bem e coisas nas quais têm dificuldade). Tal-
po e estimule as crianças a encontrar a solu- mais de um talento. Converse para descobrir vez você precise ajudá-los dando exemplos de ver-
ção para o problema. São 10 talentos e temos se há crianças com mais de um talento. bos eu podem ser utilizados (como os da canção).
37 alunos. O objetivo é formar grupos com Eles devem caminhar pelo espaço lendo os pon-
talentos iguais. Se eles não conseguirem a tos fortes e fracos uns dos outros.
resposta, ajude-os para que o jogo possa fluir Fase 3
Material necessário: espaço amplo; fita adesiva Coloque a canção. Eles devem formar grupos
(por exemplo, formar 7 grupos com 4 crianças
e as tiras utilizadas na fase anterior. mistos encontrando os pontos opostos enquanto
e 3 com 3 crianças), afinal, o objetivo priori-
dure a canção. Por exemplo: um aluno tem como
tário do jogo é a regulação dos interesses, A fase anterior terminou com um grupo comple-
ponto forte LER e o outro tem como ponto fraco LER.
ou seja, como eles chegarão à conclusão de to com todos os talentos. É importante que o grupo
Eles começam a formar o grupo.
que talentos cada trio representará. Observe seja dividido igualmente, mesmo que algum dos
que estratégias eles utilizam para elaborar os “talentos” seja suprimido ou acrescentado. Observe as estratégias que eles utilizam na
grupos. Aprender a cooperar a relacionar-se montagem dos grupos. Sua solicitação é que encon-
Cada componente do grupo deve escolher um
e a regular os interesses próprios é bastante trem os opostos, mas eles estabelecerão os crité-
dos talentos e com fita adesiva colá-lo no peito. O
difícil, inclusive para nós, professores. Convi- rios para relacionar outros pontos que possam com-
grupo discute uma sequencia para apresentação
ver com o diferente é basicamente isso, ceder por o grupo. Você se surpreenderá com a qualidade
dos talentos. Apresenta para os outros grupos que
em algumas ocasiões, fazer-se prevalecer em na diversidade.
devem memorizá-la e reproduzi-la.
outras. É disso que se trata essa fase do jogo. Depois do jogo, converse com os alunos sobre o
Lembre-se que memorizar 10 itens é bastante
2. Grupos com talentos diferentes: nesse caso, que aprenderam e como podem cooperar uns com
complexo, eles deverão criar estratégias. Obser-
o critério pode ser escolhido por eles e cabe os outros nas tarefas escolares, a partir de seus
ve como eles resolvem o problema e se sozinhos
a você observar e recolher informações sobre pontos fortes e fracos, ou seja, dos seus talentos.
conseguem chegar à conclusão de que se cada um
o seu grupo. memorizar um talento, o grupo inteiro conseguirá
3. Grupos com 2 ou 3 talentos específicos: você executar a tarefa. Fase 5
determina uma distribuição, de acordo com a Nessa fase além dos objetivos mencionados Material necessário: CD e instrumentos de per-
quantidade de alunos. Quanto mais diferente anteriormente (educacionais e musicais) estamos cussão construídos pelas crianças. (Veja exemplos
for a quantidade, mais rica será a atividade desenvolvendo questões de cidadania. Descobrir de objetos sonoros e instrumentos de pequena per-
em termos de interação social. o próprio talento é difícil. Utilizar o próprio talento curssão no anexo II do 2º ano).
4. Grupos completos com todos os talentos: um para um bem maior é, todavia, mais difícil. Depois Essa fase pode envolver várias aulas já que eles
de cada. Nesse caso, a negociação entre os do jogo, converse com seus alunos sobre isso. deverão construir os instrumentos. Observe nos
grupos também será rica porque cada grupo anexos dos outros anos dicas para construção de
deve ter 10 crianças. Discuta com eles solu- instrumentos e objetos sonoros.
ções para os grupos que fiquem com número
Fase 4
Material necessário: espaço amplo; fita adesiva Incentive-os na procura de materiais que sejam
maior que 10. Observe as crianças com difi- recicláveis e duráveis para despertar o desejo de
e tiras de papel.
culdade de integração e ajude-as. Geralmente cuidar do planeta, do desperdício, etc. É muito im-

30 especial | Educação Musical


contém materiais
complementares. veja no site»

portante que esses instrumentos possam ser utili- tas ou capacidades naturais e extraordinárias que relacionados na origem das famílias.
zados pelo menos durante o ano letivo. as pessoas possuem para realizar determinadas Curiosidade: talento (do latim talentum e do
Marque a pulsação da canção com os instrumen- tarefas. Porém, com as mais recentes pesquisas na grego antigo talanton significa balança ou escala).
tos. A pulsação é uma das características do ritmo, área de Neurociências sabemos que o ser humano Era uma unidade de medida de massa utilizada na
é similar à pulsação orgânica (batimento cardíaco, é capaz de desenvolver qualquer tipo de habilidade antiga Mesopotâmia. Um talento grego pesava 26
por exemplo). É uma marcação sempre igual. sempre que haja motivação, empenho e utilização kg; o romano pesava 32,3 kg e o egípcio 27 kg. Os
de estímulos adequados. hebreus chamavam o talento de kikkar. Como era
Separe a classe em grupos. Cada grupo deve
criar uma maneira diferente de utilizar os instrumen- Converse com os alunos sobre o ponto forte e uma unidade de massa seu significado era confun-
tos para acompanhar a canção e criar movimentos fraco dos jogos e principalmente o que aprenderam dido com moedas, pois era utilizado para designar
específicos para cada parte. O objetivo é preparar com eles. grandes quantidades de ouro e prata.
uma apresentação para os outros grupos (podem Discuta com eles sobre o valor da diversidade na Esse conteúdo pode ser ampliado através de
ser os alunos menores, por exemplo) com o objetivo composição dos grupos nos quais fazemos parte. projetos tanto em Geografia e História quanto em
de ensinar-lhes a canção. Cada um com seu “jeitinho de ser” contribui para o Matemática nos conteúdos de Grandeza e Medida
equilíbrio. Se cada um exercitar seus talentos pode- (comparação de grandezas de mesma natureza; re-
mos criar uma realidade melhor. Compare esse con- conhecimento de cédulas e moedas; produção de
Fase 6 ceito com um quebra-cabeça. Cada parte tem seu escrita para representar medição).
Material necessário: folha com a atividade, lá- lugar próprio. Nenhuma peça pode ocupar o lugar Linguagem: ler textos, contos e poesias de escri-
pis de cor e lápis grafite. ( Veja nos anexos I, II e III da outra se queremos que o quebra-cabeça fique tores com talento reconhecido. Escrever em duplas
sugestão de atividades grafomotoras). completo. um conto ou poesia sobre os talentos de cada um.
As crianças devem segurar o lápis corretamen- Incentive-os a contarem quais são as habilida- Arte: observar na região, talentos artísticos (mú-
te (polegar e indicador em pinça) e realizar o movi- des e ou talentos que acreditam possuir e observe a sica, pintura, artesanato, escultura, etc.) e elaborar
mento, sem tirar o lápis do papel e com a mão não composição do grupo e como podem ajudar uns aos um catálogo com entrevistas com esses artistas e
dominante servindo de apoio (a mão de apoio além outros em seus pontos fracos (grupos de estudo, se possível, uma exposição de fotos ou mostras
de segurar o papel, dirige o olhar para o ato gráfico). por exemplo). de seus produtos artísticos. Ressaltar a riqueza na
Converse com eles sobre as partes corporais diversidade das manifestações artísticas regionais
que devem servir de apoio ao ato gráfico (o corpo próximas.
inteiro). Fase 8
Geografia e História: pesquisar as influências Ciências: a diversidade no funcionamento dos
Nessa fase trabalharemos com a adaptação rít- órgãos do corpo: cada um tem seu próprio “talen-
mica do ato gráfico. Eles devem realizar os traços recebidas na formação cultural brasileira. Localize
geograficamente as respectivas regiões. Pesquise to”, sua função específica para que o corpo possa
para marcar as diferenças de acordo com o ritmo da equilibrar-se. Investigar medidas saudáveis para
canção. Sendo assim, além dos objetivos já mencio- com os alunos a origem de suas famílias. Coloque
um atlas na parede marcando essas regiões. Con- manter o equilíbrio, como alimentação e sono.
nados, trabalharemos de forma mais específica a
atenção tônica. verse com os alunos sobre a riqueza que há diver-
sidade do próprio grupo. Compare costumes, músi- TEMPORALIZAÇÃO
cas, culinária, etc. Ver sugestões nas atividades do 1º ao 4º anos.
Fase 7 Projeto: exposição com degustação de pratos
A maioria dos estudiosos considera que o termo típicos dos países relacionados na origem das fa-
talento refere-se a determinadas habilidades ina- mílias. Exposição de jogos tradicionais dos países

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