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CM
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CY
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EM SINTONIA COM
A MÚSICA NA ESCOLA.
ATIVIDADES PARA INTRODUZIR A EDUCAÇÃO
MUSICAL NO ENSINO FUNDAMENTAL I.
LEVE PARA A SALA DE AULA DICAS E MÚSICAS COMO: BANHO É BOM, A SOPA, TODO MUNDO TEM ALGUM TALENTO, LENGA LA LENGA E MAIS.
metodologia
Apresentamos uma proposta fundamentada com comandos simples para despertar nas crianças Um dos objetivos das aulas de Música é proporcio-
nas leis de maturação nervosa do desenvolvimento o sentido do som e suas qualidades, do ritmo, do nar estímulos para o desenvolvimento global da crian-
neuropsicomotor, ou seja, que parte do global para movimento, da interpretação musical, potenciali- ça, portanto, as atividades devem:
o específico, do simples para o complexo, do todo zando a criatividade, a livre exploração sonora, a 1. Ser atrativas, curtas e adaptadas ao
para as partes, porque sabemos que com o corpo improvisação, a vivência musical de obras, a educa- desenvolvimento psíquico, social, motor e cognitivo.
sentimos, com o corpo vivenciamos e com o corpo ção auditiva, ou audição ativa, em que se entendem 2. Partir sempre das possibilidades da criança.
aprendemos. Sabemos também que a ação produz os contextos e formas musicais escutadas. Apren- Valoriza-se o êxito, o que a estimula à superação e à
o pensamento e, posteriormente, esse mesmo pen- de-se Música fazendo Música. Os procedimentos realização de novas atividades
samento regula a ação, por exemplo, controlando, precedem à assimilação conceitual e o processo é
3. Ser programadas em função de objetivos compar
inibindo ou preparando os movimentos para todas tão importante quanto o resultado.
tilhados (processuais, finais e individuais); conse
as ações.
quentemente, não se promove a competição. Com
Sendo assim, nas atividades apresentadas sem- em sala de aula param-se os rendimentos anteriores de uma mesma
pre partiremos de vivências corporais com jogos Sabemos que a criança, em sua própria ativi- criança para ver se ela alcançou os objetivos pro
cooperativos, começando por etapas globais, nas dade, constrói seu conhecimento progressivamen- postos.
quais utiliza-se o corpo todo para realizar os mo- te através do estabelecimento das relações de
4. Atender aos desejos e interesses das crianças,
vimentos requeridos, até as específicas, em que elementos novos com suas experiências prévias.
dando-lhes oportunidade de serem criativas e res
utilizam-se apenas algumas partes corporais para O papel do educador é mediar essa construção,
ponsáveis na atividade.
realizar o movimento, enquanto outras realizam o favorecendo-a através do fornecimento de estímu-
suporte tônico. Os jogos utilizados nas atividades los e experiências ricas e variadas. Sendo assim, em É importante ressaltar que a Música é um meio par-
são cooperativos porque têm como objetivo viven- todas as atividades a criança sabe os objetivos que ticular e natural de expressão e de linguagem. Não se
ciar os conceitos musicais previamente; dessa for- se pretende alcançar. Explicamos exatamente o que pretende que a escola forme músicos, e sim que ela
ma, a criança não é eliminada durante o jogo. queremos ensinar e como ela utilizará essa aprendi- contribua com o desenvolvimento global de todos os
zagem em outras áreas. alunos e, sendo a Música um meio natural de comu-
Os elementos musicais apresentados obedecem
nicação e expressão, é quase um compromisso ético
a uma mesma premissa hierárquica: começamos
garanti-la como experiência a todos.
• Som (altura, timbre e intensidade). • Jogo cooperativo. • Participação espontânea nas atividades propostas.
• Ritmo (adaptação rítmica, pergunta e resposta). • Discriminação auditiva de estímulos sonoros pela • Aceitação das regras estabelecidas com o grupo.
• Qualidades do movimento (força, velocidade, origem e pela intensidade. • Regulação dos interesses próprios com os dos
precisão e pressão). • Jogo rítmico corporal. demais componentes do grupo.
• Fatores do movimento (tempo, espaço, peso e • Jogo rítmico com objetos específicos e instrumentos • Valorização do silêncio como elemento
controle). de pequena percussão. imprescindível à execução musical.
• Formas de movimento (livres e dirigidas).
• Elementos musicais do movimento (ritmo e som).
CRITérios de avaliação
• Participar das atividades, regulando os próprios interesses com os interesses do grupo e com os objetivos propostos.
• Demonstrar interesse e atenção nas atividades e valorizar o trabalho em grupo.
• Diferenciar estímulos sonoros de acordo com a origem.
• Coordenar e controlar os movimentos durante as atividades, respeitando a velocidade e o silêncio (freio inibitório)
propostos pelo estímulo sonoro.
plano de aula
• Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos • Ampliar gradativamente as possibilidades de comunicação e expressão das
diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais crianças, interessando-se por conhecer vários gêneros orais e escritos e
situações de interação. participando de diversas situações de intercâmbio social nas quais elas
• Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, possam contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas e elaborar e
velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e responder perguntas.
as potencialidades de seu corpo. • Familiarizar-se com a escrita por meio de livros, revistas e outros portadores
• Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de de texto e da vivência de situações nas quais seu uso se faça necessário.
deslocamento e ajustando suas habilidades motoras para utilização em jogos, • Escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor.
brincadeiras, danças e demais situações. • Interessar-se por escrever palavras e textos, ainda que não de modo convencional.
• Utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento etc., para ampliar • Reconhecer seu nome escrito, sabendo identificá-lo nas diversas situações
suas possibilidades de manuseio dos diferentes materiais e objetos. do cotidiano.
• Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo, conhecendo e • Escolher livros para ler e apreciar.
identificando seus segmentos e elementos e desenvolvendo cada vez mais
uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo.
• Reconhecer e valorizar os números, as • Ter uma imagem positiva de si, ampliando sua • Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo
operações numéricas, as contagens orais e as autoconfiança, identificando cada vez mais suas mundo social e natural, formulando perguntas,
noções espaciais como ferramentas necessárias limitações e possibilidades, e agindo de acordo imaginando soluções para compreendê-lo,
no seu cotidiano. com elas. manifestando opiniões próprias sobre os
• Comunicar ideias matemáticas, hipóteses, • Identificar e enfrentar situações de conflito, acontecimentos, buscando informações e
processos utilizados e resultados encontrados utilizando seus recursos pessoais, respeitando confrontando ideias.
em situações-problema relativas a quantidades, as outras crianças e adultos e exigindo • Estabelecer relações entre o modo de vida
espaço físico e medida, utilizando a linguagem reciprocidade. característico de seu grupo social e o de outros
oral e a linguagem matemática. • Valorizar ações de cooperação e solidariedade, grupos.
• Ter confiança em suas próprias estratégias e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração • Estabelecer relações entre o meio ambiente e as
em sua capacidade para lidar com situações e compartilhando suas vivências. formas de vida que ali se estabelecem,
matemáticas novas, utilizando seus valorizando sua importância para a preservação
conhecimentos prévios. das espécies e para a qualidade da vida.
a sopa
Que que tem na sopa do neném? (2x) Que que tem na sopa do neném? (2x)
Será que tem farinha? Será que tem alho-poró?
Será que tem balinha? Será que tem sabão em pó?
Será que tem macarrão? Será que tem repolho?
Será que tem caminhão? Será que tem piolho?
É um, é dois, é três! É um, é dois, é três!
Que que tem na sopa do neném? (2x) Que que tem na sopa do neném? (2x)
Será que tem rabanete? Será que tem caqui?
Será que tem sorvete? Será que tem javali?
Será que tem berinjela? Será que tem palmito?
Será que tem panela? Será que tem pirulito?
É um, é dois, é três! É um, é dois, é três!
Essa habilidade é fundamental em todos os pro- É importante que nos jogos as crianças tenham pelo pátio marcando o ritmo e explorando as possi-
cessos de leitura e escrita e nos processos atencio- a oportunidade de vivenciar todos os papéis. bilidades sonoras do instrumento.
nais envolvidos na aprendizagem. Nessa fase, o freio inibitório requerido é mais Quando a letra da canção diz: “é um, é dois, é
_ Vocês repararam que na letra da canção algu- específico: a criança deve esperar até a próxima pa- três”, pause a música e todos devem “congelar”.
mas palavras “combinam”? Chamamos essa “com- lavra que rima. Parados, escutarão o som que o tambor produz.
binação” de rima. O jogo agora será mais difícil. Um Devem procurar outro tambor com som parecido e
grupo fará a roda, o outro ficará dentro dela com as formar pares.
bolas e o terceiro, fora da roda. A roda vai girando, Fase 3 Ao formar os pares, escute os sons produzidos
seguindo o ritmo da canção. Quando a letra da can- Material necessário: giz para desenhar no chão,
e, juntamente com o grupo, confirme se eles são si-
ção mencionar uma palavra que rima, o grupo de placas com o nome de ingredientes da sopa (confor-
milares ou não. Confirme também com os criadores
dentro deve jogar a bola para o grupo de fora, sem me modelo anexo II).
dos tambores para averiguar se o material utilizado
que ela toque os componentes da roda. O grupo que Copie as placas de acordo com o número de é o mesmo.
está fora da roda tenta pegá-la sem deixar cair no componentes de sua classe. Distribua as placas
Recomece o jogo, tirando o pause da canção. A
chão. Só podem jogar a bola de volta para o grupo entre as crianças. Desenhe vários círculos no chão
dupla produzirá sons parecidos para acompanhar
que está dentro da roda quando ouvirem a rima na (conforme a quantidade de alunos): serão as “pane-
o ritmo da canção. No refrão, pause novamente.
próxima estrofe. O que acontece com a criança que las”. Explique as regras do jogo:
As crianças devem procurar tambores com sons
deixa a bola cair? Ela pega a bola e continua brin- _ Vocês estão vendo esses círculos? São as pa-
diferentes. Repetir o procedimento de escutar jun-
cando. Veja o exemplo abaixo: nelas para fazer a sopa. Agora eu vou tocar a mú- tamente com o grupo. Na terceira estrofe, todos de-
sica [ou cantar] e vocês devem se organizar para vem trocar os tambores entre si e recomeçar o jogo.
Que que tem na sopa do neném? (2x) que em cada panela tenha a quantidade correta de
Será que tem espinafre? Nessa fase, a criança aprenderá a cuidar dos
ingredientes para fazer a sopa. Ninguém pode ficar
A roda vai girando e as crianças que estão objetos alheios e, por isso, deverá ter cuidado com
fora da panela. Lembram-se que a canção tem várias
fora da roda marcam o ritmo com as mãos. As os tambores dos amigos. Você pode aproveitar a
estrofes? Cada vez que começar uma estrofe, vocês
crianças que estão dentro da roda com a bola oportunidade para conversar com o grupo sobre o
devem se organizar nas “panelas”. Não vale repetir
devem marcar o ritmo da canção com os pés. zelo que devemos ter com o material coletivo, com o
os mesmos ingredientes.
patrimônio cultural, etc.
Será que tem tomate? Observe que a regra de não repetir os “ingre-
Jogar a bola para o grupo que está fora da roda. dientes” estimulará o grupo a realizar diferentes ti-
pos de interação social. Brincando, eles aprenderão Fase 5
Será que tem feijão? a conviver. Nessa fase, trabalharemos vários conteúdos si-
Tempo para o grupo conseguir pegar a bola. multaneamente. Leia as orientações escritas para o
3º ano em relação à cultura africana e a confecção e
Será que tem agrião? Fase 4 utilização dos instrumentos de percussão, e aplique
Devolver a bola para o grupo de dentro. Material necessário: tambor feito com bexiga com a canção.
e um pequeno pote redondo sem tampa (conforme _ Vamos ouvir a última parte da canção e escu-
anexo III).
O quadro exemplifica a dinâmica do jogo utili- tar atentamente os instrumentos. Será que conse-
Misture todos os tambores. Cada criança deve guimos construir instrumentos com sons parecidos
zando a primeira estrofe. A sequência deve se repe-
pegar um tambor que não seja o que confeccionou. utilizando objetos que temos em casa?
tir nas outras estrofes e, ao final, deve haver uma
Seguindo o ritmo da canção, as crianças passearão
troca de papéis entre os grupos.
plano de aula
• Compreender o sentido nas mensagens orais e escritas • Construir o significado de número natural a partir de • Comparar acontecimentos no tempo, tendo como
do que é destinatário direto ou indireto: saber atribuir seus diferentes usos no contexto social, explorando referência anterioridade, posterioridade
significado, começando a identificar elementos situações-problema que envolvam contagens, medidas e simultaneidade.
possivelmente relevantes, segundo os propósitos e e códigos numéricos. • Reconhecer algumas semelhanças e diferenças sociais,
intenções do autor. • Resolver situações-problema e construir, a partir delas, econômicas e culturais, de dimensão cotidiana,
• Ler textos dos gêneros previstos para o ciclo, os significados das operações fundamentais, buscando existentes no seu grupo de convívio escolar e na sua
combinando estratégias de decifração com estratégias reconhecer que uma mesma operação está relacionada localidade.
de seleção, antecipação, inferência e verificação. a problemas diferentes e um mesmo problema pode ser • Reconhecer algumas permanências e transformações
•U
tilizar a linguagem oral com eficácia, sabendo resolvido pelo uso de diferentes operações. sociais, econômicas e culturais nas vivências cotidianas
adequá-la a intenções e situações comunicativas • Desenvolver procedimentos de cálculo — mental, das famílias, da escola e da coletividade, no tempo
que requeiram conversar num grupo, expressar escrito, exato, aproximado — pela observação de e no mesmo espaço de convivência.
sentimentos e opiniões, defender pontos de vista, regularidades e de propriedades das operações e pela • Estabelecer relações entre o presente e o passado.
relatar acontecimentos e expor temas estudados. antecipação e verificação de resultados.
• Participar de diferentes situações de comunicação • Estabelecer pontos de referência para situar-se,
oral, acolhendo e considerando as opiniões alheias posicionar-se e deslocar-se no espaço, bem como para
e respeitando os diferentes modos de falar. identificar relações de posição entre objetos no espaço;
•P
roduzir textos escritos coesos e coerentes, interpretar e fornecer instruções, usando terminologia
considerando o leitor e o objeto da mensagem, adequada.
começando a identificar o gênero e o suporte que • Perceber semelhanças e diferenças entre objetos
melhor atendam à intenção comunicativa. no espaço, identificando formas tridimensionais ou
•E
screver textos dos gêneros previstos para o ciclo, bidimensionais, em situações que envolvam descrições
utilizando a escrita alfabética e preocupando-se com orais, construções e representações.
a forma ortográfica.
temas transversais
•R
econhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais • O respeito a todo ser humano independentemente de • Identificação, no próprio corpo, da localização e da
de localização, orientação e distância, de modo a sua origem social, etnia, religião, sexo, opinião função simplificada dos principais órgãos e aparelhos,
deslocar-se com autonomia e representar os lugares e cultura. relacionando-os aos aspectos básicos das funções de
onde vivem e se relacionam. • O respeito mútuo como condição necessária para relação (sensações e movimentos).
•R
econhecer a importância de uma atitude responsável o convívio social democrático: respeito ao outro • Adoção de postura física adequada.
de cuidado com o meio em que vivem, evitando o e exigência de igual respeito para si.
desperdício e percebendo os cuidados que se deve ter • A coordenação das próprias ações com as dos outros,
na preservação e na manutenção da natureza. por meio do trabalho em grupo.
• O repúdio a toda forma de humilhação ou violência
na relação com o outro.
• A compreensão de lugar público como patrimônio,
cujo zelo é dever de todos.
• O zelo pelo bom estado das dependências da escola.
BANHO é bom
de: Helio Ziskind
Tchau, preguiça, Lá lá, laiá laiá lá, laiá lalá la,
Tchau, sujeira, laiá lalála lala lá, humm...
Adeus, cheirinho de suor!
Ainda não acabou não!
Lava, lava, lava Vem cá, vem... vemm...
Lava, lava, lava
Uma enxugadinha aqui,
Uma orelha, uma orelha... uma coçadinha ali.
Outro orelha, outra orelha... Faz a volta e põe a roupa de
paxá, ah!
Lava, lava, lava
Lava a testa, a bochecha Banho é bom...
Lava o queixo, lava a coxa e lava até... Banho é bom...
Banho é muito bom!
Meu pé, meu querido pé,
que me aguenta o dia inteiro... Agora acabou!
Passeie pelo colégio fazendo uma coleta de Novas Tecnologias: Pesquisa sobre as regiões
sons. Faça uma lista com eles e classifique os sons geográficas relacionadas aos conteúdos.
entre graves e agudos. Para ajudá-los, diga que o Matemática: Cálculo mental, significado do nú-
som grave é como a voz do leão e o agudo, como a mero; situações-problema; operações básicas de
voz dos pássaros. adição e subtração. (Veja no anexo IV sugestão de
Divida a classe em dois grupos: um tocará os atividade de matemática).
conduítes quando a letra da canção referir-se às
partes corporais e o outro grupo tocará as garrafas,
criando uma melodia própria.
TEMPORALIZAÇÃO
As fases do jogo estão pensadas para uma hora-
Deixe o grupo tocar e observe como adaptam
-aula cada uma, dependendo da dinâmica do grupo.
seu ritmo próprio ao ritmo da canção. Troque os
Alguns grupos gostam muito de repetir várias vezes
grupos para que todos possam experimentar os
o mesmo jogo e isso é positivo, porque, gradativa-
dois instrumentos.
mente, as crianças apropriam-se dos conceitos.
A confecção do material (bolas de meia, instru-
Fase 5 mentos reciclados, etc.) pode ocupar duas ou três
Material necessário: folha com a atividade, lá- horas-aula. É preciso estar bem atento que essa
pis de cor e lápis grafite. (Veja no anexo III suges- atividade antecede o jogo propriamente dito em al-
tões de atividade grafomotora). gumas fases. Sendo assim, a distribuição das aulas
Conte aos alunos qual é o objetivo dessa ativida- deve ser bem planejada.
de e relembre que começamos os jogos utilizando o
corpo inteiro e que agora usaremos apenas o dedo
indicador e o polegar para realizar o movimento.
Leia as considerações sobre colorir nas atividades
do 1º ano.
Fase 6
História e Geografia: Localização geográfica da
Espanha. Desertos.
Linguagem: Leitura de diferentes textos.
(Veja nos anexos I e II sugestões de atividades de
linguagem).
Ciências: A água e o consumo consciente. Po-
luição das águas. A água nas regiões de deserto.
Características dos solos e ambientes com excesso
ou falta de água. Água e saúde.
a carta
E na carta escreverei
lembranças ao rei.
R) E TRÊS: palmas
P) PENA, TINTEIRO: bater as mãos nas coxas ao meu amigo e na carta lembranças
R) E PAPEL: palmas
P) PARA ESCREVER: bater as mãos nas coxas
R) UMA CARTA: palmas
P) AO MEU AMIGO: bater as mãos nas coxas
mi guel escreverei ao rei
R) MIGUEL: palmas
P) E NA CARTA: bater as mãos nas coxas Nessa fase, vamos trabalhar o freio inibitório, Fase 2
que é a capacidade de frear voluntariamente os mo- Material necessário: objetos sonoros ou instru-
R) ESCREVEREI: palmas
vimentos. Esse é o primeiro passo para adquirir o mentos de pequena percussão. (Veja exemplos de
P) LEMBRANÇAS: bater as mãos nas coxas controle corporal exigido em todos os processos de objetos sonoros e instrumentos de pequena percus-
atenção e de grafomotricidade (uma parte do corpo são no anexo II do 2º ano).
R) AO REI: palmas
produz movimentos, enquanto as outras realizam o
Divida a classe em dois grupos. Esse é um bom
suporte tônico para tal). O freio inibitório também é
momento para contextualizar e significar o conheci-
FASE 1 solicitado nos processos de leitura e escrita (princi-
mento adquirido nas aulas de Matemática. Observe
Material necessário: espaço amplo. palmente na escrita, relacionado com a separação
como seus alunos resolverão o problema e que re-
das palavras ao escrever, evitando aglutinação, por
Recite a parlenda marcando com as mãos o rit- cursos têm para tal (raciocínio lógico-matemático).
exemplo). Para intensificar o trabalho, utilize freios
mo. No final da parlenda, as crianças devem “fingir” Um grupo será de carteiros (C) e o outro de pes-
bruscos, como por exemplo, assim que as crianças
que estão escrevendo uma carta e sair com a “carta soas que receberão a carta (P). O grupo P deve es-
começarem a correr, solicitar que parem: não devem
imaginária” pela escola, entregando-a em diferen- conder-se em diferentes lugares enquanto o grupo C
mexer nenhuma parte corporal; variar as distâncias
tes lugares (subir, descer, correr, parar) ou para dife- recita a parlenda. Quando terminar de recitar devem
o máximo possível. (Veja no anexo I explicação so-
rentes pessoas. A um sinal previamente combinado procurar o grupo P. Como o grupo C encontrará o P?
bre o que é parlenda).
(assobiar, apitar ou bater palmas), todos devem vol- Através de sons que eles produzirem, por exemplo,
tar para recomeçar a brincadeira. Você pode mudar podem ser apitos, instrumentos de pequena per-
de lugar sempre. Isso tornará a brincadeira mais cussão ou objetos sonoros. Quando encontrados,
divertida e trabalhará a atenção dos seus alunos. os grupos trocam de papéis.
Fase 3
Material necessário: folhas de jornal cortadas
ao meio.
Distribuir folhas de jornal pelo chão, como no
desenho ao lado. Elas serão o caminho. Ao final, o criar diferentes sons corporais para marcar a per- Para ampliar, podemos atender à exigência da
grupo dos carteiros deve trocar de lugar com o gru- gunta e a resposta rítmica da parlenda. Lei federal nº 10.639, que estabeleceu a obrigatorie-
po de pessoas. Eles só podem trocar de lugar com Observe como as crianças inventam rapidamen- dade do ensino da cultura africana e afro-brasileira
um salto de cada vez, respeitando o ritmo das pal- te diferentes maneiras de produzir sons corporais. nas escolas públicas e privadas de todos os estados
mas da parlenda. Ninguém pode ocupar o mesmo Depois de aproximadamente dez minutos, convi- brasileiros. A pergunta e resposta é uma das inú-
retângulo de jornal ao mesmo tempo, e, ao acabar de-os a compartilharem com o grupo os sons desco- meras características do ritmo africano, e o ritmo
a parlenda, os grupos devem ter trocado de lugar. bertos. Escolha com eles os sons que serão utiliza- utilizado na canção é uma mistura de vários ritmos
Nessa fase, estamos especificando ainda mais o dos para pergunta e resposta. Na primeira vez que africanos. Ouça novamente com as crianças e con-
freio inibitório e acrescentamos a planificação dos realizamos essa atividade, a negociação da escolha verse sobre o assunto.
movimentos: a criança precisará prever o movimen- pode demorar um pouco.
to do outro para não ocupar o mesmo retângulo que Se você tiver acesso à internet mostre aos alu- Fase 5
ele e deverá planejar mentalmente um caminho a nos vários exemplos de percussão corporal:
ser seguido. Com o corpo todo, as crianças estarão Material necessário: instrumentos utilizados na
atividademusical.blogspot.com/2011/06/dida- fase 2.
experimentando as habilidades de raciocínio lógico
tica-da-percussao-corporal.html
matemático e de estruturação espacial. Cada grupo deve inventar uma maneira diferen-
No site abaixo, Marcia Rosane Chiqueto publica te de utilizar os instrumentos para acompanhar a
um trabalho muito interessante com exemplos de canção. Os grupos se apresentam e depois todos
Fase 4 grupos brasileiros de percussão corporal e que utili- juntos repetem.
Material necessário: aparelho para reproduzir zam sons alternativos:
Separe os instrumentos de acordo com o timbre
a canção. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/ (som característico). Observe como as crianças se
Relembre com as crianças a fase 1 do jogo quan- arquivos/2269-6.pdf organizam para classificar os instrumentos . Rapida-
do elas bateram as mãos nas pernas e depois em Nessa fase, estamos trabalhando com vários mente entenderão que objetos com o mesmo mate-
palmas para marcar a pergunta e a resposta rítmica. conteúdos simultaneamente: pergunta e resposta rial produzem sons parecidos.
Incentive-as a criar diferentes maneiras de produzir rítmica; cultura e apreciação musical; adaptação e Separe os grupos: pergunta e resposta. Se qui-
sons com o corpo que marquem o ritmo da parlen- integração rítmica, etc. ser complicar um pouco mais, outro grupo pode to-
da. Divida a classe em quatro grupos. Eles devem car como a melodia (para isso eles precisam pensar
20 especial | Educação Musical
contém materiais
complementares. veja no site»
Fase 6
e três e pa-pel uma carta
Material necessário: folha com a atividade, lá-
pis de cor e lápis grafite. (Veja no anexo V sugestão
de atividade grafomotora).
Explique a funcionalidade da atividade confor- aomeua-migo e nacarta es lem-branças
me orientações nas atividades do 1º ano.
Fase 7
Leia as orientações dadas nas atividades do
1º ano.
mi-guel creve rei ao rei
Fase 8
Converse com as crianças para sondar o conhe- utilizados, inventar selos para colar nos envelopes e TEMPORALIZAÇÃO
cimento prévio acerca de pena e tinteiro e peça a entregar as cartas.
elas que investiguem em suas famílias o assunto. As fases do jogo estão pensadas para uma hora-
Ciências: composição da tinta utilizada. Proces- -aula cada uma, dependendo da dinâmica do grupo.
Para aprofundar o conhecimento em outras áreas:
so de fabricação atual. Realizar pesquisas: pessoas Alguns grupos gostam muito de repetir várias vezes
História e Geografia: a história da pena e do tin- que usam caneta tinteiro; pessoas que colecionam o mesmo jogo e isso é positivo, porque, gradativa-
teiro, as regiões geográficas de sua origem, a utili- selos; os desenhos utilizados nos selos; pessoa que mente, as crianças apropriam-se dos conceitos.
zação, etc. ainda escrevem cartas; etc.
A confecção dos instrumentos de percussão ou
Linguagem: tipos de textos que eram produzi- Novas Tecnologias: pesquisa sobre as regiões objetos sonoros pode ocupar duas ou três horas-
dos com pena e tinteiro. Utilização atual (convites, geográficas relacionadas aos conteúdos trabalha- aula. É preciso estar bem atento que essa atividade
cartas, etc.). dos (Egito, por exemplo). antecede o jogo propriamente dito em algumas fa-
Escrever uma carta para um amigo e entregar. A ses. Sendo assim, a distribuição das aulas deve ser
utilização dos correios. A funcionalidade da escrita bem planejada.
cursiva.
Uma ideia: escrever cartas para outras escolas
perguntando sobre os jogos e brincadeiras que as
crianças usam nos momentos livres. Outra ideia:
escrever cartas para os amigos da classe; confeccio-
nar os envelopes com restos de papel que já foram
plano de aula
• Compreender o sentido nas mensagens orais e escritas • Reconhecer semelhanças e diferenças entre os modos • Caracterizar causas e consequências da poluição da
do que é destinatário direto ou indireto, desenvolvendo de vida das cidades e do campo, relativas ao trabalho, água, do ar e do solo.
a percepção da intencionalidade implícita e conteúdos às construções e moradias, aos hábitos cotidianos, às •C
ompreender o corpo humano como um todo integrado
discriminatórios ou persuasivos, especialmente nas expressões de lazer e de cultura. e a saúde como bem-estar físico, social e psíquico
mensagens veiculadas pelos meios de comunicação. • Reconhecer, no lugar no qual se encontram inseridos, do indivíduo.
• Ler autonomamente diferentes textos dos gêneros as relações existentes entre o mundo urbano e o mundo •C
aracterizar materiais recicláveis e processos de
previstos para o ciclo, sabendo identificar os que rural, bem como as relações que sua coletividade tratamento de alguns materiais do lixo — matéria
respondem às suas necessidades imediatas e estabelece com outros lugares e regiões, focando orgânica, papel, plástico, etc.
selecionar estratégias para abordá-los. tanto o presente como o passado.
• Buscar e coletar informações por meio da observação
•U
tilizar a linguagem para expressar sentimentos, • Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, direta e indireta, da experimentação, de entrevistas e
experiências e ideias, acolhendo, interpretando e da comunicação e dos transportes na configuração visitas, conforme requer o assunto em estudo e sob
considerando os das outras pessoas e respeitando de paisagens urbanas e rurais e na estruturação orientação do professor.
os diferentes modos de falar. da vida em sociedade.
• Confrontar as suposições individuais e coletivas com
•U
tilizar a linguagem oral com eficácia, começando • Saber utilizar os procedimentos básicos de observação, as informações obtidas, respeitando as diferentes
a adequá-la a intenções e situações comunicativas descrição, registro, comparação, análise e síntese na opiniões, e reelaborando suas ideias diante das
que requeiram o domínio de registros formais, o coleta e tratamento da informação, seja mediante evidências apresentadas.
planejamento prévio do discurso, a coerência na defesa fontes escritas ou imagéticas.
•R
esponsabilizar-se no cuidado com os espaços que
de pontos de vista e na apresentação de argumentos • Utilizar a linguagem cartográfica para representar e habita e com o próprio corpo, incorporando hábitos
e o uso de procedimentos de negociação de acordos interpretar informações, observando a necessidade possíveis e necessários de alimentação e higiene no
necessários ou possíveis. de indicações de direção, distância, orientação e preparo dos alimentos, de repouso e lazer adequados.
•P
roduzir textos escritos, coesos e coerentes, dentro proporção para garantir a legibilidade da informação.
• Valorizar a vida em sua diversidade e a preservação
dos gêneros previstos para o ciclo, ajustados a • Adotar uma atitude responsável em relação ao meio dos ambientes.
objetivos e leitores determinados. ambiente, reivindicando, quando possível, o direito
•E
screver textos com domínio da separação em palavras, de todos a uma vida plena num ambiente preservado
estabilidade de palavras de ortografia regular e de e saudável.
irregulares mais frequentes na escrita e utilização de • Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes
recursos do sistema de pontuação para dividir o texto grupos sociais e como se relacionam e constituem o
em frases. espaço e a paisagem no qual se encontram inseridos.
•R
evisar seus próprios textos a partir de uma primeira
versão e, com ajuda do professor, redigir as versões
necessárias até considerá-lo bem escrito.
temas transversais
• Intercâmbio de informações com crianças de diferentes • O respeito ao ser humano independentemente da • Identificação, no próprio corpo, da localização e da
lugares do país, por meio de cartas, jornais, vídeos, origem social, etnia, religião, sexo, opinião e cultura. função simplificada dos principais órgãos e aparelhos,
fitas cassete, etc. • O respeito mútuo como condição necessária para relacionando-os aos aspectos básicos das funções de
•P
reparação de roteiros, levantamento e escolha o convívio social democrático: respeito ao outro e relação (sensações e movimentos).
de fontes diversas para entrevistas, depoimentos, exigência de igual respeito para si. • Adoção de postura física adequada.
observações, pesquisas, etc., e sua efetivação. • A coordenação das próprias ações com as dos outros,
•R
eprodução de instrumentos, técnicas, objetos e por meio do trabalho em grupo.
formas de representação de diferentes culturas para • O repúdio a toda forma de humilhação ou violência.
analisar e compreender suas estruturas.
• A compreensão de lugar público como patrimônio de
•A
s influências da cultura africana na formação de todos, cujo zelo é dever de todos.
nossa cultura.
• O zelo pelo bom estado das dependências da escola.
lenga la lenga
por exemplo, todos devem voltar à linha original estruturação espacial e temporal mais específica de segurar o papel, dirige o olhar para o ato gráfico).
(da fase 2) para recomeçar o jogo. O grupo que está em relação àquela que vivemos na fase 2. Converse com eles sobre as partes corporais
com as bolas de meia deve entregá-las para o outro Pergunte às crianças quantos petelecos terão que devem servir de apoio ao ato gráfico (o corpo
grupo. Esta é uma oportunidade para trabalhar o que realizar para chegar ao final do percurso (12 no inteiro).
respeito, o ato de compartilhar, a troca, etc. total). Troque os percursos entre as crianças. Nessa fase, trabalharemos com a adaptação rít-
mica do ato gráfico. Eles devem realizar os traços de
Fase 4 acordo com o ritmo da canção. Como já vivenciaram
Fase 6 bastante a canção, não haverá dificuldades.
Material necessário: bolas de pingue-pongue Material necessário: Objetos sonoros. (Veja
ou tampinhas de garrafa pet. exemplos de objetos sonoros e instrumentos de Na 2ª atividade, a criança deve realizar os traços
Nessa fase, vamos especificar mais os movimen- percussão no anexo II do 2º ano) seguindo o ritmo da canção. Sendo assim, além dos
tos e a coordenação visomotora. Divida os grupos Construa com os alunos instrumentos de objetivos já mencionados, trabalharemos de forma
em pares. percussão ou objetos sonoros, conforme os mais específica a atenção tônica.
Sentados no chão de frente para o par, entregue sugeridos nas atividades do 1º e 2º anos.
uma bola ou tampinha para cada dupla. Na parte Permita que as crianças utilizem os instrumen-
Fase 8
forte da canção, deverão jogar a bola ou a tampinha tos para acompanhar livremente a canção. Separe
Converse com os alunos sobre o ponto forte e
para o amigo, utilizando os dedos da mão com o mo- os instrumentos de acordo com o timbre (ou seja,
fraco dos jogos e, principalmente, o que aprende-
vimento de “peteleco” (utiliza-se a ponta do dedo com sons parecidos). Comente sobre uma das ca-
ram com eles. Leia as orientações nas atividades do
indicador, curvando-o sobre a face interna do pole- racterísticas do ritmo africano, que é pergunta e res-
1º ano.
gar e soltando-o com força), respeitando a seguinte posta. Separe os grupos em pergunta e resposta,
ordem: como no exemplo abaixo:
1. Polegar com indicador (1ª frase). Fase 9
Geografia e História: dialetos e línguas faladas
2. Polegar com dedo médio (2ª frase).
no continente africano. Localização geográfica das
3. Polegar com dedo anelar (3ª frase). etnias linguísticas. Aprofundar conteúdos sobre os
4. Polegar com dedo mínimo (4ª frase). grupos etnolinguísticos bantos (ou bantu), bacon-
gos, suaíle, kimbundu, regiões pertencentes à Áfri-
ca Subsaariana; costumes; etnias, etc.
Fase 5
Material necessário: giz ou folhas de jornal. Realizar pesquisas sobre a origem das famílias
das crianças.
Desenhar no chão ou no jornal um percurso com
saída e chegada. Cada criança pode desenhar seu Fase 7 Projeto: jogos folclóricos tradicionais da região
percurso como quiser. O jogo pode ser individual ou Material necessário: folha com a atividade, e suas origens (europeia, africana, indígena). Você
em duplas. Vamos seguir o percurso com os “pete- lápis de cor e lápis grafite. (Veja nos anexos II, III e IV pode convidar, por exemplo, os avós de seus alunos
lecos” utilizados na fase anterior. sugestão de atividades grafomotoras). para contarem como brincavam em sua infância.
Depois, relacionar esses jogos às regiões e culturas
Agora, a criança precisará calcular a distância e As crianças devem segurar o lápis corretamen-
estudadas. Faça uma exposição com cartazes com a
adaptá-la à força que empregará nos petelecos para te (polegar e indicador em pinça) e realizar o movi-
explicação dos jogos, a origem, etc. com ilustrações
conseguir finalizar o trajeto. Essa fase envolve uma mento, sem tirar o lápis do papel e com a mão não
das crianças.
dominante servindo de apoio (a mão de apoio, além
Caracterizar os materiais recicláveis do lixo co- música na áfrica Os tambores são cilíndricos e talhados em um bloco
mum e sua utilização na construção, por exemplo, Quando falamos em África, o que pensamos? único de madeira. Geralmente são decorados com de-
dos instrumentos de percussão construídos pelo Geralmente no Tarzan ou em safáris. Mas a África é senhos de animais em relevo. São bem altos e são to-
grupo para as atividades de música. muito mais que isso. É um continente enorme com cados com as mãos, com os músicos em pé.
Linguagem: a relação entre a parte forte da can- inúmeros grupos étnicos diferentes. Entender a O balafón é um tipo de xilofone e é um dos instru-
ção (chamada de acento), a sílaba tônica e as regras história da África é difícil porque a cultura tradicio- mentos mais antigos que se conhece. Podemos ver
de acentuação. nal africana foi transmitida oralmente de pais para balafones por todo o continente africano.
Arte: a obra de Ricardo Ferrari e sua série “Me- filhos, dificultando sua divulgação para outros po- O instrumento de percussão africano moderno
mória de Infância”, retrata várias brincadeiras e jo- vos. Grande parte da cultura africana permanece in- mais conhecido é o djembé.
gos infantis folclóricos. tacta e incompreendida para a maioria das pessoas.
Para escutar e ver os instrumentos balafón,
Existem mais de dez mil línguas diferentes.
Ciências: comparação das condições de vida no djembé e outros instrumentos africanos, consulte:
continente africano (água, alimentação, saúde, etc.) Na África, a Música está presente em todos os
www.kawienbi.nl/Djembe%20ritmes.html
com as nossas. A importância da água e da higiene. lugares. Mesmo quando não há instrumentos, o
canto e as palmas animam as atividades diárias. bibliotecaantiguafantasia.blogspot.com/2011/03/
Novas Tecnologias: pesquisa sobre as regiões balafon.html
Cada grupo étnico tem uma maneira particular de
geográficas relacionadas aos conteúdos trabalha-
construir seus instrumentos. É impossível falar de elblogdelapercusion.blogspot.com/2010/10/
dos (Angola, por exemplo).
uma única música africana. Há diversas culturas desde-el-comienzo-de-los-tiempos-han.html
musicais africanas e na maioria delas podemos en-
TEMPORALIZAÇÃO contrar algumas características comuns:
As fases do jogo estão pensadas para uma hora- • A música está sempre relacionada com a vida
-aula cada uma, dependendo da dinâmica do grupo. cotidiana, estando presente no nascimento, nas ce-
Alguns grupos gostam muito de repetir várias vezes rimônias, no trabalho, nas celebrações sociais ou
o mesmo jogo e isso é positivo, porque, gradativa- religiosas, etc.
mente, as crianças apropriam-se dos conceitos. • É uma música compartilhada por todos os
A confecção dos instrumentos de percussão ou membros da comunidade. Os africanos raramente
objetos sonoros pode ocupar duas ou três horas- se limitam a escutar. Sempre participam cantando,
aula. É preciso estar bem atento que essa atividade tocando instrumentos ou dançando.
antecede o jogo propriamente dito em algumas fa- • É uma música de tradição oral, ou seja, não há
ses. Sendo assim, a distribuição das aulas deve ser partituras.
bem planejada.
• Grande parte da música é quase inseparável
da dança, portanto, ela é predominantemente rítmi-
ca.
Os instrumentos musicais africanos mais conhe-
cidos são de percussão. Cada grupo étnico tem sua
maneira particular de construir seus instrumentos.
mentais sobre a divisão em grupos; depois as crianças resolvem o problema da seguinte Cada criança receberá duas tiras de papel e nela
deverão negociar com a classe que trio repre- maneira: dividem a classe em grupos de 10 e deve escrever seu ponto forte e seu ponto fraco.
sentará cada talento. Realize adaptações ne- os grupos que ficam com menos crianças, re- Talvez eles necessitem de ajuda para entenderem o
cessárias em relação à quantidade de alunos petem os talentos. Converse com o grupo que que é forte e fraco (coisas que eles conseguem fazer
que sua classe possui, converse com seu gru- no mundo há várias pessoas que possuem muito bem e coisas nas quais têm dificuldade). Tal-
po e estimule as crianças a encontrar a solu- mais de um talento. Converse para descobrir vez você precise ajudá-los dando exemplos de ver-
ção para o problema. São 10 talentos e temos se há crianças com mais de um talento. bos eu podem ser utilizados (como os da canção).
37 alunos. O objetivo é formar grupos com Eles devem caminhar pelo espaço lendo os pon-
talentos iguais. Se eles não conseguirem a tos fortes e fracos uns dos outros.
resposta, ajude-os para que o jogo possa fluir Fase 3
Material necessário: espaço amplo; fita adesiva Coloque a canção. Eles devem formar grupos
(por exemplo, formar 7 grupos com 4 crianças
e as tiras utilizadas na fase anterior. mistos encontrando os pontos opostos enquanto
e 3 com 3 crianças), afinal, o objetivo priori-
dure a canção. Por exemplo: um aluno tem como
tário do jogo é a regulação dos interesses, A fase anterior terminou com um grupo comple-
ponto forte LER e o outro tem como ponto fraco LER.
ou seja, como eles chegarão à conclusão de to com todos os talentos. É importante que o grupo
Eles começam a formar o grupo.
que talentos cada trio representará. Observe seja dividido igualmente, mesmo que algum dos
que estratégias eles utilizam para elaborar os “talentos” seja suprimido ou acrescentado. Observe as estratégias que eles utilizam na
grupos. Aprender a cooperar a relacionar-se montagem dos grupos. Sua solicitação é que encon-
Cada componente do grupo deve escolher um
e a regular os interesses próprios é bastante trem os opostos, mas eles estabelecerão os crité-
dos talentos e com fita adesiva colá-lo no peito. O
difícil, inclusive para nós, professores. Convi- rios para relacionar outros pontos que possam com-
grupo discute uma sequencia para apresentação
ver com o diferente é basicamente isso, ceder por o grupo. Você se surpreenderá com a qualidade
dos talentos. Apresenta para os outros grupos que
em algumas ocasiões, fazer-se prevalecer em na diversidade.
devem memorizá-la e reproduzi-la.
outras. É disso que se trata essa fase do jogo. Depois do jogo, converse com os alunos sobre o
Lembre-se que memorizar 10 itens é bastante
2. Grupos com talentos diferentes: nesse caso, que aprenderam e como podem cooperar uns com
complexo, eles deverão criar estratégias. Obser-
o critério pode ser escolhido por eles e cabe os outros nas tarefas escolares, a partir de seus
ve como eles resolvem o problema e se sozinhos
a você observar e recolher informações sobre pontos fortes e fracos, ou seja, dos seus talentos.
conseguem chegar à conclusão de que se cada um
o seu grupo. memorizar um talento, o grupo inteiro conseguirá
3. Grupos com 2 ou 3 talentos específicos: você executar a tarefa. Fase 5
determina uma distribuição, de acordo com a Nessa fase além dos objetivos mencionados Material necessário: CD e instrumentos de per-
quantidade de alunos. Quanto mais diferente anteriormente (educacionais e musicais) estamos cussão construídos pelas crianças. (Veja exemplos
for a quantidade, mais rica será a atividade desenvolvendo questões de cidadania. Descobrir de objetos sonoros e instrumentos de pequena per-
em termos de interação social. o próprio talento é difícil. Utilizar o próprio talento curssão no anexo II do 2º ano).
4. Grupos completos com todos os talentos: um para um bem maior é, todavia, mais difícil. Depois Essa fase pode envolver várias aulas já que eles
de cada. Nesse caso, a negociação entre os do jogo, converse com seus alunos sobre isso. deverão construir os instrumentos. Observe nos
grupos também será rica porque cada grupo anexos dos outros anos dicas para construção de
deve ter 10 crianças. Discuta com eles solu- instrumentos e objetos sonoros.
ções para os grupos que fiquem com número
Fase 4
Material necessário: espaço amplo; fita adesiva Incentive-os na procura de materiais que sejam
maior que 10. Observe as crianças com difi- recicláveis e duráveis para despertar o desejo de
e tiras de papel.
culdade de integração e ajude-as. Geralmente cuidar do planeta, do desperdício, etc. É muito im-
portante que esses instrumentos possam ser utili- tas ou capacidades naturais e extraordinárias que relacionados na origem das famílias.
zados pelo menos durante o ano letivo. as pessoas possuem para realizar determinadas Curiosidade: talento (do latim talentum e do
Marque a pulsação da canção com os instrumen- tarefas. Porém, com as mais recentes pesquisas na grego antigo talanton significa balança ou escala).
tos. A pulsação é uma das características do ritmo, área de Neurociências sabemos que o ser humano Era uma unidade de medida de massa utilizada na
é similar à pulsação orgânica (batimento cardíaco, é capaz de desenvolver qualquer tipo de habilidade antiga Mesopotâmia. Um talento grego pesava 26
por exemplo). É uma marcação sempre igual. sempre que haja motivação, empenho e utilização kg; o romano pesava 32,3 kg e o egípcio 27 kg. Os
de estímulos adequados. hebreus chamavam o talento de kikkar. Como era
Separe a classe em grupos. Cada grupo deve
criar uma maneira diferente de utilizar os instrumen- Converse com os alunos sobre o ponto forte e uma unidade de massa seu significado era confun-
tos para acompanhar a canção e criar movimentos fraco dos jogos e principalmente o que aprenderam dido com moedas, pois era utilizado para designar
específicos para cada parte. O objetivo é preparar com eles. grandes quantidades de ouro e prata.
uma apresentação para os outros grupos (podem Discuta com eles sobre o valor da diversidade na Esse conteúdo pode ser ampliado através de
ser os alunos menores, por exemplo) com o objetivo composição dos grupos nos quais fazemos parte. projetos tanto em Geografia e História quanto em
de ensinar-lhes a canção. Cada um com seu “jeitinho de ser” contribui para o Matemática nos conteúdos de Grandeza e Medida
equilíbrio. Se cada um exercitar seus talentos pode- (comparação de grandezas de mesma natureza; re-
mos criar uma realidade melhor. Compare esse con- conhecimento de cédulas e moedas; produção de
Fase 6 ceito com um quebra-cabeça. Cada parte tem seu escrita para representar medição).
Material necessário: folha com a atividade, lá- lugar próprio. Nenhuma peça pode ocupar o lugar Linguagem: ler textos, contos e poesias de escri-
pis de cor e lápis grafite. ( Veja nos anexos I, II e III da outra se queremos que o quebra-cabeça fique tores com talento reconhecido. Escrever em duplas
sugestão de atividades grafomotoras). completo. um conto ou poesia sobre os talentos de cada um.
As crianças devem segurar o lápis corretamen- Incentive-os a contarem quais são as habilida- Arte: observar na região, talentos artísticos (mú-
te (polegar e indicador em pinça) e realizar o movi- des e ou talentos que acreditam possuir e observe a sica, pintura, artesanato, escultura, etc.) e elaborar
mento, sem tirar o lápis do papel e com a mão não composição do grupo e como podem ajudar uns aos um catálogo com entrevistas com esses artistas e
dominante servindo de apoio (a mão de apoio além outros em seus pontos fracos (grupos de estudo, se possível, uma exposição de fotos ou mostras
de segurar o papel, dirige o olhar para o ato gráfico). por exemplo). de seus produtos artísticos. Ressaltar a riqueza na
Converse com eles sobre as partes corporais diversidade das manifestações artísticas regionais
que devem servir de apoio ao ato gráfico (o corpo próximas.
inteiro). Fase 8
Geografia e História: pesquisar as influências Ciências: a diversidade no funcionamento dos
Nessa fase trabalharemos com a adaptação rít- órgãos do corpo: cada um tem seu próprio “talen-
mica do ato gráfico. Eles devem realizar os traços recebidas na formação cultural brasileira. Localize
geograficamente as respectivas regiões. Pesquise to”, sua função específica para que o corpo possa
para marcar as diferenças de acordo com o ritmo da equilibrar-se. Investigar medidas saudáveis para
canção. Sendo assim, além dos objetivos já mencio- com os alunos a origem de suas famílias. Coloque
um atlas na parede marcando essas regiões. Con- manter o equilíbrio, como alimentação e sono.
nados, trabalharemos de forma mais específica a
atenção tônica. verse com os alunos sobre a riqueza que há diver-
sidade do próprio grupo. Compare costumes, músi- TEMPORALIZAÇÃO
cas, culinária, etc. Ver sugestões nas atividades do 1º ao 4º anos.
Fase 7 Projeto: exposição com degustação de pratos
A maioria dos estudiosos considera que o termo típicos dos países relacionados na origem das fa-
talento refere-se a determinadas habilidades ina- mílias. Exposição de jogos tradicionais dos países