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NILSON LEE TAVARES DOS SANTOS

A MÚSICA COMO FACILITADORA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE


ADOLESCENTES COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: UM ESTUDO DE CASO
COM ADOLESCENTES DA CLASSE BAIXA DE OLINDA - PE

RECIFE – PE

2023
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NILSON LEE TAVARES DOS SANTOS

Projeto de pesquisa apresentado como requisito para conclusão do


curso de Pós-graduação lato sensu da Universidade Estácio de Sá no
Curso de psicopedagogia

Orientadora: Ma. Cristhiane de Souza

RECIFE – PE
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2023

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………….3
2 O ADOLESCENTE…………………………………………………………………………………7
2.1 A HISTÓRIA DO ADOLESCENTE……………………………………………………………..8
2.2 MÚSICA E PSICOPEDAGOGIA………………………………………………………………..8
3 OBSERVAÇÕES E RELATOS…………………………………………………………………….9
3.1 SESSÕES E AULAS…………………………………………………………………………….9
4 CONSIDERAÇÕES……………………………………………………………………………….10
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………………………………………….11
ANEXOS
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1 INTRODUÇÃO

A escolha do tema partiu da prática diária do autor deste projeto em ensino de


música. Além de formado em ciências sociais, o autor também se formou em
licenciatura em música, embora nas duas graduações se interessou pelos temas
pedagógicos e assim passou a ensinar e encontrar dificuldades durante as aulas e
em não se contentar com respostas fáceis como: “essa pessoa não nasceu com o
dom da música”; “acho melhor que ele vá para outra área”. Então ancorado nos
textos e na área da psicopedagogia, buscamos entender melhor como ensinar
adolescentes considerados desafinados ou sem aptidão para música através das
práticas da psicopedagogia. Como a música pode ajudar adolescentes com
dificuldades no desenvolvimento a melhorar seus índices físicos, cognitivos e
psicossociais?
É normal que todos tenhamos experiências musicais distintas, uns cresceram
escutando músicas gospel, outros MPB, outros bregas e assim sucessivamente, a
música está presente no cotidiano da maioria das pessoas e por isso não podemos
esquecer-nos dos benefícios que a música traz não só para o estudante, mas para
todos e todas que se proponham a escutar, estudar, se dedicar de alguma forma a
essa arte. Por exemplo, no campo da cognição, no campo da maturação social e
individual (NOGUEIRA, 2004).
Para Ferreira (2013) a pessoa que tem a oportunidade de fazer experiências
musicais amplia a sua forma de expressão e de entendimento do mundo em que
vive, dessa forma possibilita o desenvolvimento do pensamento criativo. Ferreira
complementa caracterizando a música como, além da arte de combinar sons, uma
maneira de exprimir-se e interagir com o outro e assim devemos compreendê-la.
A música nos condiciona a algo mesmo inconscientemente, por exemplo, um
boiadeiro que canta melodias curtas para direcionar seu gado, sem a ajuda do
berrante, nas quais os fonemas que pronuncia ficam no limiar entre a linguagem
verbal, que ele mesmo e seus semelhantes da espécie humana reconhecem, e a
linguagem sonora ou musical que seu gado e ele mesmo, em parte, pelo convívio,
reconhecem. Seguindo adiante, o autor mostra que a música pode condicionar a
qualquer animal racional ou irracional, por exemplo, um apito de um juiz, um bater
de palmas, o assobio, entre outros. Como se percebe nesses exemplos, a
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combinação sonora constantemente é utilizada como suporte ou subsídio para a


memorização e para o aprendizado de qualquer coisa em nossa vida. (SARAIVA;
MARTINS. 2012)
Um exemplo bastante claro se encontra nas músicas ouvidas em nossa
infância no programa de televisão “Castelo Rá-Tim-Bum”, sendo uma série de
televisão brasileira, voltada para o público infanto-juvenil, com o objetivo de ser
educativa, produzida e exibida pela TV Cultura entre 9 de maio de 1994 e 24 de
dezembro de 1997. Nessa série existiam várias músicas para nos condicionar a
lavar mãos, com a música lava mão, também a aprender a tomar banho e escovar
os dentes, com a música lava, lava, lava.
Sendo assim, a música está presente no cotidiano de todas as pessoas, por
isso vamos ao problema deste projeto, por qual motivo, adolescentes que estão
desafinados devam ser privados desta área do conhecimento? Por qual motivo,
alguém considerado desafinado deve se privar dos benefícios como atenção,
disciplina, incentivo a memorização, somente por conta de não ter nascido com um
“dom da música?”
É importante salientar que adotamos aqui a música como uma área do
conhecimento e por ser uma área do conhecimento, deve ser ensinada se não
houver aprendizado, também devemos ensinar, da mesma forma que se ensina uma
fórmula de física ou se ensina a ler e escrever.
Apesar da música ser uma área específica do conhecimento, também
precisamos buscar apoio em outras áreas do conhecimento, em específico, na área
da psicopedagogia que visa ajudar os indivíduos na melhoria de seus processos
cognitivos. Em outras palavras, buscamos melhorar os processos cognitivos do
aprendizado de determinado estudante, utilizando a música.
Sendo assim, o presente trabalho não envolve apenas o ensino de música
isolado, mas como se utilizar dos benefícios que a música traz, para melhoria dos
processos cognitivos de adolescentes.
É importante salientar que nós adotamos algumas concepções de educação
com Vygotsky e para o autor o aprendizado não evolui com o desenvolvimento, são
áreas distintas.
[...] uma vez que essa abordagem se baseia na premissa de
que o aprendizado segue a trilha do desenvolvimento e que o
desenvolvimento sempre se adianta ao aprendizado, ela exclui
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a noção de que o aprendizado pode ter um papel no curso do


desenvolvimento ou maturação daquelas funções ativadas
durante o próprio processo de aprendizado. O
desenvolvimento ou maturação é visto como pré-condição do
aprendizado, mas nunca como resultado dele. (VYGOTSKY,
2007, p. 89).
Sendo assim, ainda de acordo com o autor, o desenvolvimento caminha do
social para o individual e do individual para o social (2007).
É a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se
costuma determinar através da solução independente de
problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado através da solução de problemas sob a
orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros mais capazes. (VYGOTSKY, 2007, p. 97).
Portanto, podemos definir o método de aprendizado como forma das pessoas
adquirirem novos conhecimentos, por um processo integral que provoca uma transformação
na estrutura mental.
Além de Vygotsky, também buscamos outros autores para dar base a este projeto.
Para chegarmos às considerações, precisamos nos basear em alguns educadores
que já escreveram sobre a temática do ensino e sobre abordagens
psicopedagógicas e em primeiro lugar, buscamos compreender melhor a teoria da
aprendizagem significativa do teórico Ausubel (2000) que explica que a
aprendizagem depende de três fatores essenciais: a) Conhecimento prévio; b)
material relevante; e c) motivação pessoal. Sendo assim, todo projeto parte da
premissa da aprendizagem significativa.
Outro ponto de partida deste projeto é que a música não será um fim em si
mesma, ou seja, a música não será apenas ensina enquanto seus conteúdos e
especificidades, mas buscamos, assim como afirmam Papalia, Olds e Feldman
(2009) o desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial. Portanto a música utilizada
neste projeto se relaciona com a psicopedagogia para buscar desenvolvimento
nestas três áreas.

Ainda para colaborar com este projeto buscamos nos relacionar com a
arteterapia, embora não seja o foco principal deste projeto, mas que de acordo com
Alessandrini (2002) a arte possui uma função cognitiva, pois apresenta o
conhecimento de uma forma completa, integral e sistêmica.
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Bellochio (2003) revela existir uma relação estreita entre o desenvolvimento


musical e o intelectual, onde o musical se relaciona a processos do desempenho
cognitivo como: a memória, a imaginação, a comunicação verbal e corporal. Além
disso, pode estimular o autoconhecimento e a auto expressão.
Também é necessário entender o que significa dificuldades de aprendizagem,
segundo Fonseca (2007) devemos considerar a dificuldade de aprendizagem como
um transtorno constante que afeta a maneira como o indivíduo retém e expressa
informações.
O objetivo geral deste trabalho é descobrir práticas pedagógicas que envolvam a
música e a melhoria dos processos cognitivos para adolescentes. Fica evidente que
para atingir este objetivo são necessários alguns objetivos específicos:

● Incentivar adolescentes a se relacionarem com a música;


● Desenvolver práticas que melhorem os processos cognitivos de adolescentes;
● Descobrir conexões entre a música e a psicopedagogia.

Como já dito anteriormente, o presente trabalho busca descobrir práticas


pedagógicas que envolvam a música e a melhoria dos processos cognitivos para
adolescentes. Sendo assim, para atingir os objetivos propostos utilizamos três
estratégias metodológicas, sendo o estudo de caso em uma abordagem qualitativa,
com trabalho de campo e com a argumentação teórica para a fundamentação das
ideias, bem como o uso da etnografia, no caráter das observações participantes e da
observação flutuante. A escolha da abordagem qualitativa se deu devido que o tipo
de investigação apresenta a observação e análise da realidade de forma natural,
mas ao mesmo tempo complexa e contextualizada. (LUDKE; ANDRÉ, 1986)
Já o estudo de caso analisa as ações e o contexto que o sujeito da pesquisa
está inserido. Goldenber (2003) afirma

O estudo de caso não é uma técnica especifica, mas análise holística,


a mais completa possível, que considera a unidade social estudada
como um todo seja um indivíduo uma família, uma instituição ou uma
comunidade, como o objetivo de compreendê-los em seus próprios
termos. (GOLDENBER, 2003, p. 33)

A partir da observação participante poderemos melhor descrever o processo


da aprendizagem das Ciências Sociais através da música no ensino médio. Para o
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antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira (2000), a observação participante realiza


não somente um conjunto de processos de construção de hipóteses, mas um
conjunto de significações que escapam a esses métodos.

Outra estratégia utilizada neste trabalho é a observação flutuante. Essa


técnica de pesquisa foi pensada por Colette Pétonnet (2008), antropóloga francesa
que converteu o cotidiano em um vasto território para observações sócio
antropológicas. A respeito desse modo de pesquisa ela explica que a observação
flutuante consiste em permanecer vago e disponível em toda a circunstância, em
não mobilizar a atenção sobre um objeto preciso, mas em deixá-la “flutuar” de modo
que as informações o penetrem sem filtro, sem a priori, até o momento em que
pontos de referência, de convergências, apareçam e nós chegamos, então, a
descobrir as regras subjacentes (MELO, 2015).

Por isso, buscamos utilizar essas três estratégias metodológicas. As observações e


os relatos aconteceram durante o período de dois meses, sendo eles agosto e
setembro do ano de 2023.

2 O adolescente

Como dito anteriormente, esse trabalho tem uma faixa etária específica, por
isso precisamos antes de continuar o trabalho, especificar um pouco mais sobre
essa faixa etária definida.
Ainda falando sobre esse período, Rosa (1988) afirma que a adolescência
não é um processo com início, meio e fim linear, tais mudanças trazem
características que são muito particulares de sujeito para sujeito, por tratar-se de
uma construção histórico-sociocultural em que as vivências são determinantes para
a formação do sujeito.
Há também a EOCA - Entrevista operativa centrada na aprendizagem.
Utilizamos esse método por se tratar de um aprendente já adolescente. Utilizando
entrevistas, práticas lúdicas entre outras atividades.1
Além da EOCA, também podemos conversar sobre diversos outros assuntos,
como sua história, como sua família, o que gosta de fazer fora da escola, qual sua
rotina diária, seus amigos, seus colegas e conseguimos nos conhecer um pouco
melhor.
Embora tenhamos realizado em um momento a EOCA, nós também
conseguimos criar vínculos e assim, um pouco de sua história foi sendo conhecida
1
Em anexo
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pouco depois da entrevista, o que podemos chamar de conversas informais que nos
fazem entender coisas além sobre o adolescente.
2.1 A história do adolescente
Cauan2, tem 16 anos e mora numa comunidade carente em Pernambuco, a
comunidade se chama “ilha do rato”. Mora numa casa pequena construída no
terreno do seu avô pela sua mãe, a mesma é divorciada de seu pai biológico e já
teve filhos com outros homens, atualmente Cauan tem 5 irmãos, na verdade eram 6,
mas o mais velho foi morto por se envolver com o tráfico. Assim, Cauan é o irmão do
meio, seus irmãos largaram os estudos muito cedo, com exceção das duas irmãs
mais novas que ainda estudam. Dos outros irmãos, um está envolvido novamente
com o tráfico, outro está se drogando e se prostituindo como “drag queen” para
sobreviver e as irmãs ainda são muito novas.
Além da escola, Cauan participa de um projeto chamado CDI - Criança do
Reino, na igreja perto de sua comunidade. Lá ele teve oportunidade de conhecer o
autor do presente trabalho, o qual era professor de música. Ao se deparar com a
situação alarmante do adolescente, resolvemos agir para que o mesmo pudesse se
desenvolver em sua escola e poder ter um futuro, uma profissão e assim por diante.
Antes de conhecer o professor de música, já participando deste projeto, um
dos monitores deu a ideia de inscrever Cauan no processo seletivo do IFPE -
instituto federal de pernambuco - pois na época, o processo era por notas no ensino
fundamental II e não por uma prova específica e assim, Cauan se inscreveu e
conseguiu passar no processo. Mas ao chegar na nova escola percebeu toda a
dificuldade em que se encontrava.
2.2 Psicopedagogia e música
Também é importante salientar como se deu a integração entre
psicopedagogia e a música. O jovem Cauan tinha interesse em tocar baixo elétrico e
por isso foi conversar com o professor de música, como dito anteriormente, autor
deste trabalho. Depois de algumas aulas, o professor escutou a história do
adolescente e percebeu algumas dificuldades de aprendizagem no aprendente e por
isso resolveu investigar mais a fundo toda a questão para poder ajudá-lo, inclusive
na escola.

2
Sobrenome ocultado por razões de proteção ao adolescente
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3 Observações e relatos
Como dito anteriormente, as observações, aulas e sessões aconteceram
durante os meses de agosto e setembro de 2023. As intervenções aconteceram no
projeto CDI - Criança do Reino e aconteciam durante uma vez na semana, sendo
mais preciso nas sextas-feira durante o período da tarde.
3.1 Sessões e aulas
É importante salientar que também intercalamos entre o que era aula de
música e também sessão de psicopedagogia, ou melhor dizendo, de atividades para
conhecer melhor o adolescente e também conseguir desenvolver para conquistar os
objetivos propostos.
Primeiros encontros
Se torna evidente que antes de começarem os encontros, o adolescente pede
em primeiro lugar para aprender a tocar contrabaixo elétrico, depois de algumas
aulas foi que o professor de música percebeu e começou a questionar sobre sua
vida escolar.
Nas primeiras aulas, o adolescente se mostrou bastante interessado, mas
parecia que durante algumas explicações, o mesmo se “desligava” e não conseguia
executar o que era pedido pelo professor.
Mesmo assim, o adolescente levava exercícios para casa e trazia bem feitos,
bem realizados, conseguiu desenvolver bem os primeiros conteúdos musicais, mas
depois de algumas aulas, foi então que entramos com a psicopedagogia para
conseguir entender tudo da melhor maneira.
Sessões
Depois que percebemos a dificuldade de aprendizado do adolescente,
podemos conversar sobre outras dificuldades na vida escolar do aprendente e assim
poder pensar as práticas para ajudar o adolescente com suas dificuldades na
escola.
Então fizemos em primeiro lugar a EOCA para conversar mais sobre a escola
e suas dificuldades pessoais, na verdade enquanto conversávamos sobre a EOCA,
também conversamos sobre sua história, sobre o desejo de mudança de vida, sobre
a escola e assim acabamos quase fazendo uma anamnese, mas infelizmente não
tivemos contato com os pais do aprendente e por isso não conseguimos realizar a
anamnese e por isso a escolha da EOCA.
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Depois de realizar a entrevista, podemos montar alguns apontamentos para


melhoria do desempenho escolar do aprendente. O mesmo expôs que por estar em
uma escola nova tinha dificuldades de adaptação, havia reprovado em várias
disciplinas, e que se sentiria muito agradecido se houvesse alguém que pudesse
ajudá-lo.
Fizemos atividades como jogos da memória, leitura de pequenos textos para
o mesmo ler e explicar o que leu, jogo de damas e a tentativa de xadrez, além de
concentração em um local fixo por alguns segundos, chamávamos de “esvaziar a
mente”, ou seja, a atividade consistia em antes das aulas, tentar ficar em silêncio,
escutar tudo ao redor e ficar nesse estado o maior tempo possível, depois de várias
tentativas, o maior tempo que conseguimos foi 2 minutos e 10 segundos.

Constatações
Infelizmente não conseguimos chegar a um diagnóstico claro, pois como foi
dito, o adolescente vinha de comunidade carente e por isso não tinha acesso a rede
de profissionais necessária para diagnosticá-lo. Outro ponto que dificultou também
foi o fato de ter pouco tempo de aula e sessão, dois meses não foram suficientes
para apontar todas as dificuldades existentes, mas ainda sim conseguimos perceber
várias coisas e obtivemos alguns resultados.
Percebemos que o adolescente em questão tem dificuldades de prestar
atenção nas aulas, o foco dele é bem pequeno, por isso as notas dele eram baixas,
mas surpreendentemente em algumas disciplinas as notas estavam na média. Mas
eram disciplinas que o mesmo gostava dos conteúdos e por isso se interessava.
Outra dificuldade que provavelmente advinda da primeira, era de conseguir
construir um raciocínio, ou seja, depois de ler um texto, o mesmo conseguia explicar
de forma bem deficitária o texto lido, isso aponta para outras dificuldades de leitura
de textos.
4 Considerações finais
O primeiro ponto a ser esclarecido é que a psicopedagogia não se preocupa
apenas com os aprendizes que possuem laudo e assim se pensam atividades para
eles. A psicopedagogia vai além e se torna uma ferramenta importante para
qualquer idade, com ou sem laudo, a psicopedagogia se preocupa em como todos
podem se desenvolver e extrair de si mesmo o potencial escondido dentro de si.
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O adolescente Cauan, infelizmente teve uma história difícil, mas que não quer
dizer que ele deva ter o mesmo fim dos irmãos ou ter um fim triste e trágico, através
da psicopedagogia e dos seus esforços, ele pode lutar para ter uma vida melhor.
O aprendiz em questão precisa de uma coisa apenas, alguém que acredite
em seu potencial, alguém que o acompanhe, pois assim como diz Paulo Freire
“educação não transforma o mundo, educação transforma pessoas e pessoas
transformam o mundo.”
Por isso, Cauan precisa de alguém que o acompanhe e transforme sua forma
de ver o mundo e assim o mundo de Cauan será transformado e assim ele será
capaz de ser protagonista de sua própria história.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALESSANDRINI, C. D. Oficina criativa psicopedagógica. São Paulo: Casa do


Psicólogo, 2002.

AUSUBEL, D. P. The acquisition and retention of knowledge: a cognitive view. Nova


York: Springer, 2000

ANDRÉ, Marli E.D.A; LUDKE, Menda. Pesquisa em educação: abordagens


qualitativas. 5. ed. São Paulo: Epu, 1986.

BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro. A formação profissional do educador musical:algumas


apostas. Revista da ABEM, Porto Alegre, V. 8, 17-24, mar. 2003.

FERREIRA, Martins. Como usar a música na sala de aula. São Paulo: Editora
Contexto, 2013.

FONSECA, Vitor da. Dificuldades de aprendizagem: na busca de alguns axiomas.


Revista Psicopedagogia, São Paulo, v.24, n.74, 2007

NOGUEIRA, M. A. A música e o desenvolvimento da criança. Revista da UFG,


Goiânia, v. ano VI, n.volume 2, p. 22-25, 2004

PAPALIA D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN. R. D. Desenvolvimento humano. 10 ed.


São Paulo: McGraw Hill, 2009.

Rosa, M. (1988). Psicologia evolutiva: problemática do desenvolvimento (4ª ed.).


Petrópolis: Vozes

SARAIVA, Diego Camargo; MARTINS, Naura. A música como instrumento essencial


para aprendizagem. Revista Ensiqlopédia, Osório, v. 9, n. 1, p.16-22, out. 2012.

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes
,2007
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ANEXOS

EOCA – ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM

Nome: Cauan Idade: 16 anos

Escolaridade do Aluno: Primeiro ano do ensino médio

Alguma repetência? ( ) sim (X) não Qual (is)?


Disciplina favorita? Biologia

Por quê? Descobriu facilidade em aprender

Disciplina de que não gosta: Matemática


Por quê? Muito cálculo

Desde quando? Matemática foi desde o ensino fundamental.

Disciplina(s) indiferente(s): Filosofia e Geografia.


Sempre foram essas? (X ) sim ( ) não Por quê? Pois não curte muito a leitura
dos conteúdos.

O que deseja fazer quando crescer? Ainda não sabe sobre qual profissão seguir,
mas está fazendo um curso técnico de segurança do trabalho.

Por quê? As dificuldades foram muitas, por isso nunca parou para pensar nisso,
fora as dificuldades de aprendizagem na escola, levaram ele a crer que não
conseguiria arrumar uma profissão no futuro.

Como foi sua entrada na escola atual? Se inscreveu no processo seletivo da


escola, através da internet e hoje participa do Instituto Federal de Pernambuco -
IFPE.

Teve outras? ( X ) sim ( ) não Como foi? Através das matrículas ofertadas em
escolas públicas.­­
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Você sabe por que está aqui comigo hoje? ( X ) sim ( ) não

O que achou da ideia? A ideia foi boa, pois preciso estudar para ter um futuro
melhor.

Você quer estar aqui ou veio porque sua mãe, o colégio ou o seu professor o
obrigou? Veio porque queria se desenvolver na escola.

Eles têm razão? ( X ) sim ( ) não.

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