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Hélio Arlindo Tomás

Relatório de Estágio Pedagógico de Química


Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão Laboratorial

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Hélio Arlindo Tomás

Relatório de Estágio Pedagógico de Química

Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão de Laboratórios

Relatório de Estagio Pedagógico de


Química apresentado ao Departamento de
Ciências, Tecnologia, Engenharia,
Estatística e Matemática, para o carácter
avaliativo na Cadeira de Estagio
Pedagógico de Química, I˚ Semestre 4˚
Ano.

Supervisor: MSc, Jorge Ernesto


Docente: MSc, Eduardo Priceiro

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Índice

Lista de Símbolos e Abreviaturas............................................................................................................3


Índice de tabelas......................................................................................................................................4
Dedicatória..............................................................................................................................................5
Agradecimento........................................................................................................................................6
Resumo...................................................................................................................................................7
1.2. Metodologia do trabalho..............................................................................................................9
1.3. Etapas do Estágio Pedagógico de Química..................................................................................9
1.3.3. Planificação e execução das aulas..........................................................................................11
Breve Historial da Escola Observada (E.S. de MTZ)............................................................................15
1.4.1.2. Localização Geográfica da Escola.....................................................................................16
1.4.1.4. Caracterização dos Alunos.................................................................................................16
1.4.1.6. Caracterização Física da sala de aula.................................................................................17
Objectivos.........................................................................................................................................18
Conteúdos..........................................................................................................................................18
Métodos.............................................................................................................................................18
Meios.................................................................................................................................................18
Avaliação..........................................................................................................................................19
1.4.2. Pós-Observação.....................................................................................................................19
1.4.2.1. Planificação e Execução das Aulas....................................................................................19
CAPITULO III......................................................................................................................................20
2. Dificuldades, Sugestões, Recomendações e Conclusão.................................................................20
2.1. Dificuldades..............................................................................................................................20
4. Anexos…………………………………………………………...…………………………26

5. Apêndices……………………………. ……………………………………………………27

6. Bibliografia…………………………………………………………………………. ……. 29
3
iv

Lista de Símbolos e Abreviaturas

1. DAP: Director Adjunto Pedagógico;


2. EP: Estágio Pedagógico
3. EPQ: Estágio Pedagógico de Química;
4. ESG: Ensino Secundário Geral;
5. E.S. de MTZ: Escola Secundária de Montepuez;
6. PEA – Processo de Ensino-Aprendizagem
7. PP´s: Práticas Pedagógicas;
8. UR: Universidade Rovuma
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Índice de tabelas
Tabela 1. Horário de Química, da 8ª Classe, T 8A……………………………………….16

Tabela 1. Horária da Escola………………………………………………………………….16


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Dedicatória

Dedico este relatório a todos os meus colegas, amigos, os meus familiares. Também sem me
esquecer do esforço do meu supervisor e docentes da Uni-Rovuma que tem feito para melhoria
da qualidade de Ensino.

.
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6

Agradecimento

Agradeço a todos que contribuíram para a materialização deste presente relatório de estagio
pedagógico especificamente agradeço ao meu supervisor Mestre, Jorge Ernesto e a minha
Tutora da Escola Secundaria de Montepuez por estar lado a lado a todas as actividades por
mim realizada, pois contribui bastante para de forma rigorosa, radical e critica. Onde me resta
lembra que o que faz andar o barco não são as velas enfunadas, mas o vento que nem se quer
se vê.
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Resumo

O Estagio Pedagógico de Química tem como objectivo primordial compreensão da componente curricular da
natureza teórico-prática, conduz a aquisição do conhecimento da realidade da Escola e da sala de aula com
enfoque actividades de leccionação de aulas e de reconhecimento das condições de Ensino-aprendizagem,
reflexão sobre a realidade educativa na Escola Secundaria de Montepuez local de realização do EP na disciplina
de Química. O estágio teve início no dia 24 de Maio de 2022 e previsto para terminar no dia 12 de Agosto (2º
trimestre do ano lectivo no ensino secundário). Concernente a metodologia usada para a materialização deste
relatório foi a consulta bibliográfica e a observação directa. No entanto, este trabalho está estruturado em
elementos pré˗textuais, introdução, desenvolvimento, conclusão, elementos pós˗textuais, assim como ditam as
regras de publicação de trabalho na Universidade Rovuma.
Palavra-chave: EPQ; Prática docente; praticante e PEA.
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CAPITULO I

1. Introdução

O presente trabalho constitui o relatório acerca das actividades desenvolvidas em torno do


EPQ realizada na Escola Secundaria de Montepuez. O Estagio Pedagógico, são as actividades
curriculares articuladas entre a teoria e pratica e garantem o contacto experimental com
situações didácticas e psicopedagogicas concretas que contribuem para preparar de forma
gradual, o estudante para a vida profissional. O trabalho consiste na leccionação das aulas de
Químicas, especificamente na 8ª classe turma 02: o caso da escola supra citada por um
estudante do 4º ano do curso de Licenciatura em ensino de Química com Habilitações em
gestão de laboratórios, a cadeira leccionada por Mcs: Eduardo Priceiro. E neste presente
relatório procura-se fazer uma abordagem circunstanciada do decurso das práticas de Estágio
pedagógico, partindo da fase pré-observação passando para a fase de leccionação de aulas no
campo até a compilação de dados para a formação de dados. O estágio realizou-se no mês de
Agosto a Setembro, tendo o ponto focal a leccionação da disciplina de Química.

Entretanto, o presente relatório pretende apresentar as actividades desenvolvidas ao longo dos


estágios do Estágio Pedagógico de Química realizada na Escola Secundaria de Montepuez,
cujo objectivo é desenvolver as capacidades de orientação ou leccionação e contribuição
criticas sugestiva e criadora para uma melhoria da qualidade do processo de ensino-
aprendizagem na disciplina de Química

Objectivos do relatório

Objectivo geral

 Promover a formação de um professor que saiba fazer gestão de um currículo, que


possua saberes teóricos e práticos e saiba diferenciar as aprendizagens e orientar a sua
autoformação.

Objectivos específicos:

 Identificar a utilizar de forma adequada as técnicas e os instrumentos de leccionação


das aulas;
 Distinguir meios que estimulam aprendizagem nas aulas de Química.

1.1. Fases da Prática e Estágio Pedagógico de Quimica

Estágio Pedagógico de Química compreende três (3) fases fundamentais:


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 Compreende abordagem abordagem dos aspectos organizacionais (organizadas pelo


director pedagógico do 1º ciclo e delegado da disciplina de Química)
 Trabalho de campo (assistência e leccionação das aulas) que decorreu assistência nos
princípios do 2º trimestre do ensino secundário geral e leccionação que teve início no
mesmo período.
 Após assistência e trabalho de campo produziu-se o relatório

1.2. Metodologia do trabalho

O presente trabalho concernente ao EPQ denominado relatório, materializou-se a luz dos


seguintes métodos:

 Observação: compreende assistência e leccionação das aulas pelo estuante estagiário,


fazendo a respectiva análise e avaliação pela tutora orientadora da disciplina na
melhoria de alguns aspectos;
 Revisão Bibliográfica: consistiu em consulta e análise documental de obras ligados
aspectos de PEA.
CAPITULO II

1.3. Etapas do Estágio Pedagógico de Química

Segundo DIAS et al (2010) “as principais etapas da prática pedagógica são: a pré-
observação, a observação, pós-observação e seminários”.

1.3.1. Trabalho de campo

DIAS et al (2010) “o Trabalho de Campo nas Práticas Pedagógicas pode ser realizado de
forma real ou virtual (simulada). Na forma real, o praticante desloca-se a Escola Integrada e
trabalha em ambientes escolares verdadeiros”. Na forma virtual ou simulada, o praticante
permanece na Instituição da sua formação e trabalha com filmagens de escola, salas de aulas.

No entanto, o estágio foi realizado na ESM, onde recebi a orientação da Tutora Rita António
Raite e apesar de algumas dificuldades enfrentadas aprendi muito como profissional e pessoa,
aprendizado este que culminou no desenvolvimento das competências e habilidades educativas
no que diz respeito a leccionação.

Observação de aulas dos tutores e de colegas praticantes


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A observação constitui-se uma das opções metodológicas de caracterização do grupo, para que
o educador possa avaliar cada momento pedagógico, e saber que estratégias adequar ao grupo
e cada uma individualmente dos alunos.

Já de acordo com (Silva & Núcleo de Educação Pré-escolar, 2007) a observação permite um
conhecimento de cada criança e as suas capacidades e interesses.

Em suma, a primeira consistia na observação directa das aulas leccionadas pela professora da
Disciplina de Química Rita António Raite e a segunda fase leccionação de aulas.

1.3.2. Participação em reuniões pedagógicas

Primeira Reunião: Foi no dia vinte e quatro do mês de Maio, do ano de dois mil e
vinte dois, numa terça-feira, na Escola Secundaria de Montepuez, decorreu uma reunião pelas
oito horas com os delgados e tutores de disciplina de química, sendo um delgado do 1º ciclo e
outro do 2º ciclo e os respectivos professores estagiários (estudante da Uni-Rovuma), em que
o delgado do 2º ciclo debruçou sobre as regras interna da escola, em seguida fez as
distribuições das classes, turma e turnos para cada estagiário, e esta distribuição da classe fez-
se da 8ª, 9ª e 11ª classe. Em seguida cada estagiário foi apresentado as classes e suas
respectivas turmas em concordância com os orientadores “Tutores” da disciplina.
Segunda Reunião: Foi no dia vinte e oito de Maio do ano corrente, realizou na sala
dos professores da escola Secundária de Montepuez: uma reunião com o delgado da disciplina
do primeiro ciclo juntamente com os respectivos tutores de cada classe e os professores
estagiários (estudante) uma reunião com a seguinte agenda:
 Dosificação Quinzenal;
 Plano de Avaliação.
No primeiro ponto desta agenda trabalhamos em equipe, isto é, todos professores estagiários
(estudantes) que leccionava 8ª classe juntamente com o tutor elaboramos a dosificação
quinzenal e o plano de avaliação.
Terceira Reunião: Foi no dai 16 de Julho do ano corrente, pelas oito horas, na sala
número doze, da escola supra citada, decorreu uma reunião pedagógica de grupo disciplina de
química, que teve a seguinte agenda:

 Dosificação quinzenal
 Nível de realização da primeira ACS1 e ACS2
 Dificuldades
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1.3.3. Planificação e execução das aulas


A planificação escolar é uma tarefa que inclui tanto a previsão das actividades didácticas, no
que diz respeito à sua organização e coordenação mediante os objectivos propostos, como a
sua revisão e adequação ao longo do processo de ensino.

As micro-aulas inserem-se numa perspectiva ampla de desenvolver nos praticantes habilidades


instrumentais, actividades de “saber fazer” indispensáveis à realização da prática profissional
do professor.

A planificação do PEA é importante devido ao facto de que:


 Assegura a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo
que a previsão das acções docentes possibilite ao professor a realização de um ensino
de qualidade e evite a improvisação e a rotina.
 Permite a previsão dos objectivos, dos conteúdos e dos métodos, a partir da
consideração das exigências postas pela realidade social, do nível de preparação e das
condições socioculturais e individuais dos alunos.
 Assegura a unidade e coerência do trabalho docente, ou seja, inter-relacionar os
elementos que compõem o processo de ensino: os objectivos (o que ensinar); os alunos
e suas possibilidades (a quem ensinar); os métodos e técnicas (como ensinar); e a
avaliação, o que permite verificar em que medida as actividades inicialmente propostas
estão a ser bem sucedidas ou não.

1.3.4. Seminários

O seminário é um método de estudo e actividade didáctica específica de cursos universitários.


O seminário pedagógico foi agendado pelo docente da cadeira, Mestre Eduardo Priceiro e
decorreu nos princípios do Iº semestre no dia 29 de Março na Universidade Rovuma na sala 02
pelas doze horas. É de salientar que, Podem participar nos seminários pedagógicos os
intervenientes (supervisores, estudantes e tutores) das Práticas Pedagógicas de uma
determinada disciplina. (U.P. Regulamento Académico, Artigo 57).

Os seminários são encontros de reflexão, discussão e problematização de vários assuntos, com


vista a estabelecer uma melhor articulação entre a teoria e a prática. Nas PP´s distinguimos
dois tipos de seminários: Seminários Práticos e Seminários Pedagógicos. Os Seminários
Práticos destinam-se a:
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1. Promover a análise crítica e discussão do Trabalho de Campo em desenvolvimento na


escola relativo à observação da escola, das aulas e de todas outras situações pedagógicas
que exijam reflexão e intervenção.

2. Planificar e organizar o Trabalho de Campo;

Nesta fase abordaram-se alguns temas com vista a preparar o praticante estagiário na
eficiência do seu posterior trabalho, resumidamente, foram:

1. Desafios de um professor

Condução da aula
Este foi talvez o ponto que, inicialmente, mostrava mais à vontade, mas nas duas, três
primeiras aulas ainda estava muito preso ao mesmo sítio, isto devido ao nervosismo que sentia
no momento, algo que fui desprendendo e ocupando todo o espaço de aula e de forma
correcta, sem perder os alunos do meu campo de visão, isto também graças ao nervosismo ter
começado a desaparecer, pois sentia mais confiança em mim mesmo.
Organização
Na minha opinião, este foi um dos meus pontos fortes ao longo da aula. Planeava a aula com
auxílio de Programa do Ensino e algumas orientações do meu supervisor e da minha tutora e
juntos chegávamos a um conteúdo agradável e saudável ao nível educativo dos alunos.
Também a criação de exercícios durante a aula e envolvimento deles deu cabo a interacção
constante na aula.
Gestão do tempo
Este ponto foi crucial durante o estágio pedagógico, relatar que, não tive muitos problemas e
sempre cumpri com o meu tempo que são 45 minutos previstos no plano de aulas, mesmo não
ultimando algumas aulas, devido o mesmo.
Disciplina
Não apresentei dificuldade no clima da turma, tendo sempre um clima muito positivo com
todos os alunos. Embora em algum momento haja alguma desordem minúscula tentava
enquadrar todos na aula, e segundo o que recomenda Libaneo e outros autores, tive autoridade
na turma e isso ajudou-me muito nesse aspecto.
alguns alunos.

2. Os métodos centrados no aluno


 O método expositivo
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Para Kuethe uma aula expositiva é uma apresentação verbal, pelo professor, do conteúdo a ser
aprendido (ibidem). Na opinião de Gil, consiste numa predilecção verbal utilizada pelos
professores com o objectivo de transmitir informações aos seus alunos (ibidem).

 O método construtivista

O papel do professor na sala de aula é extremamente importante na implementação de um


ensino construtivista, pois ao contrário do que se pensa, o professor construtivista não tem um
papel passivo dentro da sala de aula, assume sim um papel de mediador e facilitador na
aprendizagem dos alunos.

O aluno é considerado um agente activo se esforçar por seleccionar informação importante,


organizá-la coerentemente e integrá-la noutros conhecimentos que já possua e que lhe são
familiares.

 Método de trabalho independente

O método de trabalho independente caracteriza-se por uma maior actividade visível dos
alunos, individualmente ou em grupo. É por isso que a auto-actividade e a independência
experimentam aqui sua máxima expressão, uma vez que o método de trabalho independente
consiste de tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de
modo relativamente independente e criador. Jessipow cita duas características do trabalho
independente dos alunos:

 É uma tarefa posta pelo professor dentro dum tempo razoável para que os alunos
possam soluciona-la;
 É uma necessidade resultante da tarefa que têm o(s) aluno(s) de buscar e tomar as
melhores vias para sua solução, pondo em tensão suas forças.
3. A aprendizagem cooperativa

A aprendizagem cooperativa é definida como um conjunto de técnicas de ensino em que os


alunos trabalham em pequenos grupos e se ajudam mutuamente, discutindo a resolução de
problemas facilitando a compreensão do conteúdo. Todas as actividades são estruturadas pelo
professor que acompanha e estabelece os comportamentos desejados para os alunos no
desenvolvimento da aula. Essa estratégia permiti aos estudantes interagirem com os colegas e
com o professor, possibilita também o ganho de autonomia e de responsabilidade para tomar
decisões no desenvolver das actividades em sala de aula.

Responsabilidade individual
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O segundo elemento essencial da aprendizagem é a responsabilidade pessoal e o compromisso


individual. Cada célula deve sentir-se responsável pelas aprendizagens definidas para essa
célula, e cada membro será responsável pela tarefa que lhe foi atribuída. Ninguém pode
aproveitar o trabalho dos outros. A responsabilidade individual implica que cada estudante da
célula seja avaliado e que a célula saiba que a sua avaliação é o resultado dessas avaliações
individuais. A finalidade das células de Aprendizagem Cooperativa é que os estudantes
aprendam

 Interacção frente a frente permitindo

O terceiro elemento da Aprendizagem Cooperativa é a interacção frente-a-frente ou cara-a-


cara a qual se caracteriza por manter os alunos numa situação física permitindo que cada um
esteja frente a frente com os outros e assim, os diferentes estudantes se encorajem e facilitem
os esforços de cada um de modo a alcançarem os esforços da célula (MARREIROS, 2001).

 Desenvolvimento de competências interpessoais e grupais

O quarto componente da Aprendizagem Cooperativa consiste em ensinar aos estudantes


algumas competências sociais e grupais. Os estudantes, tal como necessitam de aprender os
conteúdos académicos, também necessitam de aprender as competências sociais necessárias
para funcionar como parte de uma célula cooperativa.

 Avaliação do processo do trabalho da célula

Avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem e ganhou na actualidade especo


ampla nos processos de ensino. Por outro lado, necessita de preparo técnico e grande
capacidade de observação dos profissionais envolvidos no mesmo. (PERRENOUD, 1999)

 Dia 20 de Junho (segunda-feira), realização do primeiro teste, o decorreu num


ambiente calmo e os alunos puderam responder as questões possíveis.
 Dia 23 de Junho (quinta-feira) correcção e entrega da 1ª ACS, o numero total das
positivas foi maior que o numero total de negativas. Nota mínimos 2 valores e máxima
20 valores
 Dia 21 de Julho (quinta-feira), realização do teste 2.
 Período de avaliações provinciais: Solicitação do delegado da disciplina de química
para o controle das avaliações províncias.

1.4. OBSERVAÇÃO
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Pré-observação: é um momento muito significativo, visto que, o formando aprende através da


teoria as actividades que irá realizar na escola. Nessa etapa o formando começa a ganhar a
capacidade e competência de seleccionar método e metodologia que facilitam a concretização
de objectivo preconizado, de analisar e aplicar os processos didácticos – pedagógico, de
interpretar fenómenos ou conteúdos ligados ao ensino de Geografia. O formando nesta etapa
vai fazendo umas observações na escola de modo a conhecer a sua realidade e da sala.
Observação: nesta etapa, o formando passa a ter a responsabilidade de produzir o material
didáctico; o formando faz uma visualização duma forma atenciosa dos conteúdos do PEA
pautados no programa de ensino e participa na dinâmica da escola e da sala de aulas, adquire a
oportunidade de entrevistar o director, director Pedagógico em torno do número máximo dos
alunos e da organização de alguns documentos normativos ligados ao PEA que é de
importância para o curso.
Pós-observação: Esta corresponde a última fase do Estagio Pedagógico, pois o formando trás
a tona tudo por ele observado no âmbito da execução do seu trabalho e do tutor.

1.4.1.1. Distribuição

Nesta fase, houve a distribuição de classes, turmas, turnos e horários aos praticantes,
particularmente, o praticante deste relatório foi lhe concebido a seguinte alocação:

Tabela 1. Horário de Química, da 8ª Classe, turma 2.

Horas Tempo Dias Semanas


Entrada e 06h30-07h15 1º Segunda-Feira
Saída 07h20-08h05 2˚ e Quinta-Feira
Fonte: Sector pedagógico da E.S. de MTZ-2022.

Breve Historial da Escola Observada (E.S. de MTZ)

Edificada no tempo colonial, a Escola Secundaria de Montepuez era uma escola anexa da
escola oficial de Pemba e chamava-se Escola do Ciclo Preparatório para o ensino secundário
Secção de Pemba. Essa escola servia filhos dos colonos e um reduzido número de filhos de
assimilados.

Após a libertação de Moçambique do jugo colonial, conquistando se a independência, a escola


passou para a nação na companhia de tantas e dai passou a chamar se Escola Secundaria de
Montepuez.
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1.4.1.2. Localização Geográfica da Escola

A Escola Secundaria de Montepuez é uma escola pré – urbana que encontra-se num local
apropriado onde a agitação, ruído de motores e outras perturbações que possam afectar
atenção dos alunos é de forma reduzida. Esta Escola localiza-se na província de Cabo
Delgado, distrito de Montepuez, no bairro cimento próximo do bairro de Nacate, na avenida nᵒ
1 Rua dos Estudantes ao lado do Centro de Instrução Básico Militar, célula 1.

1.4.1.3. Análise do programa da classe e da Dosificação elaborada pela escola

Um dos primeiros documentos o autor do relatório que lhe foi concebido pelo tutor após a
doação da turma na qual frequentava e realizava a sua actividade docência foi a dosificação
anual (plano analítico de Química, 8ª classe) elaborada pela escola em consonância com a
Direcção provincial de educação e Desenvolvimento Humano.

Uma observação geral do plano analítico ou quinzena da 8ª classe, foi a não correspondência
das datas com as respectivas aulas dadas, pois havia um grupo que estava mais avançado que
outro e na tendência de estarem todos caminhando juntos criava uma desordem de leccionação
que obrigava-me a dosar os conteúdo acima estabelecido.

1.4.1.4. Caracterização dos Alunos

Em sua maioria, os alunos da 8 a Classe, turma 2 são constituídos por adolescentes e jovens,
dentre eles nenhum aluno carece de necessidades educativas especiais visuais. Todos eles
falam a língua portuguesa como oficial, falando-se Macua e outras línguas como primeira
língua-L1.

Quase todos alunos eram alunos a tempo inteiro, isto é, não tinham outra ocupação fora da
escola e dos trabalhos domésticos que realizavam nas suas casas. Os alunos eram provenientes
de bairros da cidade municipal de Montepuez.

Quanto a organização, a turma é constituída pelos seus dirigentes que são:

 Chefe de Turma;
 Adjunto Chefe de Turma;
 Chefe de Higiene e Saúde;

Caracterização da escola observada


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A Escola Secundaria de Montepuez é do tipo C, goza de uma alta assistência ministerial visto
que apresenta altas condições de equipamentos tais como: uma quantia aceitável de material
informático, reprografia, várias fotocopiadoras, material didáctico, entre outros.

Prosseguindo naquilo que é a intervenção da direcção, sempre acompanhou o PEA de uma


maneira construtiva e aceitável segundo as normas que regem uma determinada instituição de
ensino.

A escola é composta por quatro (4) blocos, sendo: um bloco administrativo e três blocos de
salas de aulas com um total de 19 salas de aulas. A organização física das salas nessa escola é
óptima, pois que, as instalações são de construção convencional, salas bem apetrechadas de
carteiras, secretárias, e respectivas cadeiras para professores.

O bloco administrativo é composto por: um gabinete do director, um gabinete de DAP, um


gabinete do chefe da secretaria, uma secretaria e por ultimo uma sala de professores. A Escola
possui também uma biblioteca recheada por uma gama de livros, duas cantinas, uma sala
reservada para o Ensino Aberto à Distancia e quatro casas de banhos externas sendo três
masculinas e uma feminina.

1.4.1.5. Caracterização do Professora tutora

“O professor é aquele que exerce uma actividade profissional de natureza pública (a


sociedade), uma prática partilhada que tem dimensão pessoal e colectiva implicando
autonomia e responsabilidade”. (BICUDO & SILVA, 1999).

Segundo as indicações acima, a professora Rita António Raite, é jovem com uma idade
compreendida de 34 anos, tem formação de ciências Biológicas e capacitação psicopedagógica
do nível superior, sendo falante fluentemente da língua oficial portuguesa e de nacionalidade
Moçambicana, actualmente reside no bairro de Nacate arredores da Cidade Municipal de
Montepuez de altura normal. Durante o estagio pedagógico ela teve um trabalho e/ou
acompanhamento fundamental ao nível profissional, e individual

1.4.1.6. Caracterização Física da sala de aula

De acordo com PIMENTA e LIMA (2004:156) “a sala de aulas é um espaço social de


organização do processo de ensino, é o lugar de encontro entre professores e alunos com suas
histórias de vida, das possibilidades de ensino e aprendizagem, da construção do
conhecimento partilhado”.
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“A organização de uma sala deve possuir carteiras para todos os alunos,


organizados em filas, distanciadas a meio metro. As turmas devem estar de
acordo com as idades e composta por 35 a 40 alunos para permitir boa
assimilação e acompanhamento na leccionação”. (PROENÇA, 1989).

A sala número 02 da ESM apresenta condições aceitáveis para o desenvolvimento da


actividade educativa.

Estrutura e organização das aulas

Objectivos

De acordo com PILLETI (2004) “O objectivo é a transformação das orientações estratégicas


(funções, finalidades) em resultados pré-concebidos e concreto-operacionalizados.”
No cumprimento das actividades, o Professor Estagiario, neste caso, eu fui exercendo as
funções didácticas e objectivos com base no programa de ensino e a cultura imposta aos
alunos atendendo considerando a diversidade cultural.

Conteúdos
De acordo com LIBÂNEO (2006) “conteúdo é o conjunto de conhecimentos, habilidades,
hábitos, modos valorativos e atitudes de actuação social, organizados pedagógica e
didacticamente, tendo em vista a assimilação activa e a aplicação pelos alunos na sua prática
de vida.”

Os conteúdos leccionados passaram por um processo de selecção e organização dos mesmos e


foram organizados metodologicamente e didacticamente.

Métodos
Para NERICI (1989) “método é um conjunto de caminhos percorrido para alcançar-se um
determinado fim ou objectivo.”
De acordo com os métodos usados na realização das actividades que o autor foi incumbido a
executar, fora devidamente adequados, pelo que, a partir dos mesmos foi possível alcançar os
objectivos pré-definidos inicialmente de cada actividade (caso especifico do método de
elaboração conjunta).

Meios
Os meios de ensino, também conhecidos como médios ou recursos de ensino. Estes Prologam
um papel preponderante na condução do processo de ensino-aprendizagem,
independentemente do nível escolar e da Área de conhecimento. Estes podem ser definidos
como:
Piletti (1997) define-os como componentes do ambiente da aprendizagem que
da origem a estimulação para o aluno. Materiais utilizados para a organização
e condução metódica do processo de ensino pelo professor e pelos alunos. De
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todos os recursos pedagógicos que combinados com os métodos permitem ao


professor e aos alunos alcançar objectivos da aula de uma forma metódica,
efectiva e racional.

No âmbito da realização das actividades responsabilizadas houve carência de meios que


pudessem possibilitar a melhor compreensão dos conteúdos programados, mas graças às
habilidades e competências do praticante adquiridas durante a sua formação foi possível
recompensar tais lacunas substituindo os meios convencionais com os de fáceis acessos
localmente disponíveis (caso especifico de dióxido de silício para a sílica conservante de
materiais comerciais)

Avaliação

Na óptica de PILETT, (2004) “avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é


um meio que permite verificar até que nível os objectivos estão sendo
alcançados, identificando os alunos que necessitam de atenção individual e
reformulando o trabalho com adopção de procedimentos que possibilitam
sanar as dificuldades.”
No caso da disciplina de Química 8ª classe turma 2, o praticante usou as avaliações
diagnósticas.

1.4.2. Pós-Observação

Durante as actividades de EPQ na escola integrada, verificou-se uma colaboração constante


com a direcção da escola no geral.

1.4.2.1. Planificação e Execução das Aulas

DIAS at al (2010) “O plano é um projecto, uma idealização da aula. A realização de uma aula
seja qual for a sua dimensão e perspectiva não dispensa a planificação. Este facto também é
importante em todos os outros aspectos da vida social”.

O processo de planificação das aulas foi feito pelo estagiário da 8ª classe, turma 2 em
coordenação com outros estagiários, tutor, assim como Supervisor. O processo de planificação
em grupo não só permitia uma maior colaboração e exercitação dos estudantes praticantes na
planificação das aulas, mas também o esclarecimento de dúvidas em caso de um colega ter
alguns problemas num determinado aspecto.

1.4.2.2. Aulas leccionadas e Aproveitamento pedagógica

No dia 6 de Junho (segunda feira) dei a primeira aula na turma da 8ª classe na sala 2, com o
tema símbolos químicos onde os alunos aprenderam vários símbolos químicos dos elementos e
deram as suas questões.
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No dia 9 de Junho (quinta feira), dei a segunda aula com o tema classificação dos elementos
químicos

No dia 13 de Junho (segunda-feira), dei a terceira aula com o tema Molécula e classificação
quanto ao número de átomo – dei o conceito de molécula, alguns exemplos e no final da aula
falei sobre classificação da molécula quanto ao número de átomos, onde estava presente a
tutora Rita António Raite, e no final da aula ela deu suas observações sobre o tema da aula.

No dia 15 de Junho (quinta-feira), falei sobre classificação das substâncias – onde abordei as
substâncias elementares, elementares compostas e compostas. Onde contou com a participação
da tutora que também deu suas observações.

Dia 26 de Junho (quinta-feira), dei a aula sobre fórmulas químicas, onde contou com a
participação do meu supervisor Mestre Jorge Ernesto, ele deu algumas observações sobre o
tema da aula.

No dia 30 de Junho (segunda-feira), falei da massa atómica e massa molecular.

No dia 02 de Julho (quinta-feira) – falei dos fenómenos químicos e físicos.

No dia 7 de Julho (quinta-feira), falei sobre reacções químicas, onde abordei também sobre
equação química, diferença entre reacção química e equação química, método quantitativo e
qualitativo.

No dia 11 de Julho (segunda-feira). Falei da lei da conservação da massa, lei de Lavoisier.


Acerto de equações pelo método de tentativas.

No dia 14 de Julho (quinta-feira), tipos de reacções químicas.

Dia 18 de Julho (segunda-feira), falei dos cálculos químicos (estequiometria)

Dia 21 de Julho (quinta-feira), realização do teste 2.

Dia 25 de Julho (segunda-feira), composição percentual das substâncias.

Dia 28 de Julho (quinta feira), massa molar das substâncias.

CAPITULO III

2. Dificuldades, Sugestões, Recomendações e


Conclusão

2.1. Dificuldades
A grande Dificuldade que encarei na sala de aulas a homogeneidade dos alunos e afinidade me
relacao ao estudo em grupo. Pois, vinham dumas turmas diferentes devido a pademia de
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COVID-19, que deu origem a uma grande desordem a nível educativo e isso, me deu muito
trabalho para ambientar todos e uniformizar os objectivos.

2.2. Críticas do Supervisor

Dia 26 de Junho (quinta-feira), dei a aula sobre fórmulas químicas, onde contou com a
participação do meu supervisor Mestre Jorge Ernesto, ele deu algumas observações sobre o
tema da aula.

2.3. Recomendações para Direcção da Escola

Sugiro que sempre haja esse acompanhamento dos estagiários nas salas de aulas e fora delas,
ou seja, em todas actividades currículos, porque isso da um crescimento enorme como
profissional ao estagiário alocado e também impede o relaxo dos orientadores da disciplinas
ou mesmo Tutores.

Conclusão

Chegando ao término deste trabalho de Estagio Pedagógico de Química, foi o fruto de grande
aquisição de conhecimento cientifco sobre avaliação, onde conclui-se que Avaliação é parte
integrante do processo ensino-aprendizagem e ganhou na actualidade espaço ampla nos
processos de ensino. Por outro lado, necessita de preparo técnico e grande capacidade de
observação dos profissionais envolvidos no mesmo por outro lado, necessita de preparo
técnico e grande capacidade de observação dos profissionais envolvidos no mesmo.

As técnicas e instrumentos de avaliação objectivam avaliar o desempenho académico do aluno


no que diz respeito a sua aprendizagem.
XXXVI
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Anexos
XXXVII
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Apêndices

Fonte: Autor, 2022.


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Bibliografia

1. ALARCÃO, Isabel e TAVARES, José. Supervisão da Prática Pedagógica. Uma


perspectiva de desenvolvimento e aprendizagem. 2ª ed. Coimbra, Almedina, 2003
2. BICUDO, Maria A.V. & SILVA, Celestino Alves da. Formação do Educador e Avaliação
Educacional. Unespe Editora. São Paulo.1999.
3. DEMO, Pedro. Ser Professor é Cuidar que o Aluno Aprenda. 4ª ed, Porto Alegre, Editora
Mediação, 2005.
4. DIAS, Hildizina Norberto. et all. Manual de Praticas Pedagógicas. Editora Educar;
Maputo; 2010.
5. GIL, António Carlos. Métodos e Técnicas de pesquisa social. 5 ed. Editora Atlas S.A, São
Paulo, 1999.
6. LIBÂNEO J.C. Didáctica, Cortez Editora, São Paulo, 2006.
7. MIALARET, Gaston. A Formação dos Professores. Coimbra, Livraria Almedina, 1991.
8. NÉRICI, Imídio Giuseppe. Introdução a Didáctica Geral, 6 ed., Funda da Cultura, São
Paulo, 1989.
9. PILLET, C. Curso de Didáctica Geral, 23ªed, São Paulo, editora Ética, 2004.

10. PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro L. Estágio e Docência. São Paulo,
Cortez Editora, 2004.

11. PROENÇA, M.C. Didáctica da Historia, Livros Horizontes, Lisboa, 1989.


12. Programa de Ensino de Química (PEQ) da 10ª classe. Moçambique,2010
13. UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA. Aspectos Essenciais do Regulamento Académico.
Maputo, 2009.

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