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A Experimentação

no Ensino de Química
A Experimentação e o Ensino de Química

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Débora Hespanhol Chagas

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
A Experimentação e o Ensino de Química

Fonte: Getty Images


Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• A Experimentação e o Ensino de Química;
• A Importância da Experimentação no Ensino de Química;
• Características das Atividades Investigativas
na Experimentação no Ensino de Química.

Objetivo
• Compreender a importância da experimentação no processo de ensino-aprendizagem,
considerando a compreensão de fenômenos e conceitos químicos com o desenvolvimen-
to de atividades experimentais investigativas.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
A Experimentação e o Ensino de Química

Contextualização
A prática experimental no ensino de Química deve ser utilizada no desenvolvimento
das aulas de maneira didática, permitindo que ocorra uma reflexão sobre o fenômeno
em estudo, com o objetivo de proporcionar a construção e a compreensão de conceitos
científicos, oferecendo um conjunto de elementos, argumentos, fatos que, em conjunto,
possam motivar e contribuir para a aprendizagem dos estudantes.

Figura 1
Fonte: pixabay

Para que isso ocorra, é necessário repensar a experimentação praticada nas aulas
de Química, pois se deve oferecer atividades que exijam a participação ativa dos estu-
dantes, oferecendo-lhes situações-problema que exijam raciocínio para sua resolução
junto à manipulação dos materiais, proporcionando, assim, a compreensão do traba-
lho científico.

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A Experimentação e o Ensino de Química
É importante destacar a diferenciação entre os objetivos da experimentação para a
o desenvolvimento da Ciência Química e para o ensino da Química, pois na Química o
desenvolvimento da experimentação serve para produzir conhecimento científico e tec-
nológico por meio da elaboração de teorias e no ensino de Química a preocupação deve
ser de natureza pedagógica, com foco na aprendizagem dos conceitos pelos estudantes.

Figura 2
Fonte: pixabay

A experimentação nas aulas de Química deve ter como objetivo a aprendizagem de


conceitos por meio da prática, auxiliando a compreensão da teoria, desenvolvendo a
capacidade de observação, do raciocínio e da discussão sobre os conceitos científicos
envolvidos (GALIAZZI, 2001).

Segundo Borges (2002), a experimentação pode ser empregada para ensinar técni-
cas e procedimentos de laboratório com o objetivo de facilitar a aprendizagem dos co-
nhecimentos científicos, com foco na discussão antes e depois da experimentação, para
esclarecer os objetivos sobre o estudo do fenômeno e seus resultados.

Dessa forma, é evidente a necessidade de se desenvolver atividades de experimen-


tação que contribuam para o entendimento dos processos científicos, oportunizando
aos estudantes a se envolverem em um problema, e buscarem soluções com o auxílio
do professor.

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A Experimentação e o Ensino de Química

A Importância da Experimentação
no Ensino de Química
A experimentação no processo de ensino-aprendizagem é importante quando se con-
sidera a função de auxiliar o aluno na compreensão de fenômenos e conceitos químicos.

Figura 3
Fonte: pixabay

É clara a necessidade dos alunos de se relacionarem com os fenômenos aos quais se


referem os conceitos e é por meio da experimentação que pode ocorrer a interação da
teoria e da prática.

Há necessidade de se preocupar com a configuração do experimento, pois se sua


função for somente ilustrar teorias, isso pode proporcionar a falsa ideia de que a Ciência
é uma verdade definitiva, e que não há uma problemática a ser resolvida.

Ao planejar uma atividade com a experimentação, é necessário pensar na contribui-


ção para o desenvolvimento de habilidades e competências que promovam ressignificar
o conhecimento, para que o estudante possa ter uma postura crítica diante de situações
que envolvam a compreensão da Química.

Dessa forma, para que as atividades de experimentação tornem-se significativas no


processo de ensino-aprendizagem, é necessário que devam apresentar a ação e a re-
flexão em sua execução, ou seja, é necessário que o estudante participe ativamente na
construção do conhecimento e o professor deve atuar como mediador, conduzindo as
atividades de experimentação em busca de soluções para o problema apresentado.

As funções da experimentação no ensino de Química, segundo Caamaño (2005):


• Contribuir para a evidência experimental na aprendizagem dos conceitos (função
ilustrativa dos conceitos);

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• Interpretar fenômenos e experiências a partir de modelos conceituais (função inter-
pretativa da experiência);
• Aprender o uso instrumental e técnicas básicas de laboratório (função da aprendi-
zagem de métodos e técnicas de laboratório);
• Desenvolver métodos para resolver perguntas teóricas em relação à construção de
modelos (função investigativa relacionada com a resolução de problemas teóricos e
construção de modelos);
• Desenvolver e aplicar métodos para resolver questões do tipo prático contextualiza-
das em âmbitos da Química cotidiana e da Química aplicada (função investigativa
com resolução de problemas práticos).

No ensino tradicional, a experimentação segue passos definidos pelo professor, a fim


de se alcançar um resultado esperado, já na experimentação investigativa, os estudantes
participam do planejamento do experimento para explorar o fenômeno, com o objetivo
de desenvolver a compreensão da estrutura do experimento, a habilidade de relatar o
que foi feito, como a coleta e a interpretação medidas, adquirindo o conhecimento do
conceito por meio do raciocínio lógico-dedutivo.

A experimentação demonstrativa também pode apresentar característica investigativa,


desde que se inicie com um problema, com questões que estimulem a participação
dos estudantes.

Há grande possibilidade de a experimentação alcançar o desenvolvimento conceitual


pelos estudantes, desde que na realização da prática se desenvolvam a capacidade de
resolver problemas e tomar decisões.

Para que isso ocorra, é necessário oferecer estímulos adequados aos estudantes, po-
dendo seguir passos de Hodson (1994):
• Identificar ideias e concepções dos estudantes;
• Elaborar experiências para tais ideias e concepções;
• Oferecer estímulos para que desenvolvam e possivelmente modifiquem suas ideias
e concepções;
• Apoiar as tentativas de repensar e reelaborar estas ideias e concepções.

A experimentação no ensino de Ciências deve proporcionar aprender sobre a Ci-


ência, ou seja, ter uma visão crítica sobre a origem da Ciência, aprender Ciência com
uma abordagem orientada pela descoberta a fazer Ciência, que é o trabalho com a
experimentação, investigando os fenômenos e desenvolvendo habilidades para tornar o
estudante um pensador crítico e criativo (HODSON, 1998).

SOUZA, A. C.; BROIETTI, F. C. D. Planejamento de aulas experimentais de química: um


estudo na formação inicial. v. 23, n. 3, p. 187-210. Porto Alegre: Investigações em Ensino de
Ciências, 2018.

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A Experimentação e o Ensino de Química

Características das Atividades Investigativas


na Experimentação no Ensino de Química
A experimentação investigativa consiste na exploração de fenômenos, por meio da
participação ativa dos estudantes na construção do conhecimento (BORGES, 2002).

Figura 4
Fonte: pixabay

As características de uma atividade investigativa relacionadas a abordagem científica,


segundo Gil-Pérez e Valdês Castro (1996), são as seguintes:
• Apresentar situações problemáticas abertas, com um nível de dificuldade adequado,
para que os alunos possam tomar decisões;
• Favorecer a reflexão dos estudantes sobre a relevância e o possível interesse pelas
situações propostas e, principalmente, que faça sentido seu estudo;
• Potencializar análises qualitativas, que ajudem a compreender as situações planeja-
das e elaborar hipóteses sobre o problema que se busca resolver;
• Considerar a elaboração de hipóteses como o aspecto central da investigação cien-
tífica e, por meio desse processo, orientar o tratamento das situações e levantar as
concepções prévias dos estudantes;
• Considerar a importância da elaboração e do planejamento da atividade experi-
mental pelos próprios alunos;
• Considerar a análise dos resultados à luz do corpo de conhecimentos disponíveis,
das hipóteses elaboradas e dos resultados dos estudantes;
• Considerar as inter-relações existentes entre Ciência, Tecnologia e Sociedade (e
Ambiente) no estudo realizado, como exemplo, possíveis aplicações e repercus-
sões negativas;

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• Pedir um esforço de integração, que considere a contribuição do estudo realizado
para a construção de um corpo coerente de conhecimentos;
• Conceder importância especial à elaboração de memórias científicas que reflitam o
trabalho realizado para, dessa forma, poder destacar o papel da comunicação e do
debate da atividade científica;
• Potencializar a dimensão coletiva do trabalho científico, organizando grupos que
interagem entre si, representando a comunidade científica.

Segundo Hofstein e Lunneta (2003), as vantagens da experimentação investigativa


em relação à experimentação tradicional são:
• Argumentação e uso de justificativas científicas;
• Mudança atitudinal;
• Interação social entre os estudantes;
• Aumento de interesse pela Ciência;
• Condições para aprendizagem de conceitos científicos;
• Desenvolvimento da investigação científica.

Na experimentação com abordagem tradicional, os estudantes seguem um roteiro


predefinido e realizam o procedimento seguindo esse roteiro, com o objetivo de com-
provar teorias e leis existentes.

Já na experimentação investigativa, existem variados graus de abertura, no qual os


estudantes podem propor um problema a ser investigado, elaboram os procedimentos e
as formas de coleta e interpretação de dados, podem concluir e interpretar os resultados
com o objetivo de explorar os fenômenos.

Relações entre a experimentação com abordagem tradicional e a experimentação


com abordagem investigativa, segundo Borges (2002):

Tabela 1
Aspecto Tradicional Investigativo
Liberdade total no
Roteiro predefinido e
Grau de abertura planejamento com variado
restrito grau de abertura
grau de abertura
Objetivo Comprovar leis Explorar fenômenos
Compromisso Responsabilidade na
Atitudinal do estudante
com o resultado investigação
Fonte: BORGES, 2002

Vejamos, a seguir, algumas possibilidades de se trabalhar com a experimentação


investigativa, segundo Azevedo (2004):
• Demonstração investigativa: é apresentado um problema aos estudantes. Eles de-
senvolvem o experimento, realizam reflexões sobre esse experimento, elaborando
hipóteses para a explicação do fenômeno estudado;

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A Experimentação e o Ensino de Química

• Laboratório aberto: possui seis momentos distintos, parte da proposta do proble-


ma, do levantamento de hipóteses, da elaboração do plano de trabalho, da monta-
gem e do arranjo experimental, realiza-se a coleta de dados, a análise dos dados e
a conclusão;
• Questões abertas: são propostas questões sobre fatos relacionados ao cotidiano
dos estudantes e que tenham ligação a conceitos trabalhados em aulas anteriores;
• Problemas abertos: são situações gerais apresentadas a grupos de estudantes que
discutem as possíveis soluções para a resolução dos problemas.

Sendo assim, o processo de ensino e aprendizagem utilizando a experimentação


investigativa parte dos conhecimentos prévios dos estudantes que, a partir do desenvol-
vimento dessa prática, aprendem a relacionar suas concepções prévias com os novos
conhecimentos adquiridos, isso, segundo Ausubel et al., é aprendizagem significativa: “A
essência do processo de aprendizagem significativa é que as ideias expressas simbolica-
mente são relacionadas as informações previamente adquiridas através de uma relação
não arbitrária e substantiva” (AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN, 1980).

Assim, a experimentação não se resume à coleta de dados e a manusear os mate-


riais. Essa atividade deve ser planejada para que o estudante reflita sobre suas ações
e explicações.

Zompero e Laburu (2010) apontam argumentos que estabelecem a relação entre as


atividades investigativas e a aprendizagem significativa:
• A existência de um problema a se investigar;
• A emissão de hipóteses pelos alunos;
• A percepção das evidências;
• O engajamento dos estudantes;
• Conclusão e divulgação dos resultados obtidos.

O estudante é um agente participativo na construção do processo do conhecimento, e


o professor é o mediador nesse processo, o que caracteriza uma perspectiva construtivista.

Segundo Moraes (2005), para uma prática construtivista, é preciso que o professor
adote algumas atitudes, tais como:
• Atitude pesquisadora: o professor é um pesquisador de sua prática docente, agin-
do de forma a conhecer cada vez mais seu aluno e desafiá-lo em direção a um
conhecimento que ainda não domina;
• Atitude questionadora: ser capaz de mediar a construção de um conhecimento
novo com um já existente, fazendo essa mediação a partir do diálogo, em que o
aluno é constantemente solicitado a participar e refletir;
• Flexibilidade: não se trata de um processo sem direcionamento, mas uma forma
do professor adaptar-se às necessidades dos alunos e às circunstâncias da apren-
dizagem, afastando-se de procedimentos excessivamente rígidos e pré-planejados.

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Zanon e Freitas (2007) explicam que, na prática com enfoque investigativo, o profes-
sor desperta o interesse dos estudantes a partir de uma questão problematizadora, que
exige a elaboração de hipóteses para respondê-la, desenvolvendo, assim, a capacidade
de refletir sobre os fenômenos estudados, utilizando a criatividade, os conhecimentos
teóricos, os dados empíricos e o raciocínio lógico.

A experimentação com caráter investigativo, contribui para o desenvolvimento cog-


nitivo dos estudantes.

Segundo Zoller (2002), serão alcançados os objetivos desejados para o processo de


ensino e aprendizagem conforme houver melhora no alcance do desenvolvimento das
habilidades cognitivas dos estudantes.

Quais seriam as habilidades fundamentais a serem desenvolvidas em uma prática experi-


mental investigativa no ensino de Química?

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A Experimentação e o Ensino de Química

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Planejamento de aulas experimentais de química: um estudo na formação inicial
SOUZA, A. C.; BROIETTI, F. C. D. Planejamento de aulas experimentais de quími-
ca: um estudo na formação inicial. v. 23, n. 3, p. 187-210. Porto Alegre: Investigações
em Ensino de Ciências, 2018.

Atividades investigativas na formação de professores de ciências: uma aula de campo na For-


mação Barreiras de Marataízes
SILVA, M. S.; CAMPOS, C. R. P. Atividades investigativas na formação de professo-
res de ciências: uma aula de campo na Formação Barreiras de Marataízes. v. 23,
n. 3, p. 775-793. Bauru: Ciência & Educação, 2017.

Vídeos
Experimento sobre como podemos evitar e acelerar o processo de oxidação do ferro
https://youtu.be/ymvgZnb77wA
Experimento: Você conhece a produção de carvão vegetal?
https://youtu.be/-dB8er6NkWo

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Referências
AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Tradução
de Eva Nick. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

AZEVEDO, M. C. P. S. Ensino por investigação: problematizando as atividades em sala


de aula. In: CARVALHO A. M. P. (org.). Ensino de Ciências – Unindo a pesquisa e a
prática. São Paulo: Thomson, 2004.

BORGES, A.T. Novos Rumos para o laboratório escolar de Ciências. Caderno Brasileiro
de Ensino de Física, Florianópolis, v. 19, n. 3, p. 291-313, 2002.

CAAMAÑO, A. Trabajos prácticos investigativos em química em relación com el modelo


atômico-molecular de la matéria planificados mediante um diálogo estructurado entre
professor y estudiantes. Educación Química, México, v. 16, n. 1, p. 10-19, 2005.

GALIAZZI, M. C. et. al. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a


pesquisa coletiva como modo de formação de professores de Ciências. Ciência &
Educação, Bauru, v. 7, n. 2, p. 249-263, 2001.

GIL-PÉREZ, D.; VALDÉS CASTRO, P. La orientación de las prácticas de laboratório


com investigación: Um ejemplo ilustrativo. Enseñanza de Las Ciencias, Vigo, v. 14,
n. 2, p. 155-163, 1996.

HODSON, D. Experimentos na Ciência e no Ensino de Ciências. Tradução de Paulo


A. Porto. Educacional Philosophy and Theory, Londres, n. 20, p. 53-66, 1988.

HOFSTEIN, A. P.; LUNETTA, V. The laboratory Science education: Foundation for


the twenty-first century. Science Education, Suíça, v. 88, p. 28-54, 2003.

MORAES, R. Mergulhos discursivos: análise textual qualitativa entendida como


processo integrado de aprender, comunicar e interferir em discursos. In: GALIAZZI,
M. C.; FREITAS, J. V. (org). Metodologias emergentes de pesquisa em educação
ambiental. Ijuí: Unijuí, 2005. p. 86-114.

ZANON, L. B.; SILVA, L. H. A Experimentação no Ensino de Ciências. In:


SCHNETZLER, R. P.; ARAGÃO, R. M. R. (org.) Ensino de Ciências: fundamentos e
abordagens. Campinas: CAPES/UNIMEP, 2000. p. 120-153.

ZOLLER, U.; DORI, Y.; LUBEZKY, A. Algorithmic and LOCS and HOCS (Chemistry)
Exam Questions: Performance and Attitudes of College Students. Internacional
Journal of Science Education. Londres, v. 24, n. 2, p. 185-203. 2002.

ZOMPERO, A. F.; LABURU, C. E. As relações entre aprendizagem significativa


e representações multimodais. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo
Horizonte, v.12, n. 3, p. 31-40, 2010.

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