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no Ensino de Química
A Experimentação e o Ensino de Química
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
A Experimentação e o Ensino de Química
Objetivo
• Compreender a importância da experimentação no processo de ensino-aprendizagem,
considerando a compreensão de fenômenos e conceitos químicos com o desenvolvimen-
to de atividades experimentais investigativas.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
A Experimentação e o Ensino de Química
Contextualização
A prática experimental no ensino de Química deve ser utilizada no desenvolvimento
das aulas de maneira didática, permitindo que ocorra uma reflexão sobre o fenômeno
em estudo, com o objetivo de proporcionar a construção e a compreensão de conceitos
científicos, oferecendo um conjunto de elementos, argumentos, fatos que, em conjunto,
possam motivar e contribuir para a aprendizagem dos estudantes.
Figura 1
Fonte: pixabay
Para que isso ocorra, é necessário repensar a experimentação praticada nas aulas
de Química, pois se deve oferecer atividades que exijam a participação ativa dos estu-
dantes, oferecendo-lhes situações-problema que exijam raciocínio para sua resolução
junto à manipulação dos materiais, proporcionando, assim, a compreensão do traba-
lho científico.
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A Experimentação e o Ensino de Química
É importante destacar a diferenciação entre os objetivos da experimentação para a
o desenvolvimento da Ciência Química e para o ensino da Química, pois na Química o
desenvolvimento da experimentação serve para produzir conhecimento científico e tec-
nológico por meio da elaboração de teorias e no ensino de Química a preocupação deve
ser de natureza pedagógica, com foco na aprendizagem dos conceitos pelos estudantes.
Figura 2
Fonte: pixabay
Segundo Borges (2002), a experimentação pode ser empregada para ensinar técni-
cas e procedimentos de laboratório com o objetivo de facilitar a aprendizagem dos co-
nhecimentos científicos, com foco na discussão antes e depois da experimentação, para
esclarecer os objetivos sobre o estudo do fenômeno e seus resultados.
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A Experimentação e o Ensino de Química
A Importância da Experimentação
no Ensino de Química
A experimentação no processo de ensino-aprendizagem é importante quando se con-
sidera a função de auxiliar o aluno na compreensão de fenômenos e conceitos químicos.
Figura 3
Fonte: pixabay
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• Interpretar fenômenos e experiências a partir de modelos conceituais (função inter-
pretativa da experiência);
• Aprender o uso instrumental e técnicas básicas de laboratório (função da aprendi-
zagem de métodos e técnicas de laboratório);
• Desenvolver métodos para resolver perguntas teóricas em relação à construção de
modelos (função investigativa relacionada com a resolução de problemas teóricos e
construção de modelos);
• Desenvolver e aplicar métodos para resolver questões do tipo prático contextualiza-
das em âmbitos da Química cotidiana e da Química aplicada (função investigativa
com resolução de problemas práticos).
Para que isso ocorra, é necessário oferecer estímulos adequados aos estudantes, po-
dendo seguir passos de Hodson (1994):
• Identificar ideias e concepções dos estudantes;
• Elaborar experiências para tais ideias e concepções;
• Oferecer estímulos para que desenvolvam e possivelmente modifiquem suas ideias
e concepções;
• Apoiar as tentativas de repensar e reelaborar estas ideias e concepções.
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A Experimentação e o Ensino de Química
Figura 4
Fonte: pixabay
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• Pedir um esforço de integração, que considere a contribuição do estudo realizado
para a construção de um corpo coerente de conhecimentos;
• Conceder importância especial à elaboração de memórias científicas que reflitam o
trabalho realizado para, dessa forma, poder destacar o papel da comunicação e do
debate da atividade científica;
• Potencializar a dimensão coletiva do trabalho científico, organizando grupos que
interagem entre si, representando a comunidade científica.
Tabela 1
Aspecto Tradicional Investigativo
Liberdade total no
Roteiro predefinido e
Grau de abertura planejamento com variado
restrito grau de abertura
grau de abertura
Objetivo Comprovar leis Explorar fenômenos
Compromisso Responsabilidade na
Atitudinal do estudante
com o resultado investigação
Fonte: BORGES, 2002
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A Experimentação e o Ensino de Química
Segundo Moraes (2005), para uma prática construtivista, é preciso que o professor
adote algumas atitudes, tais como:
• Atitude pesquisadora: o professor é um pesquisador de sua prática docente, agin-
do de forma a conhecer cada vez mais seu aluno e desafiá-lo em direção a um
conhecimento que ainda não domina;
• Atitude questionadora: ser capaz de mediar a construção de um conhecimento
novo com um já existente, fazendo essa mediação a partir do diálogo, em que o
aluno é constantemente solicitado a participar e refletir;
• Flexibilidade: não se trata de um processo sem direcionamento, mas uma forma
do professor adaptar-se às necessidades dos alunos e às circunstâncias da apren-
dizagem, afastando-se de procedimentos excessivamente rígidos e pré-planejados.
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Zanon e Freitas (2007) explicam que, na prática com enfoque investigativo, o profes-
sor desperta o interesse dos estudantes a partir de uma questão problematizadora, que
exige a elaboração de hipóteses para respondê-la, desenvolvendo, assim, a capacidade
de refletir sobre os fenômenos estudados, utilizando a criatividade, os conhecimentos
teóricos, os dados empíricos e o raciocínio lógico.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Planejamento de aulas experimentais de química: um estudo na formação inicial
SOUZA, A. C.; BROIETTI, F. C. D. Planejamento de aulas experimentais de quími-
ca: um estudo na formação inicial. v. 23, n. 3, p. 187-210. Porto Alegre: Investigações
em Ensino de Ciências, 2018.
Vídeos
Experimento sobre como podemos evitar e acelerar o processo de oxidação do ferro
https://youtu.be/ymvgZnb77wA
Experimento: Você conhece a produção de carvão vegetal?
https://youtu.be/-dB8er6NkWo
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Referências
AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Tradução
de Eva Nick. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
BORGES, A.T. Novos Rumos para o laboratório escolar de Ciências. Caderno Brasileiro
de Ensino de Física, Florianópolis, v. 19, n. 3, p. 291-313, 2002.
ZOLLER, U.; DORI, Y.; LUBEZKY, A. Algorithmic and LOCS and HOCS (Chemistry)
Exam Questions: Performance and Attitudes of College Students. Internacional
Journal of Science Education. Londres, v. 24, n. 2, p. 185-203. 2002.
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