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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DISPERSÃO E RIQUEZA DE EUGLOSSINA (HYMENOPTERA;


APIDAE) EM MANCHAS FLORESTAIS EM ÁREA DE RESTINGA
NA APA DO PRATIGI-BA

Rafael Falcão da Silva Rios


Bacharelando

Monografia apresentada como


parte dos requisitos necessários
para a obtenção do título de
Bacharel em Ciências Biológicas
da Universidade Estadual de Feira
de Santana-BA.

Dr. Willian Moura de Aguiar


Orientador

Feira de Santana, 2013


Sumário

1- Introdução ............................................................................................. 00
1.1- Euglossina ............................................................................ 00
1.2- Mata Atlântica ....................................................................... 00

2- Objetivos ............................................................................................... 00

3- Matérias e Métodos .............................................................................. 00


3.1- Área de Estudo ..................................................................... 00
3.2- Coletas .................................................................................. 00
3.3- Análise de Dados .................................................................. 00

4- Resultados ............................................................................................ 00

5- Discussão e Conclusão ......................................................................... 00

6- Referências Bibliográficas .................................................................... 00


Lista de Tabelas

Tabela 1: Coordenadas geográficas da localização onde foram realizadas as


coletas ativas e passivas das abelhas Euglossina os indivíduos nas manchas
florestais em áreas de restinga na Apa do Pratigi-BA, destinados ao estudo de
dispersão ......................................................................................................... 00

Tabela 2: Indivíduos marcados e recapturados, bem como cores utilizadas para


marcação, durante coleta ativa para verificação da sua dispersão ................. 00

Tabela 3: Dados de composição, abundancia, riqueza, diversidade e


dominância para abelhas coletas de forma passiva em manchas florestais de
área de restinga da APA do Pratigi .................................................................. 00
Lista de Figuras

Figura 1: Mapa demonstrando o nível de degradação da Mata Atlântica no


Brasil, mostrando os remanescentes florestais
(fonte)................................................ 00

Figura 2: Áreas da APA do Pratigi –BA, que caracterizam as regiões nomeadas


como Ecopolos
(fonte)................................................................................................ 00

Figura 3: Mapa da área da APA do Pratigi, Baixo Sul da Bahia, sendo


identificadas as cidades que ficam no inseridas na região da mesma
.......................................................................................................................... 00

Figura 4: Modelo de armadilha utilizada na coleta passiva utilizada nos estudos


de dispersão e riqueza para as manchas florestais de área de restinga da APA
do Pratigi .......................................................................................................... 00

Figura 5: Mapa de dispersão de Euglossa cordata recapturada em área de


restinga na APA do Pratigi-BA ......................................................................... 00

Figura 6: Simulação de dispersão Euglossina cordata, levando em


consideração os dados adquiridos no estudo, entre as manchas florestais na
área de restinga da APA do Pratigi-
BA .........................................................................................................................
. 00
1- INTRODUÇÃO

1.1- EUGLOSSINA

As abelhas da subtribo Euglossina (sensu SILVEIRA et al. 2002),


conhecidas também como “abelhas de orquídeas” ou “abelhas douradas”, são
amplamente distribuídas continentalmente na América tropical (DRESSLER,
1982), entre os paralelos 29ºN e 32ºS (BÚRQUEZ 1997). De acordo com
Moure (1967), as Euglossina são abelhas neotropicais que, em sua maioria,
são encontradas em regiões equatoriais húmidas e quentes. Segundo Dressler
(1982), essas abelhas estão virtualmente limitadas às terras continentais da
América Tropical, sendo apenas uma espécie conhecida nas Antilhas, e
algumas poucas espécies vistas em ilhas próximas ao continente. Essas
abelhas chamam a atenção por serem polinizadoras de grande diversidade de
famílias botânicas, sendo considerados polinizadores chave em florestas
subtropicais e tropicas da América Central e do Sul (ROUBIK & HANSON,
2004).
Outro fato amplamente conhecido para as abelhas Euglosina, é que
depois de formada uma rota de alimentação, essas abelhas tem capacidade de
forragear por longas distâncias, obedecendo uma rota de forrageio e
retornando para área reprodutiva, de uma distância de até 23 km (JANZEN,
1971). Portanto, essas abelhas são capazes de voar longas distâncias,
podendo cruzar longas distâncias de terreno aberto, inclusive sobre corpos
d’água (DRESSLER 1968, JANZEN 1971).
De acordo com Wilkeski et al. (2010), o movimento de longa distância
dessas abelhas, é significativamente impactado pela quantidade de calor que
elas suportam. Ainda segundo Wilkeski (op. cit.), a velocidade média de voo
das Euglossina é de 9.5 m/min, com duração média de 193 minutos, sendo as
duas maiores trajetórias de 1.2 km e 1.9km, sendo também documentada a
capacidade de movimentação através de áreas inóspitas, dando suporte a ideia
de que as abelhas de orquídeas são polinizadores chave de uma grande
variedade botânica, incluindo as que requerem dispersão por longas distâncias.
Portanto, áreas abertas não impediriam o movimento das Euglossinas, entre
fragmentos de mata, mesmo partindo ou chegando de pequenos fragmentos
florestais (TONHASCA et al, 2003).
Porém, ainda não é sabido como a fragmentação pode, efetivamente,
afetar a dispersão de Euglossina, uma vez que o isolamento por fragmentação
demonstra afetar negativamente a dispersão de várias espécies do grupo
(MILLET-PINHEIRO & SCHLINDWEIN, 2005, AGUIAR & GAGLIANONE, em
preparação). E segundo Malo (2001), com a fragmentação dos habitats, há
mudanças nas condições do microclima, bem como uma mudança na
composição e estrutura das comunidades.
No Brasil, a fauna de Euglossina é conhecida, ao menos parcialmente,
para os biomas da Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Na região
amazônica é registrado maior riqueza dessas abelhas, cerca de 100 espécies
(RAMÍREZ et al, 2002), para o Cerrado são registradas 29 espécies (REBÊLO
& SILVA, 1999), na Caatinga 16 espécies (REBÊLO & SILVA, 1999) e para
Mata Atlântica são conhecidas cerca de 57 espécies (NEMÉSIO & SILVEIRA,
2007).
Estudos pontuais tem revelado essa maior riqueza para região
amazônica. Oliveira & Campos (1995), para a região central da Amazônia,
encontraram 47 espécies de Euglossina, sendo as mais abundantes Euglossa
stilbonata Dressler, E. chalybeata Friese, E. augaspis Dressler, E. avicula
Dressler e E. crassipunctata Moure, numa área de 36000 hectares, onde foram
considerados florestas continuas, fragmentos de florestas e áreas desmatadas.
Em áreas de transição entre Mata Atlântica e Cerrado, de acordo com Pires et
al. (2013), na região conhecida como Mata do Baú-MG, numa área privada de
400 hectares, foram coletadas 15 espécies de quatro gêneros de Euglossina,
sendo a espécie mais abundante Eulaema nigrita Lepeletier, seguida por
Euglossa truncata Rebêlo & Moure. Na Mata Atlântica tem sido registrada
riquezas que variam de 11 a 29 espécies (AGUIAR & GAGLIANONE 2008,
2011, 2012; NEMÉSIO 2013).
Por sua vez, segundo Peruquetti et al. (1999), para áreas de Mata Atlântica,
no Parque Estadual do Rio Doce-MG, que com uma área aproximada de 36000
hectares, foram registradas 15 espécies, sendo a mais abundante Eulaema
cingulata (Fabricius).
Quanto à dispersão das abelhas Euglossina, os dados que indicam a
capacidade de dispersar entre fragmentos florestais são registrados para
espécies comuns, amplamente abundantes e indicadas como espécies
tolerantes a ambientes alterados e/ou perturbados como Eulaema nigrita, E.
cingulata, e Euglossa cordata (Linnaeus) (TONHASCA et al. 2003, RAMALHO
2006, AGUIAR, W. M. Informação pessoal).
Estudos , contudo dados decom Euglossina em áreas de matrizes de cana-
de-açúcar, eucalipto e pastagem indicam que mais de 50% das espécies desse
grupo não conseguem transpor as barreiras impostas pelas matrizes (MILLET-
PINHEIRO & SCHLIDWEIN 2005, AGUIAR & GAGLIANONE, em preparação),
por tanto conhecer aspectos sobre a dispersão das espécies de Euglossina são
extremamente importantes para conservação desses importantes
polinizadores, uma vez que conhecido o raio de dispersão dessas abelhas é
possível estimar a conectividade funcional e estrutural dos fragmentos
florestais, o que serve como base para estratégias para implementação de
corredores ecológicos para suprimento de serviços ecossistêmicos, como a
polinização..

1.2- MATA ATLÂNTICA

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2013), a Mata Atlântica é


constituída por um conjunto de formações florestais e ecossistemas associados
como as restingas, manguezais e campos de altitude, que se estendiam
originalmente por aproximadamente 1.300.000 km² em 17 estados do território
brasileiro. Porém, ainda segundo o MMA (2013), os remanescentes de
vegetação nativa, da Mata Atlântica, estão reduzidos a cerca de 22% da sua
cobertura original e com diferentes estágios de regeneração. Sendo que
apenas 7% da área original possuem uma área acima de 100 hectares (Figura
1).
O processo de fragmentação da Mata Atlântica vem desde os tempos
da colonização portuguesa, com a extração do pau-brasil, com os ciclos
econômicos da cana-de-açúcar e do café. Há ainda a exploração madeireira de
espécies vegetais, que também fragmentam a Mata Atlântica. Portanto depois
de tantos anos de desmatamento na Mata Atlântica, restam apenas alguns
pequenos fragmentos, em propriedades privadas (FONSECA 1985, JORGE &
GARCIA 1997).
Um importante fato para fragmentação é também a urbanização em
domínio de Mata Atlântica, onde atualmente, aproximadamente, 61% da
população brasileira residem, o que com base no senso do IBGE de 2010,
significa 112 milhões de habitantes em áreas de Mata Atlântica, em 3.284
municípios (www.sosma.org.br, 2013).

Figura 1: Mapa demonstrando o nível de degradação da Mata Atlântica no Brasil,


mostrando os remanescentes florestais (Fonte: http://mapas.sosma.org.br)

Segundo Zaú (1998), a fragmentação da Mata Atlântica, torna cada vez


mais difícil a conversação da rica biodiversidade deste bioma. As modificações
dos habitats conferiram a estas áreas, diferentes níveis de subdivisões dos
fragmentos, disposição destes no espaço, forma, graus de isolamento,
conectividade e tipos de entorno (SAUNDERS et al. 1991). A Mata Atlântica se
encontra subdividida em pequenos fragmentos e sua estrutura interfere na
dinâmica dos fluxos biológicos, alterando o equilíbrio dinâmico, as taxas de
crescimento e perda populacional, e as possibilidades de fluxo populacional,
influenciando diretamente a composição e diversidade (ALMEIDA et al, 2010).
É publicamente sabido, que existem formações que se assemelham a
fragmentos, porem são classificadas como manchas de florestas. Tais
manchas, ao contrário de fragmentos, são de origem natural oriundo do
crescimento florestal e dispersão de sementes, enquanto o termo fragmento
está amplamente relacionado a distúrbios na mata, que acabam por criar
pequenas parcelas da mesma, e são assim o que pode ser chamado de
fragmentos. Manchas também podem ser definidas como uma superfície linear,
que possui uma aparência diferente, quando comparado vizinhança local.
Podendo ser de diferentes origens como manchas efêmeras, que são
concentrações sazonais de espécies vegetais, até manchas de perturbação
que tem como origem da perturbação: queimadas, deslizamentos (TURNER &
GARDNER, 1991 apud CASIMIRO, 2000).
Segundo a Organização de Conservação da Terra (OCT, 2013), a APA
do Pratigi possui grandes remanescentes florestais, que possuem elevado
valor de conservação, que mesmo contando com importantes áreas florestais,
os fragmentos encontram-se sobre forte ameaça de degradação. A grande
diversidade das espécies de aves, mamíferos, répteis, anfíbios e de
invertebrados, contrastando com a alta pressão antrópica, justificam a inserção
da APA do Pratigi entre as áreas de maior prioridade para a conservação da
biodiversidade do Corredor Central da Mata Atlântica (OCT, 2013). Ainda
segundo a OCT (2013) a região da APA é dividida em três ecopolos: I, II e III
(Figura 2). Sendo o Ecopolo I caracterizado por cordilheiras, que é o berço das
águas da região, sendo a região das terras altas da Serra da Papuã. Já o
Ecopolo II é caracterizado por vales, que são férteis e produtivos, sendo a
paisagem composta por sistemas agroflorestais e significativas áreas florestais
ainda conservadas, que permitem a existência de corredores ecológicos. Por
fim o Ecopolo III, que é caracterizado por uma região estuarina, ali se encontra
um dos mais extensos remanescentes florestais contínuos do estado,
predominando restingas e manguezais.
O Ecopolo usado para este trabalho foi o Ecopolo III, nas proximidades
da comunidade quilombola do Jatimane. Segundo a OCT (2013), tal Ecopolo
pode ser caracterizado, além do já relatado anteriormente, por possuir 15300
hectares de matas contínuas essas em diferentes estágios sucessionais. Como
relatado predominam estuários com restingas e mangues, perto da planície
costeira local. E é exatamente na zona transicional entre a floresta ombrófila
para o manguezal, que vivem comunidades tradicionais, como os quilombolas,
logo nosso trabalho foi realizada na mata de restinga presente nessa zona
transicional citada.

Figura 2: Áreas da APA do Pratigi –BA, que caracterizam as regiões nomeadas como
Ecopolos (Fonte: htt://www.oct.org.br/wp/onde-trabalhamos)

2- OBJETIVOS
Este estudo teve como objetivo analisar a dispersão de Euglossina entre
manchas de florestais em área de restinga na APA do Pratigi, Baixo Sul da
Bahia e identificar a composição e riqueza asde espécies desse grupo decom
ocorrência no local., bem como mensurar a riqueza de Euglossina nessas
áreas.

3- MATERIAIS E METODOS

3.1- ÁREA DE ESTUDO

Este estudo foi realizado na APA do Pratigi, localizada no Baixo Sul da


Bahia (Figura 3). A Área de Proteção Ambiental (APA) foi criada através do
Decreto Estadual nº7.272 de abril de 1998, com área de 48.762 hectares e
abrangendo os municípios de Nilo Peçanha e Ituberá, sendo delimitado a norte
pelo rio dos Patos, a sul pelo canal de Pinaré da Bacia de Camamu, a leste
pelo Oceano Atlântico e Oeste pela BA-001. Em outubro de 2001 foi
adicionado, através do Decreto Estadual nº 8.036, cerca de 36.940 hectares,
com isso passou a ter uma área total de 85.686, englobando dessa vez os
municípios Nilo Peçanha, Ituberá, Igrapiúna, Piraí do Norte e Ibirapitanga.
(INEMA, 2004).
A área está inserida em Zona de Clima Tropical com elevadas
temperaturas e pluviosidade, influenciados pela localização litorânea e maiores
altitude a oeste da Apa. Está dividida em duas faixas climáticas que se
distribuem paralelamente, Tropical chuvoso de floresta (Af) e Tropical de
monção (Am) segundo a classificação de Köppen.
Quanto às características climatológicas, a área do Território possui
temperatura média de 25,0°C com máxima em 31,1°C e mínima de 21,5°C. O
índice pluviométrico do litoral no ano mais seco chega a 1.901 mm e no ano
mais chuvoso 3.222 mm mensais. A precipitação média anual é superior a
2.400 mm com período chuvoso correspondente aos meses de maio a junho e
outubro a dezembro, não há mês seco pronunciado, entretanto o mês de
setembro apresenta o índice pluviométrico mais baixo do ano (SEI, 1999;
BAHIA, 1996; AGIRÁS 2009).
Figura 3: Mapa da área da APA do Pratigi, Baixo Sul da Bahia, sendo identificadas as
cidades que ficam no inseridas na região da mesma. (Fonte: htt://www.oct.org.br/wp/onde-
trabalhamos)

3.2- COLETAS

3.2.1- Dispersão das abelhas Euglossina

Para verificar a dispersão das abelhas Euglossina entre as manchas


florestais na Apa do Pratigi, Baixo Sul da Bahia procedeu-se o método de
captura-marcação-recaptura das abelhas em manchas de Mata Atlântica em
área de restinga na APA do Pratigi, nas proximidades da comunidade do
Jatimane, onde se estabeleceu três manchas para coleta, tanto de forma ativa
quanto de forma passiva, esses pontos foram nomeados: Mancha 1, Mancha 2,
Mancha 3 (Tabela 1).
Para as coletas feitas de forma ativa, foram utilizadas redes
entomológicas, para captura das Euglossina, e iscas aromáticas (algodão com
fragrância) para atração das mesmas. Para as coletas realizadas de forma
passiva foram acomodadas armadilhas, essas foram feitas a partir de garrafas
pets, com uma isca aromática no seu interior, e contando com um conjunto de
três cones, feitos a partir de gargalos de garrafas pets, que distam 120º um dos
outros e que possibilitem a entrada das abelhas, poréem evitando que as
mesmas saiam como sugeremidas por Aguiar & Gaglianone (2008). (Figura 4).

Figura 4: Modelo de armadilha passiva utilizada nos estudos de dispersão e riqueza


para as manchas florestais de área de restinga da APA do Pratigi

Para cada uma dessas manchas selecionadas foram estabelecidos três


pontos para coleta do tipo passiva, e um quarto ponto destinado à coleta ativa.
As coordenadas geográficas dos pontos amostrados foram anotadas, com
auxílio de um GPS, (Tabela 1).
Tabela 1 – Coordenadas geográficas da localização onde foram realizadas as coletas ativas e
passivas dos indivíduos nas manchas, destinados ao estudo de dispersão

Manchas Ativa Passiva 1 Passiva 2 Passiva 3

13⁰42'12.3"S 13⁰42'14,4"S 13⁰42'12.2"S 13⁰42'10.3"S


1
39⁰01'04.6"W 39⁰01'07.3W 39⁰01'06"W 39⁰01'06.6"W

13⁰43'06.5"S 13⁰42'54.8"S 13⁰42'57.6"S 13⁰43'02.3"S


2
39⁰01'15.4"W 39⁰01'12"W 39⁰01'14.2"W 39⁰01'14.8"W

13⁰42'44"S 13⁰42'27"S 13⁰42'26.5"S 13⁰42'34.2"S


3
38⁰59'57.3"W 38⁰59'48.2"W 38⁰59'50.1"W 38⁰59'55.1"W

A captura para marcação e recaptura das abelhas foi realizada durante


os dias 03 e 04 deo mês outubro de 2013. Em cada um dos pontos de coleta
ativa foi utilizado um conjunto de três iscas, sendo as fragrâncias utilizadas
eucaliptol, β-ionona e cinamato de metila, essas fragrâncias foram escolhidas
por apresentarem maior potencial de captura dessas abelhas na área estuda
(Medeiros, R.L. comunicação pessoal), cada uma das iscas foi fixada por
barbante em um galho que estivesse a uma distância de aproximadamente 1.5
metros do chão.
Para a marcação das abelhas capturadas, foram utilizadas canetas Uni
paint Marker PX-21. Na, onde o Ponto Mancha 1 as abelhas foram marcadas
com canetas de cor Laranja e Azul, nao PontoMancha 2 com canetas Amarela
e Marrom e nao mancha Ponto 3 com canetas Verde e Roxao. As abelhas
capturas foram devidamente marcadas no tórax e soltas, sendo anotada a
quantidade de capturas para posterior análise. Apenas as abelhas que foram
capturas de forma ativa, passaram pelo processo onde primeiramente eram
marcada e posteriormente soltas, para futura recaptura. Para exercer esse
procedimento, cada mancha contava com uma dupla de coletores,
devidamente treinados e habilitados para exercer o trabalho. Esse
procedimento foi repetido nos dois dias de coleta, começando às 8 horas da
manhã e terminando às 15horas. foi realizado a partir das 8 horas, terminando
asàs 15 horas, Ttotalizando assim um total de 48 horas de amostragem de
captura-marcação.
Para as coletas realizadas de forma passiva, foram colocados conjuntos
com três armadilhas em cada um dos pontos, cada conjunto contendo as
fragrâncias citadas anteriormente, também posicionadas em galhos que
estivessem a uma distância de aproximadamente 1.5 metros do solo.
As armadilhas foram colocadas sempre no início das atividades de
campo, e retiradas no final, por volta das 16 horas. Ao fim de cada dia de
campo, as abelhas que tinham sido coletadas, foram sacrificadas em câmaras
mortíferas (frascos contendo acetato) e posteriormente colocadas em frascos,
sendo cada frasco identificado com o ponto da coleta, bem como o tipo de
fragrância que continha a armadilha. Os dados coletados passivamente
serviram como esforço de recaptura das abelhas marcadas.

3.2.2- Análise da composição e riqueza de Euglossina em manchas


florestais

Para o estudo de composição e riqueza de Euglossina foram utilizados


os mesmo pontos citados anteriormente (Tabela 1), com duas atividades de
coleta. A primeira, se deu em novembro de 2012, onde além dos três pontos
citados, nessa ocasião foram implantadas armadilhas também num quarto
ponto (Mancha 4), que possui coordenadas: 13º43’15” S e 39º01’15” W, sendo
utilizadas além das iscas citadas anteriormente, Vanilina e Salicilato de Metila.
Por sua vez, a segunda coleta deu-se somente nos três pontos citados, e
ocorreu em outubro de 2013. Com isso foram totalizadas, aproximadamente,
72 horas de amostragem de forma passiva para a coleta de novembro de 2012,
e 144 horas para o mesmo tipo de amostragem nas as coletas de 2013. Os
dados utilizados foram os adquiridos através da captura de forma passiva,
conforme descrito anteriormente. Os indivíduos coletadosdessa coleta passiva,
também fforam acomodados em fracos mortíferos selecionadoscontendo
acetato de etila , e , posteriormente montados, etiquetados, secos em estufa de
circulação a 40ºC por 48h e identificados em laboratórios por meio de chaves
taxonômicas e comparação à coleção de referência., a fim de analisar e
mensurar a riqueza da região.

3.3- ANÁLISE DE DADOS


Para analise da diversidade de espécies da região, foi utilizado o índice
de Shannon-Wiener (H’). Tal índice representa a diversidade dentro de uma
população amostrada aleatoriamente, na impossibilidade de obter-se toda
população para o calculo utiliza-se a formula H’ = -S(pi)(log2pi), sendo H’ =
índice de Shannon-Wiener, pi = proporção de indivíduos encontrados de
determinada espécie e log2pi = logaritmo na base 2 de pi (MAGURRAN, 2003)
Por sua vez para o cálculo de dominância das espécies foi utilizado o
índice de Berger-Parker que permite relacionar o número de indivíduos
encontrados por espécie e o número total de indivíduos encontrados, fazendo
com isso uma estimativa de existência de dominância de alguma das espécies
sobre a comunidade amostrada, tal relação é feita através da equação d=
Nmax/Ntotal, onde Nmax é o número de indivíduos da espécie mais abundante
e sendo Ntotal o número total de indivíduos amostrados.
Também foi calculado a equitabilidade J da distribuição da abundancia
das espécies, que é a diversidade comparada em termos gerais, onde se pode
estimar se as espécies relatadas para a região, nesse caso para os pontos
amostrados, estão em equilíbrio de abundancia ou não. Para encontrar-se a
equitabilidade J usa-sea formula de Pielou (MAGURRAN, 2003) J’ = H’ /log2S,
onde J’ é o índice de uniformidade de Pielou, H’ é o índice de diversidade de
Shannon-Wiener e log2S o logaritmo na base 2 da riqueza.

4- RESULTADOS

Para o estudo de dispersão foram coletados um total de 194 indivíduos.


Desses total, 55 oriundos de coleta ativa sendo, portanto marcados e soltos, os
outros 139 capturados de forma passiva, que foram sacrificados e acomodados
em fracos devidamente identificados. A tabela 2 mostra a quantidade de
indivíduos que foram marcados e recapturados durante o estudo., e a
quantidade de indivíduos que foram recapturados com essas marcações.

Tabela 2: Indivíduos marcados e recapturados, bem como cores utilizadas para marcação,
durante coleta ativa para verificação da sua dispersão
Marcados Recapturados
Mancha Cor
1º dia 2º dia 1º dia 2º dia
1 Laranja/Azul 4 7 - -
Amarelo/
2 9 6 - 1
Marrom
3 Verde/Roxo 6 23 - -

O indivíduo recapturado com a marcação foi identificado como Euglossa


cordata (Linnaeus). Este foi marcado na Mancha 2, uma vez que apresenta
marca marrom em seu tórax, e foi recapturado na Mancha 3. Com isso estima-
se que ele percorreu 2.6km, distância que separa os dois fragmentos em
questão. (Figura 5)

Figura 5: Mapa de dispersão de Euglossa cordata recapturada em área de restinga na


Apa do Pratigi-BA

Utilizando tal distância como um raio de circunferência para capacidade


de voôo pode-se obter, através de sucessivas estimativas de voôo, qual seria a
capacidade de alcance de um indivíduo, quando voando em condições
semelhantes àsa presentes na área de estudo, coma isso foi estiumado por
meio de chamamos de Buffer a potencial dispersão entre as manchas florestais
(Figura 6).

Figura 6: Simulação de dispersão de Euglossina cordata, levando em consideração os


dados adquiridos no estudo, entre as manchas florestais na área de restinga da APA do Pratigi-
BA

Composição e riqueza de abelhas Euglossina

Foram coletados 237 indivíduos, pertencentes a dois gêneros e nove


espécies (Tabela 3). Sendo a espécie mais abundante Euglossa cordata,
representando 67% dos indivíduos capturados, seguido por Eulaema atleticana
Nemésio e El. nigrita, representando, respectivamente, 12% e 10% dos
indivíduos. Já o ponto considerado de maior abundância foi a Mancha 3,
seguido pela Mancha 2, que apresentaram, respectivamente, 88 e 86
indivíduos capturados. O resultado foi similar Tal resultado também foi
encontrado quando analisada a riqueza de espécies das manchas florestaisos
pontos, onde nasos pontosmanchas 3 e 2 foram coletadas 8 e 7 espécies
respectivamente., sendo o de maior riqueza entre todos pontos estudados
(Tabela 3).
Já para a diversidade expressa através do índice de Shannon-Wiener
(H’), os pontos 3 e 1, respectivamente, são os que apresentam, dentro das
amostras, o maior nível de diversidade de espécies, com 1,22 e 1,13 (Tabela
3). Para o índice de Dominância de Berger-Parker, a Mancha 4 apresenta a
maior dominância relativa (D = 0.79), seguido pelas Manchas 2, 3 e 1 (0.69;
0.67 e 0.59). (Tabela 3).
A equitabilidade J pPara as machasos pontos amostradasos, a análise
feita nos mostrou que a Mancha 1 é o que apresenta maior equilíbrio de
abundância entre as espécies (J = 0.70), seguido pelos demais pontos,
havendo assim uma predominância na abundância de alguma espécie, em
detrimento das demais (Tabela 3).

Tabela 3: Dados de composição, abundaância, riqueza, diversidade e dominância para


abelhas coletas de forma passiva em manchas florestais de área de restinga da APA do Pratigi.
As siglas representam: E= eucaliptol, B= Beta-ionona, C=Cinamato de metila, S=Salicilato de
metila e V=Vanilina.
Mancha Mancha Mancha
1 2 3 Mancha 4* Total Iscas
Euglossa cordata (Linnaeus). 29 59 59 11 158 E+B+C
Eg. despecta Dressler 0 1 0 1 2 B
Eg. ignita Smith 2 0 4 0 6 E+C+S
Eg. liopoda Dressler 1 1 1 0 3 E
Eg. securigera Dressler 0 1 3 1 5 E+B+S
Eg. viridis (Perty) 0 0 3 0 3 B
Eulaema atleticana Nemésio 8 15 6 0 29 E+B+C+S
El. nigrita Lepeletier 9 5 9 1 24 E+V
El. niveofascinata (Friese) 0 4 3 0 7 S+V
Abundância 49 86 88 14 237
Riqueza 5 7 8 4 9
1,1891
Diversidade Shannon_H’ 1,12813 1,02703 1,221 0,75576 9
Dominância Berger-Parker 0,5918 0,68669 0,6705 0,785779 0,67
Equitabilidade_J 0,7006 0,527653 0,587359 0,5446 0,541
* amostrada apenas em
2/11/2012novembro de 2012
5- DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Com os resultados obtidos para estudo de dispersão, foi observado que


Euglossa cordata foi capaz de voar 2.6km, esse resultado elucida sobre a
distância que essa espécieas Euglossina podem dispersar em ambientes
fragmentados. Esse resultado,
O estudo proposto aqui, assim como o de Tonhasca et al. (2003),
demonstra que áreas não arborizadas, ou descontinuas de mata, não impedem
que as abelhas eEuglossina movimentem-se entre fragmentos, ou manchas.
Com a ideia de buffer aqui proposta, podemos afirmar que apesar de
distanciadas, as manchas que ocorrem na região de restinga da APA do
Pratigi, permanecem com possibilidade de fluxo dessas abelhas, contudo esse
dado deve ser avaliado com cautela, uma vez que Eg. cordata . é uma espécie
indicada como tolerante a ambientes secos e ou alterados, sendo bastante
comum em ambientes urbanos (BEZERRA & MARTINS 2001), em áreas de
Caatinga, Cerrado (ALVARENGA et al. 2007) e em diferentes matrizes da
paisagem (MILLET-PINHEIRO & SCHLINWEIN 2005) e dominates em pequenos
fragmentos de Mata Atlântica (AGUIAR & GAGLIANONE 2012).
O padrão de distribuição de abundância observado neste estudo é semelhante aos
padrões descritos por outros autores em diferentes áreas de Mata Atlântica, com poucas
espécies muito abundantes e a maioria das espécies representadas por poucos indivíduos
(Rebêlo & Garófalo, 1997; Sofia et al. 2004, Aguiar & Gaglianone 2008a, Ramalho et
al. 2009).
Ainda com a possibilidade de estabelecer um buffer, a partir da
dispersão de 2.6km encontrada, pode-se estimar qual o máximo alcance que a
espécie alcançadessa espécie. Com isso torna-se possível uma anáalise do
grau de influêencia que uma mancha exerce sobre outra, e a possibilidade de
que haja fluxo gêeniético entre elas, esse fluxo sendo tanto de Eeuglossina
quanto das espécies vegetais que são polinizadas por elas (referencia). Com
base nisso, também podemos julgar quais manchas possuem um maior grau
isolamento, e portando quais são mais suscetíveis a processos de
diferenciação especificagenética por isolamento(referencia).
Apesar de só ter havido a recaptura de um exemplar de Euglossa
cordata, em áreas distantes, foram observadas a dispersão entre regiões
distintas de outras espécies de Eeuglossina em diferentes regiões da Mata
Atlântica (TONHASCA et al., op. cit.2003). Tais dados ainda estão de acordo
com a ideia apresentada pelo estudo com radiometria de Wilkelski et al. (2010),
onde foi possível observar dispersão de Eeuglossinas através de áreas não
arborizadas, como lagos. Entretanto se comparado ao resultado obtido por
Wilkelski (op. cit.) podemos observar uma maior distância percorrida pela Eg.
cordata que recapturamos, possivelmente tal diferença estaá relacionada a
capacidade maior de voo dessa espécie Eg. cordata, em comparação a
Exaerete frontalis (Guérin-Méneville).
Ainda sobre a dispersão podemos especular provavelmente a presença
de manchas intermediárias, entre o ponto de marcação e recaptura, foi um fator
que auxiliou para que houvesse a dispersão entre as manchasos pontos 2 e 3.

Composição e riqueza de euglossina

Os resultados obtidos neste estudo para composição e riqueza de abelhas


Euglossina em manchas florestais em áreas de restinga na Apa do Pratigi, revelam
diferenças ao observado por Medeiros, R.L,(informação pessoal) em área florestal de
15000ha nas proximidades onde o estudo foi desenvolvido. Nessa ocasião Medeiros
(op. Cit) registrou 19 espécies de Euglossina, riqueza superior à registrada nesse estudo
(nove espécies). No entanto, os resultados obtidos nas manchas florestais revelam a
presença de Euglossa viridis, espécie não amostrada por Medeiros (op.cit) na região,
demosntrando a importância dessas manchas florestais para manutenção diversidade de
Euglossina na região.
Por sua vez para o estudo da riqueza de Euglossina, foi possível chegar
à conclusão de que a região da APA do Pratigi, nas proximidades da
comunidade do Jatimane, ainda possui índices relativamente bons de riqueza.
A riqueza encontra nesse estudo foi de 9 espécies, sendo o ponto de maior
riqueza o ponto 3 com oito espécies, seguido pelos pontos 2, 1 e 4,
respectivamente com 7, 5 e 4 espécies identificadas. Dessas espéciesDentre
as espécies amostradas, Euglossa cordata e Eulaema nigrita Lepeletier, foram
encontradas em todos os 4 pontoscomuns a todos os pontos, o que assemelha
ao observado por Ramalho et al. (2013), na Reserva da Michelin, região
próxima a área de estudo..
Podemos citar, por exemplo, Entre as machas florestais estudadas o
índice de diversidade de Shannon, que demonstrou haver, dentro da
comunidade amostrada, um nível satisfatório de diversidadepouca variação, ao
menos para os pontos 1, 2 e 3 (H’ = 1,12813; 1,027 03 e 1,221
respectivamente), ficando entretanto o ponto 4 (H’ = 0,755) um pouco aquém
da diversidade apresentada nas demais áreas, vale ressaltar que esse ponto
só foi amostrado no ano de 2012, portanto o esforço de amostragem foi
consideravelmente inferior ao realizado nas demais áreas.
OJá se observamos o índice de Equitabilidade J poderemos
identificardemonstra que há uma diferença entre a distribuição de abundância
de espécies, sendo tal diferença menor na Manchao ponto 1 (J = 0.7006).
SAinda falando sobre os índices encontrados, podemos falar sobre a
dDominância de Berger-Parker, que através de tal item podemos dizer que
todos os pontos apresentam uma espécie dominante em relação a outra, sendo
ofoi superior na Mancha 4 ponto 4 o ponto que mais se nota isso (D =
0,785779) seguido pelos pontos 2, 3 e 1 (D = 0,68669; 0,6705 e 0,5918
respectivamente). Com base nos dados coletados, podemos dizer ainda que a
espécie que exerce tal dominância sobre as demais nesses pontos, é a de
Euglossa cordata. A dominância dessa espécie é comum em diversos ambientes, fato
associado a plasticidade dessa espécie, uma vez que que comumente descrita como
tolerantes a condições adversas do ambiente, como o observado em áreas abertas e/ou
perturbadas (Peruquetti et al. 1999, Ramalho et al. 2009).
Por fim, levandoLevando em consideração os dados aqui
apresentadosdesse trabalho, podemos acreditarsugere-se que a Mata
Atlântica nas proximidades do Jatimane apresenta comunidade de Euglossina
com uniformidade que revela a igualdade na distribuição da comunidade
dessas abelhas, ou seja, ainda é possível que haja transito genético entre os
diversos pontos de mata, evitando assim o isolamento. Reflexo disso é o fato
de conseguirmos recapturar um exemplar de Euglossa cordata, a uma
distância de 2.6kKm do local em que havia sido marcada, sem haver entretanto
uma mata contíinua propriamente dita. Juntamos a isso o fato de ainda
haverem bons indicies de diversidade e riqueza nas manchas, podemos dizer
que as machas estudadas apresentam ligações que evitam o declínio da
diversidade local.
Apesar disso, vale ressaltar que essas condições ainda não são as
ótimas para que haja fluxo genético e conservação da diversidade, é
interessante que haja uma reestruturação da mata, para que esse fluxo
genético possa ser otimizado e assim não haja prejuízo na diversidade e
abundância de espécies locais.
Inserir considerações finais
Conversamos sobre isso hoje!!!!

6- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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