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CURITIBA
2004
2
3
Dissertação apresentada à
Coordenação do Programa de Pós-
Graduação em Ciências Biológicas,
Área de concentração em Entomologia,
da Universidade Federal do Paraná,
como requisito parcial para a obtenção
do Título de Mestre em Ciências
Biológicas.
CURITIBA
2004
4
viver.
5
AGRADECIMENTOS
A toda minha família, em especial aos meus tios, Yurie Kajita Delfini,
Elio Delfini, Renato Kajita, Regina Kajita, Nelson Kajita e Adhemar Kajita,
amizade.
estar ao meu lado nas horas difíceis, pelo incentivo quando estava
convivência e apoio.
climáticos.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS............................................................................... 5
LISTA DE FIGURAS................................................................................ 8
LISTA DE TABELAS................................................................................ 12
RESUMO................................................................................................. 14
ABSTRACT.............................................................................................. 15
1. INTRODUÇÃO..................................................................................... 16
2. OBJETIVOS......................................................................................... 22
3. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................... 23
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................... 35
5. CONCLUSÕES.................................................................................... 71
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................... 74
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Aspecto geral da Estação II do IAPAR. A. Áreas de
pastagens para a criação de gado Bubalino. B. Aspecto geral da Serra
do Marumbi. C e D. Aspecto geral da área peridomiciliar. E. Aspecto
da armadilha de Shannon instalada em área peridomiciliar. F. Aspecto
da armadilha de Shannon instalada em área de mata............................ 29
Brasil........................................................................................................ 44
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
Areas used for agriculture can develop the density of Culicidae, face to the
the rhythm of the culture. Agricultural areas are in constant degradation for
the carried through anthropic action with diverse purposes.This action carried
through for the man can represent the function of selective pressure that
develop the contact with the new vectorial behaviors.The objective of this
work was to know the diversity of Culicidae and its behavior in relation of the
situated littoral plain.The place of the studied was Estação II of the Instituto
Brazil.The twelve catches has performed through with two traps of the
Shannon type, one installed in the peridomiciliary and to another one in the
catche is 22,4 and per hour had been of 179,9 of Culicidae performed
1. INTRODUÇÃO
sudeste do Brasil.
parciais, são de grande importância, pois aumentam cada vez mais a base de
dados, podendo assim fornecer mais subsídios para uma análise refinada
17
patogênicos.
LOZOVEI, 1998).
(MOLYNEUX, 1997).
duas espécies que foram encontradas nesta região estão sofrendo processo
processo agrícola.
malária desenvolver-se.
2. OBJETIVOS
3. MATERIAIS E MÉTODO
litoral e o primeiro Planalto, mas constitui também uma serra marginal típica
seus afluentes na Serra do Mar, os rios São João, Ipiranga e Mãe Catira, e
nível do mar) e o Morro do Leão com 1564 m (a. n. m.) (MAACK 1981).
25
residências em alvenaria das quais apenas três são utilizados como moradia,
tratores e, além disso, existem mais quatro depósitos onde são guardados
Nas proximidades da mata existem dois currais que servem para tratar os
peridomicílio.
26
média.
A B
C D
E F
A B
D
C
como os trabalhos de, LANE & CERQUEIRA (1942), GALINDO et al. (1954),
(1994), SALLUM & FORATTINI (1996), PECCOR et al. (1992). Para a identificação
KNIGHT & STONE, (1977), W ARD, (1984) e GRAFFIGAN & W ARD, (1985).
Paraná (DZUP).
N max
d= onde,
Nt
33
H = ∑ ( p i )(ln p i ) onde,
H1 − H 2
t= e,
VarH 1 + VarH 2
∑ pi(ln pi ) − (∑ pi ln pi )
2 2
S −1
VarH = − onde,
N 2N 2
N = tamanho amostral
S = número de categorias
H
E= onde,
ln S
S = número de categorias
ln N! - ∑ ln n i !
HB = onde,
N
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
por coleta e por hora foi de 179,9 e 22,4 exemplares de Culicidae coletados
três são exclusivamente desta área. (Figura 3). E vinte espécies foram
segundo foi à tribo Culicini (27,65%) representada por Culex (Culex) spp.
por NATAL et al., (1998) no Estado de São Paulo e TEODORO et al., (1994) no
não existe uma influência de uma única espécie sobre essa comunidade
(Tabela IV).
encontrados para as duas áreas, porém a hipótese H0 foi rejeitada, isto quer
dizer que para as duas áreas não houve diferença significativa entre o índice
Figura 3. Espécies de Culicidae encontradas simultaneamente e exclusivamente nas áreas de mata e peridomicílio,
capturadas com auxílio de armadilha de Shannon, entre julho de 2001 e agosto de 2002, na área rural de Morretes, Paraná,
Brasil.
38
(Tabela V e VI).
39
denota que a área de mata apresenta pouca intervenção humana. Porém, como
ambiente.
Tabela IV. Índice de dominância e uniformidade de Berger & Parker dos exemplares
capturados com auxílio de armadilha de Shannon, nos ecótopos mata e peridomicílio,
entre julho de 2001 e agosto de 2002, na área rural de Morretes, Paraná, Brasil.
Tabela VI. Índice de diversidade e uniformidade dos exemplares capturados com auxílio
de armadilha de Shannon, nos ecótopos mata e peridomicílio, entre julho de 2001 e
agosto de 2002, na área rural de Morretes, Paraná, Brasil.
Índice de Shannon
Índice de Diversidade de Shannon – Mata 2,27
Índice de Diversidade de Shannon – Peridomicílio 2,39
Uniformidade de Shannon – mata 0,30
Uniformidade de Shannon – Peridomicílio 0,40
Tabela VII. Espécies de Culicidae capturados com auxílio de armadilha de Shannon, em área de mata e
peridomicílio, entre julho de 2001 e agosto de 2002, na área rural de Morretes, Paraná, Brasil.
Espécies Peridomicílio Mata N %
Anophelinae
Anopheles (Anopheles) fluminensis Root, 1927 7 27 34 1,58
Anopheles (Anopheles) intermedius (Peryassu, 1908) 11 101 112 5,19
Anopheles (Kerteszia) cruzii Dyar & Knab, 1908 9 27 36 1,67
Anopheles (Nyssorhyncus) evansae (Brethes, 1926) 25 138 163 7,55
Anopheles (Nyssorhyncus) oswaldoi (Peryassu, 1922) 0 3 3 0,14
Anopheles sp. (danificado) 6 18 24 1,11
Culicinae – Aedini
Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse, 1894) 0 1 1 0,05
Psorophora (Grabhamia) cingulata (Fabricius, 1805) 83 400 483 22,37
Psorophora (Grabhamia) confinnis (Lynch Arribalzaga, 1891) 54 7 61 2,82
Psorophora (Janthinosoma) ferox (Von Humboldt, 1819) 0 3 3 0,14
Psorophora (Janthinosoma) lutzii (Theobald, 1901) 3 9 12 0,56
Psorophora sp. (danificado) 0 1 1 0,05
Ochlerotatus (Ochlerotatus) scapularis (Rondani, 1848) 43 137 180 8,34
Ochlerotatus (Ochlerotatus) serratus (Theobald, 1901) 1 13 14 0,65
Ochlerotatus sp. (danificado) 1 2 3 0,14
Culicinae – Culicini
Culex ocellatus Theobald, 1903 0 1 1 0,05
Culex (Culex) chidesteri Dyar, 1921 0 1 1 0,05
Culex (Culex) coronator Dyar & Knab, 1906 2 1 3 0,14
Culex (Culex) declarator Dyar & Knab, 1906 4 21 25 1,16
Culex (Culex) lygrus Root. 1927 7 23 30 1,39
Culex (Culex) quinquefasciatus Say, 1823 3 0 3 0,14
Culex (Culex) spp. complexo coronator 53 366 419 19,41
Culex (Melanoconion) bastagarius Dyar & Knab, 1906 0 1 1 0,05
Culex (Melanoconion) corentynensis Dyar, 1920 0 1 1 0,05
Culex (Melanoconion) distinguendus Dyar, 1928 0 2 2 0,09
Culex (Melanoconion) dunni Dyar, 1918 0 1 1 0,05
Culex (Melanoconion) missionensis Duret, 1953 0 3 3 0,14
Culex (Melanoconion) mistura Komp & Rozeboom, 1951 0 1 1 0,05
Culex (Melanoconion) oedipus Root, 1927 0 6 6 0,28
Culex (Melanoconion) pilosus (Dyar & Knab, 1906) 0 1 1 0,05
Culex (Melanoconion) sacchetae Sirivanakarn & Jakob, 1982 3 2 5 0,23
Culex (Melanoconion) spissipes (Theobald, 1903) 0 1 1 0,05
Culex (Melanoconion) ribeirensis Forattini & Sallum, 1985 10 27 37 1,71
Culex (Melanoconion) spp. Seção Melanoconion 6 30 36 1,67
Culex (Microculex) sp. 0 1 1 0,05
Culex sp. (danificado) 7 12 19 0,88
Culicinae – Mansoniini
Coquillettidia (Rhynchotaenia) chrysonotum (Peryassu, 1922) 1 8 9 0,42
Coquillettidia (Rhynchotaenia) nigricans (Coquilletid, 1904) 0 1 1 0,05
Coquillettidia (Rhynchotaenia) venezuelensis (Theobald, 1912) 43 333 376 17,42
Coquillettidia sp. (danificado) 1 1 2 0,09
Mansonia fonsecai (Pinto, 1932) 0 3 3 0,14
Mansonia (Mansonia) pseudotitillans (Theobald, 1901) 0 1 1 0,05
Mansonia (Mansonia) titillans (Walker, 1848) 1 0 1 0,05
Mansonia (Mansonia) wilsoni (Barreto & Coutinho, 1944) 1 0 1 0,05
Culicinae – Sabethini
Limatus durhamii Theobald, 1901 0 1 1 0,05
Sabethes (Peytonulus) aurensces (Lutz, 1905) 1 1 2 0,09
Wyeomyia (Phoniomyia) longirostris Theobald, 1901 0 1 1 0,05
Wyeomyia (Phoniomyia) theobaldi (Lane & Cerqueira, 1942) 0 1 1 0,05
Wyeomyia (Phoniomyia) sp. (prox. a longirostris) 0 1 1 0,05
Wyeomyia (Prosopolepis) confusa (Lutz, 1905) 0 7 7 0,32
Wyeomyia sp. (Série Dendromyia) 0 3 3 0,14
Runchomyia (Runchomyia) humboldti Lane & Cerqueira, 1942 0 1 1 0,05
Runchomyia (Runchomyia) reversa Lane & Cerqueira, 1942 1 12 13 0,60
Culicinae – Uranotaeniini
Uranotaenia (Uranotaenia) geometrica Theobald, 1901 1 3 4 0,18
Uranotaenia (Uranotaenia) lowii Theobald, 1901 0 3 3 0,14
Uranotaenia (Uranotaenia) ditaeniota Prado, 1931 0 1 1 0,05
Total 389 1770 2159 100
42
81.98
90
80
Porcentagem de Culicidae (%)
70
60
50
40
30 18.02
20
10
0
Peridomicilio Mata
40%
35%
Porcentagem de Culicidae (%)
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Anophelinae Aedini Culicini Mansoniini Sabethini Uranotaeniini
mata foi outubro de 2001 com 258 exemplares, já agosto de 2002 foi a de menor
incidência.
Culicidae capturados foi referente a abril de 2002 com 120 exemplares e março
mata foi o sexto que representa o horário de 18:00 às 18:30 e das 19:30 às
Estado de São Paulo, com atividades agrícolas, indicam que para as espécies
300
Peridomicilio Mata
250
Número de Culicidae
200
150
100
50
0
03/X/2001
24/X/2001
29/V/2002
14/XI/2001
24/IV/2002
27/VI/2002
26/II/2002
04/VII/2001
24/VII/2002
20/III/2002
16/VIII/2001
27/VIII/2002
Data das Coletas
350
Peridomicilio Mata
300
250
Número de Culicidae
200
150
100
50
0
17:00- 17:30- 18:00- 18:30- 19:00- 19:30- 20:00- 20:30-
17:30 18:00 18:30 19:00 19:30 20:00 20:30 21:00
Intervalo Horário
de maio de 2002.
horário analisado, uma vez que nos primeiros intervalos foram capturados
46
poucos exemplares, com um pico no período das 20:00 às 20:30 horas (Figura
9).
peridomicílio 2,4%.
menor incidência para as duas áreas foi o mês de junho de 2002 (Figura 10).
dezembro.
47
90
mata
80
peridomicilio
Número de Psorophora cingulata
70
60
50
40
30
20
10
0
03/X/2001
24/X/2001
29/V/2002
14/XI/2001
24/IV/2002
27/VI/2002
26/II/2002
04/VII/2001
24/VII/2002
16/VIII/2001
20/III/2002
27/VIII/2002
Figura 8. Número de Psorophora cingulata capturados com armadilha de
mata peridomicilio
100
90
Número de Psorophora cingulata
80
70
60
50
40
30
20
10
0
17:00- 17:30- 18:00- 18:30- 19:00- 19:30- 20:00- 20:30-
17:30 18:00 18:30 19:00 19:30 20:00 20:30 21:00
Intervalo Horário
inúmeros pontos para que se formem esses criadouros, esta espécie foi
armadilhas.
ocorreu uma atividade diferenciada, pois sua maior atividade foi dectada no
peridomiciliar.
outubro de 2001 para a área de mata, já para a área peridomiciliar foi a coleta do
70
60
50
40
30
20
10
0
03/X/2001
24/X/2001
29/V/2002
14/XI/2001
24/IV/2002
27/VI/2002
26/II/2002
04/VII/2001
24/VII/2002
20/III/2002
16/VIII/2001
27/VIII/2002
Figura 10. Número de Culex (Culex) spp. complexo
coronator capturados com auxílio de armadilha de Shannon,
em área de mata e peridomicílio do Município, no período do
crepúsculo, entre julho de 2001 e agosto de 2002, na área
rural de Morretes, Paraná, Brasil.
80
Peridomicilio
Mata
Número de Culex spp. complexo coronator
70
60
50
40
30
20
10
0
17:00- 17:30- 18:00- 18:30- 19:00- 19:30- 20:00- 20:30-
17:30 18:00 18:30 19:00 19:30 20:00 20:30 21:00
Intervalo Horário
presença de espécies desta família de plantas aquáticas indica que existe uma
precipitação.
irrigado na Estação II, podem fornecer a esta espécie criadouros ideais para o
100
Mata
90
Número de Coquillettidia venezuelensis
Peridomicilio
80
70
60
50
40
30
20
10
0
03/X/2001
24/X/2001
29/V/2002
14/XI/2001
24/IV/2002
27/VI/2002
26/II/2002
04/VII/2001
24/VII/2002
20/III/2002
16/VIII/2001
90
Mata
Número de Coquillettidia venezuelensis
80 Peridomicilio
70
60
50
40
30
20
10
0
17:00- 17:30- 18:00- 18:30- 19:00- 19:30- 20:00- 20:30-
17:30 18:00 18:30 19:00 19:30 20:00 20:30 21:00
Intervalo Horário
19:00 às 19:30 horas para a área de mata e para a área peridomiciliar é das
2002).
espécie. Como a temperatura média na região Sul do Brasil é mais baixa isso
al. (1994) observaram que a presença do local onde se faz o plantio de arroz
nigripalpus.
coleta, entre 17:30 às 18:30 horas, para ambas as áreas (Figura 15). Diversos
30
Mata
Peridomicilio
Número de Ochlerotatus scapularis
25
20
15
10
0
03/X/2001
24/X/2001
29/V/2002
14/XI/2001
24/IV/2002
27/VI/2002
04/VII/2001
26/II/2002
24/VII/2002
20/III/2002
16/VIII/2001
27/VIII/2002
Figura 14. Número de Ochlerotatus scapularis
capturados com auxílio de armadilha de Shannon,
em área de mata e peridomicílio, durante o período
do crepúsculo, entre julho de 2001 e agosto de 2002,
em área rural do Município de Morretes, Paraná,
Brasil.
35
Mata
Peridomicilio
Número de Ochlerotatus scapularis
30
25
20
15
10
0
17:00- 17:30- 18:00- 18:30- 19:00- 19:30- 20:00- 20:30-
17:30 18:00 18:30 19:00 19:30 20:00 20:30 21:00
Intervalo Horário
incidência maior no horário das 18:00 às 19:30 horas coincidindo com as coletas
da Estação II.
busca do repasto sangüíneo a partir 17:30 horas atingindo um pico entre 19:30
às 20:00 horas, porém somente para a área de mata. Para a área peridomiciliar
após 18:30 horas a incidência dessa espécie diminui não sendo coletada no
(XAVIER et al. 1999; OLIVEIRA-PEREIRA & REBÊLO 2000; REBÊLO et al. 1997). A
Marumbi até a Estação II pode servir de abrigo para que o agente patogênico
horas.
30
Mata
Peridomicilio
25
Número de Anopheles evansae
20
15
10
0
03/X/2001
24/X/2001
29/V/2002
14/XI/2001
24/IV/2002
27/VI/2002
26/II/2002
04/VII/2001
24/VII/2002
20/III/2002
16/VIII/2001
27/VIII/2002
Figura 16. Número de Anopheles evansae capturados com auxílio de armadilha
de Shannon, em área de mata e peridomicílio, durante o período do crepúsculo,
entre julho de 2001 e agosto de 2002, em área rural do Município de Morretes,
Paraná, Brasil.
35
Mata
Peridomicilio
30
Número de Anopheles evansae
25
20
15
10
0
17:00- 17:30- 18:00- 18:30- 19:00- 19:30- 20:00- 20:30-
17:30 18:00 18:30 19:00 19:30 20:00 20:30 21:00
Intervalo Horário
apresentando uma atividade nove vezes maior na área de mata. Neste ecótopo
porém com água limpa, dentro do ambiente florestal (FORATTINI, 1962). A floresta
baixa, pois em metade das coletas não foram encontrados exemplares desta
Estado de São Paulo, encontraram uma incidência maior nos meses de março,
espécie capturado foi baixo e que as condições ecoclimáticas podem não ser as
mesmas.
30 Mata
Peridomicilio
25
Número de Anopheles intermedius
20
15
10
0
03/X/2001
24/X/2001
29/V/2002
14/XI/2001
24/IV/2002
27/VI/2002
26/II/2002
04/VII/2001
24/VII/2002
20/III/2002
16/VIII/2001
27/VIII/2002
Figura 18. Número de Anopheles intermedius capturados
com auxílio de armadilha de Shannon, em área de mata e
peridomicílio, no período do crepúsculo, entre julho de
2001 e agosto de 2002, na área rural do Município de
Morretes, Paraná, Brasil.
30
Mata
Peridomicilio
Número de Anopheles intermedius
25
20
15
10
0
17:00- 17:30- 18:00- 18:30- 19:00- 19:30- 20:00- 20:30-
17:30 18:00 18:30 19:00 19:30 20:00 20:30 21:00
Intervalo Horário
(Tabela VIII).
Coquillettidia venezuelensis
O modelo melhor ajustado para esta espécie foi aquele realizado com os
y=-A+Bx+Czw, onde:
A= 61,97;
B= 3,86;
C= 0,009;
A, B e C são constantes.
Anopheles evansae
O modelo melhor ajustado para esta espécie foi a correlação com vinte
y= A+(-Bxz)+Czw, onde:
A= 0,28;
B= 0,135;
C= 10;
A, B e C são constantes.
64
45
35
25
15
Resíduos
-5
-15
-25 Regression
-20 0 20 40 60 80 100 120 95% confid.
Valores preditos
2.0
1.5
1.0
Valores esperados de normalidade
0.5
0.0
-0.5
-1.0
-1.5
-2.0
-25 -15 -5 5 15 25 35 45
Resíduos
16
12
4
Resíduos
-4
-8
-12 Regression
0 4 8 12 16 20 24 28 32 95% confid.
Valores preditos
2.0
1.5
1.0
Valores esperados de normalidade
0.5
0.0
-0.5
-1.0
-1.5
-2.0
-12 -8 -4 0 4 8 12 16
Resíduos
4
Número de observações
0 Expected
-15 -10 -5 0 5 10 15 Normal
Limites superiores
trabalho.
1972).
67
Anopheles cruzii foi coletada nas duas áreas. Segundo FORATTINI et al.,
Estado do Paraná, sendo incriminada como vetor efetivo (COUTINHO et al., 1943).
malária, mesmo que em número baixo, indicando que agente patogênico está
circulante (BÉRTOLI & MOITINHO 2001). Como dois fatores importantes estão
mais restrita a ambiente com menor intervenção humana que essa. Embora
peridomicílio.
número. Este anofelíneo tem hábito silvestre, a forma imatura utiliza criadouros
aparelho digestório. Apesar desta não ser considerada como vetora primária da
área que mais se aproxima ao gradiente urbano, que foi o peridomicílio, mesmo
representa, uma vez que é capaz de transmitir o vírus da febre do Nilo Ocidental
transmissão da filariose bancroftiana (CHADEE & BEIER, 1996). Além disso, pode
Oropouche.
mesmo coletado uma única vez e na área de mata, esta espécie merece
mesmo que ainda não tenha sido comprovada a sua transmissão em epidemias
Cabe ressaltar que DEGALLIER et al., (2003) sugerem que o Aedes albopictus
5. CONCLUSÕES
Seria esperado que a área com menor grau de intervenção humana obtivesse
áreas e a área de mata teve a tribo com maior riqueza porém a área
coronator, Culex declarator, Culex lygrus, Culex spp. complexo coronator, Culex
Culicidae existentes na área rural de Morretes, devem ser realizados com intuito
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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