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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí.

IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA.


Curso: Medicina
Disciplina/Módulo: Tic’s
Professora: Ana Rachel
Período: 5º
Nome: Maria Daniele Oliveira de Moraes

1. O que é a Síndrome Metabólica?


2. Qual a relação entre a Síndrome Metabólica com a Obesidade e o Diabetes
Mellitus?

O Diabetes tipo 2 muitas vezes faz parte de uma síndrome maior, que
inclui diversos fatores de risco ateroscleróticos, que apresentam como base
fisiopatológica a resistência periférica insulínica. Essa síndrome já foi
chamada de síndrome X, síndrome plurimetabólica, "quarteto mortal" ou
síndrome da resistência insulínica. Atualmente é denominada apenas de
síndrome metabólica (SM) (MEIGS, 2019).

O aspecto fisiopatológico mais importante da síndrome metabólica não é apenas


o excesso de peso, mas sim a distribuição corporal deste excesso de
peso. Existem basicamente dois tipos de adipócitos no corpo humano: um
adipócito grande, com baixa capacidade de armazenamento de ácidos graxos
livres e com alta capacidade de secreção de citocinas inflamatórias e um
adipócito pequeno, capaz de armazenar grandes quantidades de ácidos
graxos e com baixa secreção de citocinas. Esse último adipócito é o mais
funcional e benéfico para o corpo humano, sendo encontrado geralmente
na gordura subcutânea, enquanto o primeiro adipócito está mais presente
na gordura visceral (VILAR, 2013).

A SM parece ser decorrente de uma desproporção na distribuição destes


dois adipócitos, ou seja, a SM é consequência da obesidade visceral sendo
que o excesso de ácidos graxos livres e de citocinas secretadas pelos
adipócitos viscerais (adipocinas) parecem ser os responsáveis pelo aumento da
resistência insulínica. Entre as citocinas, merecem destaque a IL-6, o TNF-alfa
e a resistina, que são citocinas "maléficas", e a adiponectina, que parece
ser uma citocina antissíndrome metabólica. Os níveis de adiponectina estão
reduzidos em pacientes com síndrome metabólica (MEIGS, 2019).

Por reunir diversos fatores de risco cardiovascular no mesmo paciente,


esta síndrome aumenta sobremaneira o risco de eventos. A síndrome
metabólica também está associada à liberação de fatores pró-agregantes
plaquetários, pró-coagulantes, pró-inflamatórios e anti-fibrinolíticos,
favorecendo a disfunção endotelial, o estresse oxidativo e, portanto, os eventos
cardiovasculares (VILAR, 2013).

O diagnóstico da SM se dá pela associação de pelo menos três dos


seguintes fatores de risco: obesidade abdominal, HAS, elevação dos
triglicerídeos, elevados níveis de glicemia de jejum e baixos níveis de
lipoproteína de alta densidade (HDL). O tratamento da SM deve visar à redução
do excesso de peso, o controle da hiperglicemia, da pressão arterial e da
dislipidemia.(DE PAULA PESSOA, 2020)

3. Referências

• MEIGS, J. B. Metabolic syndrome (insulin resistance syndrome or


syndrome X). UpToDate. 2022.
• DE PAULA PESSOA, Mariana Luiza et al. A obesidade visceral
como moduladora dos componentes da síndrome metabólica. Revista
científica da faminas,15, n. 2, 2020.
• VILAR, Lucio. Endocrinologia clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2013.

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