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SÍNDROME
METABÓLICA
SUMÁRIO
3. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
MAPA MENTAL FISIOPATOLOGIA
Excesso de
ácidos graxos
livres
Aumento da Aumento da
viscosidade do sensibilidade
hipertrigliceri- sangue ao sal
demia Excesso de
citoninas
Aumento HAS
do risco
Hiperglicemia/ cardiovascular
Estimula Resistência Retenção renal
glicogênese insulínica de sódio
Doenças cardiovasculares
Alterações do exame cardíaco
LDL ⬆
HDL ⬇
TRIGLIC ⬆ Diminuição do libído
Alterações menstruais
Poliúra
GLICOSE ⬆
Dores articulares
SE LIGA!
ACANTOSE
NIGRICANS
É uma doen-
ça da pele,
caracterizada por hiperqueratose
(excesso de queratina) e hiperpig-
mentação (lesões de cor cinza e
Figura 3: Acrocódons em região cervical. Disponível engrossadas, que dão um aspecto
em: https://tratamentoestetico.com.br/acrocordons/ verrugoso). É frequentemente asso-
ciada à obesidade e endocrinopa-
tias, e acredita-se que está associa-
da a SM devido ao efeito da insulina
circulante excessiva em querati-
nócitos ou fibroblastos dérmicos.
Embora possa ocorrer em qualquer
local da superfície corpórea, a área
mais atingida é a região posterior do
pescoço, seguida pelas axilas, face
lateral do pescoço e superfícies fle-
xoras dos membros.
• Exame cardiovascular
IDF OMS
A atividade física é determinante do gasto de calorias e funda fundamental para o balanço energético e controle do
peso. A atividade física regular ou o exercício físico diminuem o risco relacionado a cada componente da SM e trazem
benefícios substanciais também para outras doenças (câncer de cólon e câncer de mama). Baixo condicionamento
cardiorrespiratório, pouca força muscular e sedentarismo aumentam a prevalência da SM em três a quatro vezes. O
exercício físico reduz a pressão arterial, eleva o HDL-colesterol e melhora o controle glicêmico. Com duração mínima
de 30 minutos, preferencialmente diário, incluindo exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular, o exercício físico
previne a SM em uma relação dose-efeito apropriada para o grupo etário. A seguir temos a tabela de exercícios reco-
mendados pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e tratamento da Síndrome Metabólica:
7. TRATAMENTO
PREVENÇÃO TRATAMENTO
Eliminar o Tratamento
tabagismo para HAS
Reduzir Tratamento
tempo de para DM
lazer passivo
Tratamento
Prática regular para MEDICAMENTOSO
de atividade Dislipidemia
física
Tratamento
Alimentação para
adequada Obesidade
Resposta
insuficiente ou CIRURGIA
inadequada
NÚMERO
POSOLOGIA
POSOLOGIA DE
MEDICAMENTOS MÁXIMA
MÍNIMA (MG) TOMADAS/
(MG)
DIA
Clortalidona 12,5 25 1
Hidroclorotiazida 12,5 50 1
Tiazídico
Indapamida 2,5 5 1
Indapamida SR 1,5 3 1
Bumetamida 0,5 ** 1-2
Diuréticos De alça Furosemida 20 ** 1-2
Piretanida 6 12 1
Amilorida (em associação) 2,5 5 1
Popupadores de Espironolactona 50 100 1-3
potássio Triantereno (em associa- 50 150 1
ção)
Alfametildopa 250 1.500 2-3
Clonidina 0,1 0,6 2-3
Ação central Guanabenzo 4 12 2-3
Moxonidina 0,2 0,4 1
Rilmenidina 1 2 1
Alfa-1 Doxazosina(urodinâmica) 2 4 2-3
bloqueadores Prazosina 1 10 2-3
Inibidores adre-
Trimazosina (urodinâmica) 2 10 2-3
nérgicos
NÚMERO
POSOLOGIA
POSOLOGIA DE
MEDICAMENTOS MÁXIMA
MÍNIMA (MG) TOMADAS/
(MG)
DIA
Benazepril 5 20 1-2
Captopril 25 150 2-3
Cilazapril 2,5 5 1-2
Delapril 5 30 1-2
Inibidores da
Enalapril 5 40 1-2
enzima conver-
Fosinopril 10 20 1-2
sora da angio-
Lisinopril 5 20 1-2
tensina
Quinapril 10 20 1
Perindopril 4 8 1
Ramipril 2,5 10 1-2
Trandolapr 2 4 1
Candesartana 8 16 1
Antagonistas IIbesartana 150 300 1
do receptor AT1 Losartana 50 100 1
da angiotensi- Olmesartana 20 40 1
na II Telmisartana 40 80 1
Valsartana 80 160 1
* Retard, SR, CD, Coer, Oros – Referem-se a preparações farmacêuticas de liberação lenta — ação prolonga-
da; ** Variável – de acordo com a indicação clínica ASI – Atividade simpatomimética intrínseca
Aumentar
Substituir a Adicionar Trocar a Trocar a
Aumentar a dose a dose da
monoterapia 2º fármaco associação associação
associação
RESPOSTA INADEQUADA
1ª 2ª
FASE FASE
3ª
FASE
4ª
FASE
1ª 3ª
Na fase 1, período inicial Na fase 3, com a progres-
do DM tipo 2 caracteriza- são da perda de secreção
do por obesidade com in- da insulina, é necessário
FASE FASE
sulino-resistência, a me- associar aos agentes orais,
lhor indicação são os medicamentos uma injeção de insulina de depósito,
que não aumentam a secreção de antes de o paciente dormir.
insulina.
4ª
Por fim, na fase 4, quando
2ª
Na fase 2, com diminui- predomina a insulinopenia,
ção de secreção de insu- o paciente deve receber
FASE
lina, é correta a indicação pelo menos duas aplica-
FASE de um secretagogo, que ções de insulina de depósito, NPH ou
pode entrar ou em combinação ou lenta: uma antes do desjejum e a ou-
em monoterapia. tra antes do jantar ou ao dormir, isola-
SÍNDROME METABÓLICA 23
CONTINUA ⬇
SÍNDROME METABÓLICA 24
Tratamento Medicamentoso e
me metabólica com obesidade (IM-
Cirúrgico da Obesidade C≥30kg/m2) ou com excesso de peso
No tratamento farmacológico reco- (IMC entre 25kg/m2 e 30kg/m2) desde
menda-se o uso de medicamentos que acompanhado de comorbidades
nos indivíduos portadores de síndro- e que não tenham perdido 1% do
SÍNDROME METABÓLICA 29
Na maior parte das vezes, os mé- Os critérios para a realização das ci-
dicos que utilizam fórmulas no tra- rurgias bariátricas foram definidos em
tamento da obesidade prescrevem março de 1991, pelo US National Ins-
drogas anorexígenas em doses aci- titute of Health Consensus Develop-
ma das preconizadas, e não obede- ment Conference Panel188 (B, 2A) e
cem à Resolução do CFM. Como no esses são:
Brasil são encontrados vários ano- • A cirurgia deve ser considerada
rexígenos e em várias dosagens, re- para o paciente obeso mórbido
comenda-se que não se utilizem for- (IMC >40kg/m2), ou obeso com
mulações magistrais no tratamento IMC >35 kg/m² desde que apre-
da obesidade. sente comorbidades clínicas im-
portantes, e somente após ter sido
SE LIGA! As medicações de primei- submetido a tratamento clínico
ra escolha no tratamento da obesi- adequado, mas sem resultados.
dade associada à síndrome meta-
bólica são a sibutramina e o orlistat. • O paciente só deverá ser operado
se estiver bem informado sobre o
tratamento, motivado e se apre-
Já o tratamento cirúrgico da obesida- sentar risco operatório aceitável.
de tem como objetivo diminuir a en-
• O paciente deve ser selecionado
trada de alimentos no tubo digestivo
para a cirurgia, após cuidadosa
(cirurgia restritiva), diminuir a sua ab-
avaliação por equipe multidiscipli-
sorção (cirurgia disabsortiva) ou am-
nar especializada e composta por
bos (cirurgia mista).
SÍNDROME METABÓLICA 30
TRATAMENTO DA
OBESIDADE
Farmacológico Cirúrgico
CRITÉRIOS FISIOPATOLOGIA
NCEP - ATP III OMS IDF Adipócito visceral: ↓ capacidade de armazenar ac.
graxos e ↑ secreção de citocinas inflamatórias
Cintura
Mulheres: > 88cm TRATAMENTOS Excesso de ác. graxos livres Excesso de citocinas Obesidade central
Homens: > 102cm
Hipolipemiantes ↑ de TG Gliconeogênese Resistência Mais sensível ao
PA ≥130 x insulínica e sal, ativação neuro-
85mmHg ou Antidiabéticos ↑ glicemia hormonal
em tratamento orais e insulina
DIAGNÓSTICO HAS
GJ≥ 110mg/dl ou Antihipertensivos
SÍNDROME
em tratamento METABÓLICA
Obesidade Avaliação clínica Avaliação laboratorial
TG >150 ou em
tratamento/ HDL: H Fatores de risco e Glicemia, perfil lipí-
Farmacológico Cirurgia
<40 e M <50 exame físico dico
anfepramona Restritiva
Síndrome CLÍNICA E FATORES ASSOCIADOS
femproporex,
Metabólica = pelo mazindol, Disabsortiva Síndrome dos Acantose Apneia
menos 3 dos sibutramina e Obesidade
componentes ovários policísticos nigricans do sono
orlistat Mista
Microalbu- Estado pró trombótico Dores Elevação
Utilizado pela minúria e inflamatório articulares da PA
diretriz brasileira
de SM Disfunção Alterações LDL-c
Hiperuricemia
endotelial menstruais aumentado
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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síndrome metabólica." (2005).
Sherling, Dawn Harris, Parvathi Perumareddi, and Charles H. Hennekens. "Metabolic syn-
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Freitas, Eulilian Dias de, et al. "Síndrome metabólica: uma revisão dos critérios de diagnósti-
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