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O que é?
É a perda ou expulsão do concepto até 20-22 semanas de gestação ou pesando até 500
gramas.
De 22 semanas até 36 semanas e 6 dias caracteriza como parto prematuro e acima
disso uma gestação a termo, após 42 semanas uma gestação pós-termo.
Incidência
15% de todas as pacientes que engravidam podem perder o bebê sem causa aparente.
Sendo que 3/4 das vezes acontece de forma precoce, ou seja, até 12 semanas de
gestação, e quanto mais precoce maior a chance de ter relação com alteração
cromossômica. E ¼ ocorre depois de 12 semanas de gestação e são considerados
tardios.
Etiologia:
1.Alterações cromossômicas
Consiste na principal causa. Ocorre por:
2. Ovopatias
As mulheres nascem com um número predeterminado de óvulos, que vão se desenvolver e se
romper, sendo perdidos mensalmente. Quanto mais idade a mulher tem, mais velhos estão esses
óvulos e podem levar a complicações e abortamento. Por isso, convencionou-se que a idade
ideal para engravidar seria até os 35 anos, mas não se sabe por que. A partir desta idade, a
mulher para a ser considerada Velha para Gravidez.
3. Ginecopatias
Algumas patologias são importantes neste contexto, como endometriose, pólipos, sinéquias, etc.
Portanto, procurar estas patologias na história ginecológica.
4. Doenças em geral
DM, alterações metabólicas, etc.
5. Infecções
Qualquer quadro infeccioso durante a gravidez pode levar a abortamento.
6. Fatores Hormonais
Principalmente deficiência de progesterona. Hoje existem medicamentos pra repor este
hormônio, então, quando a paciente apresenta sangramento numa fase bem inicial da gravidez
8. Emoções e coito
Emoções excepcionais! Tem que ser uma emoção muito forte pra levar ao comprometimento.
Na literatura, não se mostra este tipo de situação.
Atividade sexual não tem problema na gestação, porém, orientar pra ser uma coisa mais calma
e espaçada. Se for uma gravidez de risco, evitar o coito.
9. Incompetência Isto-cervical:
Como o próprio nome diz, é o comprometimento entre o istmo e o cérvice do canal. Por alguma
razão,houve uma alteração na musculatura que faz com que ela não consiga reter o feto dentro
do útero.
Incidência
Depende do serviço. Pode ser 1:222, 1:1000.
Etiologia
- Congênita - Ex: Uso de Dietilbestrol na vida intrauterina
- Adquirida – Pacientes que já se submeteram a outros abortamentos, principalmente
provocados, em que a curetagem tracionou a musculatura e levou ao seu
enfraquecimento.
- Fisiológica – É a do trabalho de parto, pra deixar o bebê passar.
Mecanismo de abortamento
O bebê dentro do útero vai se desenvolvendo gradativamente, aumentando de volume e
peso e há uma musculatura que não consegue retê-lo. Então, a medida que cresce vai
CANAL DILATADO
Circlagem
É o melhor tratamento que existe pra incompetência istmo-cervical. É uma sutura em bolsa.
Existem outros tipos mas o ideal é fazer em bolsa.
Tratamento
Antes de 16 semanas
Aspiração a vácuo (necessita de profissional habilitado) ou curetagem uterina (Mais usada na
rede pública, é normalmente feita às cegas no sentido horário. O ruído de Douglas ou grito da
cureta é um “creck” durante a curetagem, significa que alcançou endométrio e não tem mais
nada, portanto, hora de parar. O tratamento idel hoje em dia é a Histeroscopia, que é mais
segura, mas não é muito realizada nos hospitais públicos. Um dos riscos da curetagem é a
perfuração do útero, uma vez que ele está amolecido nesta situação.)
Após 16 semanas
Ocitocina – 10 U. em 500 ml de soro glicosado
Doutora relata que não faz apenas 10U, mas sim a microindução, vai colocando ocitocina a
medida que vai passando o soro e coloca mais ocitocina pra facilitar a eliminação
Misoprostol (Citotec ® ) – 100 mcg cada 12 horas, dose total de 200 mcg.
Pode ser feito oral ou vaginal, doutora faz tudo vaginal.
6. Abortamento infectado
Normalmente são pacientes que provocaram o abortamento. Elas compram o Citotec
no mercado negro, tem o sangramento e por isso acham que eliminou tudo. Ficam
escondendo da família e dias depois apresentam febre. Muitas vezes é um quadro tão
grave que a paciente acaba perdendo o útero.
Hemorragia – leve a grave
Dor – cólica, podendo ter uma dor importante na região pélvica dependendo
do grau de infecção
Material eliminado – pode ou não ter, geralmente tem
Hipertermia
Tamanho do útero – um pouco menor
Características do colo – entreaberto
USG – pode diagnosticar abortamento completo, abcesso, líquido na cavidade
Tratamento – Imediatamente coletar o material pra cultura e antibiograma.
Sem esperar o resultado, iniciar o tratamento com ocitócito, melhora o quadro
geral dela e em seguida vai pra curetagem. Alguns obstetras preferem
melhorar a infecção pra depois levar pra sala, mas como o foco da infecção é o
material em si, doutora prefere apenas estabilizar essa paciente e levar logo
pra sala, porque a chance de sucesso é maior.
Tratamento
Antibioticoterapia
Garamicina e Ampicilina. Metronidazol.
Ocitócito
Esvaziamento uterino
Depois que estabiliza, vai pra curetagem.
7. Abortamento retido
Hemorragia – Não tem
Dor – Não tem
Material eliminado – Não tem
Hipertermia – Não tem
Tamanho do útero - um pouco menor ao toque
Características do colo - fechado
USG – normalmente faz o diagnóstico, visualiza-se o embrião sem vitalidade.
Paciente faz consulta de rotina de pré-natal e em dado momento relata que não
tem mais enjoo, nem os outros sintomas.
Tratamento – até 16 semanas: aspiração ou curetagem, após 16 semanas faz
indução pra eliminar o material
8. Abortamento habitual
Conceito – 3 ou mais perdas consecutivas
Se a paciente diz que perdeu o primeiro bebê, perdeu o segundo, teve o terceiro
e perdeu o quarto, não é abortamento habitual, tem que ser consecutivo!
Frequência – 0,4% a 1%
Diagnóstico
Tratamento
Depende do diagnóstico
Doutora comenta que a videohisteroscopia é ótima, porque dá uma visão mais ampla, diminui
os riscos e confirma se todo material foi retido, mas não tem na rede pública. Ex: paciente com
aborto retido, fez-se a curetagem, mas o USG mostrou que ainda ficou resto, pois estava muito
próximo ao óstio tubário e a curetagem não ia conseguir retirar nunca.