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Tema: Aborto.
É importante que as mulheres ouçam os argumentos a favor do aborto. São
eles quatro:
1. O controle sobre a reprodução dá às mulheres a habilidade de
definir suas vidas e controlar seus destinos;
2. Mulheres que não estão prontas para serem mães- devido à
sua idade, à falta de um parceiro ou a planos de vida
alternativos- não deveriam sê-lo;
3. É crueldade trazer ao mundo uma criança pobre ou indesejada;
4. Uma vez que a gravidez dá-se no corpo da mulher, é seu
direito determinar se esta deve ou não continuar.
Frequentemente se apresenta esses argumentos às mulheres, nas
universidades e na mídia popular, em prol dos direitos do aborto. Mas as mulheres-
e, particularmente, as estudantes- também têm de ouvir e compreender a posição do
outro lado.
Infelizmente, a posição pró-vida quase nunca é exposta. Quando o é, faz-se
uma caricatura sua. Por exemplo, o livro “An Introduction to Women’s Studies:
Gender in a Transnational World” [Uma introdução aos estudos da mulher: gênero
em um mundo transnacional] nenhum de seus ensaios apresenta a posição pró-vida.
Todos os ensaios focam-se exclusivamente nos direitos da mulher. Nenhum deles
explora o argumento de que o feto ou bebê nascituro tenha também direitos.
Já no livro “Issues in Feminism: An Introduction to Women’s Studies”
[Questões no feminismo: uma introdução aos estudos da mulher], de Shelia Ruth,
figura um exemplo mais notável de distorção da posição pró-vida, se referindo ao
feto como nada mais que uma cortina de fumaça.
O DIREITO DA MULHER
Se o nascituro é uma vida humana, a mulher não pode ter o direito de
abortar, porque isso viola o direito de outra pessoa: o direito a vida é o mais
fundamental de todos os direitos, inviolável e inalienável, conforme o artigo V da
nossa Carta Magna.
O fato de sempre terem ocorridos abortos, assim como outros crimes, não
justifica e nem os torna moralmente aceitáveis.
NEGROS E ESTATISTICAS
Walter B. Hoye, negro, revela alguns dados chocantes, que aponta 6.217
casos de homicídios de negros americanos, enquanto as estatísticas nacionais de
aborto no mesmo ano contabilizam 429.000 abortos feitos por mulheres negras
americanas. De acordo com essa grande discrepância nos números, podemos
concluir que, a cada três bebês negros nascidos nos EUA, dois serão abortados.
Quando publicava seus textos eugenistas, Sanger defendia que negros e
pores deveriam procriar menos. Em seus momentos de maior radicalismo, chegou a
declarar que “a ação mais misericordiosa que famílias numerosas poderiam fazer
para um de seus filhos seria matá-lo”.
12% da população americana, aproximadamente, é negra, as mulheres
negras representam 37% dos abortos no país. Os brancos são quase 62% da
população, e as mulheres brancas fizeram quase 34% dos abortos. Já as hispânicas
realizaram 22%, embora seu grupo racial represente apenas 14% da população
[matéria “Taxa de aborto é ainda maior entre negras e hispânicas nos EUA” do
Portal G1, publicada em 23 de setembro de 2008].
Os pesquisadores estimam que entre um terço e metade de todas as
mulheres americanas farão um aborto antes dos 45 anos; 50% de todos os abortos
são feitos por mulheres com menos de 25 anos; um a cada cinco é feito por uma
adolescente.
Todos os anos, mais de um milhão de gravidezes acabam em abortos. Um
estudo recente sobre a magnitude do aborto no Brasil estimou que 1.054.242
abortos foram induzidos em 2005. (A fonte de dados para esse cálculo foram as
internações por abortamento registradas no Serviço de Informações Hospitalares do
Sistema Único de Saúde [SUS].)
EUROPA
Na Europa, que tem fama de ser mais liberal socialmente- defensora do
casamento gay, dos nascimentos fora do casamento e do sexo casual - do que a
America puritana. Porém, quando se trata do aborto, ao raro os países europeus
possuem mais políticas restritivas do que as atuais na America.
No reino unido, o aborto é legal até as primeiras 24 semanas, se continuar a
gravidez envolver um risco alto de saúde (física ou mental) da mulher ou de seus
filhos já nascidos. Permite-se o aborto após as primeiras 24 semanas (por volta do
quinto mês) apenas se houver um risco à vida da mãe, evidência de quaisquer
anormalidades fetais graves ou risco de prejuízos físicos e mentais “graves” á
mulher. Dois médicos têm de concordar quanto à necessidade de aborto.
Na Suécia, o aborto é permitido apenas até a 18ª semana, após a qual os
abortos são limitados à “circunstancias extraordinárias”.
DESEJO DE MATAR
O empate mesmo acaba por transfigurar toda essa discussão: diante dele,
passamos de uma disputa ético-metafísica, insolúvel nas presentes condições da
cultura ocidental, a uma simples equação matemática cuja resolução deve, em
principio, ser idêntica e igualmente probante para todos os seres capazes de
compreendê-la. Essa equação formula-se assim: se há 50% de probabilidade de que
o feto seja humano e 50% de que não o seja, apostar na última hipótese é,
literalmente, optar por um ato que tem 50% de probabilidade de ser um homicídio.
Dito de outro modo: apostar na inumanidade do feto é jogar na cara ou coroa
a sobrevivência ou morte de um possível ser humano. Negar que o outro seja
humano é a mais velha desculpa de quem deseja matá-lo. A ciência nazista
provava, com argumentos parecidos, que os judeus não eram gente.
Não é possível que o feto seja parte do corpo da mulher, como os abortistas
alegam. Se assim fosse, seria automutilação, causaria males terríveis, afinal, por
que alguém tiraria o seu pulmão do corpo sob o pretexto de “meu corpo, minhas
regras” sabendo do prejuízo?
Agora, basta saber se o feto pertence a mulher, para que ela faça o que
quiser com ele. E a resposta é: não. O feto não é formado apenas pelo ovulo da
mulher, mas também pelo esperma do homem, que não é produzido pelo corpo da
mãe, mas sim, pelo do pai.
A mãe não é, portanto, dona do feto inteiro, mas apenas de uma parte; da
outra parte, que veio do pai, é apenas depositária. Quando ouvir alguém defendendo
o aborto, e incentivando porque tem pena das mulheres pobres, pergunte:
- Mas, se você é tão bom e generoso que se oferece para ajudar a matar
meu filhinho, por que não pode me dar algum dinheiro para ajudá-lo a viver?
Se, o motivo do pró-aborto defender a causa for a pobreza, é importante
lembrá-lo: A solução para a pobreza não é matar o pobre.
Como se vê, tudo o que se tem dito e propagado sobre aborto não passa de
demagogia.