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ESTRUTURA

1- Expor o problema
2- Explicar o porquê de o ter escolhido e a sua importância
3- Tese
4- Argumentos
5- Resumo/ conclusão

Hoje vou explorar o problema “Será que o aborto é moralmente


correto?”, eu escolhi este assunto pois considero que seja
bastante importante, pois atualmente encontra se bastante
presente na nossa sociedade, sendo alvo de muito tabu e
opiniões diversas.
Penso que é importante referir que a legalização do aborto a
nível mundial é uma ação de máxima urgência, visto que a
gravidez indesejada pode vir do estupro, da falha dos métodos
contracetivos ou até mesmo da escassez dos mesmos.
Visto que o aborto é ilegal em muitas partes do mundo, muitas
mulheres veem se encurraladas com um feto na barriga e
decidem passar por todo este procedimento (o aborto) de forma
insegura e clandestina, realizada por indivíduos sem formação
com equipamentos não seguros para a saúde da mulher.
Portanto o aborto irá acontecer quer nós queiramos quer não,
quer seja legal ou não, portanto a decisão mais inteligente
deveria ser legalizar o aborto por completo, e não retirar o
direito básico à mulher e ao seu corpo.
Direito este que é explícito no princípio de Thomson, onde esta
assume que a mulher tem direito a tomar a decisão final em
relação ao futuro do feto. Thomson defende que o feto tem
direito à vida, mas não maior que o da mulher. Ou seja toda a
mulher é dona do seu corpo e isso inclui o poder de decisão que
esta exerce sobre si mesma. Só ela pode decidir legitimamente
se quer passar por toda uma gestação ou não.
Como é óbvio existem vários argumentos sobre o aborto, tanto a
favor como contra, e eu vou começar por falar sobre os que são
contra, ou seja obviamente os que eu não concordo.
Então primeiramente temos o argumento que é “Todos os seres
humanos têm direito à vida, os fetos são seres humanos, logo o
aborto é errado”, portanto acho que se percebe o que estes
argumentos assumem e eu não concordo. Pois na minha opinião
um feto só se torna num ser humano com direitos e valores a
partir do momento que a mulher dá à luz, ou seja quando este
perde a maior parte da sua dependência e já está totalmente
criado.
Ainda contra o aborto temos os argumentos que dizem que
todos os agentes racionais têm o mesmo direito à vida, e como
os fetos são seres racionais, o aborto é errado. Em relação aos
fetos serem seres racionais pode se afirmar que é mentira. Pois
de acordo com a ciência os fetos só adquirem algumas das suas
capacidades psicológicas na fase final da gravidez, onde já não é
possível abortar, e mesmo nessa fase o feto não tem a
capacidade mental de fazer escolhas e de agir conscientemente
perante a sua realidade. Logo estes argumentos não são os mais
adequados para tentar justificar a moralidade do aborto.
Então vamos passar agora para um dos argumentos que eu
defendo, que é o argumento que diz um individuo só tem direito
à vida se tiver consciência de si próprio, por isso os fetos não têm
direito à vida, logo o aborto é correto. Eu concordo com estes
argumentos pois abortar não iria contra a moralidade da vida do
feto, porque este não é um ser independente digno de tomar as
suas próprias decisões. Portanto o aborto não é uma ação imoral
e incorreta, pois não vai contra o direito à vida de ninguém.
Resumidamente, eu acredito sim que o aborto seja moralmente
correto e este apenas deve ser decidido pela mulher. Ninguém
do exterior tem que opinar sobre o que esta mesma mulher deve
ou não fazer, principalmente quando se trata de uma gravidez,
onde esta iria ter que sofrer com as responsabilidades todas.
Pois muitas das vezes quando se encontra uma gravidez
indesejada, encontra se também uma mãe sozinha e
desamparada.
O aborto não é importante apenas para acabar com a gravidez,
claro que esse é o principal objetivo, mas é importante também
para prevenir ao bebe um futuro carente das necessidades
básicas de vida, quer sejam necessidades físicas/ materiais como
as emocionais.
Penso que é importante dizer que todos nós temos o nosso livre
arbítrio, ou seja a capacidade de escolha autónoma realizada
pela sua própria vontade, ou seja temos o poder de decisão
sobre as nossas, ações, vontades e pensamentos. Por isso
mesmo o facto de existirem diferentes sobre o aborto não quer
dizer que especificamente uma esteja correta, pois isso vai variar
do ponto de vista e da mentalidade de pessoa para pessoa.
Para finalizar tenho que dizer que nenhuma mulher se auto-
titular como uma mulher livre enquanto não tiver o controlo
sobre o seu corpo, neste caso o controlo de querer gestar uma
vida ou não. Pois se o aborto permanecer ilegal, uma mãe
obrigada a ter um filho em pobres condições de vida, também
deveria ser ilegal.

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