Deveria, em caso necessário, o aborto ser praticado?
INTRODUÇÃO-Eu decidi falar do Aborto uma vez que é um
tema bastante discutido nos dias de hoje havendo bastantes opiniões divergentes acerca do mesmo. O aborto consiste na interrupção da gravidez. Existem dois tipos de aborto, o aborto espontâneo e o aborto induzido.
O Aborto espontâneo é a interrupção de uma gravidez devido a
ocorrência acidental ou natural. A maioria dos abortos espontâneos é causada por replicação incorreta de cromossomos e/ou fatores ambientais. O aborto espontâneo pode ser precoce (se ocorrer antes das 12 semanas de gestação) ou tardio (após 12 semanas de gestação).
O Aborto induzido é um procedimento usado para interromper uma
gravidez, também conhecido como Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). É um procedimento médico seguro e de risco reduzido para as mulheres, se realizado precocemente em serviço de saúde legal e autorizado.
DESENVOLVIMENTO-Em relação a este tema, eu sou a favor
uma vez que defendo que é preferível uma mulher decidir abortar do que, este ato lhe ser proibido, e o seu filho ser sujeito a situações que poderiam ser evitadas.
Em situações em que as condições não são favoráveis para ter que
cuidar e educar uma criança é preferível não a ter, que não a conseguir sustentar e, ter que recorrer a abandoná-la, que não só vai deixar marcas psicológicas no filho, mas igualmente na mãe.
Outra razão para eu ser a favor é se a mulher for sujeita a violação e
engravidar. Seria completamente errado ela ser obrigada a ter este filho. Provavelmente este não seria amado e seria uma constante recordação de um momento traumático para a mãe. Isto seria completamente errado uma vez que esta criança tem o direito de ser amada, o que, de acordo com esta situação, eu duvido que irá acontecer. A mãe sempre poderia recorrer a dar o filho para adoção. Futuramente poderá trazer problemas ao filho por este se sentir abandonado pela sua mãe biológica, estas situações podem ser evitadas recorrendo ao aborto.
Mais um argumento que apoia a minha posição acerca do aborto é se
o corpo é da mulher ela deve ter controlo sobre ele mesmo. A gravidez provoca bastantes mudanças na vida de uma mulher, quer físicas ou psicológicas. Pode ser assustador para uma mulher ver o corpo a mudar de uma maneira drástica e, em apenas 9 meses, ter de sustentar outro ser humano que precisa de atenção constante, amor e boas condições para que no futuro se torne uma pessoa feliz. Um filho não é uma “coisa” que simplesmente se possa dar. Uma mãe tem que estar preparada de várias maneiras para conseguir sustentar um filho, se esta sente que não consegue devido a motivos externos não deveria ter o filho apenas por pressões impostas nela.
Muitos são contra o aborto dizendo que a mulher engravidando
deveria ter responsabilidade pelos seus atos e que lhe deveria ser proibido o aborto. Como já referi anteriormente é preferível não ter o filho que este seja submetido a más condições ou que seja maltratado (uma vez que não foi “planeado”) pois pode, e provavelmente vai, deixar marcas/traumas para o resto da vida desta pessoa.
Outro argumento contra que é frequentemente usado é dizer que
recorrendo ao aborto estamos a matar um ser humano e que todos têm direito à vida. Imaginemos que engravidar foi um acidente (por exemplo), a mulher não pode decidir o que fazer com o seu próprio corpo apenas porque cometeu um erro? O feto não é independente, vai sempre depender da vida da mãe, se esta não se sente disposta a pôr a sua vida em risco para salvar o feto, uma vez que nem todas as grávidas passam pelo mesmo, podem existir complicações ao longo da gravidez que possam meter a vida da mãe em risco, e apenas abortar a iria salvar. Neste caso a vida da mãe está em risco devido ao feto, será que o direito à vida (não abortar) tem mais peso que o direito de decidir o que acontece no seu próprio corpo. Neste caso a mãe também tem direito à vida, não deveria pôr a sua em risco, pois cometeu um erro que pode ser “reparado” recorrendo ao aborto.
CONCLUSÃO-Concluindo, sou a favor do aborto, uma vez que
acredito que a mulher deve ter controlo sobre o seu próprio corpo e, não deveria estar sujeita a sustentar outro ser se sente que não o consegue fazer corretamente.