Portage Guilherme Quadros Maio2022

CLÍNICA FISIOPETI
Programa de Ensino e Treinamento Integrado

Análise Aplicada do Comportamento – ABA
São Bernardo do Campo (SP), 30 de Maio de 2022.
DADOS PESSOAIS
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
Nome Completo: Guilherme Nascimento de Quadros
Data de Nascimento: 29/11/2018 – Idade Atual: 3 anos e 6 meses
IDENTIFICAÇÃO DOS PAIS/RESPONSÁVEIS

Nome da Mãe: Marcela Tereza do Nascimento
Nome do Pai: Wanderson Roberto de Quadros
DADOS DA AVALIAÇÃO
Avaliadora: Líslien E. R. Ferreira (CRP: 06/164862)
Coordenadora do Setor de Avaliação: Dra. Giovanna Corte Honda
(CRP: 06/94506)
Supervisora: Dra. Eliana I. M. Hamasaki (CRP: 06/56169-2)
DESCRIÇÃO GERAL DO PACIENTE E DA AVALIAÇÃO CONDUZIDA

Guilherme nasceu de uma gestação a termo (39 semanas), por via cesariana. Após o nascimento, ele
foi acometido por um quadro de displasia do desenvolvimento do quadril e perda de peso excessiva que,
por consequência, resultou no uso de suspensório especifico por 10 meses. Após a retirada, ele
apresentou crises respiratórias que ocasionaram diversas internações por bronquiolite. Durante esse
período, fez uso das seguintes substâncias: Flixotide (50 mg), Aerolin e Montelair (4 mg). Atualmente,
essas suas condições fisiológicas estão sob controle, sendo acompanhadas pelo médico pneumologista
pediátrico.
A constatação para o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista [TEA] (F.84/CID10; OMS, 1997)1
ocorreu, quando Guilherme estava com 2 anos e 10 meses de idade, a partir de investigações após a
observação dos responsáveis acerca dos déficits relacionados à linguagem (atrasos na fala e ecolalias)
e a emissão de comportamentos estereotipados (visuais e enfileiramento de objetos), que os motivaram
a busca pela avaliação com a especialidade médica.
Durante o processo em que esteve sob processo de avaliação, Guilherme explorou ativamente o
ambiente, elegendo como potenciais reforçadores: dinossauros; jacaré; animais da fazenda; brincadeiras
que envolviam o comportamento de correr; escorregador; bolhas de sabão; e brinquedos de encaixe.
Quanto às habilidades sociais, ele apresentou busca pela interação com as avaliadoras para a realização
de pedidos, comunicando-se por meio de gestos (apontar e puxar as mãos dos interlocutores) e palavras
isoladas, durante as brincadeiras. Guilherme foi capaz de demonstrar imitações motoras, com o uso de
objetos e do próprio corpo, sob as solicitações das avaliadoras. Em relação à interação com pares, ele
demonstrou interesse para iniciar a condição de socialização, sendo capaz de cumprimentar os colegas,
quando lembrado.
Em relação à linguagem, apresentou bom controle instrucional, sendo capaz de responder às demandas
que lhe exigiam discriminação e ações simples (sentar-se; bater palmas; guardar itens; entregar objetos).
1A partir da 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), oficialmente em vigor desde Janeiro de 2022, o
código para o TEA passa a ser 6A02. Até a presente data, a consulta à CID-11 está disponível exclusivamente no site da
Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas na versão em inglês: https://icd.who.int/browse11/l-m/en.
MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

(dentro do Centro Hípico CAPI) - Estrada Marco Polo – Royal Parque – Batistini - https://goo.gl/maps/mmvBhbaFJS32
FILIAL 1 – UNIDADE JURUBATUBA – SBC
FILIAL 2 – UNIDADE CORAL – SBC
FILIAL 3 – UNIDADE SAPOPEMBA – SP
E-mail: noelia@fisiopeti.com.br, fisiopeti@fisiopeti.com.br
Telefone: +55 11 4396.4000 - WhatsApp: +55 11 94364.4001
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Durante todo o processo avaliativo, Guilherme apresentou vocalizações ininteligíveis e cantarolou

músicas conhecidas, como “Seu Lobato”. Em contexto de brincadeiras livres, foi capaz de vocalizar
palavras isoladas e nomear os sons dos animais e cores. Para realização de pedidos, ele apresentou o
comportamento de apontar e levar as mãos dos avaliadores até os itens desejados. Guilherme
apresentou ecolalias imediatas das vocalizações realizadas pelas avaliadoras.
Quanto às habilidades cognitivas, foi observada a utilização de materiais gráficos para a realização de
rabiscos na folha de sulfite, não apresentando comportamento de cópia. Também foi capaz de realizar
pareamento de cores e demonstrou reconhecer as partes de seu próprio corpo (pés; mãos; cabeça;
barriga). Importante ressaltar que, devido à recusa frente às demandas que lhe foram solicitadas,
algumas habilidades relacionadas ao domínio da cognição não puderam ser integralmente avaliadas.
De acordo com o relato de seus pais, Guilherme é capaz de realizar as atividades de vida diárias (AVD’s),
como tomar banho e escovar os dentes, necessitando apenas de monitoramento. Em relação às
vestimentas, ele colabora para vestir-se e despir-se; contudo, demonstra dificuldades para realizar o
mesmo com camisetas. Ainda sobre a realização de atividades referentes aos autocuidados, ele
apresenta certo grau de independência para manusear talheres, durante a alimentação. Ele é
desfraldado, porém ainda não utiliza palavras funcionais para indicar suas necessidades fisiológicas.
Quanto ao desenvolvimento motor, ele apresenta tônus muscular adequado, sendo capaz de realizar a
maioria dos movimentos, sem maiores comprometimentos. Apresenta marcha funcional, não
necessitando de auxílio para descer escadas e a capacidade de subir escadas alternando os pés.
Referente às atividades motoras finas, Guilherme é capaz de encaixar e desenroscar brinquedos que se
encaixam por roscas.
Guilherme apresentou comportamentos heterolesivos e autolesivos, durante o processo de avaliação.
Os seguintes comportamentos estereotipados foram observados: visuais, vocais e de enfileiramento de
objetos.
A seguir, uma breve descrição das especificidades identificadas na avaliação referente às diferentes
especialidades terapêuticas:
✓ Habilidades Motoras
Guilherme apresenta quadro motor compatível com normotonia global, com tendência hipotônica. O
controle e o planejamento motor estão adequados e satisfatórios, assim como as reações posturais
(endireitamento, equilibrio e proteção). As trocas posturais são adotadas e mantidas de forma
independente e, durante o processo avaliativo, não foram evidenciados encurtamentos e/ou
deformidades osteoarticulares. Guilherme se desloca por meio de marcha independente e funcional, sem
alterações relevantes. As atividades de ordem motora grossa mais relevantes foram realizadas e
concluídas adequadamente.
Assim, descarta-se a necessidade de intervenção fisioterapêutica ou psicomotora especializada para
Guilherme que, desta maneira, pode ser integrado ao programa de habilidades motoras para a realização
de atividade física dirigida.
Responsável pela Coordenação de Área: Débora Bachin Carvalho – CREFITO-3: 32.520-F
✓ Fonoaudiologia
Durante o processo de avaliação, Guilherme não estabeleceu interação com a avaliadora. Quanto à
linguagem receptiva, ele compreende ordens simples; entretanto, disse “não” para os comandos que lhe
foram solicitados. Em relação à linguagem expressiva, ele utiliza palavras isoladas e ininteligíveis, além
de emitir ecolalias imediatas. Quanto à sua motricidade orofacial (MOF), Guilherme apresentou a língua
aumentada e falta de selamento labial.
Responsável pela Coordenação de Área: Andreia Francisca Santos – CRfa-2: 21015
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✓ Pedagogia
Durante o processo de avaliação, Guilherme realizou as demandas que foram inseridas em contexto
lúdico; entretanto, em alguns momentos, ele não realizava as atividades, aparentemente por oposição.
Ele pareou as cores e identificou as cores (verde, amarelo e azul). Realiza grafismo desordenado;
reconhece as partes do corpo, como pés, mãos, cabeça e barriga.
Sugere-se o seu ingresso, em sessão semanal, no Setor de Psicopedagogia para desenvolver o seu
psicomotor, cognitivo e afetivo.
Responsáveis pela Coordenação de Área: Gislene Barbosa e Maria Isabel M. Guimarães –
Psicopedagogas
✓ Terapia Ocupacional (TO)

Guilherme apresentou alteração em 1 dos 4 Quadrantes Sensoriais (Esquiva; Exploração;
Observação; Sensibilidade), o que demonstra disfunção Moderada na Modulação Sensorial; isto é, na
habilidade do sistema nervoso gerar respostas adequadas diante das sensações do ambiente.
Crianças com perfil sensível apresentam um limiar neurológico baixo, ou seja, alguns estímulos
sensoriais têm impacto excessivo quando comparado ao impacto para a maioria das pessoas. E
possuem uma autorregulação passiva, ou seja, têm a tendência a deixarem que esses estímulos
cheguem, para depois reagirem a eles. Desse modo, elas interagem com o ambiente, de modo mais
cuidadoso e tendem a reagir apenas quando DETECTAM um estímulo. Possuem um alto nível de
consciência do ambiente, são atentas a detalhes; são exigentes nas formas de participação. Podem ser
desatentas e distraídas, ou hiperativas; costumam ser cautelosas; podem perder o foco, quando são
interrompidas; reagem muito rapidamente a estímulos no ambiente. A Figura 1 ilustra a pontuação
considerada esperada para a faixa etária de Guilherme e a pontuação obtida por ele, em cada um dos
quadrantes sensoriais, segundo o Modelo de Processamento Sensorial de Dunn (2002).
Responsável pela Coordenação de Área: Cristina Maria R. de Souza – CREFITO-3: 18.689-TO

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Muito menos que outros(as) Menos que outros(as) Exatamente como a maioria dos(as) outros(as) Mais que outros(as) Muito mais que outros(as)
56-110
60-100
61-95
54-95
48-60 47-59
44-55
43-53
43
20-47 21-46
18-42 19-43
31
29
26
7-19 8-20
7-17 7-18
0-6 0-7 0-6 0-6
P.Criança Classificação P.Criança Classificação P.Criança Classificação P.Criança Classificação

Exploração Esquiva Sensibilidade Observação
Quadrantes Sensoriais/Pontuação e Classificação

Figura 1. Pontuação – esperada e obtida – na avaliação de Perfil Sensorial: colunas na COR AZUL MARINHO se referem à
pontuação esperada para a faixa etária de Guilherme; as colunas multicoloridas indicam diferentes faixas de classificação.
VISÃO GLOBAL DO INVENTÁRIO PORTAGE OPERACIONALIZADO – IPO

O Inventário Portage Operacionalizado (IPO)2, de autoria original de Bluma, Shearer, Frohman e Hilliard
(1976), possibilita uma avaliação sistematizada para o público precoce e infantil, para identificar
eventuais déficits do neurodesenvolvimento. Atualmente, é utilizado como um protocolo de avaliação
comportamental para profissionais que consideram planejar procedimentos de intervenção entre
indivíduos com diagnósticos como o TEA. Como instrumento, o IPO verifica o repertório de
comportamentos esperados em cada faixa etária, compreendida entre 0-6 anos de idade, tomando como
referência o desenvolvimento típico, além de uma lista de comportamentos a serem observados e
estimulados nos primeiros 4 meses de idade da criança (Rodrigues, 2009).
ESCALA LABIRINTO DE AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

A Escala LABIRINTO3, desenvolvida por Lázaro, Siquara e Pondé (2019), é um instrumento para a
avaliação do comportamento alimentar em indivíduos com diagnóstico de TEA. O objetivo dessa escala
é levantar questões referentes às demandas alimentares, por meio de investigação indireta. Isto é, avaliar
sistematicamente o comportamento alimentar dos indivíduos com diagnóstico de TEA, por meio de
informações obtidas pelos pais ou responsáveis destes, a partir de suas práticas cotidianas.
2A partir do original The Portage guide to early education, em produção atualizada e traduzida por Williams e Aiello, em 2018.
3Instrumento desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia – UFBA – e pela Escola BAHIANA de
Medicina e Saúde Pública: Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em Autismo = LABIRINTO.

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RESULTADOS
✔ Gráfico Geral de Habilidades – IPO
A Figura 2 apresenta os dados referentes ao desempenho de Guilherme, em cada uma das habilidades
avaliadas, e a idade correspondente ao seu desempenho. O eixo Y descreve as idades de 0 a 6 anos e
o eixo X descreve cada categoria das habilidades, sob avaliação.
Desempenho Obtido Desempenho Esperado

6
5
Idade (Ano/Meses)
4 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6

3,1
2,9
3
2 1,8
1,4
1
1
0
Socialização Linguagem Cognição Autocuidados Motor
Habilidades/ Domínios
Figura 2. Habilidades atingidas pelas cinco categorias avaliadas pelo IPO, em meses de desenvolvimento (colunas na COR
VERMELHA = Desempenho Obtido; colunas na COR AZUL = Desempenho Esperado).
✔ Escala LABIRINTO
A Figura 3 apresenta os dados referentes às informações obtidas, a partir da Escala LABIRINTO. Vale
destacar que, dentre a pontuação geral possível na avaliação (isto é, 104 pontos), Guilherme atingiu 14,0
pontos, equivalente a 13% da pontuação geral da escala.
Destaca-se o fator referente à Comportamento Opositor Relacionado à Alimentação, no qual Guilherme

atingiu 50% da pontuação indicada, preenchendo os seguintes itens: [a] sem permissão, pega a comida
fora do horário das refeições; e [b] sem permissão, pega a comida de outras pessoas, durante as
refeições. Segundo relatos da família, ele também apresenta ritual para comer, sendo este o único
comportamento qualificado como rígido relacionado à alimentação, mais frequente em seu cotidiano.
Outro ponto de destaque diz respeito ao fator referente às Habilidades nas refeições, indicativo de
dificuldades importantes de Guilherme, neste sentido.

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100%
80%
Porcentagem
60%
40%
20%
0%
Motricidade na Seletividade Habilidades nas Comportamento Comportamentos Comportamento Alergia e
Mastigação Alimentar Refeições Inadequado Rígidos Opositor Intolerância
Relacionado às Relacionados à Relacionado à Alimentar
Refeições Alimentação Alimentação
Fatores
Figura 3. Pontuação dos comportamentos alimentares de Guilherme, baseada nos sete fatores indicados na escala
LABIRINTO.
✔ Avaliação de Barreiras Comportamentais

A Figura 4 apresenta a pontuação das barreiras identificadas como eventuais impedimentos para a
aquisição de repertórios de Guilherme. A pontuação referente a essas barreiras varia de 0,0 (ausência
da referida barreira) a 4,0 (pontuação máxima).
Vale destacar que, dentre a pontuação geral possível na avaliação de barreiras (isto é, 64,0 pontos),
Guilherme atingiu 30,0 pontos.

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Problemas de comportamento
Problemas de controle instrucional
Habilidades sociais prejudicadas
Dependência de dicas
Chutar respostas
Habilidades de examinar atentamente os estímulos
Habilidades de generalização prejudicadas
Operações Motivadoras prejudicadas [OMs]
Barreiras
Exigência da resposta enfraquece as motivações

Dependente de reforçador
Autoestimulação
Articulação da fala comprometida
Comportamento Obsessivo Compulsivo
Comportamento Hiperativo
Falha em estabelecer contato visual
Defensividade Sensorial
0 1 2 3 4
Pontuação
Figura 4. Pontuação de barreiras comportamentais: 0,0 = ausência de barreiras; 4,0 = pontuação máxima.
A seguir, descrição das barreiras e suas respectivas pontuações observadas, durante o processo de
avaliação de Guilherme:
Problemas de Comportamento: (3,0)

Guilherme emite uma variedade de comportamentos negativos, diariamente, como por exemplo: recusas;
jogar-se ao chão; gestos negativos; autolesivos (beliscar a si mesmo); e heterolesivos (bater no outro).
Normalmente, esses comportamentos ocorrem frente a situações envolvendo algum tipo de frustração
e/ou quando ele é interrompido a dar continuidade a alguma atividade repetitiva.
Problemas de Controle Instrucional: (2,0)

Exibe comportamentos não cooperativos algumas vezes por dia, tais como: recusas consistentes e
comportamentos negativos associados (como os já destacados no item anterior: problemas de
comportamento). Guilherme vocaliza “não” frente às demandas que lhe são solicitadas e se recusa a
realizar atividades estruturadas.
Habilidades Sociais Prejudicadas: (2,0)

Em interação com pares, Guilherme apresenta dificuldades para iniciar brincadeiras ou para compartilhar
objetos espontaneamente; não se engaja em atividades sociais ou de imaginação. Entretanto, ele
demonstra interesse por crianças da mesma faixa etária e é capaz de realizar ações, com o auxílio de
interlocutores.
Dependência de Dicas: (N/A)

Não se aplicou a esse processo de avaliação.

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Chutar Respostas: (N/A)

Habilidades de Examinar Atentamente os Estímulos: (3,0)

A sua habilidade para examinar estímulos é limitada a conjuntos com número restrito/menor de
estímulos, devido aos seus comportamentos opositores e hiperativos.
Habilidades de Generalização Prejudicadas: (N/A)

Operações Motivadoras Prejudicadas [OMs]: (2,0)

Durante o processo avaliativo, Guilherme apresentou brincadeiras repetitivas com itens específicos de
seu interesse. Ele manteve-se engajado por curto período de tempo, mesmo quando empregados
recursos lúdicos.
Exigência da Resposta Enfraquece as Motivações: (3,0)

Guilherme tolera apenas a exigência para a emissão de poucas respostas, antes de perder o interesse
no reforçador.
Dependente de Reforçador: (N/A)

Autoestimulação: (2,0)
Guilherme apresenta comportamentos repetitivos (virar os olhos de lado), durante brincadeiras livres.
Mesmo assim, ele ainda demonstra ser capaz de aprender novas atividades e de exercer controle sobre
o comportamento, quando é redirecionado para uma determinada atividade.
Articulação da Fala Comprometida: (4,0)

Ele exibe repertório limitado de palavras, o que dificulta a compreensão efetiva de interlocutores acerca
do que ele pretende comunicar.
Comportamento Obsessivo Compulsivo: (3,0)

Durante o processo de avaliação, Guilherme demonstrou comportamentos de enfileiramento de objetos,
além de comportamentos negativos associados (como os já destacados no item anterior: problemas de
comportamento), se a emissão deles for interrompida. Em anamnese, segundo relatos de seu pai,
também há a ocorrência de alguns rituais relacionados à alimentação.
Comportamento Hiperativo: (3,0)

Comumente, Guilherme manifesta comportamento hiperativo de difícil controle que, por sua vez, pode
resultar em comportamentos de: não esperar em filas; não se sentar calmamente ou de não conseguir
permanecer em tarefas mais longas do que alguns minutos.
Falha em Estabelecer Contato Visual: (2,0)

Quando chamado pelo próprio nome, Guilherme atende ao interlocutor; contudo, o mantém por um breve
período. Em situações durante as quais ele se recusa a realizar a demanda que lhe é solicitada, ele evita
atentar-se às pessoas.

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CLÍNICA FISIOPETI
Defensividade Sensorial: (1,0)

Certas estimulações sensoriais podem afetá-lo – sensibilidade a luz do sol – contudo, demonstrou
capacidade de lidar com esses estímulos. Segundo relato dos responsáveis, ele também apresenta
sensibilidade a sons altos e aglomeração de pessoas.

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HABILIDADES IDENTIFICADAS NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO – MAIO/2022

SOCIALIZAÇÃO – 0 A 1 ANO
Observa uma pessoa movimentando-se em seu campo visual.
Sorri, em resposta à atenção do adulto.
Vocaliza, em resposta à atenção.
Olha para sua própria mão, sorrindo ou vocalizando.
Responde a seu círculo familiar, sorrindo, vocalizando ou parando de chorar.
Sorri, em resposta à expressão facial dos outros.
Sorri e vocaliza, ao ver sua imagem no espelho
Acaricia ou toca no rosto de adultos (puxa cabelo; toca nariz; pega óculos etc.).
Estende a mão em direção a um objeto oferecido.
Estende os braços em direção a pessoas familiares.
Estende a mão e toca sua imagem refletida no espelho.
Segura e examina, por 1 minuto, um objeto que lhe foi dado.
Sacode ou aperta um objeto colocado em sua mão, produzindo sons involuntários.
Brinca sozinho, por 10 minutos.
Procura contato visual, quando alguém lhe dá atenção, por 2 a 3 minutos.
Brinca sozinho, sem reclamar por 15 a 20 minutos, próximo de um adulto.
Vocaliza, para obter atenção.
Imita adulto em brincadeiras de esconde-esconde.
Bate palmas, imitando um adulto.
Acena a mão, imitando um adulto.
Oferece algo, mesmo que nem sempre o entregue.
Abraça, acaricia e beija familiares.
Responde ao próprio nome, olhando ou estendendo o braço para ser pego.
Manipula brinquedo ou objeto.
Estende um brinquedo ou objeto a um adulto e o entrega.
SOCIALIZAÇÃO – 1 A 2 ANOS
Imita um adulto, em uma tarefa simples.
Brinca ao lado de outra criança, cada uma realizando tarefas diferentes.
Aceita a ausência dos pais, embora possa reclamar.
Explora ativamente seu meio ambiente.
Realiza atividade manipulativa com outra pessoa.
Abraça e carrega um boneco ou brinquedo macio.
Repete ações que produzem risos e atenção.
Dá um livro para que um adulto o leia ou para que ambos o compartilhem.
Puxa uma pessoa a mostrar-lhe algo.
Cumprimenta colegas ou adultos, quando lembrado.

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CLÍNICA FISIOPETI
Obedece a ordens dos pais, pelo menos em 50% das vezes.
Busca / leva um objeto ou pessoa, quando solicitado.
LINGUAGEM – 0 A 1 ANO
Repete sons emitidos por outras pessoas.
Repete a mesma sílaba, de 2 a 3 vezes.
Responde a gestos com gestos.
Responde a perguntas simples com respostas não verbais.
Combina 2 sílabas diferentes, quando tenta verbalizar.
Usa uma palavra funcionalmente, para indicar objetos ou pessoas.
Vocaliza, em resposta à fala de outras pessoas.
LINGUAGEM – 1 A 2 ANOS
Dizer 5 palavras diferentes.
Obedece a 3 ordens diferentes que não são acompanhadas de gestos indicativos.
Consegue “dar” ou “mostrar”, quando solicitado.
Aponta para 3 partes de seu próprio corpo.
Produz sons de animais, ou os nomeia pelo som que eles emitem.
Emprega “não”, na fala.
COGNIÇÃO – 0 A 1 ANO
Remove um pano do rosto que obscureça sua visão.
Procura, com o olhar, um objeto que foi tirado de seu campo visual.
Remove um objeto de um recipiente colocando a mão dentro do mesmo.
Coloca um objeto em um recipiente, imitando um adulto.
Coloca um objeto em um recipiente, quando recebe instruções.
Balança um brinquedo que produz som, pendurado em um barbante.
Coloca três objetos em um recipiente e o esvazia.
Transfere um objeto de uma mão à outra para apanhar outro objeto.
Deixa cair e apanha um brinquedo.
Descobre um objeto escondido sob um recipiente.
Coloca um pino redondo em uma prancha de pinos, quando solicitado.
Executa gestos simples, quando requisitado.
COGNIÇÃO – 1 A 2 ANOS
Retira 6 objetos de um recipiente, um por vez.
Aponta para uma parte do corpo.
Faz rabiscos no papel.
Coloca 5 pinos redondos, sob comando.

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CLÍNICA FISIOPETI
Emparelha 3 cores.
AUTOCUIDADOS – 0 A 1 ANO
Suga e deglute líquidos.
Toma mingau / sopinha.
Estende as mãos em direção à mamadeira, tentando pegá-la.
Come alimentos liquidificados oferecidos pelos pais.
Segura a mamadeira, sem ajuda, enquanto bebe o líquido nele contido.
Leva a mamadeira até à boca ou a recusa, empurrando-a.
Come alimentos amassados oferecidos pelos pais.
Bebe em uma caneca, segurada pelos pais.
Come alimentos semissólidos oferecidos pelos pais.
Alimenta-se sozinho, usando os dedos.
Segura a caneca, com ambas as mãos, e bebe o líquido nela contido.
Leva a colher cheia de alimento até à boca, com ajuda.
Estica braços e pernas, ao ser vestido.
AUTOCUIDADOS – 1 A 2 ANOS
Come com colher, de modo independente.
Segura a caneca, com uma só mão, e bebe o líquido nela contido.
Coloca a mão na água e dá tapinhas no rosto com as mãos molhadas, imitando alguém.
Senta-se em um peniquinho ou sanitário infantil, por 5 minutos.
Coloca um chapéu na cabeça e o remove.
Tira as meias.
Empurra os braços pelas mangas e os pés pelas pernas das calças.
Tira os sapatos, quando os cordões estão desamarrados
Puxa um fecho grande para cima e para baixo.
Alimenta-se sozinho usando colher ou caneca, derrubando um pouco de comida ou derramando
pouco líquido.
Quando recebe uma toalha, enxuga as mãos e o rosto, com ajuda.
Suga líquido do copo ou caneca, usando canudinho.
Dá garfadas.
Mastiga e engole apenas substâncias comestíveis.
Enxuga as mãos, sem ajuda, ao lhe darem uma toalha.
Avisa que quer ir ao banheiro, mesmo sendo tarde demais.
Controla sua baba.
Urina ou defeca quando colocado no peniquinho, pelo menos 3 vezes por semana.
Escova os dentes, imitando um adulto.
Retira roupas simples que foram desabotoadas.
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CLÍNICA FISIOPETI
Usa o banheiro, para defecar (falhando apenas 1x por semana).

Obtém água de uma torneira/bebedouro, sem ajuda.
Lava as mãos e o rosto com um sabonete.
Avisa que quer ir ao banheiro, durante o dia a tempo.
Permanece seco, ao dormir durante o dia.
Usa guardanapo, quando recomendado.
Espeta o garfo no alimento, levando-o à boca.
Despeja líquido de uma pequena jarra para o copo, sem ajuda.
Lava seus braços e pernas, ao lhe darem banho.
Alimenta-se sozinho, por toda a refeição.
Enxuga o nariz, quando lembrado.
Acorda seco, 2 manhãs por semana.
Assoa o nariz, quando lembrado.
Escova os dentes, quando recebe instrução.
DESENVOLVIMENTO MOTOR GLOBAL – 0 A 1 ANO
Alcança um objeto colocado à sua frente (15 a 20 cm.).
Apanha um objeto colocado à sua frente (8 cm.).
Estende os braços em direção a um objeto à sua frente e o apanha.
Alcança um objeto preferido.
Coloca objetos na boca.
Eleva a cabeça e o tronco apoiando-se nos braços, ao estar deitado de barriga para baixo.
Levanta a cabeça e o tronco, apoiando-se em um só braço.
Toca e explora objetos com a boca.
Em decúbito ventral (DV), vira-se de lado e mantém esta posição, em 50% das vezes.
Em DV, vira-se de costas.
Em DV, move-se para frente o equivalente à sua altura.
Em decúbito dorsal (DD), rola para o lado.
Em DD, vira-se de barriga para baixo.
Faz esforço para sentar-se, segurando nos dedos do adulto.
Vira a cabeça, com facilidade, quando o corpo está apoiado.
Mantém-se sentado, por 2 minutos.
Solta um objeto para apanhar outro.
Apanha e deixa cair um objeto, propositalmente.
Fica em pé, com o máximo de apoio.
Estando em pé com apoio, pula para cima e para baixo.
Engatinha, para apanhar um objeto (distante à sua altura).
Senta-se, apoiando-se sozinho.
Estando sentado, vira-se de gatinhas.
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CLÍNICA FISIOPETI
Estando em DV, consegue sentar-se.

Senta-se, sem o apoio das mãos.
Atira objetos, ao acaso.
Balança para frente e para trás, quando de gatinhas.
Transfere objetos de uma mão para outra, quando sentado.
Retém, em uma das mãos, 2 cubos de 2,5 cm.
Fica de joelhos.
Fica em pé, apoiando-se em algo.
Usa preensão de pinça, para pegar objetos.
Engatinha.
Estando de gatinhas, estende uma das mãos para o alto.
Fica em pé, com o mínimo de apoio.
Lambe a comida ao redor da boca.
Mantém-se em pé sozinho, por um minuto.
Derruba um objeto que está dentro de um recipiente.
Vira várias páginas de um livro, ao mesmo tempo.
Escava com uma colher ou pá.
Coloca pequenos objetos dentro do recipiente.
Estando de pé, abaixa-se e se senta.
Bate palmas.
Anda, com um mínimo de apoio.
Dá alguns passos, sem apoio.
DESENVOLVIMENTO MOTOR GLOBAL – 1 A 2 ANOS
Sobe escadas, engatinhando.
Coloca-se em pé, estando sentado.
Rola uma bola, imitando um adulto.
Coloca 4 aros em uma pequena estaca.
Retira pinos de 2,5 cm de uma prancha ou tabuleiro.
Encaixa pinos de 2,5 cm em uma prancha de encaixe.
Constrói uma torre de 3 blocos.
Faz traços no papel com lápis ou giz de cera.
Anda sozinho.
Desce escadas sentado, colocando primeiro os pés.
Senta-se em uma cadeirinha.
Agacha-se e volta a ficar em pé.
Empurra e puxa brinquedos, ao andar.
Usa cadeira ou cavalo de balanço.
Sobe escadas, com ajuda.
Dobra o corpo, sem cair, para apanhar objetos no chão.
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CLÍNICA FISIOPETI

Vira trincos ou maçanetas em portas.
Salta no mesmo local, com ambos os pés.
Anda de costas.
Desce escadas, sem ajuda.
Atira uma bola a um adulto, a 1 m e ½ de distância.
Constrói uma torre de 5 a 6 blocos.
Vira páginas de um livro, uma por vez.
Desembrulha um pequeno objeto.
Desmancha e reconstrói brinquedos de encaixe por pressão.
Desenrosca brinquedos que se encaixam por roscas.
Chuta uma bola grande que está imóvel.
Segura o lápis entre o polegar e o indicador, apoiando-o sobre o dedo médio.
Dá cambalhota para frente, com ajuda.
Anda na ponta dos pés.
Corre 10 passos, coordenando e alternando o movimento dos braços e pés.
Sobe em um escorregador de 1,20 m a 1,80 m e escorrega.
Sobe escadas, alternando os pés.
Marcha (anda de forma ritmada).
Muda de direção, ao correr.
Encaixa objetos de rosca.

15
CLÍNICA FISIOPETI
HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

SOCIALIZAÇÃO – 0 A 1 ANO
Erguer os braços para expressar “grande”, imitando um adulto.
Apertar ou sacodir um brinquedo para produzir sons, em imitação.
Imitar movimentos de outras crianças, ao brincar.
Tomar parte em uma brincadeira com outra criança, por 2 a 5 minutos.
Retirar a mão ou dizer “não”, quando estiver próximo de um objeto não permitido e alguém o lembrar
disto.
Quando colocado em sua cadeira ou trocador, esperar ser atendido.
Brincar com 2 ou 3 crianças da sua idade.
Compartilhar um objeto ou alimento com outra criança.
Prestar atenção à história ou música, por 5 a 10 minutos.
Dizer “Por favor” ou “Obrigado”, quando lembrado.
Tentar ajudar os pais a executarem tarefas realizando parte da mesma.
Brincar de usar roupas de adultos.
Fazer uma escolha, quando indagado.
Demonstrar entender sentimentos, expressando-os.
Cantar e dançar, ao ouvir músicas.
Seguir regras de um jogo, imitando ações de outras crianças.
Cumprimentar pessoas familiares, sem ser lembrado.
Seguir regras em jogos de grupos dirigidos por adultos.
Pedir permissão para brincar com um brinquedo que estiver sendo usado por outra criança.
Dizer “Por favor” e “Obrigado”, sem ser lembrado, em 50% das vezes.
Atender ao telefone, chamando um adulto e falando com pessoas familiares.
Esperar a sua vez.
Seguir regras em jogos dirigidos por uma criança mais velha.
Obedecer às ordens de um adulto, em 75% das vezes.
Permanecer em seu próprio quintal ou jardim.
Brincar perto de outras crianças conversando com elas, enquanto trabalhar em um projeto próprio
(Tempo de Permanência: 30 minutos).
Pedir ajuda, quando estiver tendo dificuldades.
Contribuir para a conversa de adultos.
Repetir rimas, canções ou danças para os outros.
Fazer uma tarefa sozinho, por 20 a 30 minutos.

16
CLÍNICA FISIOPETI
Pedir desculpas, sem ser lembrado, em 75% das vezes.

Esperar sua vez em brincadeiras que envolvam de 8 a 9 crianças.
Brincar com 2 a 3 crianças, por 20 minutos, em uma atividade que envolva cooperação.
Quando em público, apresentar um comportamento socialmente aceitável.
Pedir permissão para usar objetos dos outros, em 75% das vezes.
LINGUAGEM – 0 A 1 ANO
Interromper a atividade, quando lhe disserem “Não”, em 75% das vezes.
Imitar padrões de entonação da voz de outras pessoas.
Pedir “mais”.
Dizer “acabou”.
Apontar para 12 objetos, quando eles lhe forem nomeados.
Apontar para 3 a 5 figuras, em um livro.
Dizer seu nome ou apelido, quando solicitado.
Responder à pergunta “O que é isto?”.
Combinar palavras e gestos, para expressar desejos.
Nomear 5 membros da família, incluindo animais.
Nomear 4 brinquedos.
Pedir alimentos conhecidos pelo nome, quando eles lhe forem mostrados.
Fazer perguntas, variando a entonação da própria voz.
Nomear 3 partes do corpo em um boneco ou outra pessoa.
Responder a perguntas de “sim / não”.
Combinar substantivos ou adjetivos e substantivos, em frases de 2 palavras.
Combinar substantivo e verbo, em frases de 2 palavras
Usar uma palavra, para indicar que quer ir ao banheiro
Combinar verbo ou substantivo com “lá” e “aqui”, em frases de 2 palavras.
Combinar 2 palavras, para expressar posse.
Responder à pergunta “O que .... está fazendo?”, para atividade habituais.
Responder a perguntas do tipo “Onde está o objeto X?”.
Nomear sons ambientais familiares.
Dar mais de um objeto, quando for empregada a forma plural na solicitação.
Ao falar, referir-se a si próprio pelo nome.
Apontar para figuras de objetos comuns descritos pelo uso [até 10] (“O que se usa pra comer? =
colher”).
Mostrar a idade pelos dedos.
Dizer seu gênero, quando solicitado.
Obedecer à sequência de duas ordens relacionadas.
Usar a forma do verbo no gerúndio.
17
CLÍNICA FISIOPETI
Empregar formas regulares no plural.

Empregar algumas formas irregulares de verbos no passado, de forma sistemática.
Fazer perguntas do tipo “O que é isso?”.
Controlar o volume da própria voz, em 90% das vezes.
Usar “este / esta” e “aquele / aquela”, na fala.
Empregar “é” e “está”, em frases simples.
Dizer “eu”, “mim”, “meu/minha”, ao invés do próprio nome.
Apontar objetos e dizer que eles não são outras coisas.
Responder à pergunta “Quem?”, fornecendo um nome.
Empregar as formas possessivas dos substantivos.
Usar artigos, ao falar.
Usar substantivos que indiquem grupo ou categoria.
Usar os verbos “ser”, “estar” e “ter” no presente, com poucos erros.
Dizer se os objetos estiverem “abertos” ou “fechados”.
Expressar “diminutivos” e “aumentativos”, quando falar.
Prestar atenção por 5 minutos, a uma história que lhe for lida/contada.
Obedecer à sequência de 2 ordens não relacionadas.
Dizer seu nome completo, quando solicitado.
Responder perguntas simples, envolvendo “Como?”.
Empregar verbos regulares, no passado.
Relatar experiências imediatas.
Dizer como são usados objetos comuns.
Expressar ações futuras, empregando os verbos “ir”, “ter” e “querer”.
Utilizar adequadamente “masculino” e “feminino”, na fala.
Usar formas imperativas de verbos, ao pedir favores.
Contar 2 fatos, na ordem de ocorrência.
Obedecer a uma sequência envolvendo 3 ordens.
Demonstrar compreensão de verbos reflexivos, usando-os ocasionalmente (por exemplo: “Papai se
machucou”).
Conseguir identificar objetos / figuras que formem par, sob solicitação.
Empregar o futuro, ao falar.
Usar orações compostas por coordenação.
Conseguir identificar a parte de cima e debaixo de objetos, quando solicitado.
Empregar ocasionalmente o condicional, ao falar (poderia, pudesse, iria, seria, faria).
Conseguir identificar “absurdos” em figuras.
Empregar as seguintes palavras: tia(o), avó, avô.
Completar frases com antônimos.
18
CLÍNICA FISIOPETI
Relatar uma história conhecida, sem ajuda de figuras.

Em uma figura, nomear o objeto que não pertencer a uma determinada categoria.
Dizer se duas palavras rimem ou não.
Usar frases complexas, compostas por subordinação.
Dizer se um som for “forte” ou “fraco”.
COGNIÇÃO – 0 A 1 ANO
Empurrar 3 blocos, como se fosse um comboio.
Remover um círculo de uma prancha, por imitação.
Empilhar 3 blocos, sob comando.
Emparelhar objetos semelhantes.
Apontar para si, quando lhe perguntarem “Cadê o Guilherme?”.
Emparelhar objetos com a figura do mesmo nome.
Apontar para a figura que lhe for nomeada.
Virar as páginas de um livro (2/3 por vez), para encontrar a figura que lhe for nomeada.
Encontrar determinado livro, quando ele lhe for solicitado.
Completar quebra-cabeças de encaixe de 3 peças.
Nomear 4 objetos comuns em figuras.
Desenhar uma linha vertical, imitando um adulto.
Desenhar uma linha horizontal, imitando um adulto.
Copiar um círculo.
Emparelhar objetos com a mesma textura.
Apontar o “pequeno” e o “grande”, quando solicitado.
Desenhar (+), imitando um adulto.
Colocar objetos dentro, em cima e embaixo de um recipiente, sob comando.
Nomear objetos, quando ouvir o barulho que eles produzem.
Montar brinquedos de encaixe de 4 peças.
Nomear ações em figuras (“O que ... está fazendo?”).
Emparelhar forma geométrica com a figura da mesma.
Nomear objetos como sendo “grandes” ou “pequenos”.
Apontar para 10 partes do corpo, quando requisitado.
Apontar para “menino” e “menina”, sob comando.
Dizer se um objeto for “pesado” ou “leve”.
Unir 2 partes de uma figura para formar o todo.
Descrever 2 eventos ou personagens de uma história familiar ou programa de televisão.
Repetir brincadeiras (rimas ou canções) que envolvam movimentos coordenados.

19
CLÍNICA FISIOPETI
Emparelhar 3 ou mais objetos.

Apontar para objetos “compridos” ou “curtos”.
Associar objetos correspondentes, como por exemplo: meias/sapatos.
Contar até 3, imitando um adulto.
Agrupar objetos, em categorias.
Traçar um (V), em imitação.
Traçar uma linha diagonal, dado o exemplo.
Contar até 10 objetos, imitando um adulto.
Construir uma ponte com 3 blocos, por imitação.
Emparelhar uma sequência ou padrão (tamanho, cor) de blocos ou contas.
Copiar uma série de (V) interligados.
Acrescentar perna ou braço, em um desenho incompleto da figura humana.
Completar quebra-cabeças de 6 peças.
Indicar se os objetos forem “iguais” ou “diferentes”.
Desenhar um quadrado, imitando um adulto.
Nomear 3 cores, quando requisitado.
Nomear 3 formas geométricas (quadrado, triângulo e círculo).
Apanhar de 1 a 5 objetos, quando eles lhe forem solicitados.
Nomear 5 texturas diferentes.
Copiar um triângulo, ao ser requisitado.
Recordar-se de 4 objetos que tenham sido vistos em uma figura.
Dizer o momento do dia associado a cada atividade.
Repetir rimas familiares.
Dizer se um objeto for “mais pesado” ou “mais leve” (objetos com diferença de 0,5 Kg).
Dizer o que estiver faltando, quando um objeto for retirado de um grupo de 3 objetos.
Nomear 8 cores.
Identificar o valor de 3 moedas.
Emparelhar símbolos (letras e números).
Dizer a cor de objetos nomeados.
Relatar 5 principais fatos de uma história contada 3x.
Desenhar figura humana (cabeça, tronco e 4 membros)
Cantar 5 estrofes de uma canção.
Construir uma pirâmide de 10 blocos, por imitação.
Nomear objetos como sendo “compridos” ou “curtos”.
Colocar objetos “atrás”, “ao lado” ou “junto” a outros.
Fazer conjuntos iguais de 10 objetos, segundo o modelo.
Nomear ou apontar para a parte ausente da figura.
Contar de 1 a 20.
20
CLÍNICA FISIOPETI
Identificar o objeto que estiver colocado no meio, em primeiro e em último lugar.

Tirar o casaco, quando desabotoado.
Tirar as calças, quando desabotoadas.
Utilizar palavras ou gestos, indicando necessidade de ir ao banheiro.
Calçar os sapatos.
Pendurar o casaco em um gancho da sua altura.
Evitar riscos, como por exemplos: pontas em móveis e escadas sem corrimão.
Desprender roupas presas com o feixe de pressão.
Colocar meias.
Vestir casaco, malha ou camisa.
Identificar a parte dianteira das roupas.
Vestir-se só, precisando de ajuda apenas quanto a malhas ou camisetas com golas fechadas ou
botões e fechos.
Vestir-se e despir-se sozinho, exceto quanto a botões e fechos, em 75% das vezes.
Fechar a roupa com fechos de pressão ou de gancho.
Evitar perigos corriqueiros, como por exemplo: cacos de vidro.
Pendurar roupas em cabides e as colocar no armário, quando lhe solicitarem.
Colocar luvas.
Desabotoar botões grandes.
Abotoar botões grandes.
Calçar botas.
Limpar o que derramou, por conta própria.
Evitar veneno e todas as substâncias prejudiciais.
Desabotoar suas roupas.
Abotoar suas roupas.
Retirar prato e talheres da mesa.
Encaixar o fecho em sua terminação.
Lavar as mãos e o rosto.
Usar talher apropriado para alimentar-se.
Acordar de noite para ir ao banheiro, ou acordar seco.
Limpar e assuar o nariz, em 75% das vezes, sem ser lembrado
Tomar banho só, precisando de ajuda apenas para lavar as costas, pescoço e orelhas.
Usar faca/espátula para espalhar manteiga/geleia/requeijão no pão.
Apertar e afrouxar cintos ou fivelas.
21
CLÍNICA FISIOPETI
Vestir-se sozinho, mesmo que ainda não consiga dar laços.

Servir-se à mesa, enquanto lhe segurarem a travessa de alimento.
Ajudar a pôr a mesa corretamente, quando receber instruções.
Escovar os dentes.
Ir ao banheiro a tempo, retirar a roupa, usar papel higiênico, dar descarga e vestir-se, sem ajuda.
Pentear ou escovar cabelos.
Pendurar roupas em cabides.
Andar pela vizinhança, sem constante supervisão.
Enfiar cordões em sapatos.
Amarrar ou dar laços nos cordões dos sapatos.
Subir em uma cadeira de adulto, virar-se e se sentar.
Imitar um movimento circular.
Enfiar 4 contas grandes em um cordão, em 2 minutos.
Dobrar um papel ao meio, imitando um adulto.
Fazer bolas de argila, barro ou massinha.
Dar marteladas para encaixar 5 pinos em seus orifícios.
Monta quebra-cabeças de 3 peças.
Cortar algo em pedaços com tesoura.
Pular de uma altura de 20 cm.
Chutar uma bola grande, quando ela lhe for enviada/lançada.
Pedalar com triciclo, a uma distância de 1 m e ½.
Balançar em um balanço, quando este estiver em movimento.
Dar cambalhotas para frente.
Aparar a bola, com ambas as mãos.
Desenhar figuras, seguindo contornos ou pontilhados.
Recortar ao longo de uma linha reta 20 cm, afastando-se pouco da linha.
Ficar em um só pé, sem apoio, por 4 a 8 segundos.
Andar sobre uma viga ou tábua, mantendo o equilíbrio.
Pular para frente, 10 vezes sem cair.
Saltar sobre uma corda suspensa, a 5 cm do solo.
Pular de costas 6 vezes.
Rebater e apanhar uma bola grande.
Unir 2 a 3 pedaços de massa de modelar.
Recortar em torno de linhas curvas.

22
CLÍNICA FISIOPETI
Descer escadas, alternando os pés.

Pedalar um triciclo, fazendo curvas.
Saltar em um só pé, 5 vezes consecutivas.
Recortar um círculo em 5 cm.
Desenhar figuras simples facilmente identificáveis (por exemplo: casa).
Recortar e colar formas simples.

23
CLÍNICA FISIOPETI
Referências e Literaturas Recomendadas
American Psychiatric Association [APA]. (2014). Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos

Mentais. 5ª Ed. [DSM-5]. Porto Alegre (RS): Artmed.
Bluma, S., Shearer, M., Frohman, A., & Hilliard, J. (1976). The Portage guide to early education. Portage
(WIS): Coopetative Educational Service Agency 12.
Dunn, W. (2002). Infant/toddler sensory profile: User's manual. San Antonio (TX): Psychological
Corporation.
Magyar, C. I., & Pandolfi, V. (2007). Factor structure evaluation of the childhood autism rating
scale. Journal of Autism and Developmental Disorder, 37, 1781-1794.
Organização Mundial da Saúde [OMS]. (1997). Classificação Estatística Internacional de Doenças e

Problemas Relacionados à Saúde. 10ª Ed. [CID-10]. São Paulo: Universidade de São Paulo – USP.
Rodrigues, O.M.P.R. (2009). O inventário Portage operacionalizado e o desenvolvimento de bebês. Tese

(Livre Docência) – Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho –
UNESP. Bauru, São Paulo.
Williams, L.C.A., & Aiello, A.L.R. (2018). Manual do inventário Portage operacionalizado: Avaliação do
desenvolvimento de crianças de 0-6 anos. Curitiba (PR): Juruá.
A Equipe FisioPeti coloca-se à disposição, para quaisquer esclarecimentos e/ou informações adicionais
que se fizerem necessários.
Dra. Noelia Barbosa de Oliveira Dra. Eliana I. de M. Hamasaki

Diretora Clínica Geral Supervisora Geral – ABA
CREFITO/3: 32248-F CRP: 06/56169-2

24

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CLÍNICA FISIOPETI

Programa de Ensino e Treinamento Integrado

São Bernardo do Campo (SP), 30 de Maio de 2022.

IDENTIFICAÇÃO DOS PAIS/RESPONSÁVEIS

DESCRIÇÃO GERAL DO PACIENTE E DA AVALIAÇÃO CONDUZIDA

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

Durante todo o processo avaliativo, Guilherme apresentou vocalizações ininteligíveis e cantarolou

✓ Terapia Ocupacional (TO)

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

0-6 0-7 0-6 0-6

P.Criança Classificação P.Criança Classificação P.Criança Classificação P.Criança Classificação

Quadrantes Sensoriais/Pontuação e Classificação

VISÃO GLOBAL DO INVENTÁRIO PORTAGE OPERACIONALIZADO – IPO

ESCALA LABIRINTO DE AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

Desempenho Obtido Desempenho Esperado

4 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6

Destaca-se o fator referente à Comportamento Opositor Relacionado à Alimentação, no qual Guilherme

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

✔ Avaliação de Barreiras Comportamentais

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

Exigência da resposta enfraquece as motivações

Problemas de Comportamento: (3,0)

Problemas de Controle Instrucional: (2,0)

Habilidades Sociais Prejudicadas: (2,0)

Dependência de Dicas: (N/A)

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

Chutar Respostas: (N/A)

Habilidades de Examinar Atentamente os Estímulos: (3,0)

Habilidades de Generalização Prejudicadas: (N/A)

Operações Motivadoras Prejudicadas [OMs]: (2,0)

Exigência da Resposta Enfraquece as Motivações: (3,0)

Dependente de Reforçador: (N/A)

Articulação da Fala Comprometida: (4,0)

Comportamento Obsessivo Compulsivo: (3,0)

Comportamento Hiperativo: (3,0)

Falha em Estabelecer Contato Visual: (2,0)

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

Defensividade Sensorial: (1,0)

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

HABILIDADES IDENTIFICADAS NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO – MAIO/2022

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

Usa o banheiro, para defecar (falhando apenas 1x por semana).

Estando em DV, consegue sentar-se.

DESENVOLVIMENTO MOTOR GLOBAL – 2 A 3 ANOS

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

Pedir desculpas, sem ser lembrado, em 75% das vezes.

Empregar formas regulares no plural.

Relatar uma história conhecida, sem ajuda de figuras.

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

Emparelhar 3 ou mais objetos.

Identificar o objeto que estiver colocado no meio, em primeiro e em último lugar.

Vestir-se sozinho, mesmo que ainda não consiga dar laços.

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

Descer escadas, alternando os pés.

MATRIZ – UNIDADE MARCO POLO – SBC

Referências e Literaturas Recomendadas

American Psychiatric Association [APA]. (2014). Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos

Organização Mundial da Saúde [OMS]. (1997). Classificação Estatística Internacional de Doenças e

Rodrigues, O.M.P.R. (2009). O inventário Portage operacionalizado e o desenvolvimento de bebês. Tese