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RELATÓRIO PSICOLÓGICO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

DADOS DO PACIENTE
Caio Henry Cardoso dos Santos
DATA DE NASCIMENTO: 07/08/2019 IDADE: 4 Anos
CID – 11: 6A02 GÊNERO: Masculino
FILIAÇÃO
Mãe: Rosa
Pai: Clovis
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA AUTORA
Maria Alinny N. Serafim – Psicóloga Clínica – CRP10/06867

SOLICITANTE: Neuropediatra

FINALIDADE
Documento de caráter informativo para repasse de demanda, evolução, orientações e
procedimentos adotados no atendimento do paciente Caio Henry Cardoso dos Santos.

2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA
O paciente Caio Henry Cardoso dos Santos, chegou à psicoterapia com o intuito de
realizar acompanhamento psicoterapeutico no método ABA, devido ao seu diagnóstigo que está de
acordo com o CID – 11: 6A02. O paciente apresenta ecolalias e estereotipias como correr,
mexer/balançar as mãos, pular, balançar a cabeça, repetir palvras e musicas aleatoriamente
(que ele conhece e/ou assiste e gritar. Ainda mantém o hiperfoco em números, letras e
carrinhos. O brincar ainda não funcional. Caio Henry apresenta dificuldade na interação e
intervenção terapeutica (dependendo das intervenções proporcionadas) o mesmo tem
atendimento duas vezes por semana.

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3. PROCEDIMENTOS
Para o atendimento foi realizado uma entrevista de Anamnese com a mãe e o pai, com
duração de 50 minutos.
Família: Paciente mora com os pais. A mãe e o pai sempre o acompanham as terapias ,
o que ajuda bastante na intervenção e eficácia da terapia, até então.
Desenvolvimento psicomotor: De acordo com o observado, a criança não passou
pelas etapas do desenvolvimento em idade esperada.
Alimentação: Seletividade alimentar rígida.
Aprendizagem: Na área pedagógica, o paciente, tem mostrado muitas dificuldades,
com algumas evoluções. Entretanto no que concerne na aprendizagem de novas habilidades,
comportamentos mais coerentes e/ou em função ainda de sua idade a ser alfabetizado
(conhece as letras).
Sono: A responsável relata o sono do mesmo regular.
Socialização: Caio Henry presenta dificuldades a cerca da interação social, tanto com
/crianças quanto com adultos, habilidade que já tem sido trabalhada.
Conduta e comportamento: O paciente pode apresentar comportamentos dentro de
sua normalidade e apresenta algumas vezes recusa em atividades que exijam da sua
concentração e atenção. FOI REALIZADO UMA ADAPTAÇÃO COM A
CRIANÇA USANDO DE RECURSOS COMO “MUSICA-E-TERAPIA”
ALCANÇANDO ASSIM ALGUNS CONTATOS VISUAIS SUSTENTADOS,
ATENÇÃO ALTERNADA, assim foi possível acontecer algumas interações
obtendo resposta da criança. Mesmo tem baixa muito baixa tolerância a frustração e
apresenta algumas demandas emocionais e comportamentais.
O paciente faz acompanhamento com sessões semiestruturadas com a duração de 45
minutos de Psicoterapia - ABA , tem frequentado as sessões até o presente momento,
deixando de vir apenas por motivos de saúde ou por alteração na rotina da família e/ou
feriados. O paciente comparece DUAS SESSÕES semanais.
Estão sendo utilizados durante o processo terapêutico, métodos lúdicos para a
avaliação e estimulação voltados, principalmente, para:
• Funções executivas;
• Autorregulação emocional;
• Seguimento de instrução;
• Atenção;
• Memória;

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• Concentração;
• Percepção visual;

4. ANÁLISE
Dentro das sessões psicoterápicas, é possível observar diversos aspectos da vida do
indivíduo, como as funções executivas, estas, são processos cognitivos complexos
importantes para que o sujeito seja capaz de se adaptar quase instantaneamente a seu ambiente
em mudança.(CZERMAINSKI e BOSA, 2013).
Em relação ao comportamento de Caio Henry, observou-se um desempenho baixo em
seu planejamento e flexibilidade cognitiva - levando em consideração os marcos do
desenvolvimento de sua idade – apresentando entretanto alguma dificuldade voltada para
desempenho da memória operacional, porém o mesmo consegue repetir algumas instruções
quando é de seu interesse. As atividades são aplicadas no mínimo 3x por sessão, abraçando o
critério de repetição do método ABA. O paciente apresenta grande resistência em fazer
atividades repetitivas ou que demandem um pouco mais de esforço ou foco. As atividades de
atenção, memorização e concentração não conseguiram ser efetuadas.
No que concerne as habilidades básicas listo abaixo as já observadas no paciente:
• Habilidades de Atenção: sentar, esperar e contato visual com o terapeuta ao brincar, a
distancia, brincando a distancia e durante os comandos, o mesmo não segue-ás sempre, em
alguns casos quando a medicação são bem administradas e usando de reforço sua Batatinha.
• Habilidades de Imitação: o paciente apresenta imitação de alguns movimentos motores
grossos (bater palmas); Imitação com objetos (brincar com a massinha, jogar bola, montar
lego e/ou carrinho,); Imitação de movimentos motores finos e imitação de sequencia de
movimentos ( com um tempo de latência aumentado ); Imitação de Sequencia de movimentos (dar
tchau, mandar beijo e sinalizar sim ou não com a cabeça) sendo reforçados a cada sessão.
• Habilidade de Comunicação Receptiva: Seguir instruções de um passo ( “diga oi”, “sente”,
“levante”, “espere”); Instruções de dois passos ( “pegue a bola e coloque no cesto”, “feche a porta
e apague a luz”); Identificar Objetos; Identificar partes do corpo ( cabeça, pé, mão, olho);
Identificar pessoas e familiares.
• Habilidade de Linguagem Expressiva: Apontar em direção a itens desejados ( bola, massinha,
slime, etc); Apontar encostando o dedo no item.

5. CONCLUSÃO

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Dentro do avaliado, Caio Henry Cardoso dos Santos, de 4 anos, não demonstra
domínios em aspectos do desenvolvimento adequados para sua idade. O paciente, apresenta
comportamentos que precisam ser reforçados diariamente em relação as interações, comandos
e cognição. O mesmo se apresenta como uma criança um pouco fora da curva de
desenvolvimento esperada para sua idade, entretanto, em relação ao inicio do processo
terapêutico.
A criança tem apresentado evoluções muito significativas, Caio Henry necessita
permanecer em terapia por tempo indeterminado em ABA e Integração Sensorial. Ressalta-se
que, o ser humano possui uma natureza dinâmica não definitiva e não cristalizada. Sendo
assim, os resultados aqui expostos dizem respeito ao desempenho das funções
comportamentais, como também, emocionais observados nos últimos meses.
Os instrumentos são de uso privativo ao psicólogo, são utilizados e analisados
qualitativamente no decorrer das sessões, os conteúdos não relevantes para a documentação
permaneceram em sigilo na pasta de documentações do paciente. Este documento tem caráter
sigiloso, não sendo autorizado nenhum tipo de reprodução para fins que não sejam autorizados
pelo paciente e seusresponsáveis.

6. ORIENTAÇÕES SUGESTIVAS

Manter o acompanhamento multiprofissional, visando a estimulação para maior


desenvolvimento cognitivo, comportamental e visual;
Comunicação Alternativa, se necessário;
Atividades que reforcem a motricidade fina e grossa do mesmo como; Desenhos, pinturas etc;
Rotina de exercícios físicos como: Natação ou artes maciais com profissionais especialistas
em tea ou atendimento infantil) visando a interação social e terapeutica, à principio;
O uso de telas deve ser voltados a atividades lúdicas que contribua para seu desenvolvimento,
caso contrario optar pela retirada;
Horário de lazer fixo nos finais de Semana (É de suma importância) .
Horário de dormir fixo.
Rotina visual com todas as atividades diárias do paciente.

Coloco-me à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem necessários.

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Altamira – Pará, 10 de Outubro de 2023.

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Maria Alinny N. Serafim
Psicóloga Clínica
CRP 10/06867

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REFERÊNCIAS

ABRAHÃO, Anaísa Leal Barbosa Dos Santos; ELIAS, Luciana Carla. Crianças com TDAH
eprofessoras. Psico, v. 53, n. 1, p. e39098-e39098, 2022.

American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de


transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

ARAÚJO, Leila Márcia Guimarães; SILVA, Luciana de Araújo Mendes; MOREIRA, Rosana
Mendes Maciel. O uso de celulares na adolescência e sua interferência nas relações
interpessoais nesta fase. Research, Society and Development, v. 11, n. 13, p.
e309111335644-e309111335644, 2022.

BARBOSA, Luana; ANDRADE, Alana. Utilização de técnicas cognitivo-comportamentais e


recursos lúdicos por psicólogos na psicoterapia infantil. CADERNOS DE PSICOLOGIA, v.
4, n. 7, 2022.

EVANGELISTA, Vítor de Morais Alves; LEPRE, Rita Melissa. GAMES, VIOLÊNCIA E


MORALIDADE. ARTEFACTUM-Revista de estudos em Linguagens e Tecnologia, v. 21,
n. 1, 2023.

FREITAS, Giovanna Lopes; GOMES, Ueliton Santos. Uso de recursos lúdicos na terapia
comportamental infantil. Boletim Interfaces da Psicologia da UFRuralRJ, v. 5, p. 31-42,
2021.

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