Você está na página 1de 2

Será o aborto livre a solução para termos uma humanidade mais

feliz?
 O aborto foi durante muito tempo, tema tabu e proibido na sociedade portuguesa. Até
1975, muito por força da Igreja, e do conservadorismo social, o aborto era prática
clandestina, colocando em risco a vida de milhares de mulheres, que não desejava o filho
por que esperavam. Mas em 1974, foi o ano em que Portugal se tornou democrático e se
conquistaram liberdade e fundamentos transversais, as mulheres apenas em 2007 se
tornou legal mediante determinadas condições, tais como pressupor a prática até 24
semanas de gestação por causa da má formação do feto, até as 16 semanas em caso de
violação ou crime sexual, em qualquer momento quando esteja em causa a segurança da
gravida ou caso o feto seja inviável, etc... . Durante muitos tempos as mulheres não
puderam decidir livremente sobre o seu corpo, mas quando em 2006 o referendo realizado
no nosso país veio reforçar com quase 60%de votos favoráveis a vontade popular
favorável a despenalização da interrupção voluntária da gravides nas primeiras 10
semanas, o anseio de milhares de portuguesas foi finalmente alcançado sendo reforçado,
sendo reforçado por argumentos a favor e argumentos contra.

 Argumentos a favor:
 As mulheres têm liberdade de escolher sobre o seu corpo, não devendo ser
obrigada a acolher uma gravidez indesejada seja por que mantiver por exterior à
sua vontade. Durante muitos séculos a mulher foi considerada uma propriedade do
marido subjugando-se a sua vontade e aos seus desejos. A mulher era parideira e o
seu principal papel era parir e garantir a continuidade da linhagem do marido. A
vontade da mulher não interessava e muitas sobre riscos de vida, não tiveram outa
opção a não ser ceder à vontade do marido.
 As mulheres têm o direito de não acolher uma gravidez caso seja violada-agredida
sexualmente pensando também nos danos psicológicos que uma criança
indesejada pode implicar. Nenhuma mulher, depois do trauma de ser violada deve
ser confrontada e afrontada com uma gestação que resulte no parto de uma criança
gerada num contexto traumático como uma violação. a mulher pode e deve
proteger-se de uma situação que o recorde todos dias de um trauma e de uma
agressão no qual ela é completamente vítima.
 Argumento contra:
 Kant defendia o direito à vida como direito inviolável e supremo. Então não terá o
feto também o direito de viver? A liberdade de despor o seu corpo não torna a
mulher uma assassina ao tentar superpor o seu direito de ser livre sobre o direito a
sua vida de quem não se consegue defender.
 A liberdade sexual da mulher não é linear com a felicidade da mesma e da
sociedade, ou seja, defender a igualdade entre homens e mulheres pode não ser
sinónimo de felicidade, pois não existe uma relação cientificamente provada de
que liberdade sexual total garante felicidade plena e total, podendo até causar
frustração, angústia e desequilíbrio emocional.
 Por mais que a tecnologia evolua, a mentalidade e os valores conservadores ainda
partilhados por milhares de pessoas atribuem a mulher que expresse a liberdade
sobre os eu corpo crença de que é descuidada, pois se o fosse, teria tomado
precauções.
 É a mulher que cabe proteger-se na relação sexual e não ao homem. É ela que
engravida por isso se ela engravida é muito por sua culpa.
 Pensamento machista e antiquado: analogia e o feto como semente. O homem
nasceu para espalhar a sua semente e a banalização do aborto pode interferir
negativamente na função do homem, que para muitas culturas (muçulmanos,
exemplo, onde existe um homem pode ter várias mulheres e engravidá-las ao
mesmo tempo) a mulher é tema onde o homem deposita a sua própria semente, é
um meio para atingir um fim.
 Os homens têm tanto direito para decidir tanto quanto as mulheres. Este
argumento defende que sendo o feto produto de um espermatozoide e de um ovulo
atribuindo a responsabilidade a partir da concepção da nova vida.
 Posição do grupo: somos a favor do aborto livre como uma solução para uma humanidade
mais feliz desde que respeite determinadas regras não somos radiais como Stuart Mill
com o ponto de defender o bem-estar comum de forma que devemos agir com a
finalidade de atingir o bem-estar e a felicidade geral, ignorando as regras morais absolutas
e pensando apenas nas consequências de ação para maximizar a felicidade geral. Ora
como conclusão não podemos ignorar que o aborto com regras tal como conclusão não
podemos ignorar que o aborto com regras tal como previsto na lei portuguesa que permite
assegurar à mulher o controlo do seu corpo, mas também o acesso a cuidados de saúde
sendo feita durante séculos condenada à morte de milhares de mulheres, as mulheres
conquistaram um pouco mais de liberdade como reconhecimento a sua liberdade é um
valor inferior à vontade do homem, do feto e defendemos que a mulher que se sacrificou
durante tantos séculos deve ser o seu direito a uma gravidez que não deseja respeitado.
Não se trata de banalizar a prática, mas atender finalmente ao anseio de milhões de
mulheres. Objeções da consciência a parte e que muitas ainda alegam para condenar o
aborto, acreditamos que uma criança indesejada, pode ser um dia um adulto
psicologicamente afetado pela falta de amor dos pais, por isso julgamos que o nascimento
de uma criança não deve ditar o início de uma história traumática, mas sim a
possibilidade de termos uma humanidade mais harmoniosa e feliz.

Você também pode gostar