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Problemas éticos na interrupção da vida humana

Haverá problemas éticos na interrupção da vida humana?


O direito do feto é mais importante que o direito da mulher?, Será a eutanásia uma morte digna?, A pena de morte é moralmente
aceitável?

Trabalho realizado: Ana Marracho, Ana Lima, Adriana Anjos


Disciplina: Filosofia
Índice
Pagina1: Capa
Página 2: Índice
Página 3: Introdução, Importância do problema, Eutanásia, principais teses da eutanásia, argumentos
e objeções da eutanásia, resposta às objeções, aborto, principais teses sobre o aborto, argumentos
sobre o aborto
Página 4: Objeções, resposta as objeções do aborto, Pena de morte, principais teses sobre a pena de
morte, argumentos, objeções e resposta sobre a pena de morte, conclusão
Pagina 5: Bibliografia
Neste trabalho pretendemos responder a perguntas relacionadas com a temática “a interrupção da
vida humana” interpretando as várias perspetivas e as suas objeções, analisando a perspetiva de
outros filósofos. Escolhemos este tema por considerá-lo de grande importância pois a interrupção da
vida humana é muito mais do que um debate sobre questões éticas, médicas e jurídicas, a questão
da interrupção da vida humana é um debate sobre direitos humanos, sobre liberdade e autonomia,
sobre a vida e sobre a forma como a queremos viver e sobre o modelo de sociedade que queremos.
Neste ensaio filosófico vamos centrar-nos em 3 temas: a eutanásia, o aborto e a pena de morte.
A eutanásia concretiza-se no ato de antecipar a morte de alguém em situação de grande sofrimento
e sem qualquer esperança de cura, em resposta a um pedido do próprio proferido de forma informada
e consciente. A vida é um direito, não uma obrigação, e por isso não é aceitável que sejamos forçados
a estendê-la para além da nossa vontade. Neste âmbito, o que está em causa não é uma opção entre
a vida e a morte, mas sabendo o doente qual o seu destino, uma escolha entre duas formas de morrer,
isto é, a escolha entre uma morte livre e digna e uma morte agoniante decorrente da doença. Há um
princípio criado por G. E. Moore em sua Principia Ethica chamado “Principle of Weighted Certainties”,
o qual postula o seguinte: “Nunca devemos dar crédito a algo do qual estejamos menos certos do
que a algo do qual estejamos mais certos”. O que seria mais certo? Deixar que alguém, durante anos
e anos sofra dores horríveis, possa morrer em paz, ou obrigá-lo a continuar a viver contra a sua
vontade? Existem muitos argumentos contra a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos
e sociais. Do ponto de vista da objeção religiosa a eutanásia é vista como uma usurpação do direito
à vida humana, sendo o “O Criador “ o único com poder no assunto. Na perspetiva da ética médica,
consideram que a vida é um dom sagrado, sobre a qual o médico não pode ser juiz da vida de alguém.
Cada pessoa tem a consciência para decidir por si próprio, estando na base a escolha pela prática
ou não da eutanásia. A eutanásia não apoia nem defende a morte em si, apenas faz uma reflexão de
uma morte mais suave e menos dolorosa que algumas pessoas optam por ter, em vez de terem uma
morte lenta e de sofrimento. É preciso analisar os diversos elementos sociais que rodeiam o indivíduo,
incluindo assim as componentes biológicas, familiares e económicas. Essas componentes têm de ser
avaliadas, contextualizadas e pensadas, de forma a assegurar a verdadeira autonomia do indivíduo
que, alheio de influências exteriores à sua vontade.
Antes de mais, o aborto é um tema de grande importância porque está diretamente relacionado
à vida e aos direitos humanos. Tese pró-vida: defende que o feto tem o mesmo direito à vida que um
ser humano, Tese pró-escolha: defende que as mulheres têm direito sobre o seu corpo, Tese da saúde
pública: a legalização do aborto é necessária para proteger a saúde e a segurança das mulheres. Mas
apesar de existirem todas estas teses, a que eu defendo mais profundamente é a tese de que todas
as mulheres são livres para decidir se querem ou não abortar, uma vez que os argumentos a favor
fazem muito mais sentido, como por exemplo: As mulheres devem ter o direito de escolher se querem
ou não continuar uma gravidez, pois isso afeta diretamente as suas vidas e liberdades individuais.
Mas, assim como existem muitos argumentos a favor do aborto, há também várias objeções, por
exemplo: Para muitas pessoas, a vida humana começa quando o feto é gerado e, portanto, o aborto
é considerado homicídio, outras dizem que em vez de abortar, as mulheres devem considerar outras
alternativas, como a adoção. Mas para o grupo, algumas destas objeções até fazem sentido, mas não
explicitam o porquê de a mulher ser proibida de abortar, pois mesmo que o feto nascesse não teria a
mesma qualidade de vida do que um bebé planeado. A pena de morte, ou pena capital, é o nome
que se dá à punição que tira a vida de um criminoso. Todos os dias são executadas pessoas por ordem
do Estado como castigo pelos seus crimes. Esta punição é a negação dos direitos humanos. O estudo
deste problema é essencial para a sociedade atual. Existem claramente duas correntes de
pensamento quanto a esta questão: concordância com a aplicação da pena de morte; discordância
com a aplicação da pena de morte. A corrente de pensamento que defendo é a que condena a
aplicação da pena de morte, por considerar que tem muitas variáveis que a tornam errada, e por isso
moralmente inaceitável. Assim sendo, segundo a minha apreciação: é a negação dos direitos
humanos, a pena de morte é um castigo definitivo e irreversível, é discriminatória, é usada como
ferramenta política. Existem correntes de pensamento que defendem a pena de morte, as quais eu
não concordo. Assim sendo, segundo a minha apreciação: A pena de morte garante que um criminoso
não cometerá mais crimes : De facto esse criminoso que é morto não cometerá mais crimes, mas o
Estado está a cometer o mesmo crime que o criminoso praticou ao condená-lo à morte. Retribuição:
O criminoso pagaria com a própria vida, pela vida que tirou a inocentes: Uma sociedade que preze a
vida em harmonia com valores morais de interajuda entre todos, não pode incentivar a vingança.
No final deste ensaio filosófico podemos concluir que o que é moralmente aceite para uns pode
não ser para outros, tudo depende da perspetiva de cada um de nós, segundo as nossas crenças e
ideias religiosas, políticas, culturais e o nosso posicionamento perante a vida. Daqui se infere que a
nosso ver, as interrupções da vida humana na nossa sociedade deveriam sim existir e ser legalizadas,
mas não ser levadas em exagero no que consta ao aborto, não devemos usar como um contracetivo,
na eutanásia apenas em casos terminais e na pena de morte não estamos de acordo que a mesma
seja legalizada, pois o individuo acaba por não sofrer, diferente de uma prisão perpetua, onde o
mesmo poderia se consciencializar do crime que cometeu.
Bibliografia
• https://prezi.com/p/stgyqi_3vqhk/problemas-eticos-na-interrupcao-da-vida-humana/
• https://estudoemcasa-2020-2021.s3.eu-west-
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20vida%20humana.pdf?ThIABFvqoMLB4kIi9Q7JfOITz5x93F78
• file:///C:/Users/Aluno/Downloads/9373-Artigo-15702-1-10-20200712.pdf
• file:///C:/Users/Aluno/Downloads/moraesunesp,+4309-14074-1-CE.pdf
• https://www.studocu.com/pt/document/best-notes-for-high-school-pt/filosofia/haverao-problemas-
eticos-na-interrupcao-da-vida-humana-na-nossa-sociedade/29678069
• https://pt.scribd.com/document/617700516/Problemas-eticos-na-interrupcao-da-vida-humana#
• https://pt.scribd.com/document/542350925/eutana-sia
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• https://sites.google.com/site/eutanasiatematabu/pros-contras
• https://www.studocu.com/pt/document/escola-secundaria-de-montemor-o-velho/matematica-10-
ano/440637078-ensaio-filosofico-a-pena-de-morte-e-moralmente-aceitavel/26915516
• https://blog.portaleducacao.com.br/argumentos-contra-aborto-favor/
• http://conpedi.danilolr.info/publicacoes/7j4p413w/rk34e542/iktmpQ88D46zm14P.pdf
• https://filosofianaescola.com/moral/aborto-o-debate-na-filosofia/

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