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OBS: Nas questões 1 e 2, o que está destacado é a resposta mais simples. Colocamos
informações extras para a melhor compreensão e para aqueles que gostam de respostas
mais elaboradas. Nas demais, é tudo. OBS2: Questão 5 é muito pessoal. Aconselho
àqueles que discordarem fazerem suas próprias respostas.
A posição da Igreja Católica é que o embrião é uma pessoa e, portanto, com direito à
vida. Deste modo, na visão católica, é inaceitável o descarte de embriões não usados em
técnicas de reprodução. A entidade compara o ato a um aborto, por se tratar de vida. A Igreja
também é contra a criação de embriões para estudo, sua destruição, congelamento e
manipulação em técnicas científicas.
Outro aspecto relevante é o descarte, seja por graves doenças genéticas ou o casal não
permite o congelamento. O questionamento se aproxima das questões éticas a respeito do
aborto. Para aqueles em que defendem o início da vida com a fecundação o descarte de
embriões será aborto, e portanto crime. A técnica de seleção embrionária traz à baila outro
aspecto ético importante, pois se por um lado esse procedimento ajuda casais com risco de
doença genética, por outro traz riscos ao embrião, podendo ocasionar lesões e morte
embrionária. Outro problema seria a seleção, logo eliminação de embriões com anomalia.
Por fim, os aspectos legais estão previstos no Código de ética Médica, na Resolução
1358/92 do Conselho Federal de Medicina e na lei 11.105/2005, conhecida como Lei de
Biossegurança. O Código de Ética Médica prevê o dever do médico de alertar o paciente dos
efeitos e riscos dos métodos contraceptivos e conceptivos, proibindo a fecundação artificial
sem o inteiro conhecimento sobre o procedimento e o acordo dos participantes.
Na verdade, depende dos valores em jogo. Por exemplo, quando se justifica a legítima
defesa, tirar a vida de alguém que está impelindo injusta agressão é optar pela própria vida ou
pela vida de terceiro inocente, em detrimento da do agressor, e é um valor aceito pelo homem,
mesmo se tratando da vida de alguém.
Nesse caso, salvar a vida de um inocente justifica matar o agressor. Portanto, os fins
não justificam os meios quando os meios não são justos, mas havendo justiça, eles são
justificáveis. O problema é que justiça é um conceito muito subjetivo, variando não só de uma
sociedade para outra, como também nas pessoas entre si.
No caso dos embriões, uma vez que a bioética os considera como vida a ser protegida,
considerada bem maior do ser humano, seria injusto em nossa sociedade trocar a vida do
embrião pela das pessoas pela das pessoas que necessitam das células-tronco para tratar sua
doença, pois nesse caso estaríamos dizendo que a vida do embrião vale menos que a do ser
humano nascido, sem qualquer outro motivo embasador. Aqui, não há injusta agressão que
permita que uma vida deva ser salva em detrimento da outra, portanto os meios não são
justos. Por esta linha, se considerarmos embrião como vida humana, não importa o estágio de
desenvolvimento que ela esteja, deverá ser amparada, pois a proteção é da vida e não da sua
viabilidade.