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Escola Secundária Forte da Casa

SERÁ A CLONAGEM ARTIFICIAL


ETICAMENTE CORRETA ?

Disciplina: Filosofia

Tema: Organismos geneticamente modificados e o


impacto ambiental e na saúde humana;

Carlota Gil nº5

Daniela Primoroso nº9

Paulo Fernandes nº18

Sara Solposto nº22

11ºAno

Turma: CT3

Ano Letivo: 2021/2022


ÍNDICE

Introdução 3

O que é a clonagem?........................................................................................ 3

Será o clone Humano? 4

Será a clonagem artificial eticamente correta?.......................................... 4/5

Posições ……………………………………….…………….………………………. 5

Conclusão ……………………..………………………………..…………………… 5

Webgrafia ………………………………………………………………………….… 6

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Introdução
Neste ensaio vamos estabelecer a nossa posição sobre a ética moral da
clonagem artificial. A clonagem artificial é um dos muitos dilemas que dividem o
nosso mundo, vista por muitos como um benefício para a nossa sociedade e
por outros como o princípio do fim da espécie humana. Assim, esta questão
deu origem a diversos debates e divergências de ideais que vamos utilizar para
defender a nossa opinião.

O que é a clonagem?
A clonagem é um processo de produção de indivíduos geneticamente iguais. É
um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias
geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo.

Dentro do processo de clonagem é possível distinguir duas vertentes: a


clonagem natural e a clonagem artificial.

A clonagem natural é feita por seres com a capacidade de se reproduzirem


assexuadamente, dá origem a seres geneticamente iguais ao seu progenitor.
Ocorre espontaneamente na Natureza e é comum em várias espécies.

Já a clonagem artificial trata-se da clonagem realizada pelo Homem em


laboratório e esta dividida em diversas frações:

- Clonagem induzida: Técnica de engenharia genética praticada em laboratório


através de uma célula-mãe que pode ser aplicada em animais e vegetais.

- Clonagem reprodutiva: Consiste na introdução de uma célula somática numa


célula retirada de um animal logo após a ovulação. Ao fundir, a célula torna-se
um embrião normal colocado no útero do “progenitor”. A ovelha Dolly é um dos
exemplos mais conhecidos deste método.

- Clonagem embrionária: Remoção de uma ou mais células de um determinado


embrião provocando o desenvolvimento completo das mesmas. Forma-se
assim um novo embrião geneticamente igual ao que lhe deu origem.

- Clonagem terapêutica: Idêntica à clonagem reprodutiva (à exceção de não ser


introduzida no útero), é utilizada com o intuito de produzir tecidos ou órgãos
para transplante.

Considerando apenas a clonagem artificial, será que podemos considerar um


ser vivo que foi feito á imagem e semelhança do Homem um ser humano?

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Será o clone humano?
Esta é uma questão que gera uma discordância de ideias no geral, um clone
que partilha o seu DNA com um Homem deve ser considerado um humano? É
correto prendermo-nos apenas às aparências? Mas a verdadeira questão é o
que é que faz de nós humanos? E serão os clones realmente desprovidos
dessas características?

Algo que diferencia um clone de um humano é a sua história, um clone não tem
um passado, memórias ou vivências. Um clone que nasceu e cresceu num
laboratório, ou seja, não desenvolveu qualquer relação com o mundo exterior
ou com seres humanos não saberia comportar-se como um.

No entanto, um clone também apresenta diversas características semelhantes


às do Homem. Clones são dotados de razão, tem perceção do mundo ao seu
redor e aptidão para tomar as suas próprias decisões. Para além disso, foram
concebidos com a capacidade de sentir, podendo experimentar qualquer tipo
de sensação.

Na nossa conceção, o que define um ser humano não se trata do ambiente em


que ele se desenvolve, mas sim a sua forma de pensar e a agir segundo os
seus sentimentos. Defendemos, desta forma, que o clone pode ser
considerado um humano.

Para apoiar esta linha de raciocínio, segue-se um argumento de Peter Singer


"A questão de saber se um ser pertence a determinada espécie pode ser
cientificamente determinada por meio de um estudo da natureza dos
cromossomas das células dos organismos vivos. Neste sentido, não há dúvida
que, desde os primeiros momentos da sua existência, um embrião concebido a
partir de esperma e óvulo humanos é um ser humano; e o mesmo é verdade do
ser humano com a mais profunda e irreparável deficiência mental até mesmo
de um bebé anencefálico (literalmente sem cérebro)". Este filosofo defende
ainda que um ser humano deve ser dotado de autoconsciência, autodomínio,
assimilação da passagem do tempo e da habilidade sentir.

Será a clonagem artificial eticamente correta?


Ao estabelecermos que um clone pode ser considerado um humano, coloca-se
uma nova questão, será a clonagem artificial eticamente correta?

Após debatermos o assunto entre nós, concluímos que a maior parte dos
processos de clonagem artificial não são eticamente corretos.

Excluindo a clonagem terapêutica, não existe nenhum tipo de clonagem


artificial que seja eticamente correto, nenhum tem boas intenções como

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fundamento, pelo contrário, as principais razões para realizar clonagem são
egoístas e individualistas.

Por outro lado, todos concordamos que a clonagem terapêutica seria


eticamente correta, já que a mesma possibilitaria que diversas pessoas
vivessem de forma mais confortável e durante mais tempo, sem que nenhum
prejuízo se aplique ao clone.

Um bom exemplo para justificar a nossa posição é a comparação entre a


clonagem terapêutica e a clonagem reprodutiva.

A clonagem terapêutica tem como único objetivo proporcionar uma mais


duradoura ás pessoas. Segundo o utilitarismo de Stuart Mill, as ações são
corretas ou incorretas em virtude das suas consequências, visando
proporcionar o prazer ao maior número, ou seja, promovem a maior felicidade
global. Deste modo, criar um clone com o intuito de nos trazer prazer ou de
acabar com o sofrimento de alguém é eticamente correto.

Com isto, a partir do momento em que é possível realizar clonagem


terapêutica, por que motivo teríamos a necessidade de clonar um ser humano?
Ao procurar clonar um ser humano com sucesso o Homem tenta aproximar-se
de Deus, aspirando ter poder para manipular a vida e atingir a imortalidade.
Segundo a ética moral de Kant, o que determina a moralidade de uma ação
não é o resultado, não é a consequência ou o benefício, mas o querer que
origina a intenção que a preside. Devemos agir a favor do dever, sem
interesses egoístas (agir por puro respeito ao dever). Com isto, não podemos
considerar a clonagem artificial (excluindo a terapêutica) eticamente correta.

Posições a favor e contra


Contudo, existem tantas críticas como posições a favor da clonagem artificial.

Algumas das objeções feitas á prática de clonagem artificial abordam a perda


de variabilidade genética e de individualidade, o elevado número de anomalias
e a baixa taxa de fertilidade.

Já as posições tomadas a favor da clonagem artificial desenvolvem as ideias


de alcançar a cura de diversas doenças, da salvação de espécies em vias de
extinção e do fim da escassez de alimentos.

Conclusão
Com isto, concluímos que a clonagem artificial não é eticamente correta, com
exceção da clonagem terapêutica que é realizada apenas para fins medicinais.
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Webgrafia

https://dicionario.priberam.org/

http://www.ghente.org/temas/clonagem/index_txr.htm

https://www.sinonimos.com.br/

http://www.ghente.org/temas/clonagem/moralidade.htm

https://www.ufrgs.br/bioetica/clobrau.htm

https://curiosidadesdabiologia.wordpress.com/vantagens-e-
desvantagens/

https://revistapesquisa.fapesp.br/os-clones-estao-entre-nos-
estamos-preparados-2/

https://www.antonimos.com.br/

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