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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR

CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA

DOUGLAS ANTUNES LISBOA

RESENHAS 1 E 2 DE BIOÉTICA

Salvador
2020
DOUGLAS ANTUNES LISBOA

RESENHAS 1 E 2 DE BIOÉTICA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade Católica do
Salvador como requisito parcial para
avaliação de Bioética, Biodireito,
Tecnologia e Sociedade solicitado pelo
Prof. Pe Edwin Casadiego.

Salvador
2020
1ª RESENHA: FAMÍLIA E CLONAGEM

A pessoa humana tem sua gênese em um ato de doação livre e pessoal que
ocorre pela união de duas pessoas, um homem e uma mulher. E, quando se depara
com a temática da clonagem vê-se que ocorre uma substituição técnica da
paternidade responsável, isto é, a paternidade através da vida biológica e da
hereditariedade, a eliminação da dignidade humana, porque tratando-se de um
clone, não se tem ali uma pessoa pertencente ao ambiente tão comumente humano,
mas a algo que está fora, é na verdade um ser clonado, plagiado, e por conseguinte,
a inexistência da filiação e a negação da família.
Segundo o texto, temos atualmente dois tipos de clonagem: a reprodutiva (visa
o nascimento dos embriões) e a terapêutica (os embriões são usados para obtenção
de célula tronco embrionária). Tendo em vista esta realidade da clonagem o texto
apresenta seis objeções éticas e antropológicas que não correspondem ao
esperado, a saber:
1) A inegável probabilidade do caráter humano dos embriões obtidos mediante
a clonagem;
2) A dignidade do embrião humano produzido mediante a clonagem;
3) Sua dignidade desde a fase unicelular;
4) A personalidade do embrião;
5) A desumanidade da produção e da consequente destruição do embrião na
clonagem terapêutica;
6) A oposição da clonagem humana à dignidade da família.

Assim sendo, a clonagem apresenta muitas dificuldades técnicas e restrições


éticas. As quais se baseiam numa concepção antropológica da pessoa humana, da
sexualidade e da família bem determinada. Por isso, se faz necessário ponderar o
papel desempenhado pela família para a humanidade e a antropologia integral do
ser humano. É preciso, sobretudo, questionar-se quanto a família, o significado da
paternidade, dignidade do embrião humano, verdade e significado da sexualidade
humana. E a atenção devida para não dissociar o conceito de vida humana e o da
família, atualmente uma forte consequência da cultura da morte tão disseminado
mundo a fora.
IDEIAS PRINCIPAIS DO TEXTO:

O texto que vimos, então, trata sobre o conceito de clonagem que quer
justamente significar a técnica usada tão frequentemente em biologia, para
reproduzir células e microorganismos, tanto vegetais como animais e, mais
recentemente, para reproduzir sequências de informação genética existente em
materiais biológicos. Mostrando que o procedimento técnico usado tem por objetivo
obter um indivíduo ou um conjunto de indivíduos, geneticamente igual ao primeiro. A
reprodução se realiza, portanto, sem união sexual e sem a fecundação ou união dos
gametas. O conjunto de indivíduos clonados, por sua vez, é denominado “clone” que
indica que todos têm mesma informação genética. Clonagem é uma reprodução
obtida mediante a “transferência nuclear”.
Apresenta a diferença entre Clonagem reprodutiva e clonagem terapêutica que
está fundamentada na finalidade. Ou seja, enquanto, a clonagem reprodutiva – visa
o desenvolvimento completo do sujeito, mediante a implantação em um útero; a
clonagem terapêutica – quer se utilizar do embrião em sua fase de pré-implantação
em pesquisas.
Tem por objetivos: 1) Obter uma descendência humana e utilizar uma técnica
de procriação assistida mais eficaz, com maior ou menor aplicabilidade em certos
casais; 2) Obter, mediante esta técnica, embriões "sintéticos" ou "acúmulos de
células" dos quais se pode extrair células-tronco, e sem deixar que sejam
implantadas no útero materno. Entretanto, existe uma estreita continuidade objetiva
entre clonagem reprodutiva e terapêutica. Em ambas "produz-se”, ou seja, se cria,
um embrião humano, porém, na clonagem terapêutica, prevê-se sua destruição
ulterior, ao se extrair células-tronco embrionárias ou materiais biológicos para utilizá-
los com fins terapêuticos.
A aplicação da ciência no campo da procriação humana atinge toda a
sociedade e não só a comunidade científica. Logo, sem impedir o legitimo progresso
da ciência fez-se necessário estabelecer limites éticos e jurídicos de sua aplicação e
que se evite uma eventual clonagem humana. Existe uma grande preocupação com
a possibilidade da clonagem humana, deixando claro que, a proibição da clonagem
não é um opor-se ao progresso da ciência e suas pesquisas, afinal, a clonagem não
é a única estratégia de pesquisa no campo da medicina regeneradora.
Por fim, os argumentos técnicos, éticos e antropológicos estão em íntima
relação com o estatuto antropológico e ético do embrião, que deve ser o ponto de
partida em toda esta problemática. Pois, os embriões humanos obtidos possuem:
caráter, dignidade humana, personalidade etc. A clonagem humana que poderia
levar ao nascimento de um ser humano deve ser considerada um método imoral de
procriação artificial, pois opõe-se à dignidade da vida, da procriação e da família.

Considerações finais

Assim sendo, percebemos que frente aos progressos da ciência vemos a


presunção da clonagem humana de tornar-se uma possibilidade e se faz necessário
que os esforços sejam ainda mais efetivos para impedir que esta possibilidade se
torne realidade colocando-a como crime contra a pessoa humana. Não se deve
esquecer, no entanto, que o ser humano é um ser social. E, que, a dinâmica sexual
e procriativa no homem desenvolve-se naturalmente numa moldura em que a
sexualidade e a procriação se inserem de forma harmoniosa na realidade do amor
conjugal, dando pleno sentido a sexualidade humana aberta à vida, é nessa unidade
de corpos, na união de dois corpos que se vê a completude de um para com o outro
chegando ao transbordamento do amor, a expressão máxima da vida.
Que se leve em conta tudo isso, pois conforme passam-se os anos, o
pensamento utilitarista e também reducionista do homem tende a esquivar-se de um
olhar transcendente sobre o ser humano, onde parece ser ele apenas um objeto, e
porque não, uma criação humana. O amor, todavia, sendo respeitado de forma
harmônica desde a sexualidade serve por fim para salvaguardar o futuro da
humanidade.

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