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RESENHAS 1 E 2 DE BIOÉTICA
Salvador
2020
DOUGLAS ANTUNES LISBOA
RESENHAS 1 E 2 DE BIOÉTICA
Salvador
2020
1ª RESENHA: FAMÍLIA E CLONAGEM
A pessoa humana tem sua gênese em um ato de doação livre e pessoal que
ocorre pela união de duas pessoas, um homem e uma mulher. E, quando se depara
com a temática da clonagem vê-se que ocorre uma substituição técnica da
paternidade responsável, isto é, a paternidade através da vida biológica e da
hereditariedade, a eliminação da dignidade humana, porque tratando-se de um
clone, não se tem ali uma pessoa pertencente ao ambiente tão comumente humano,
mas a algo que está fora, é na verdade um ser clonado, plagiado, e por conseguinte,
a inexistência da filiação e a negação da família.
Segundo o texto, temos atualmente dois tipos de clonagem: a reprodutiva (visa
o nascimento dos embriões) e a terapêutica (os embriões são usados para obtenção
de célula tronco embrionária). Tendo em vista esta realidade da clonagem o texto
apresenta seis objeções éticas e antropológicas que não correspondem ao
esperado, a saber:
1) A inegável probabilidade do caráter humano dos embriões obtidos mediante
a clonagem;
2) A dignidade do embrião humano produzido mediante a clonagem;
3) Sua dignidade desde a fase unicelular;
4) A personalidade do embrião;
5) A desumanidade da produção e da consequente destruição do embrião na
clonagem terapêutica;
6) A oposição da clonagem humana à dignidade da família.
O texto que vimos, então, trata sobre o conceito de clonagem que quer
justamente significar a técnica usada tão frequentemente em biologia, para
reproduzir células e microorganismos, tanto vegetais como animais e, mais
recentemente, para reproduzir sequências de informação genética existente em
materiais biológicos. Mostrando que o procedimento técnico usado tem por objetivo
obter um indivíduo ou um conjunto de indivíduos, geneticamente igual ao primeiro. A
reprodução se realiza, portanto, sem união sexual e sem a fecundação ou união dos
gametas. O conjunto de indivíduos clonados, por sua vez, é denominado “clone” que
indica que todos têm mesma informação genética. Clonagem é uma reprodução
obtida mediante a “transferência nuclear”.
Apresenta a diferença entre Clonagem reprodutiva e clonagem terapêutica que
está fundamentada na finalidade. Ou seja, enquanto, a clonagem reprodutiva – visa
o desenvolvimento completo do sujeito, mediante a implantação em um útero; a
clonagem terapêutica – quer se utilizar do embrião em sua fase de pré-implantação
em pesquisas.
Tem por objetivos: 1) Obter uma descendência humana e utilizar uma técnica
de procriação assistida mais eficaz, com maior ou menor aplicabilidade em certos
casais; 2) Obter, mediante esta técnica, embriões "sintéticos" ou "acúmulos de
células" dos quais se pode extrair células-tronco, e sem deixar que sejam
implantadas no útero materno. Entretanto, existe uma estreita continuidade objetiva
entre clonagem reprodutiva e terapêutica. Em ambas "produz-se”, ou seja, se cria,
um embrião humano, porém, na clonagem terapêutica, prevê-se sua destruição
ulterior, ao se extrair células-tronco embrionárias ou materiais biológicos para utilizá-
los com fins terapêuticos.
A aplicação da ciência no campo da procriação humana atinge toda a
sociedade e não só a comunidade científica. Logo, sem impedir o legitimo progresso
da ciência fez-se necessário estabelecer limites éticos e jurídicos de sua aplicação e
que se evite uma eventual clonagem humana. Existe uma grande preocupação com
a possibilidade da clonagem humana, deixando claro que, a proibição da clonagem
não é um opor-se ao progresso da ciência e suas pesquisas, afinal, a clonagem não
é a única estratégia de pesquisa no campo da medicina regeneradora.
Por fim, os argumentos técnicos, éticos e antropológicos estão em íntima
relação com o estatuto antropológico e ético do embrião, que deve ser o ponto de
partida em toda esta problemática. Pois, os embriões humanos obtidos possuem:
caráter, dignidade humana, personalidade etc. A clonagem humana que poderia
levar ao nascimento de um ser humano deve ser considerada um método imoral de
procriação artificial, pois opõe-se à dignidade da vida, da procriação e da família.
Considerações finais