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Saúde Reprodutiva
Conceito e implicações
O termo Saúde Reprodutiva, era apenas utilizado, durante muitos anos, em círculos restritos de
cientistas e profissionais. Porém, em 1994 na Conferência de População e Desenvolvimento do
Cairo, o conceito de saúde reprodutiva constituiu um dos temas centrais e atingiu novas
dimensões com o acréscimo da saúde sexual e direitos reprodutivos.
Evolução do conceito
1960 Anticoncepção e planeamento familiar 1970 Incorporou o tema aborto 980 Saúde Materno-
Infantil 1990 Saúde Integral da Mulher 1994 Ampliação do conceito: Saúde Reprodutiva é um
estado de completo bem-estar físico, mental e social em todas as matérias concernentes ao
sistema reprodutivo, suas funções e processos, e não simples ausência, de doenças ou
enfermidades. A saúde reprodutiva implica por conseguinte, que a pessoa possa ter vida sexual
segura e satisfatória, tendo capacidade de reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e
quantas vezes devem fazê-lo.
Logo Saúde Reprodutiva é definida como a constelação de métodos, técnicas e serviços que
contribuem para a saúde e bem-estar prevenindo e resolvendo os problemas de saúde
reprodutiva. Isto inclui igualmente a saúde sexual cuja finalidade é a melhoria da qualidade de
vida e das relações pessoais, e não o mero aconselhamento e assistência relativas à reprodução e
às doenças sexualmente transmissíveis.
Direito ao acesso a serviços para a assistência a gravidez, parto e pós-parto e atenção imediata ao
recém-nascido. por idade da mãe reduziu em todos as faixas etárias entre 1980 a 1998 com
excepção da faixa etária da adolescência que apresentou elevação.
As mulheres no estado do Paraná tiveram em 1998, média de 2,2 filhos (TFT). Ainda que
persistam importantes diferenças regionais de fecundidade, os níveis observados podem ser
considerados reduzidos.
As menores taxas encontram-se nas regionais de Maringá com 1,8 filhos por mulher, enquanto a
maior correspondente à Regional de Saúde de União da Vitória (2,7), além de Ponta Grossa,
Irati, Guarapuava, Telémaco Borba e Foz do Iguaçu, que apresentaram taxas superiores a 2,5.
Segundo VILLELA, para responder aos diversos factores que interferem na promoção da saúde
reprodutiva são necessárias acções intersectoriais como:
Estas estratégias entre outras, deverão integrar a promoção e atenção da saúde reprodutiva
assentada no enfoque integral que supre a perspectiva tradicional de programas materno infantis
e de planeamento familiar, para atender as necessidades específicas das mulheres e optimizar os
recursos físicos e humanos disponíveis. Esta estratégia deverá promover a participação das
mulheres e suas organizações no planeamento e execução das políticas e programas, para que
suas necessidades e preferências sejam consideradas explicitamente.
Segundo VILLELA, o conceito de saúde sexual e reprodutiva corresponde, hoje, a uma forma
alargada de pensar e agir activamente na promoção de vivências gratificantes, informadas e
seguras no domínio da sexualidade de ambos os sexos. Tradicionalmente, este domínio da saúde
foi definido e encarado de modo mais restrito, valorizando, sobretudo, os aspectos directamente
relacionados com a reprodução, nos quais se incluíam a gravidez, o parto e a contracepção.
Por isso, até há cerca de duas décadas, a atenção dos serviços e dos profissionais centrava-se
nesses temas, em geral, sob a designação de Saúde Materna e Planeamento Familiar, dirigindo-
se, em particular, para a população feminina.
Por isso, quando se fala em saúde sexual e reprodutiva, referimo-nos, entre outros aspectos, à
promoção dos direitos sexuais e reprodutivos de ambos os sexos, através da divulgação de
informação credível e cientificamente sustentada, à facilitação do acesso à contracepção fiável e
a meios de prevenção das infecções sexualmente transmissíveis. Por outro lado, contempla-se
ainda a disponibilização de recursos que permitam que as gravidezes e os partos decorram de
forma segura e se garanta apoio aos indivíduos e aos casais no domínio da sexualidade.
Devido a esta abrangência de temas e de áreas de actuação, o sucesso das medidas e iniciativas
de promoção da saúde sexual e reprodutiva depende da acção de vários serviços e agentes, bem
como da adequada articulação entre eles. Para além do papel destacado dos profissionais e
serviços de saúde, deve reconhecer-se a importância do diálogo familiar acerca destes temas e
das actividades de educação sexual desenvolvidas em contexto escolar.
Este empenhamento colectivo é certamente uma das melhores vias para elevar os níveis
de saúde e de bem-estar individual e colectivo neste domínio específico, permitindo agir
sobre alguns dos problemas que, apesar das melhorias significativas, permanecem ainda
resistentes, como sejam as gravidezes não desejadas, as taxas de contágio de infecções
sexualmente transmissíveis e as situações de violência e exploração sexual.
(VILLELA,2003).
Desenvolvimento da sexualidade
Sem este enfoque, corre-se o risco de serem adoptadas posições normalizadoras da sexualidade e
reprodução dos\as jovens, impondo lhes modelos de comportamento que, além de não cobrirem
as suas necessidades reais, poderão ferir alguns dos seus direitos básicas. A sexualidade e
comportamento reprodutivo dos\as adolescentes entram, muitas vezes, com os projectos que a
sociedade lhes atribui de que antes de terem filhos\as é preciso que terminem os estudos, estejam
trabalhando, tenham um bom salário e condições de constituírem família.
A sociedade, por sua vez, tem respondido de maneira não satisfatória as necessidades e
direitos dos\as adolescentes sobre a sexualidade, reprodução e prevenção das
DTS/SIDA, para não falar de outros direitos sociais básicos como a educação, saúde em
geral, lazer, cultura, desporto, habitação e direito ao trabalho. Não lhes é facultada
informação sobre a sexualidade em geral, sobre serviços de boa qualidade para
aconselhamento e fornecimento de métodos contraceptivos incluindo preservativos para
a prevenção das DTS/SIDA. (MISAU, 2001).
Segundo Almeida Filho, não existe método de prevenção da gravidez que atendem a todos os
requisitos com confiabilidade e durabilidade (uso prolongado), preço baixo, de uso fácil, que não
prejudique a saúde e a sexualidade, e que possibilite a mulher controlar e escolher por conta
própria os métodos contraceptivos. É muito importante escolher de comum acordo entre o casal,
o método que atenda a maioria dos requisitos desejados e que proporcione o bem-estar da
família.
Vantagens
Desvantagens
Vantagens
Desvantagens
Preservativos
Vantagens
É de fácil aquisição.
Previne contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
Não há efeitos colaterais.
Desvantagens
Preservativo feminino
Vantagens
Desvantagens
Diafragma
Método que impede a entrada dos espermatozóides, vedando a entrada no útero com a introdução
do diafragma no interior da vagina. É necessário receber orientações sobre o modo correto de
usar.
Vantagens
Desvantagens
Sistema Oguino
Esterilização cirúrgica
Como sabemos, a cultura tem grande influência no comportamento sexual da comunidade. Por
causa de crenças, tabus, mitos; esse comportamento varia de cultura para cultura e em vários
aspectos tais assim como: - Em relação ao trabalho: Homem e mulher tem um papel importante
de produção (bens e serviços). Ao nível doméstico, homens e crianças, devem ser cuidados e
sustentados, o que significa que a mulher tem muito trabalho e ainda sob carregada de que o
homem. Isto porque desde crianças na sua adolescência e os ritos de iniciação a mulher foi
ensinada a servir o marido, cuidar dele e dos filhos; enquanto o homem foi ensinado a trazer
dinheiro, fazer os trabalhos mais pesados ir a escola
Em relação aos direitos humanos: Antigamente, em todo mundo as mulheres eram negadas os
seus direitos. Metades delas eram subordinadas, apesar das leis darem direitos iguais sem
distinção do sexo, raça e tribo. Estes direitos iguais nos quais as mulheres eram negadas estavam
relacionados a: terra, propriedade, educação, alimento, oportunidade de emprego e poder de
decisão, mais actualmente, elas exercem os tais direitos. Alguns conceitos:
Cultura
A cultura define-se como hábitos, expectativas, comportamentos, ritos, valores e crenças que
grupos humanos desenvolvem na história. Através da cultura e tradição, as pessoas aprendem
comportamentos aceites como certos ou errados. Valor: é uma crença que é importante para um
indivíduo. Os valores podem ser influenciados por factores religiosos, educativos ou culturais, ou
por outras experiências pessoais.
Mesmo entre as pessoas da mesma cultura, com vários pontos em comum, tem havido diferença
entre seus valores. É muito raro, quase impossível entrar dois indivíduos que tenham valores
idênticos. Os valores de uma traduzem-se em costumes, práticas cerimoniais e ritos de iniciação-
alguns valores são praticamente universais, como por exemplo: O de preservar a vida.
Dependendo da região, os ritos podem incluir os ritos de iniciação sexual, a partir dos quais a/o
adolescente pode casar e ou praticar relações sexuais. Com a organização da população esta a
desaparecer pouco a pouco, e, muitas vezes, não estão a ser substituídas por outro tipo de
educação.
Conclusão
Bibliografia
Paim J. A reforma sanitária e os modelos assistenciais. In: Rouquayrol MZ, Almeida Filho N.
Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: Medsi; 1999. p. 473-87. 3.
Chipkevitch, Puberdade e Adolescência, Editora lglu, São-Paulo, Brasil, 1992 8.Bastos, Alvaro;
Ginecologia Infanto-Jovenil, Editora Roca, São-Paulo,Brasil,1994 9.