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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE ÚNICA
ÉTICA EM PSICOLOGIA......................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
ÉTICA, MORAL E LEI................................................................................................................. 11
CAPÍTULO 2
ÉTICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL........................................................................................ 23
CAPÍTULO 3
CÓDIGO DE ÉTICA DA PSICOLOGIA........................................................................................ 29
CAPÍTULO 4
O QUE É BIOÉTICA?................................................................................................................. 37
CAPÍTULO 5
ÉTICA E SEXUALIDADE NA PSICOLOGIA.................................................................................... 42
CAPÍTULO 6
ÉTICA EM PROCESSOS JUDICIAIS E PERICIAIS EM PSICOLOGIA................................................. 46
CAPÍTULO 7
ÉTICA NA AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS......................................... 51
CAPÍTULO 8
DIMENSÃO ÉTICA DO TRABALHO DO PSICÓLOGO DE TRÂNSITO.............................................. 58
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 74
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Esse Caderno de Estudos apresenta perspectivas teóricas e práticas da Ética
compreendida como um Conhecimento e como uma Doutrina. Isto é, como um ramo
da Filosofia – que apresenta seus desdobramentos em diversas ciências, dentre elas a
Psicologia. Deste modo, introduzimos um conceito de Ética para avançarmos numa
construção da Ética em Psicologia.
No primeiro capítulo, buscamos introduzir uma dicotomia entre sujeito e norma/ lei,
e seus modos de estar no mundo – buscando constituir-se nesse conflito de interesses,
em prol do bem estar social. Conceituamos então a Ética como:
»» como uma teoria dos valores que regem a ação e conduta humanas –
aproximando-se de uma Ética;
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de uma auto ética é introduzido aqui. Assim como, a questão da liberdade e destinação
humana são retomadas nesse contexto.
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»» atitude preventiva;
Nesse contexto, embarcamos mais uma vez no âmbito de uma Ética contemporânea ou
de uma Ecologia Humana – que visa uma integração social e compreensão do homem
como esse ser integral.
Bom trabalho!
Objetivos
»» Contextualizar e conceituar a Ética, como um ramo da Filosofia ─ como
uma doutrina da conduta humana, e como uma doutrina da conduta do
profissional de Psicologia.
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»» Compreender a Psicologia como uma ciência que valoriza a vida, a saúde
e o ser humano.
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ÉTICA EM UNIDADE ÚNICA
PSICOLOGIA
CAPÍTULO 1
Ética, Moral e Lei
Nesse âmbito, segundo Bornheim (apud NOVAES, 1992) a problemática da Ética vem
arraigada a uma dicotomia que se estabelece entre as relações entre o indivíduo e a
norma. No contexto das tramas sociais, emergem tais polos antitéticos que buscam um
equilíbrio, assim como a vigência e legitimidade da norma.
Conforme esse mesmo filósofo contemporâneo, tal dicotomia entre o sujeito – que
só surge tardiamente – e a norma pode ser expressa pelo contraste entre universal e
singular. Deste modo, o sujeito apresenta-se como uma realidade singular datada no
espaço e no tempo, isto é, finita, que se constitui numa historicidade peculiar: plano do
indivíduo.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
em psicanálise, que acontece numa temporalidade peculiar, e assim evoca seu duplo
sentido: progressivo e regressivo.
Portanto, temos aqui dois polos que se apresentam na constituição de uma Ética
Contemporânea:
Segundo Sá (2014), a Ética é uma preocupação milenar da Filosofia e, deste modo, está
distribuída em obras de diversos pensadores desde a Antiguidade até os tempos atuais.
Assim, esta pode ser entendida como a ciência da conduta humana perante o ser e
seus semelhantes. Tal prática é concebida como uma ação virtuosa ou uma virtude no
sentido de promover o bem social e a felicidade dos seres.
Figura 1.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Ainda conforme Sá (2014), a Ética – na ótica dos pensadores clássicos ─ pode ser
compreendida a partir de duas perspectivas:
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Neste âmbito, a Ética envolve uma gama de aspectos constituintes do próprio Estado ou
da própria Sociedade, que remetem ao seu Bem-estar social ou prática do Bem Comum:
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Aqui, esse autor retoma o conceito de consciência ética, como oriundo do campo da
Ética e da Filosofia como um todo. A consciência, nesse âmbito, resultaria da relação
íntima do homem consigo mesmo e a consciência ética, de uma relação com a prática
social, de modo a vincular-se com a conduta do homem em sua convivência coletiva ou
social.
»» aceitabilidade lógica.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Reside, pois, no interior de nós mesmos, um elo cujos limites não estão
demarcados no campo da ciência e que liga o que de mais íntimo possuímos
com o que de mais exterior de nós se relaciona com o mundo ambiental; para
a filosofia, simplesmente, reconhece-se que dessa condução resulta um estado
que é o da consciência. (SÁ, 2014, p.65,66)
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Moral e Lei
(...) Tomás de Aquino diz que “a Lei não é outra coisa senão uma ordem
da razão para o bem comum, promulgada por aquele que tem o cuidado
da comunidade.” (...) Em contraste com essa posição, Austin vê a lei
como um fato social brutal baseado no poder, o qual pode ser exercido
para o bem ou para o mal... ‘ uma lei é um comando que obriga uma
pessoa, ou as pessoas. (Lyons, 1990, p. 17 )
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Pode-se distinguir entre uma moral do bem, que visa estabelecer o que
é o bem para o homem – sua felicidade, realização, prazer etc., e como
se pode atingi-lo – e uma moral do dever, que representa a lei moral
como um imperativo categórico, necessária, objetiva e universalmente
válida. (JAPIASSU e MARCONDES, 1990)
Nesse contexto, temos que a Moral rege as leis e os costumes de determinada cultura ou
grupo social e assim, forma seus valores e conduz seus comportamentos e suas atitudes:
Será a lei apenas fato social? Ou será que ela tem algum contato
essencial com a moralidade?
Parece existir pouca dúvida de que a lei interage com as opiniões morais.
As leis governando a conduta sexual, o uso de substâncias narcóticas,
a propriedade, os contratos e um grande número de outros aspectos
motivados por ideias sobre os direitos e responsabilidades morais...
A lei também tem um impacto importante nas atitudes morais; sua
imposição, por exemplo, tende a impor os valores que ela reflete.
(LYONS, 1990, p. 65)
Temos assim, uma ligação intrínseca entre Lei e Moral, pois aqueles que estabelecem
as leis gerais ou constituintes de uma sociedade estão regidos por uma Moral específica
e peculiar.
Conforme esses autores, podemos estabelecer uma distinção clássica entre dois
aspectos da Lei:
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Temos ainda as leis científicas que, segundo os mesmos autores, são aquelas que
estabelecem relações mensuráveis, universais e necessárias entre os fatos e, deste
modo, permitem certa previsibilidade dos acontecimentos.
Nesse contexto, estabelecemos uma relação entre Moral e Lei. Temos que a Lei ─ ou
convenção social – remete à questão do conhecimento humano, natural e científico;
aliada à conduta ─ ou à Moral ─ que retoma a problemática do sujeito e sua historicidade
ou processo de constituição histórica:
Assim, temos também uma relação intrínseca entre Moral e Ética, de modo que ambas
constituem-se juntas como ciências ou doutrinas da conduta e do comportamento
humano numa determinada época, cultura e classe social.
Nesse âmbito, a Moral é compreendida como uma ciência histórica, pois trata do
comportamento do homem que é um ser que se constitui historicamente e assim, faz-
se constantemente, existindo e estando no mundo, e agindo numa realidade material e
prática.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Conforme Novaes (1992), no contexto que abarca sobre os cenários éticos do mundo
contemporâneo temos que:
(...) A realidade é, portanto, aquilo que é dado pela nossa ação, ou que é
pressentido como estando em nossa potência realizar...
(...) Abolir a ilusão não consiste em optar por uma “realidade” já dada,
mas em tornar-se de fato e pela ação aquilo que se simulava ser. Se
reconhecermos que a aparência é o outro lado de uma realidade e
não o seu contrário, e se nos tornamos aquilo que, de início, apenas
representávamos, abrimos caminho para a autenticidade: a moral deixa
de ser apenas objeto de teoria...
Mas vemos também a contrapartida da ética da aparência: os homens não são apenas
joguetes, escolhem por razões, têm a capacidade de agir intencionalmente, especulam
sobre o mundo e sobre o conhecimento, mudam o curso das coisas, em síntese, têm a
capacidade de iniciativa... É isso o real: agir para que as aparências realizem aquilo que
prometem.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Portanto, ressaltamos aqui a formação de uma Moral que ganha um corpo social de
valores, comportamentos e costumes éticos a partir de uma experiência coletiva e
significativa de uma comunidade ou sociedade – de uma realidade essencial, em
contraposição a uma realidade vazia ou artificial.
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CAPÍTULO 2
Ética e formação profissional
Esse autor levanta alguns aspectos da profissão, em Culliver (apud SÁ, 2014), que são:
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Esse autor estabelece também uma vinculação entre conduta profissional e ambiência
no trabalho – ambiente e relações profissionais no desempenho ético, de modo a
reafirmar que há uma consciência ética genérica ou coletiva. Sá (2014) reafirma:
Segundo Pereira e Neto (2003), a Psicologia teve três momentos históricos marcantes
para a sua instituição e reconhecimento enquanto Ciência e Profissão. Neste contexto,
esses autores apresentam uma proposta de periodização para a história da prática
da Psicologia no Brasil, como modo de compreensão do processo de organização e
estruturação dessa profissão.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Mais uma vez aqui, nos deparamos com a compreensão de uma subjetividade
contemporânea que retoma uma Ética e um Campo do Saber, que dizem respeito à
dimensão psíquica – ou psicológica ─ do sujeito: seus valores, comportamentos, e suas
crenças e condutas humanas.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Temos lançado aqui então uma ética da relação do homem com sua convivência
social, comunitária e ambiental, que será retomada mais adiante aqui, com a
compreensão da Bioética como ciência e ética das relações humanas e, mais
adiante, na compreensão de uma Ecologia Humana.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Segundo Grzybowski (2010), um sistema pode ser compreendido como uma entidade,
de modo que seus componentes covariam – dentro de uma hierarquia – de forma
interdependente dentro de seus limites (semipermeáveis e permeáveis) e assim buscam
manter o equilíbrio.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
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CAPÍTULO 3
Código de Ética da Psicologia
1. Competência técnica.
2. Rigor ético.
Nesse âmbito, uma profissão precisa estar regulamentada para que sua efetivação e
aplicabilidade ganhem mais consistência e clareza: “quando se trata de uma profissão
regulamentada, esses aspectos ganham contornos mais claros, uma vez que existem
órgãos responsáveis, com delegação do Estado, para cuidar dessas tarefas.” (ROMARO,
p. 09)
Segundo essa autora, nossa categoria profissional (a Psicologia) já surge num contexto
bem específico de movimento histórico – do exercício da democracia, vinculada às
questões políticas e sociais. Nesse contexto, criam-se os Conselhos de Psicologia, com
a meta de uma atuação profissional social e coletiva, assim como o Código de Ética
Profissional dos Psicólogos.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
(...) um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de
normas e imutável no tempo. (ROMARO, p. 15,16)
Nesse contexto, retomamos a concepção de Ética, nos termos de Segre e Cohen (1995),
que consideram três requisitos, que a fundamentam:
3. Coerência.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
II. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções
relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as
relações que estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os
usuários ou beneficiários dos seus serviços.
Deste modo, temos alguns temas, campos do saber e valores que perpassam o exercício
profissional do Psicólogo e suas condutas éticas que são, basicamente: direitos
individuais e coletivos, relações sociais, diversidade cultural, institucional e de grupos
sociais e equipes de trabalho, integração social e prática coletiva.
O Código de Ética do psicólogo é composto assim dessas disposições gerais citadas acima,
dos seus princípios fundamentais e de mais 25 artigos, tratando das responsabilidades,
funções e de seus deveres e condutas profissionais; e abrangendo também as resoluções
gerais que complementam ou reiteram esse código de ética.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
1. Diagnóstico psicológico.
3. Orientação psicopedagógica.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Assim, esses dilemas acirram questões contemporâneas, tais como aquelas relativas à
Bioética ─ na tentativa de preservar a dignidade, a possibilidade de escolha e o respeito
pelo outro, que torna-se parceiro nesse processo de transformação social.
Logo:
Nesse tratado freudiano, o psicanalista nos chama atenção para o dilema essencialmente
humano entre realização individual – singular – e realização coletiva – universal. Nesse
âmbito, Freud considera que há um mal-estar inerente à condição da realização humana
em sociedade, de modo que o desenvolvimento da civilização nos impõe restrições.
Assim, tal dilema constitui-se também como um dilema ético da nossa condição
psicológica, profissional e existencial.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
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CAPÍTULO 4
O que é Bioética?
Face a todas as reflexões supra, que são muito poucas diante da complexa
problemática da eticidade, cremos que o princípio fundamental da Ética
deva passar basicamente pelo respeito ao ser humano, como sujeito
atuante e autônomo. (SEGRE e COHEN, 1995, p. 21)
A pessoa não nasce ética, sua estruturação ética vai ocorrendo juntamente com
o seu desenvolvimento. De outra forma, a humanização traz a ética em seu bojo.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Conforme Segre e Cohen (1995), a Bioética pode ser concebida em duas categorias:
2. e outra que apresenta uma tese específica – que nos interessa aqui: a
de que a Bioética precisa fundamentar-se na autonomia do indivíduo
(ou dos indivíduos) – o que retoma e (re)integra a noção de subjetividade
a que já fizemos menção:
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
1. Sua individualidade.
Neste âmbito, tais autores reafirmam que os direitos humanos só podem ser pensados
e concebidos a partir do conhecimento de uma ética das relações humanas:
Portanto, ser ou não ser um ser humano é algo que varia não somente
por uma característica própria que se busca valorizar, mas também
segundo a cultura à qual se pertence. (p. 38).
Deste modo, retomamos o fundamento existencial do ser humano que, segundo uma
abordagem Psicogenética, são sua ontogênese – evolução/desenvolvimento do
indivíduo, e filogênese – evolução da espécie/cultura humana. Temos uma imbricação
aqui do desenvolvimento humano, que se constitui numa relação entre indivíduo e
cultura e que, essencialmente, trata de uma ética das relações humanas e seus processos
de constituição e desenvolvimento subjetivos.
Temos uma Ética das relações e da convivência social que embasam os direitos humanos:
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
1. Direito à liberdade.
4. Direito à privacidade.
6. Direito à nacionalidade.
7. Direito à propriedade.
Portanto, estamos dizendo que não nascemos éticos, mas que nos
tornamos éticos através do nosso desenvolvimento. Isto quer dizer
que passamos dos direitos humanos a uma ética das relações, que,
não sendo inata, deve ser apreendida por todos os indivíduos que
desejam se relacionar. (COHEN e FERRAZ, 1995, p. 39)
Trata-se de uma Ética das relações, que precisa fundamentar-se nos conceitos,
valores, costumes e condutas dos indivíduos de uma determinada cultura:
em grupos sociais. Pressupõe, assim, a noção de alteridade – de um outro
social e cultural que está em permanente relação, construção, diferenciação,
transformação e convivência social.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Veja também:
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CAPÍTULO 5
Ética e sexualidade na Psicologia
Elencando esses quatro artigos em relação à conduta ética dos profissionais de Psicologia
no que tange à orientação sexual, temos que tal resolução reafirma o posicionamento
contra qualquer tipo de discriminação ou estigmatização social. O que condiz com os
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
(...) Mas convém lembrar ainda que parte do conteúdo desse escrito – a saber,
sua insistência na importância da vida sexual para todas as realizações humanas
e a ampliação aqui ensaiada do conceito de sexualidade – tem constituído,
desde sempre, o mais forte motivo para a resistência que se opõe à psicanálise.
(FREUD, 1997, p. 11,12)
Nesse contexto, a Psicanálise pode ser considerada como uma abordagem que lançou
luz sobre uma teoria da sexualidade, de modo a considerá-la como fundamental na
constituição da subjetividade psíquica do indivíduo:
(...) o que nos propomos como tarefa é indicar que, sobre a concepção
da sexualidade, se sustenta uma ideia específica de subjetividade
na psicanálise – uma ideia de subjetividade própria da concepção
freudiana de sexualidade e de sua função na determinação dos destinos
das estruturações subjetivas. (CELES, 1995, p.15)
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Ao mesmo tempo que a compreensão de Freud não se faz historicista, ela mantém
referência temporal, e isso segundo uma ideia própria da temporalização, no
duplo movimento imposto pela sexualidade, o da conservação do antigo e o
da modificação do antigo pelo novo, duplo movimento que se atualiza como
presença diferida. Esta particular compreensão da temporalização do tempo que
não se desfaz da diferença temporal entre eventos (cenas), mas a prioriza, fazem
o entendimento, mas não historicista, embora segundo uma compreensão
histórica própria (gênese de uma estrutura e estrutura de uma gênese ), com
sentido de temporalização, imposta pela sexualidade, ‘deste ente que somos
nós’. (CELES, 1999)
Assim, é importante salientar aqui que a noção de sexualidade em Freud não corresponde
ao corpo anatômico, e sim às funções, posições e configurações subjetivas que vão sendo
despertadas e afloradas conforme o desenvolvimento psíquico do indivíduo.
Nesse âmbito, nos deparamos com a noção de pulsão sexual, em Freud – que corresponde
justamente a esse conceito “entre” o corpo orgânico ou anatômico e o psíquico.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
3. Fase fálica: a partir dos 5 anos de idade até o período de latência. Aqui,
a criança inicia mais propriamente sua relação com a sexualidade. Já
apresenta relações com objetos direcionados a seus impulsos sexuais
através da formação de fantasias.
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CAPÍTULO 6
Ética em processos judiciais e periciais
em Psicologia
Nesse contexto, Vasquez (1969) ressalta elementos comuns entre Moral e Direito, e,
também enfatiza suas diferenças essenciais, de modo que ─ na natureza do Direito ─
as relações sociais e o comportamento humano são sancionados pelo Estado e, ─ na
natureza da Moral não há essa sanção estatal, e sim uma autoridade, ou um acordo,
estabelecidos pela própria comunidade: seus costumes, normas e expressões culturais.
Temos que:
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Nesse âmbito, Silveira (2003) considera o campo da Psicologia Jurídica como uma área
de trabalho e de investigação especializada, que tem como objeto o comportamento
dos atores jurídicos envolvidos ─ função que pode ser requisitada por um juiz, ─ ao
psicólogo ─ na mediação de conflitos entre as partes do processo. Assim, o psicólogo
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
traz um outro olhar sobre a questão litigiosa e fornece elementos necessários para
subsidiar a decisão do juiz.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
No que tange à atuação do psicólogo como perito e assistente técnico do Poder Judiciário,
temos a Resolução no 008/2010, estabelecida recentemente pelo CFP, que insere o
exercício profissional do psicólogo na mediação de conflitos ─ e interação com outros
profissionais ─ no campo judicial. Nesse contexto, temos alguns aspectos considerados
nessa resolução, dos quais destacamos os seguintes:
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Nesse contexto, temos então uma atuação peculiar e interdisciplinar da Psicologia, que
envolve a área da Justiça Social – à luz dos Direitos Humanos, num trabalho permanente
de interlocução e mediação. A Psicologia posiciona-se aqui como uma Ciência e uma
Ética específica das relações humanas e seus processos de subjetivação – respeitando
os direitos humanos e os demais profissionais envolvidos ─ e, assim, pode apresentar
seu parecer técnico e profissional.
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CAPÍTULO 7
Ética na avaliação e tratamento de
dependentes químicos
(...) as discrepâncias constatadas não são gratuitas, mas são sintomas expressivos
do desequilíbrio, do funcionamento iníquo que marca as relações sociais
e mutilam as convivências humanas. Fatores interativos profundamente
enraizados determinam a qualidade de vida da população, resultando, pelas
suas deficiências estruturais, em carências, insatisfações e revoltas.
Nesse tratado de Bucher (1996), este faz uma análise do uso de drogas na sociedade
contemporânea. Deste modo, ele retoma diversos sintomas sociais que expressam e
significam falências, contrastes e conflitos presentes na sociedade e suas instituições
morais, assim como nas relações entre os indivíduos.
Nesse âmbito, esse autor propõe também a noção de uma Ecologia Humana, que
visa integrar as ações sociais preventivas. Ele conjuga a proposta de qualidade de vida
com a da ecologia humana: diz que uma avaliação da qualidade de vida da população
é influenciada pelas suas carências quantitativas e qualitativas. Entre as quantitativas,
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
E assim define a Ecologia Humana como o conjunto dos elementos que definem as
condições quantitativas e qualitativas da vida social nos seus ambientes natural e
cultural.
Reafirma o autor:
Nesse contexto, esse psicanalista contribui para uma avaliação ética do uso de drogas
em nossa sociedade para, a partir disso, advir uma proposta de tratamento e cuidado.
1. Atitude preventiva.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Numa área tão controversa e polêmica como aquela do uso de drogas, não
pode existir, de fato, intervenções ‘neutras’: toda atividade preventiva é
ideologicamente orientada, pois envolve, em permanência, questões de valores,
determinados socialmente, mas podendo entrar em choque com inclinações ou
opções pessoais, além de questões de sentido, dizendo respeito às configurações
subjetivas das realizações existências de cada um. (BUCHER, 1996, p.63)
Nesse contexto, esse autor levanta a questão da Ética no cuidado e atenção aos
dependentes químicos, assim como a questão da prevenção do uso de drogas no país.
O psicanalista enfatiza que tal Ética precisa estar fundamentada em valores, sentidos e
direitos humanos e, assim, precisa estar pautada em intervenções preventivas.
Contudo, haja vista a questão controversa levantada acima, esse autor diz que há uma
discrepância entre os objetivos previamente declarados – numa atitude supostamente
preventiva – e aqueles que são sorrateiramente almejados – num propósito ideológico.
Isto é, o que aparece é uma “ética perversa”, segundo esse psicanalista:
Nesse âmbito, esse autor retoma aspectos necessários e constituintes de uma Ética
verídica, tais como:
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Portanto, uma Ética verídica aspira a uma prevenção concebida como uma ação
educativa, e não repressiva – o que distingue duas concepções opostas de prevenção,
segundo o mesmo autor. Numa concepção preventiva, o problema levantado é visto
como inerente às próprias condições e inadaptações geradas por uma sociedade
determinada, e não como um fator externo. É um “mal” gerado e estabelecido pelos
próprios conflitos ou desequilíbrios presentes naquela sociedade, e assim precisa ser
analisado e cuidado.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
(1996), a OMS considera alguns fatores sociais mais evidentes para pessoas em situações
de risco:
Assim como outros fatores mais específicos, tais como: predisposição depressiva,
constelação familiar desfavorável ou traumatismos psicoafetivos precoces.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Essa Ética implica numa valorização da vida, de modo que o indivíduo assuma mais
responsabilidade e compromisso em relação a si mesmo, ao outro e ao meio ambiente:
Ethos em seu sentido originário grego significa a toca do animal ou casa humana,
vale dizer, aquela porção do mundo que reservamos para organizar, cuidar e
fazer o nosso habitar. Temos que reconstituir a casa humana comum – a Terra
– para que nela todos possam caber. Urge modelá-la de tal forma que tenha
sustentabilidade para alimentar um novo sonho civilizacional.
(...) Esse ethos (modelação da casa humana) ganhará corpo em morais concretas
(valores, atitudes e comportamentos práticos) consoante às várias tradições
culturais e espirituais. Embora diversas, todas as propostas morais alimentarão
o mesmo propósito: salvaguardar o planeta e assegurar as condições de
desenvolvimento e de coevolução do ser humano rumo a formas cada vez
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
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CAPÍTULO 8
Dimensão ética do trabalho do
psicólogo de trânsito
I. Acessibilidade universal.
VII. Justa distribuição, dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes
modos e serviços.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
(...) A circulação humana é realizada no meio ambiente. O ser humano não apenas
vive no ambiente, mas pertence a ele. Essa interação permite compreender a
interface do ambiente, trânsito e psicologia. O ambiente do sistema de trânsito
exige do participante algumas condições psicológicas fundamentais para o
convívio. No livro, os autores apresentam as interfaces do ambiente, trânsito e
psicologia, e a interlocução da Psicologia Ambiental com as intervenções dos
psicólogos do trânsito. A contribuição da Psicologia Ambiental para a área de
conhecimento da Psicologia do Trânsito é relevante, visto a primeira aprofundar
nos conhecimentos sobre a interação entre comportamento e ambiente físico,
natural e/ou construído.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
abrangendo o principal objetivo dessa área que é: o estudo dos aspectos individuais e
coletivos das inter-relações entre o homem e seu ambiente. O trânsito e a mobilidade
urbana precisam estar integrados com essa área do conhecimento.
Uma vez que o ser humano está em constante comunicação com o ambiente
e com os outros indivíduos, nesse contexto e relacionamento, ele encontra
realização e satisfação de suas necessidades.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
V. Mensuração e avaliação.
Nesse contexto, conforme referências técnicas do CFP e CREPOP (2013), para a prática
da Psicologia em mobilidade urbana, transporte e trânsito, temos que: as primeiras
políticas públicas de segurança no trânsito começaram então, a ser articuladas. Além
disso, as várias áreas do saber começaram a ser convocadas a colaborar com a tarefa de
evitar a acidentalidade, seja:
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
Panorama brasileiro
Conforme Gonçalves (2012), alguns aspectos e desafios podem ser considerados no que
tange a mobilidade, segurança e transporte no trânsito das grandes cidades brasileiras.
Deste modo, alguns fatores socioeconômicos são levantados a respeito do crescimento
urbano desordenado que agravam a insegurança e violência no trânsito, tais como:
»» Congestionamentos crônicos.
»» Falta de infraestrutura.
Nesse âmbito, o Brasil precisa implementar com urgência as políticas de trânsito que
favoreçam a mobilidade urbana sustentável, assim como o bem estar da população em
geral. Temos dois fatores essenciais aqui: comportamento humano e comportamento
social.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Essa autora levanta também uma definição sociológica do trânsito (que valoriza suas
dimensões sócio-políticas) uma vez que este visa favorecer a circulação e a ocupação
dos espaços urbanos. Que, segundo a Psicologia, deve assegurar a integridade de seus
agentes e condutores.
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UNIDADE ÚNICA │ ÉTICA EM PSICOLOGIA
O trânsito é uma disputa pelo espaço físico que reflete uma disputa
pelo tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos. É uma negociação
permanente, coletiva e conflituosa do espaço, pois no trânsito surgem
conflitos de interesse de um grupo social, contra outro. Sob o ponto
de vista ideológico, a posição que as pessoas atribuem e ocupam na
sociedade vai condicionar sua disputa pelo espaço através da eleição
e uso de determinados meios de transporte. (ARAÚJO, OLIVEIRA,
JESUS, SÁ, SANTOS e LIMA, 2011)
Assim, esse sistema é composto dos seguintes subsistemas: via, veículo, pessoa e
contexto social:
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De acordo com Araújo, Oliveira, Jesus, Sá, Santos e Lima (2011), a Sociologia do
Trânsito é a ciência que tem se dedicado mais aos aspectos de sua mobilidade, de
modo a desenvolver uma análise do deslocamento familiar e conjunto de pessoas ─
em complemento a uma estratégia individual – e verificar a influência das diferenças
sociais, políticas e econômicas entre as classes e os grupos sociais nas condições de
deslocamento no trânsito. Conforme a tabela abaixo:
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Tabela 1 - Transporte e Mobilidade urbana: características básicas da análise sociológica dos transportes.
Fonte: Vasconcelos (2001); apud Araújo, Oliveira, Jesus, Sá, Santos e Lima (2011).
Nesse âmbito, esses autores estabelecem uma relação entre renda e diversidade/quantidade
de viagens, assim como renda e uso do transporte individual. Que são influenciados
também por fatores externos de mobilidade social, tais como: a estrutura física da cidade, a
disposição física das construções e áreas de uso público, as horas de operação das atividades
e a oferta de meios de transporte.
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
1. Mobilidade.
2. Acessibilidade.
3. Qualidade de vida.
Nesse âmbito, temos a expressão de uma desigualdade social no Brasil que também
traz repercussão para o sistema de transportes, do trânsito e da mobilidade urbana no
país. Conforme Cardoso (2008; apud ARAÚJO, OLIVEIRA, JESUS, SÁ, SANTOS e
LIMA, 2011), essa desigualdade resulta de diversos fatores:
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»» O desempenho da economia.
»» A distribuição urbana.
QUADRO ATUAL
»» . Produção de situações crônicas de congestionamento, com a elevação dos tempos de viagens e a consequente redução de produtividade das
atividades urbanas.
»» . Prejuízos crescentes ao desempenho dos ônibus urbanos.
»» . Decréscimo do uso do transporte público regular.
»» . Aumento da poluição atmosférica.
»» . Aumento e generalização dos acidentes de trânsito.
»» . Necessidade de investimentos crescentes no sistema viário.
»» . Tráfego violando áreas residenciais e de uso coletivo.
»» . Redução de áreas verdes e impermeabilização do solo.
ESTADO DESEJADO
»» Melhor qualidade de vida para toda a população, traduzida por melhores condições de transporte, segurança de trânsito e acessibilidade.
»» . Maior eficiência, traduzida na disponibilidade de uma rede de transporte integrada por modos complementares trabalhando em regime de
eficiência, com prioridade para os meios coletivos.
Fonte: Neto, 2004; apud Araújo, Oliveira, Jesus, Sá, Santos e Lima (2011).
Logo, esses autores apontam a integração do sistema como a solução para o transporte
público coletivo urbano:
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
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Para (não) Finalizar
Do mesmo modo, uma Ética em Psicologia desdobra-se nos diversos recursos e nas
várias áreas de sua atuação profissional. Temos assim uma ética no contexto da
sexualidade, dos processos judiciais e periciais, na avaliação de dependentes químicos
e na atuação do psicólogo no contexto do trânsito e da mobilidade urbana.
Nesse âmbito, constituímos uma Bioética de sustentação das relações que se articula com
a prática da Psicologia ─ assim como com nosso contexto social, econômico, cultural e
urbano ─ como um todo. Introduzimos assim o conceito de mobilidade urbana para falar
da atuação do psicólogo no contexto do trânsito, do transitar e circular sustentável pela
cidade e, deste modo, vincular a prática da cidadania a qualquer atuação profissional.
A atuação da Psicologia aqui assume, mais uma vez, uma Ética peculiar de constituição
e sustentação profissional, que está intrinsecamente vinculada a uma Bioética, a uma
ética da Ecologia Humana, e a uma prática de sustentabilidade no contexto social
brasileiro.
Segundo Moreno (2002), há uma contínua migração para as cidades nos países
em desenvolvimento que gera uma necessidade de conceber, organizar e
estruturar novos centros ou núcleos urbanos. Tais núcleos são concebidos como
núcleos urbanos autossustentáveis, que podem contribuir também para a
democratização e universalização da cidadania em nosso país. Deste modo, esse
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ÉTICA EM PSICOLOGIA│ UNIDADE ÚNICA
Consideramos que esses itens também podem ser inseridos como aspectos essenciais
de composição de uma Ética contemporânea.
Portanto, consideramos que: a Psicologia é uma ciência que envolve uma dinâmica
social e política em sua constituição e atuação profissional e, deste modo, está em
permanente articulação e envolvimento com uma Ética das relações humanas – tanto
numa individualidade singular quanto numa universalidade coletiva do sujeito.
E, nesse contexto, essa Ética retoma também uma (Bio)ética das relações sociais e
sustentáveis presentes no nosso cotidiano brasileiro de sustentabilidade socioeconômica.
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Referências
ANDRÉ, Serge. O que quer uma mulher? Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
ARAÚJO, M. R. M.; OLIVEIRA, J. M.; JESUS, M. S.; SÁ, N. R.; SANTOS, P. A. C.;
LIMA, T. C Transporte público coletivo: discutindo acessibilidade, mobilidade e
qualidade de vida. Psicologia e Sociedade, vol.23, n. 3, set/dec. Florianópolis, 2011.
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis,
RJ: Vozes, 1999.
MORENO, J. O futuro das cidades. SP: Ed. SENAC São Paulo, 2002.
NOVAES, Adauto org. Ética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
PEREIRA, Fernanda e NETO, André. O psicólogo no Brasil: notas sobre seu processo
de profissionalização. Psicologia em Estudo; Maringá, Paraná, v.8, n.2, p.19-27, 2003.
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SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. São Paulo: Atlas, 2014.
SILVEIRA, Rosa Maria C. Perícia: o papel do psicólogo. Aula ministrada no III curso
de peritos judiciais e assistentes técnicos. São Paulo, junho e julho de 2003.
SEGRE, Marco.; COHEN, Cláudio. Organizadores. Bioética. São Paulo: Ed. USP, 1995.
Sites
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