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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

INDIVIDUAL

Amélia de Almeida
BIOGRAFIA
Msc. em Psicologia Clinica e Saúde
Corrente: Humanista e Positivas
Prof. Universitária.
Palestrante Inata, nas Comunidades, Ruas etc.
Psicoterapeuta.
Analista Comportamental.
Atendimento ao Domicílio e Particular e em Grupo.
Estudante de Psicologia á quase 20-anos
Historia
A história do surgimento da Psicologia e da avaliação psicológica
se confundem, ao final do século XIX e início do século XX.
Francis Galton, na Inglaterra, foi pioneiro no estudo das
diferenças individuais. Alfred Binet e Theophile Simon dedicaram-
se à avaliação de crianças em idade escolar. James McKeen
Castell foi o primeiro psicólogo americano a publicar uma tese de
doutoramento, intitulada Psychometric investigation, enquanto
trabalhava em Leipzig, sob orientação de Wundt. Castell veio
mais tarde a fundar a Psychological Corporation, uma das mais
influentes editoras de testes psicológicos até os dias de hoje. O
esforço principal desses pesquisadores era elevar a Psicologia ao
status de ciência, em pé de igualdade com as outras ciências da
época. As contribuições desses autores são exemplos da relação
indissociável entre o estabelecimento da Psicologia como ciência
e profissão e o desenvolvimento dos testes, entre outros
procedimentos de avaliação psicológica
O desenvolvimento da avaliação psicológica no seio da
Psicologia dependeu do desenvolvimento de estratégias
que permitiram derivar inferências acerca do
funcionamento do psiquismo humano. Essas estratégias
podem ser distinguidas em três grupos: a construção de
testes por amostragem de comportamentos ou processos,
a construção de testes por relação a grupos seleccionados
com base em critério e a construção de testes com base
na análise da fantasia. A seguir, descreveremos cada uma
dessas abordagens.
A estratégia de avaliação dos primeiros instrumentos
dependia da elaboração de itens que representassem uma
amostragem de comportamentos ou processos ligados aos
constructos de interesse. Operações concretas que se
acreditava estarem associadas a um determinado
processo − por exemplo, um processo cognitivo − eram
utilizadas para avaliar aquele constructo. Essa relação
constructo-operação é reflectida na conhecida alegação
que define inteligência como sendo “o que os testes
medem”. Claro que, sabemos, esta simplificação não é
suficiente para sustentar um constructo, mas marca bem a
relação entre o constructo e a observação da evidência de
sua “existência
Desse modo, essas técnicas dependiam de maneira
importante de uma vinculação muito estreita entre o
conteúdo dos itens associados ao constructo e as
operações re- queridas nas respostas do sujeito. Em
função dessa estratégia, testes desse tipo possuíam alta
validade aparente. O resultado do teste então era indicado
pela quantidade de acertos ou de respostas do sujeito
coerentes com o constructo de interesse; por exemplo,
maior concordância com itens de natureza depressiva
indicava maior probabilidade de um processo depressivo.
Essa estratégia de construção de instrumentos de
avaliação por endorso a itens supostamente
representativos de comportamentos ou processos ganhava
vulto com o progressivo desenvolvimento da psicometria e
com o surgimento de novas medidas psicológicas. Mas ao
longo desse processo, outra estratégia iria surgir, não
baseada na amostragem de comportamentos e processos
associados a um constructo, mas na articulação de
indicadores indirectos empiricamente relacionados ao
fenómeno em questão.
Essa estratégia depende menos da relação
aparente entre o conteúdo do indicador e o
constructo de interesse: o que dá a relevância a
um indicador desse tipo é sua capacidade de
identificar pessoas pertencentes a grupos
relevantes nos quais a presença desse constructo
fosse conhecida. Sujeitos para esses grupos são
escolhidos com base em critérios independentes
relacionados ao constructo de interesse.
O processo de validação da relação entre os indicadores e
o grupo relacionado ao constructo é conhecido como
validade de critério. Essa estratégia de construção de
testes por relação a grupos seleccionados com base em
critério foi utilizada tanto na selecção de itens para
medidas objectivas (questionários e inventários) quanto
para a confirmação de indicadores nas técnicas às quais
se convencionou chamar de testes projectivos.
Nas medidas objectivas, o exemplo maior surgiu com o
Inventário Multifásico Minnesota da Personalidade (MMPI)
de Hathaway e McKinley (Graham, 1987). Esses autores
validaram suas escalas por um processo que pode ser
chamado de “chave empírica”: não importava o conteúdo
do item, importava como respondiam as pessoas
identificadas em uma determinada condição ou que
apresentavam uma determinada característica (Friedman,
Lewak & Nichols, 2001).
Por exemplo, um item capaz de discriminar grupos de
pessoas com elevados níveis de paranóia passa a compor
a escala de paranóia, independentemente da relação
directa (teórica) entre o conteúdo do item e o constructo
paranóia. Outro exemplo marcante do uso de grupos de
critério é o Método de Rorschach (Exner, 1995/1999).
Por exemplo, a distorção da forma foi relacionada à
esquizofrenia ou a presença de sombreados ou cor
acromática indicando angústia ou depressão. Uma vez
demonstrada a relação entre um indicador e o fenómeno,
inicia-se o esforço teórico para compreender os motivos
dessa relação. Independentemente da estratégia de
construção do instrumento, a validade de critério segue
sendo uma importante forma de validação e suporte para
identificação das qualidades associadas a uma medida,
para classificação e inferência diagnóstica.
Entre os projectivos, outro conjunto de testes surgiu a
partir da análise de associações e da fantasia (Henry,
1956/1987), em grande parte estimulado pelos
desenvolvimentos em psicanálise. O Teste de Associação
de Palavras de Carl Gustav Jung pode ser considerado o
primeiro deles. Entre os mais conhecidos atualmente estão
as técnicas de complementação de frases, as técnicas de
apercepção temática (Bellack, 1986; Murray, 1943/2005;
Shentoub, 1999; Silva, 1983; Tardivo, 1998), o Teste das
Relações Objectais (Rosa & Silva, 2005), o Teste das
Fábulas de Duss (Cunha & Nunes, 1993).
Algumas técnicas de avaliação permitem estratégias mistas,
como o Método de Rorschach (Winer, 2000) e os testes
gráficos (Goodenough, 1974; Machover, 1949; Sisto, 2005;
Wechsler, 2003), avaliando indicadores com base em crité- rios
empíricos e também se apoiando em análise de elementos de
fantasia. Desenvolvimentos recentes têm demonstrado
indicadores objectivos relevantes em técnicas que dependiam
quase que exclusivamente da análise da fantasia, como é o
caso do TAT (Shentoub, 1999). Dá-se grande destaque a esses
instrumentos na prática clínica por permitirem a interpretação
de aspectos relacionais, estruturais e dinâmicos da
personalidade, de modo muito próximo ao processo de análise
e interpretação que ocorre na relação terapêutica.
Esta breve incursão histórica teve por objectivo destacar
que o desenvolvimento da avaliação psicológica sempre foi
um empreendimento cientificamente fundamentado,
intimamente atrelado ao surgimento e à consolidação da
Psicologia como ciência e profissão. Em decorrência dessa
íntima associação, a Psicologia e o psicólogo passaram
rapidamente a ser identificados com a actividade da
avaliação psicológica, do psicodiagnóstico e da construção
e validação de testes, instrumentos e procedimentos para
esses fins. O que as estratégias descritas acima possuem
em comum permite-nos uma definição de teste psicológico.
Um teste psicológico é um instrumento ou procedimento
que precisa estar articulado a um constructo psicológico.
(fundamentação teórica) e este constructo precisa estar
articulado a aspectos importantes da vida psíquica das
pessoas (fundamentação empírica). Isso requer a
existência de operações capazes de vincular o constructo
a comportamentos, a processos afectivos ou cognitivos.
Essa vinculação precisa ocorrer, em primeira instância, nos
processos de validação e, mais tarde, quando posto em
uso, no processo de avaliação de um sujeito específico (o
que não ocorre, por exemplo, quando existem situações
ambientais ou subjectivas que invalidam a aplicação).
É somente a partir disso que podemos retirar, do resultado
dos testes, inferências sobre determinados aspectos da
vida psíquica do sujeito (Tavares, 2003). Por exemplo, o
que diferencia as operações de matemática de uma prova
escolar das operações matemáticas de uma prova de
inteligência é que a primeira apenas busca verificar a
aquisição de conhecimento referente a um conteúdo
específico.
Por outro lado, as operações matemáticas em um teste
psicológico buscam aferir as respostas para inferir
aspectos importantes das operações mentais e da
inteligência, como, por exemplo, Memória Operacional na
escala WAIS-III (Wechsler, 1997/2004) e para colocar esse
resultado e o seu significado em perspectiva na vida das
pessoas, ou seja, o teste psicológico permite inferir como
aquele traço se manifesta na vida do sujeito, facilitando ou
criando dificuldades específicas.
(Avaliação Psicológica: Directrizes na Regulamentação da
Profissão, Conselho Federal de Psicologia XIV Plenário
Gestão 2008-2010)
Outras versões
conceito da avaliação psicológica e sua prática, embasada
em uma visão epistemológica, considerando sua
fundamentação teórica e as nuances de sua metodologia
nas diferentes áreas da Psicologia. A prática da Avaliação
Psicológica tem sido considerada um desafio no exercício
profissional, uma vez que há equívocos entre alguns
procedimentos, devido, entre outras razões, à falta de
clareza no significado da avaliação psicológica, muitas
vezes, confundindo-se o processo com o instrumento
utilizado. A falta de clareza conceitual tem implicação no
desenvolvimento da área enquanto conhecimento e
práticas.
Sabe-se, pela filosofia da linguagem, que a verbalização
oral ou escrita implica uma forma de pensar e agir. Ou
seja, a língua é reveladora de uma linguagem latente.
Assim, as problemáticas que seguem podem ter sua
génese pela pseudobase na compreensão da totalidade do
que vem a ser avaliar psicologicamente. Este movimento
pode perpassar os cursos de graduação, o
desenvolvimento de pesquisa, as literaturas. Pretendemos
chamar atenção para essas questões e apontar algumas
possibilidades, pois de forma alguma se almeja solucionar
problemas amplos e complexos como os que seguem.
Afinal, a avaliação psicológica é uma área em desenvolvimento
com seriedade científica. Infelizmente, a avaliação psicológica é
tida, ainda, por alguns profissionais e estudantes de psicologia,
como sinónimo de testes psicológicos. Trata-se de um
reducionismo conceitual. Os testes são de grande valia, mas
são meios, um deles, pois existem outros. Por outro lado, existe
uma tendência ao tecnicismo em que se sobrepõe a
normatização às vezes ao valor ético, e em outros casos,
enfatiza-se a profissão sem, ao mesmo tempo, desenvolver a
base epistemológica. De fato, teoria científica, técnicas,
instrumentos, métodos, ética devem corroborar de forma
integrada – não fragmentada! – para o desenvolvimento
qualificado da área. Afinal, não se faz psicologia sem avaliação
psicológica.
É uma prática em todas as áreas da psicologia e está
presente em seus diferentes contextos, respeitando as
especificidades de cada área e de cada caso. Por fim, é
imprescindível considerar a profissão numa visão sócio-
histórica, cuja noção de homem e de mundo implique a
evolução cultural com real necessidade de favorecer aos
direitos humanos. E neste viés também se enquadram os
testes psicológicos. Outro problema envolvido é composto
pelo uso dos testes psicológicos. Historicamente, existe a
problemática da importação e tradução dos testes; o uso
indiscriminado;
a falta de padronização brasileira; a variação de critérios; a
forma de uso por parte de profissionais; entre outras
dificuldades. Contudo, o que verificamos é um avanço
rápido da qualificação e atenção a esses aspectos. É
considerável o investimento em pesquisas; a normatização
a partir do Conselho Federal de Psicologia; a melhoria da
formação dos futuros profissionais. Apesar disso, existem
críticas, às vezes, sem fundamento, o que revela uma
concepção preconceituosa e postura discriminatória, a
começar por alguns profissionais da área, generalizando
essa área do saber e prática em psicologia, em vez de
considerar posição singular quanto aos meios.
Buscamos elucidar o conceito de Avaliação Psicológica por
notar divergências e equívocos; elencar os diversos
instrumentos utilizados no processo da Avaliação
Psicológica pelo engano de cambiar meios e fins; ressaltar
a importância e as contribuições da avaliação psicológica
para a psicologia enquanto ciência e profissão por julgar de
grande valia a integração teórico-prática;
promover uma reflexão sobre as implicações éticas
envolvidas no processo da avaliação psicológica, dado o
trabalho do psicólogo com (inter) subjetividades, numa
visão de ser humano e sociedade que requer pensamento
crítico e compromisso sociopolítico. Todo e qualquer
resultado de uma avaliação psicológica interfere no
processo decisório do profissional, que diz respeito ao
sujeito humano.
Estas decisões trazem em si possibilidades diversas,
assim como limitações e impedimentos para o sujeito
avaliado. A psicologia como uma ciência que abrange as
esferas biopsicossociais busca este compromisso em sua
actuação e em todas as etapas da vida humana. A
avaliação psicológica como processo realizado com
qualidade [diga-se: competência!] contribui para qualidade
de vida e bem-estar de indivíduos, grupos e organizações.
Dessa maneira, no âmbito da ciência do psiquismo, uma
boa avaliação psicológica significa colaboração – pelo
diagnóstico, prognóstico, intervenção - para o
desenvolvimento de cidadãos justos como maneira de um
futuro de gerações saudáveis mentalmente. 218 Revista
Perquirere, 11(2): 218-237, dez. 2014, silva Ivone & caixeta
Luis.
TRABALHO DE
PERSONALIDADE
“QUEM EU SOU?”
Trabalho de campo

COM O LEMA: OS
ANGOLANOS ESTÃO A
NAMORAR MAIS CEDO.
Conceitos escala
A escala é uma sucessão organizada de diferentes valores
pertencentes a uma mesma qualidade. Chama-se de
escala a uma série de valores ou graus que podem ser
localizados dentro de uma mesma contingência ou
entidade quantitativa

... Artigo http://queconceito.com.br/escala


Escala é uma relação entre o tamanho real de algo e
sua representação. Por exemplo, o mapa do Angolano
representa o tamanho do país. As miniaturas de carros e
bonecos também envolvem o conceito de escala, pois os
representam. 
Isto é, quando falamos de escala, estamos nos referindo a
mecanismos de ampliação e redução. Então, eu posso
ampliar o tamanho da representação ou reduzir essa
imagem - sempre usando um sistema de coordenadas de
referência
Escala é uma medida usada para definir as dimensões
proporcionais dos tamanhos reais em representações
gráficas.
Conceito de inventario
O termo inventário deriva do latim inventarium. É uma
palavra usada em contabilidade que tem como significado
o de um documento em que consta uma lista de bens
pertencentes a um indivíduo ou organização.
o inventário é aquele registro documental de bens e
demais objetos pertencentes a uma pessoa física, a uma
comunidade, ou empresa que é feito com muita precisão
no recolhimento e organização dos dados.
o inventário é a actividade por meio da qual os gestores e
suas equipes realizam a contagem e conferência de todos
os materiais disponíveis em estoque e checam os
resultados, comparando-os às quantidades informadas no 
controle — que pode ser feito por meio de planilhas ou
softwares de gestão, através da identificação, classificação
e contagem dos produtos armazenados, com o objectivo
de conferir se essas informações estão de acordo com a
realidade do que foi dado como entrada e saída de
mercadorias.
No âmbito da educação, os questionários costumam ser o
mecanismo escolhido pelos docentes para avaliar os seus
alunos. Um questionário pode ser apresentado por escrito,
indicando ao estudante para responder numa folha cada
uma das perguntas. De acordo com as suas respostas, o
professor poderá julgar se o aluno aprendeu, ou não,
aquilo que lhe ensinou nas aulas.
Conceito questionário
Um questionário é um conjunto de perguntas que se faz
para obter informação com algum objectivo em concreto.
Existem diversos estilos e formatos de questionários,
dependendo da finalidade específica de cada um.
Dependendo da matéria, a forma segundo a qual o aluno
responder e o professor corrigir um questionário podem
variar consideravelmente. 
os questionários escritos e orais que se usam para avaliar
estudantes de línguas estrangeiras são bastante
diferentes. Em primeiro lugar, contrariamente aos
mencionados no parágrafo anterior, estes são realizados
para alunos com um vocabulário limitado e com muito
menos ferramentas linguísticas, a menos, obviamente, que
se trate de exames bastante avançados.
Por conseguinte, na hora de corrigir um questionário deste
tipo, não se espera um grande aprofundamento dos temas
mas um bom nível de ortografia e gramática.
A psicologia vale-se do questionário para estudar e
analisar muitos temas diversos, entre os quais se encontra
a personalidade, a estabilidade emocional, a inteligência,
as habilidades sociais, a agilidade mental e as tendências
depressivas. Alguns questionários contêm varias versões
das mesmas perguntas situadas a uma certa distância
umas das outras para que a pessoa avaliada não repare
na repetição, o que pode dar lugar a que responda coisas
diferentes em cada caso, e se detecte uma falta de
sinceridade.
Questionário é um instrumento de colecta de informação
utilizado numa Sondagem ou Inquérito.
O questionário é frequentemente confundido
com entrevista teste, formulário, inquérito e escala
Tecnicamente, questionário é uma técnica
de investigação composta por um número grande ou
pequeno de questões apresentadas por escrito que tem
por objectivo propiciar determinado conhecimento ao
pesquisador.
.
Diferencia-se da entrevista pois nesta última as perguntas
e respostas são feitas de maneira oral.
Diferencia-se de formulário, pois este pode ser qualquer
impresso com campos próprios para anotação de dados,
não importando por quem são preenchidos os dados.
Já o teste, embora possa ser efectuado por intermédio de
questionário, tem por objectivo incentivar determinadas
reacções através de perguntas
Conceito medidas de acerto e erro
Ao longo da vida existem erros e acertos. Os erros são os
equívocos que uma pessoa comete ao longo de sua
existência. Erros que a pessoa pode se arrepender num
momento presente, mas no futuro também.

Na verdade, os erros mais dolorosos são aqueles sofridos


por algo do passado (já que não se pode modificar). Na
maioria das vezes, as pessoas se arrependem mais do
que não fizeram do que aquilo que na realidade gostariam
de fazer e já fizeram de alguma forma

... Artigo http://queconceito.com.br/erro


Os erros podem acontecer tanto no campo pessoal como no
plano profissional. Eles fazem parte da aprendizagem própria da
experiência humana. É um sinal de sabedoria emocional
reconhecer os próprios erros, aprender com os mesmos e saber
extrair os melhores ensinamentos para sua vida.
Por outro lado, o erro pode afectar unicamente a uma pessoa
que tomou tal decisão, mas também pode afectar outras
pessoas que estejam envolvidas no caso.
Quando um erro atinge mais de uma pessoa e prejudica a
terceiros é importante ser responsável e agir posteriormente. O
ser humano não pode controlar cem por cento as
consequências de suas acções, mas tem a capacidade de
influenciar através da atitude como enfrenta seus erros.
... Artigo http://queconceito.com.br/erro
avaliação psicológica
O conceito de avaliação psicológica é amplo, se
refere ao modo de conhecer fenómenos e
processos psicológicos por meio de
procedimentos de diagnósticos e prognóstico,
para criar as condições de aferição de dados e
dimensionar esse conhecimento (ALCHIERI &
CRUZ, 2003). Os testes gráficos são mais
adequados para começar um exame ou avaliação
psicológica. Eles reflectem os aspectos mais
estáveis da personalidade, e mais difíceis de
serem modificados (CAMPO, 1995).
Segundo Cunha (1993, p.5), o
psicodiagnóstico é um processo científico,
limitado no tempo, que utiliza técnicas e
testes psicológicos (input), em nível
individual ou não, seja para entender
problemas à luz de pressupostos teóricos,
identificar e avaliar aspectos específicos ou
para classificar o caso e prever seu curso
possível, comunicando os resultados
(output).
O psicodiagnóstico é uma forma específica de avaliação
psicológica, em ambos os processos não têm
necessariamente  que fazer uso de testes psicológicos.
Mas, no entender de Nascimento (2005), quando se
precisa de material fidedigno, passível de reaplicação, que
permita conclusões confiáveis em curto tempo, para
tomada de decisões, é preciso dispor de outros recursos
além da entrevista, ainda que seja para comprovar alguma
característica do examinando.
Enfim, o psicodiagnóstico tem como perspectiva conseguir
uma descrição e compreensão, o mais profunda e
completamente possível da personalidade do paciente ou
do grupo familiar, e sua conclusão será posteriormente
transmitida, por escrito, através de um documento
denominado Laudo Psicológico (O CAMPO et al., 1995).
Laudo Psicológico
O laudo é uma peça escrita na qual o perito expõe observações e
conclusões a que chegou num processo de diagnóstico ou
avaliação psicológica. Trata-se de um parecer técnico que visa
subsidiar o profissional a tomar decisões. Segundo Guzzo e
Pasquali (2001), deve-se evitar a sua devolução oral, porque pode
ser facilmente distorcida. O laudo não é um documento exclusivo
da área da psicologia, pode ser jurídico, pericial, pedagógico, etc.
Uma outra definição da conta desse instrumento como um dos
principais recursos para comunicar resultados de uma avaliação
psicológica. Cujo objetivo é apresentar materialmente um resultado
conclusivo de acordo com a finalidade proposta de consulta, estudo
ou prova(ALCHIERI & CRUZ, 2003). Ainda para os autores, esse
documento deve ser conclusivo e se restringir às informações
estritamente necessárias à solicitação (objetivo da avaliação), com
a intenção de preservar a privacidade do examinando.
Psicodiagnóstico e Psicoterapia
Na visão de Friedenthal (apud SANTIAGO, 1995), a distinção
entre estes dois processos é apenas teórica, considerando
que na prática clínica, é impossível manter a fronteira entre
terapia e psicodiagnóstico. As entrevistas diagnósticas se
assemelhem às sessões de terapia, não somente pela
interpretação que se faz, mas também pelas intervenções
inerentes a essas situações, seja para esclarecer
transferências ou para aliviar a ansiedade do paciente, etc. O
psicodiagnóstico ocupa um lugar de destaque entre as opções
nos serviços de psicologia, independente do motivo que leva o
paciente a procurar a instituição. Ele deve ser utilizado como
dispositivo para planejar, guiar e avaliar a escolha e indicação
terapêutica fundamentada (MITO, 1995; MONACHESI, 1995)
Calegaro (2002) diz que, entre outros, o objetivo
da entrevista é de estabelecer rapport (será
explicado mais adiante), coletar informações que
revelem os problemas, avaliar o grau de estresse
e psicopatologia da família (depressão, discórdia
conjugal, ansiedade, agressividade, etc.). E assim,
modificar o foco de crenças causais improváveis
para fatores antecedentes e as consequências
que o cercam, e, finalmente, atingir uma
formulação diagnóstica e tratamento
recomendado.
O diagnóstico adequado é seguido de esclarecimentos e
informações que pode minimizar o estresse experienciado
pelo paciente e/ou família. É importante esclarecer
quaisquer dúvidas, deixando a sensação de que as
dificuldades foram compreendidas, e que estão sendo
atendidas por um profissional capaz de recomendar meios
que ajudem a resolver os problemas verificados
(CALEGARO, 2002)
No entender de Cruz (2002), os fenômenos psicológicos
nem sempre se mostram inteligíveis, em quaisquer das
áreas e objetos de intervenções da psicologia. Portanto,
não se configura numa tarefa fácil, pelo grau de
complexidade e múltiplas determinações, equacionarem os
eventos psicológicos. Por esse motivo é que se torna
necessária a avaliação psicológica. Nesse sentido, Quinet
(2002) diz que somente o olhar, assim armado pela razão,
será capaz de perceber aquilo que não é visível a olho nu,
fonte de equívocos, para chegar a perspicuitas6, a
transparência (p.29). Afinal, uma das características
básicas do conhecimento científico é o esforço em não
restringir à descrição de fatos separados e isolados, mas
tentar apresentá-los sob o estatuto do contexto e do
estado da arte das pesquisas relacionadas (CRUZ, 2002,
a) Objeto - Fenômenos ou processos
psicológicos; b) Objetivo visado - Diagnosticar,
compreender, avaliar a ocorrência de determinadas
condutas; c) Campo Teórico - Sistema conceitual, estado
da arte do conhecimento; d) Método - Condições através
da qual é possível conhecer a forma de acesso ao que se
pretende explorar
Enquadramento do processo psicodiagnóstico

O enquadre desse processo consiste nos itens seguintes:


Esclarecimento dos papéis respectivos; Lugar de
realização das entrevistas; Horários e duração do processo
(despertando para o fato de não torná-lo muito curto ou
extenso); Honorários (caso se trate de consulta particular
ou de instituição paga). Qualquer entrevista posterior à
devolução requer o estabelecimento de um novo contrato
que explicite o enquadre, as características e os objetivos
da tarefa (VERTHELYI apud SANTIAGO, 1995)
Etapas do processo psicodiagnóstico
Primeiro contato, entrevista semidirigida (um ou duas) com
o paciente ou seus pais, quando se trata de criança ou
adolescente; Aplicação de testes e técnicas projetivas;
Encerramento do processo: devolução oral ao paciente
e/ou pais, familiares (uma ou duas entrevistas devolutivas),
onde apresentam as conclusões diagnósticas e sugere os
passos seguintes a serem trilhados: psicoterapia,
encaminhamento para psiquiatra ou ambos; Informe por
escrito (Laudo) para o solicitante.
Rapport
Ao iniciar suas actividades de testagem, seja em qual
área for o psicólogo deve realizar esta técnica que se
ajusta ao seu papel de oferecer as condições psicológicas
favoráveis ao manejo da assistência individual ou grupal.
Quando se trata, principalmente, de seleção ou
psicotécnico, é necessário que o examinador procure, em
breves minutos, desmistificar alguns conceitos ou
deturpações que, em geral, pairam no imaginário do
senso comum, não somente sobre testes psicológicos,
mas também em relação a quase todos os campos dessa
actuação profissional.
A psicologia ainda é, para prejuízo dessa categoria e da
sociedade, uma ciência tabu que inclui medo, rejeição e
atração num suposto caldeirão de inutilidades ou de
poderes mágicos, misteriosos e fantásticos que lhe são
atribuídos. Isto promove uma resistência nas pessoas em
si trabalhar nessa especialidade, que seja por
determinação ou no limite crítico do indispensável. Penso
que a psicologia pode oferecer menos do que se imagina,
e mais do que pode se esperar caso assim lhe permita.
Enfim, esse momento do rapport consiste em o profissional
respaldar o (s) paciente(s), examinando(s), trazê-lo(s) para
o princípio da realidade, e se fazer agente de motivação e
solicitude.
APLICAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS

 Os instrumentos técnicos, a exemplo dos testes


psicológicos representam a única área de atuação que
é privativa dos psicólogos (HUTZ & BANDEIRA, 2003).
São de uso exclusivo dos psicólogos que, para
gerenciá-los, requer treinamento e conhecimento
específicos. Uma vez que os testes obedecem a uma
série de regras para sua aplicação chamada de
Padronização da Aplicação dos Testes, que implicam
em vários procedimentos: Administração dos testes na
aplicação; Questões relacionadas ao aplicador ou
examinador; e Questões específicas que dizem
Respeito ao(s) examinado(s) ou testando(s).
Administração dos Testes na Aplicação
Os procedimentos na aplicação dos testes têm como objetivo
garantir a sua validade, porque, mesmo dada a sua condição
técnica e científica, um teste pode produzir resultados inválidos
se for mal aplicado. Assim, deve seguir a risca as instruções e
recomendações que explicitam os seus manuais. Sem,
entretanto, como dizem Alchieri & Cruz (2003), assumir uma
postura estereotipada e rígida. Como se espera saber o nível
de aptidão ou as preferências do testando, este deve se sentir
na sua melhor forma para agir de acordo com as suas
habilidades, e não sob a interferência de distratores ambientais.
No processo de aplicação levam-se em consideração alguns
aspectos indispensáveis para a realização satisfatória dessa
actividade: Qualidade do ambiente físico; Qualidade do
ambiente psicológico; e Material de testagem
A Qualidade do Ambiente Físico

Todas as estruturas do ambiente físico


devem colocar o testando em favorável
disposição de reacção. De forma que é
preciso considerar as condições do
local de trabalho: cadeira, mesa,
espaço físico; Atmosféricas:
iluminação, temperatura, higiene; De
silêncio: isolamento acústico.
A Qualidade do Ambiente Psicológico
O psicólogo deve atenuar o nível de ansiedade do(s)
examinando(s) a um mínimo possível através do rapport,
bem como: a) Verificar se o(s) examinando(s)
apresenta(m) alguma dificuldade de saúde e/ou
impedimentos relacionados (ALCHIERI & CRUZ,
2003); b) Esclarecer o(s) examinado(s) de modo que ele(s)
compreenda(m) exatamente as tarefas a serem
executadas; c) Memorizar as instruções e ministrá-las em
voz alta e pausada, de uma única vez, e igual para todos
(qualquer mudança implica em alteração ou invalidade dos
resultados)
Material de Testagem
Todo material que será utilizado no processo de aplicação
deve constar em quantidade a mais do número de
candidato ou examinando: Quando se trata de material
reutilizável verificar se está em perfeito estado (ALCHIERI
& CRUZ, 2003); Cadernos de exercício; Folhas de
resposta; Papel ofício A4 e lápis específicos conforme o
teste (para o H.T.P - teste da casa/árvore/pessoa -, por
exemplo, exige-se o grafite no 2)
Questões Relacionadas ao Aplicador ou Examinador
Das Condições Técnicas do Aplicador

Segundo Anastácia e Ordena (2000), muitas das questões sobre


o rigor e o valor da avaliação psicológica passam pela actuação
do psicólogo que a realiza, assim sendo, exige-se dele que
apresente tais condições mínimas: a) Conhecimento actualizado
da literatura e de pesquisas disponíveis sobre o comportamento
humano e sobre o instrumental psicológico;  b) Treinamento
específico para o uso dos instrumentos; c) Domínio sobre os
critérios estabelecidos para avaliar e interpretar resultados
obtidos; d) Capacidade para considerar os resultados obtidos à
luz das informações mais amplas sobre o indivíduo,
contextualizando-os; e) Seguir as orientações existentes sobre
organizações dos laudos finais e, acima de tudo, garantir
princípios éticos quanto ao sigilo e à protecção ao(s)
indivíduo(s) avaliado(s) (apud PACHECO, 2005).
Modo de Actuação do Aplicador
O aplicador ou examinador também deve ter cuidados com
os itens seguintes: a)Não aceitar pressão quanto ao
emprego de determinados instrumentos a fim de reduzir os
custos para empresa ou escola, que interfiram na
qualidade do trabalho (ALCHIERI & CRUZ, 2003); b) Fazer
prevalecer o princípio da isonomia, que consiste em tratar
a todos do mesmo modo (remarcar um teste para um
candidato, por exemplo, é dar tratamento diferenciado, o
que infringe este princípio legal); c) Não responder as
questões dos examinandos com maiores detalhes do que
os permitidos pelo manual (ALCHIERI & CRUZ, 2003).
Ou seja, as dúvidas sobre todas as questões devem ser
esclarecidas sem que o aplicador dê indicativo de resposta
(este item é mais delicado quando se trata de criança ou
pessoa com cuidados especiais); d) Usar um vocabulário
apropriado (sem: gíria, jargão psicológico, palavras chulas
ou rebuscadas); procurar ter equilíbrio emocional; e evitar
interrupções durante a testagem; e) Evitar a familiarização
do público com os conteúdos dos testes, o que perderia
sua característica avaliativa; assegurar que os testes são
utilizados por examinador qualificado; controlar a
comercialização dos testes psicológicos; considerar as
condições em que foram realizados os testes, quando for
apurar e interpretar seus resultados;
 f) A aparência, nesse tipo de atividade, o aplicador não é
livre para usar qualquer roupa, uma vez que esta variável
interfere nos resultados. Recomendam-se roupas limpas e
adequadas, ou seja, formais, discretas, nunca
“chamativas” ou sensuais; e o uso moderado de perfume.
Tem pessoas muito sensíveis à odores, que podem se
sentir incomodadas ao lado ou na mesma sala com a
fragrância muito forte de uma outra. Se for uma grávida o
incómodo pode ser ainda mais acentuado.
Controle dos Vieses do Aplicador
A postura do aplicador pode afectar o processo. Pesquisas
conclusivas dão conta de sua grande interferência nos
resultados. O psicólogo é um ser humano com seus problemas,
etc., como os demais, mas também é um técnico, e por isto
mesmo deve está consciente desta influência, para procurar
minimizá-la. Espera-se que tenha adquirido habilidades próprias
da profissão, das quais faça uso em situação de testagem, a
exemplo, do autoconhecimento mais elaborado que lhe permita
conhecer melhor as suas aptidões e limitações. Para ser
psicólogo, Calligaris (2004) diz que não é necessário ser
“normais” nem é preciso estarmos curados de nossas neuroses,
mas seria bem-vindo que a gente não se tomasse pelo ouro do
mundo (p.92). Ou seja, entre outros, a arrogância, parece mais
comprometedora em quaisquer dos processos desse exercício
profissional
Questões Específicas que Dizem Respeito
ao(s) Examinado(s) ou Testando(s)
• Os Direitos dos Testandos
• No Brasil, a atuação do psicólogo na testagem é
considerada uma atividade pericial. Por lei, os peritos
devem prestar serviço de qualidade à sociedade, e esta
qualidade pode ser cobrada judicialmente. Isto é, o
psicólogo responde até criminalmente por sua conduta na
área dos testes psicológicos. Os direitos do testando, de
modo geral, são norteados pelos comitês de ética em
Psicologia e pelas normas para Testagem Educacional e
Psicológica da American Psychological
Association (APA), nos seguintes aspectos: 
a) Consentimento dos testandos ou seus representantes legais,
antes da realização da testagem. As exceções a esta regra são:
Testagem por determinação legal (perícia) ou governamental
(testagem nacional); Testagem como parte de actividades
escolares regulares; Testagem de selecção, em que a
participação implica consentimento; b) Testagem em escolares e
aconselhamento, os sujeitos têm o direito a explicações em
linguagem que eles compreendam sobre os resultados que os
testes irão produzir e das recomendações que deles
decorram; c)Testagem em escolas, clínicas, quando os escores
são utilizados para tomar decisões que afectam os testandos,
estes ou seus representantes legais têm o direito de conhecer
seu escore e sua interpretação.
Sigilo e Divulgação dos Resultados
O candidato (empresa), paciente (clínica), orientando (clínica e
escola) que submetem aos testes tem o direito a toda e
qualquer informação que desejar; O solicitante da testagem,
dono da empresa, no caso da seleção ou juiz, no caso pericial
(mas, as informações serão estritamente relacionadas ao
motivo da solicitação). O sigilo e a segurança dos resultados
dos testes devem seguir as normas seguintes: a) Os arquivos
devem ser seguros, de modo que ninguém possa ter acesso a
um dado sem a autorização do profissional responsável; b) O
código de ética do psicólogo diz: É dever do psicólogo respeitar
o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da
confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou
organizações, a que tenha acesso no exercício profissional (Art.
9º, 2005, p.13)
PARÂMETROS PSICOMÉTRICOS
Para Alchieri e Cruz (2003, p.59), os instrumentos psicométricos estão basicamente
fundamentados em valores estatísticos que indicam sua sensibilidade (ou
adaptabilidade do teste ao grupo examinado), sua precisão (fidedignidade nos
valores quanto à confiabilidade e estabilidade dos resultados) e validade (segurança
de que o teste mede o que se deseja medir), como será visto em alguns detalhes a
seguir:
Validade e Precisão: A avaliação objectiva dos testes psicológicos inclui, em geral,
a determinação da sua validade e da sua precisão em situações específicas.
Segundo Pasquali (2001), costuma-se definir a validade de um teste dizendo que
ele é válido se de fato mede o que supostamente deve medir (p.112). A validade é a
questão mais importante a ser proposta com relação a qualquer teste psicológico,
uma vez que, apresenta uma verificação directa do teste satisfazer sua função.
Pasquali (2001) considera que o conceito de precisão ou fidedignidade se refere ao
quanto o escore obtido no teste se aproxima do escore verdadeiro do sujeito num
traço qualquer. O termo precisão, quando usado em psicometria, sempre significa
estabilidade ou consistência. Precisão do teste é a consistência dos resultados
obtidos pelo mesmo indivíduo, quando retestado com o mesmo teste, ou com uma
forma equivalente. Antes de um teste psicológico ser apresentado para o uso geral,
é preciso realizar uma verificação completa e objectiva de sua precisão.
• Padronização da Administração do Teste (Normas)
• : Num sentido geral, a padronização se refere à necessária
uniformidade em todos os procedimentos no uso de um
teste válido e preciso. Desde as precauções a serem
tomadas na aplicação até os parâmetros ou critérios para
interpretar os resultados obtidos (PASQUALI, 2001). O
teste psicológico foi descrito, na definição inicial, como
uma medida padronizada. A padronização implica em
uniformidade do processo de avaliação do teste. Se vamos
comparar os resultados obtidos por diferentes indivíduos,
as condições de aplicação devem ser, evidentemente,
iguais para todos. Padronização = uniformidade na
aplicação dos testes, e Normatização = uniformidade na
interpretação dos escores dos testes.
• Valdeci Gonçalves da Silva
Através do teste HTP (sigla em inglês), podem ser
analisados certos traços de personalidade, quais são as
áreas que estão em conflito dentro de nós, os nossos
sentimentos e a projeção de nós mesmos
Este teste de personalidade pode parecer “uma
brincadeira de crianças”, mas também ajuda os
adultos. São testes aplicados nas clínicas em uma
consulta psicológica e nas escolas.
O que é o teste de personalidade?
Para realizar este teste pedimos aos analisados que
desenhem em uma folha em branco uma casa, uma árvore e
uma pessoa. Por isso as siglas em inglês são: HTP, ou seja,
House (casa), Tree (árvore) e Person (pessoa). Este teste
tem como objectivo mostrar quais são os conflitos mais
comuns e, ao mesmo tempo, mais “escondidos” dentro
de nós.
Além disso, graça aos desenhos desses simples objectos
cotidianos podemos analisar os elementos da personalidade
da pessoa. Embora não percebamos, ao desenhar uma casa,
uma árvore e uma pessoa trazemos à tona elementos que
estão guardados no nosso inconsciente por vários motivos.
Não é preciso ser um Picasso ou um Dalí para passar no
teste, mas sim encontrar as chaves que o desenho
oferece. O que podemos comunicar através dele?
Especificamente serve para expressar o “eu” em relação
ao ambiente familiar (como é uma casa ou uma árvore) e
as pessoas nas proximidades.
As duas fases do teste HTP
O estudo vai além de desenhar uma casa, uma árvore e uma pessoa próxima,
portanto não pode ser analisado de forma superficial. Primeiramente, pedimos ao
analisado que faça um desenho desses três elementos de forma mais natural
possível, esquecendo o contexto em que se encontra e a posterior análise do
seu desenho.
Enquanto a pessoa desenha o analista avalia as suas atitudes, as suas palavras,
seu modo de agir e tudo o que ela demonstra. Pode ser frustração, raiva, alegria,
etc. Depois do desenho concluído começa a segunda fase: contar uma história usando
os três tempos principais (passado, presente e futuro).
Outra opção também muito utilizada durante o HTP é responder a uma série de
perguntas previamente estabelecidas pelo especialista. Isto serve para motivar de
alguma forma as pessoas que têm dificuldade para se expressar ou crianças que
ainda não tenham a capacidade de desenvolver uma história.
Como, quando e onde aplicar o teste HTP
Este teste foi projetado para pessoas a partir de oito anos de idade e não existe limite
máximo para realizá-lo. Isto significa que qualquer um pode desenhar uma casa,
uma árvore e uma pessoa e, em seguida, ser analisado. Talvez para um adulto
pareça um pouco estranho passar por uma consulta com o analista e ele pedir para
desenhar no meio da sessão, mas os resultados obtidos são muito interessantes.
Para tirar o máximo proveito deste teste é preciso estar em
um lugar tranquilo e sem distrações, onde o paciente se
sinta confortável. O consultório é ideal porque proporciona
privacidade e o analista fornece todo o material necessário:
papel, lápis e borracha.
• Pode desenhar e apagar tudo, apagar somente uma parte, refazer,
mas isto também será analisado.
• O teste tem uma duração aproximada de trinta minutos a uma
hora, dependendo de quanto tempo o paciente demora para
desenhar e contar a sua história. Depende também da sua
disposição de falar sobre a sua vida e se o analista decidir fazer mais
perguntas no final.
• Para que serve o teste HTP?
• A lógica é simples, o teste se baseia na crença de que podemos
expressar nossos sentimentos através do desenho, seja do
passado, do presente e de desejos futuros.Cada imagem significa
algo diferente: a casa projeta a situação familiar do presente, a
árvore é o conceito mais profundo de nós mesmos e a pessoa é uma
espécie de autorretrato ou autoimagem que inclui a nossa
consciência e os nossos mecanismos de defesa.
A localização de cada objeto na folha também é analisada. Por
exemplo, se desenhar muito próximo da extremidade superior, o
desenho se relaciona com os sonhos e a imaginação, e na parte
inferior com o material; à direita está vinculado ao futuro, no centro
ao presente e à esquerda ao passado.
É avaliado o tamanho de cada elemento, o traço (que pode ser
forte ou fraco) e a clareza. É muito interessante entender que
cada parte da casa, da árvore e da pessoa tem um significado.
Não vamos lhe dizer todos os significados para que você não
possa trapacear se resolver fazer este teste, mas daremos um
breve esboço de uma interpretação: o telhado da casa representa
a parte espiritual e intelectual, o tronco da árvore é o seu apoio, o
suporte da vida e as mãos representam o plano afetivo.
Neste teste, como em todos os testes projetivos, a
qualidade das informações vai depender da atitude do
analisado, da sua boa vontade em desenhar e contar a
sua história. Por outro lado, depende também da
habilidade do analista para diferenciar elementos
relevantes daqueles que não são tão importantes.
TIPO DE TESTE
Teste de QI ou aptidão
Os chamados testes de inteligência consideram componentes
importantes na definição do que é inteligência, mas não podem ser
considerados como uma medida definitiva da "inteligência real" de
uma pessoa. Importante: não confunda este tipo de teste com aqueles
divulgados na Internet ou que podem ser feitos por conta própria.
Os testes de aptidão devem ser conduzidos por psicólogos
capacitados para analisar os processos cognitivos e aplicar
avaliações neuropsicológicos, tirando as conclusões que são
apresentadas num relato final.
Testes neuropsicológicos
Consiste em uma avaliação de funções mentais como memória,
atenção, linguagem, percepção visual e raciocínio lógico. É utlizado
para identificar algum problemas de aprendizagem, avaliar alguma
sequela ocasionada por lesão ou doença cerebral.
Teste de Rorschach
Este talvez seja teste mais popular, normalmente utilizado
na psicologia clínica para avaliar características da
personalidade e o funcionamento emocional de uma
pessoa. Este método geralmente é aplicado nos casos em
que o paciente se mostra relutante ou incapaz de admitir
um transtorno ou pensamento.
Após mostrar imagens e manchas abstratas, o psicólogo
analisa as respostas do indivíduo baseado em métodos
científicos. O resultado do teste poderá determinar, por
exemplo, se o cliente apresenta indícios de algum
problema psicológico como ansiedade ou esquizofrenia.
Teste psicológico para concurso público?
Para processos selectivos normalmente é feito um tipo de teste
psicotécnico, que basicamente avalia se o perfil do candidato se
encaixa em determinada vaga de emprego. Alguns pontos
analisados são a capacidade intelectual, de tomar decisões e
de controle emocional. Também são avaliados factores como
raciocío lógico, verbal e habilidade em relacionamento
interpessoal.
As dicas dos especialistas para enfrentar este tipo de teste é,
primeiramente, ser o mais natural possível, além de evitar
conflitos emocionais e estar seguro de sua personalidade. Outra
sugestão interessante é treinar a mente com exercícios de
raciocínio, como fazer quebra-cabeças, estudar matemática e
filosofia.
Teste psicológico no trânsito
Se você tirou sua carteira de habilitação, já sabe como
funciona este teste psicológico. São realizadas provas e
entrevista para avaliar a capacidade de tomada de
decisões, comportamento e traços de personalidade.
Teste psicológico para porte de armas
Destinado para policiais ou militares que necessitam
adquirir armamento ou renovar a permissão. O exame verifica
a personalidade do indivíduo, o controle da agressividade, a
estabilidade emocional, o nível de atenção e cognição, de
motricidade, entre outros critérios. Além de ser credenciado
no CFP, o psicólogo responsável por testes de porte de armas
deve ser credenciado na Polícia Federal.

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