Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INDIVIDUAL
Amélia de Almeida
BIOGRAFIA
Msc. em Psicologia Clinica e Saúde
Corrente: Humanista e Positivas
Prof. Universitária.
Palestrante Inata, nas Comunidades, Ruas etc.
Psicoterapeuta.
Analista Comportamental.
Atendimento ao Domicílio e Particular e em Grupo.
Estudante de Psicologia á quase 20-anos
Historia
A história do surgimento da Psicologia e da avaliação psicológica
se confundem, ao final do século XIX e início do século XX.
Francis Galton, na Inglaterra, foi pioneiro no estudo das
diferenças individuais. Alfred Binet e Theophile Simon dedicaram-
se à avaliação de crianças em idade escolar. James McKeen
Castell foi o primeiro psicólogo americano a publicar uma tese de
doutoramento, intitulada Psychometric investigation, enquanto
trabalhava em Leipzig, sob orientação de Wundt. Castell veio
mais tarde a fundar a Psychological Corporation, uma das mais
influentes editoras de testes psicológicos até os dias de hoje. O
esforço principal desses pesquisadores era elevar a Psicologia ao
status de ciência, em pé de igualdade com as outras ciências da
época. As contribuições desses autores são exemplos da relação
indissociável entre o estabelecimento da Psicologia como ciência
e profissão e o desenvolvimento dos testes, entre outros
procedimentos de avaliação psicológica
O desenvolvimento da avaliação psicológica no seio da
Psicologia dependeu do desenvolvimento de estratégias
que permitiram derivar inferências acerca do
funcionamento do psiquismo humano. Essas estratégias
podem ser distinguidas em três grupos: a construção de
testes por amostragem de comportamentos ou processos,
a construção de testes por relação a grupos seleccionados
com base em critério e a construção de testes com base
na análise da fantasia. A seguir, descreveremos cada uma
dessas abordagens.
A estratégia de avaliação dos primeiros instrumentos
dependia da elaboração de itens que representassem uma
amostragem de comportamentos ou processos ligados aos
constructos de interesse. Operações concretas que se
acreditava estarem associadas a um determinado
processo − por exemplo, um processo cognitivo − eram
utilizadas para avaliar aquele constructo. Essa relação
constructo-operação é reflectida na conhecida alegação
que define inteligência como sendo “o que os testes
medem”. Claro que, sabemos, esta simplificação não é
suficiente para sustentar um constructo, mas marca bem a
relação entre o constructo e a observação da evidência de
sua “existência
Desse modo, essas técnicas dependiam de maneira
importante de uma vinculação muito estreita entre o
conteúdo dos itens associados ao constructo e as
operações re- queridas nas respostas do sujeito. Em
função dessa estratégia, testes desse tipo possuíam alta
validade aparente. O resultado do teste então era indicado
pela quantidade de acertos ou de respostas do sujeito
coerentes com o constructo de interesse; por exemplo,
maior concordância com itens de natureza depressiva
indicava maior probabilidade de um processo depressivo.
Essa estratégia de construção de instrumentos de
avaliação por endorso a itens supostamente
representativos de comportamentos ou processos ganhava
vulto com o progressivo desenvolvimento da psicometria e
com o surgimento de novas medidas psicológicas. Mas ao
longo desse processo, outra estratégia iria surgir, não
baseada na amostragem de comportamentos e processos
associados a um constructo, mas na articulação de
indicadores indirectos empiricamente relacionados ao
fenómeno em questão.
Essa estratégia depende menos da relação
aparente entre o conteúdo do indicador e o
constructo de interesse: o que dá a relevância a
um indicador desse tipo é sua capacidade de
identificar pessoas pertencentes a grupos
relevantes nos quais a presença desse constructo
fosse conhecida. Sujeitos para esses grupos são
escolhidos com base em critérios independentes
relacionados ao constructo de interesse.
O processo de validação da relação entre os indicadores e
o grupo relacionado ao constructo é conhecido como
validade de critério. Essa estratégia de construção de
testes por relação a grupos seleccionados com base em
critério foi utilizada tanto na selecção de itens para
medidas objectivas (questionários e inventários) quanto
para a confirmação de indicadores nas técnicas às quais
se convencionou chamar de testes projectivos.
Nas medidas objectivas, o exemplo maior surgiu com o
Inventário Multifásico Minnesota da Personalidade (MMPI)
de Hathaway e McKinley (Graham, 1987). Esses autores
validaram suas escalas por um processo que pode ser
chamado de “chave empírica”: não importava o conteúdo
do item, importava como respondiam as pessoas
identificadas em uma determinada condição ou que
apresentavam uma determinada característica (Friedman,
Lewak & Nichols, 2001).
Por exemplo, um item capaz de discriminar grupos de
pessoas com elevados níveis de paranóia passa a compor
a escala de paranóia, independentemente da relação
directa (teórica) entre o conteúdo do item e o constructo
paranóia. Outro exemplo marcante do uso de grupos de
critério é o Método de Rorschach (Exner, 1995/1999).
Por exemplo, a distorção da forma foi relacionada à
esquizofrenia ou a presença de sombreados ou cor
acromática indicando angústia ou depressão. Uma vez
demonstrada a relação entre um indicador e o fenómeno,
inicia-se o esforço teórico para compreender os motivos
dessa relação. Independentemente da estratégia de
construção do instrumento, a validade de critério segue
sendo uma importante forma de validação e suporte para
identificação das qualidades associadas a uma medida,
para classificação e inferência diagnóstica.
Entre os projectivos, outro conjunto de testes surgiu a
partir da análise de associações e da fantasia (Henry,
1956/1987), em grande parte estimulado pelos
desenvolvimentos em psicanálise. O Teste de Associação
de Palavras de Carl Gustav Jung pode ser considerado o
primeiro deles. Entre os mais conhecidos atualmente estão
as técnicas de complementação de frases, as técnicas de
apercepção temática (Bellack, 1986; Murray, 1943/2005;
Shentoub, 1999; Silva, 1983; Tardivo, 1998), o Teste das
Relações Objectais (Rosa & Silva, 2005), o Teste das
Fábulas de Duss (Cunha & Nunes, 1993).
Algumas técnicas de avaliação permitem estratégias mistas,
como o Método de Rorschach (Winer, 2000) e os testes
gráficos (Goodenough, 1974; Machover, 1949; Sisto, 2005;
Wechsler, 2003), avaliando indicadores com base em crité- rios
empíricos e também se apoiando em análise de elementos de
fantasia. Desenvolvimentos recentes têm demonstrado
indicadores objectivos relevantes em técnicas que dependiam
quase que exclusivamente da análise da fantasia, como é o
caso do TAT (Shentoub, 1999). Dá-se grande destaque a esses
instrumentos na prática clínica por permitirem a interpretação
de aspectos relacionais, estruturais e dinâmicos da
personalidade, de modo muito próximo ao processo de análise
e interpretação que ocorre na relação terapêutica.
Esta breve incursão histórica teve por objectivo destacar
que o desenvolvimento da avaliação psicológica sempre foi
um empreendimento cientificamente fundamentado,
intimamente atrelado ao surgimento e à consolidação da
Psicologia como ciência e profissão. Em decorrência dessa
íntima associação, a Psicologia e o psicólogo passaram
rapidamente a ser identificados com a actividade da
avaliação psicológica, do psicodiagnóstico e da construção
e validação de testes, instrumentos e procedimentos para
esses fins. O que as estratégias descritas acima possuem
em comum permite-nos uma definição de teste psicológico.
Um teste psicológico é um instrumento ou procedimento
que precisa estar articulado a um constructo psicológico.
(fundamentação teórica) e este constructo precisa estar
articulado a aspectos importantes da vida psíquica das
pessoas (fundamentação empírica). Isso requer a
existência de operações capazes de vincular o constructo
a comportamentos, a processos afectivos ou cognitivos.
Essa vinculação precisa ocorrer, em primeira instância, nos
processos de validação e, mais tarde, quando posto em
uso, no processo de avaliação de um sujeito específico (o
que não ocorre, por exemplo, quando existem situações
ambientais ou subjectivas que invalidam a aplicação).
É somente a partir disso que podemos retirar, do resultado
dos testes, inferências sobre determinados aspectos da
vida psíquica do sujeito (Tavares, 2003). Por exemplo, o
que diferencia as operações de matemática de uma prova
escolar das operações matemáticas de uma prova de
inteligência é que a primeira apenas busca verificar a
aquisição de conhecimento referente a um conteúdo
específico.
Por outro lado, as operações matemáticas em um teste
psicológico buscam aferir as respostas para inferir
aspectos importantes das operações mentais e da
inteligência, como, por exemplo, Memória Operacional na
escala WAIS-III (Wechsler, 1997/2004) e para colocar esse
resultado e o seu significado em perspectiva na vida das
pessoas, ou seja, o teste psicológico permite inferir como
aquele traço se manifesta na vida do sujeito, facilitando ou
criando dificuldades específicas.
(Avaliação Psicológica: Directrizes na Regulamentação da
Profissão, Conselho Federal de Psicologia XIV Plenário
Gestão 2008-2010)
Outras versões
conceito da avaliação psicológica e sua prática, embasada
em uma visão epistemológica, considerando sua
fundamentação teórica e as nuances de sua metodologia
nas diferentes áreas da Psicologia. A prática da Avaliação
Psicológica tem sido considerada um desafio no exercício
profissional, uma vez que há equívocos entre alguns
procedimentos, devido, entre outras razões, à falta de
clareza no significado da avaliação psicológica, muitas
vezes, confundindo-se o processo com o instrumento
utilizado. A falta de clareza conceitual tem implicação no
desenvolvimento da área enquanto conhecimento e
práticas.
Sabe-se, pela filosofia da linguagem, que a verbalização
oral ou escrita implica uma forma de pensar e agir. Ou
seja, a língua é reveladora de uma linguagem latente.
Assim, as problemáticas que seguem podem ter sua
génese pela pseudobase na compreensão da totalidade do
que vem a ser avaliar psicologicamente. Este movimento
pode perpassar os cursos de graduação, o
desenvolvimento de pesquisa, as literaturas. Pretendemos
chamar atenção para essas questões e apontar algumas
possibilidades, pois de forma alguma se almeja solucionar
problemas amplos e complexos como os que seguem.
Afinal, a avaliação psicológica é uma área em desenvolvimento
com seriedade científica. Infelizmente, a avaliação psicológica é
tida, ainda, por alguns profissionais e estudantes de psicologia,
como sinónimo de testes psicológicos. Trata-se de um
reducionismo conceitual. Os testes são de grande valia, mas
são meios, um deles, pois existem outros. Por outro lado, existe
uma tendência ao tecnicismo em que se sobrepõe a
normatização às vezes ao valor ético, e em outros casos,
enfatiza-se a profissão sem, ao mesmo tempo, desenvolver a
base epistemológica. De fato, teoria científica, técnicas,
instrumentos, métodos, ética devem corroborar de forma
integrada – não fragmentada! – para o desenvolvimento
qualificado da área. Afinal, não se faz psicologia sem avaliação
psicológica.
É uma prática em todas as áreas da psicologia e está
presente em seus diferentes contextos, respeitando as
especificidades de cada área e de cada caso. Por fim, é
imprescindível considerar a profissão numa visão sócio-
histórica, cuja noção de homem e de mundo implique a
evolução cultural com real necessidade de favorecer aos
direitos humanos. E neste viés também se enquadram os
testes psicológicos. Outro problema envolvido é composto
pelo uso dos testes psicológicos. Historicamente, existe a
problemática da importação e tradução dos testes; o uso
indiscriminado;
a falta de padronização brasileira; a variação de critérios; a
forma de uso por parte de profissionais; entre outras
dificuldades. Contudo, o que verificamos é um avanço
rápido da qualificação e atenção a esses aspectos. É
considerável o investimento em pesquisas; a normatização
a partir do Conselho Federal de Psicologia; a melhoria da
formação dos futuros profissionais. Apesar disso, existem
críticas, às vezes, sem fundamento, o que revela uma
concepção preconceituosa e postura discriminatória, a
começar por alguns profissionais da área, generalizando
essa área do saber e prática em psicologia, em vez de
considerar posição singular quanto aos meios.
Buscamos elucidar o conceito de Avaliação Psicológica por
notar divergências e equívocos; elencar os diversos
instrumentos utilizados no processo da Avaliação
Psicológica pelo engano de cambiar meios e fins; ressaltar
a importância e as contribuições da avaliação psicológica
para a psicologia enquanto ciência e profissão por julgar de
grande valia a integração teórico-prática;
promover uma reflexão sobre as implicações éticas
envolvidas no processo da avaliação psicológica, dado o
trabalho do psicólogo com (inter) subjetividades, numa
visão de ser humano e sociedade que requer pensamento
crítico e compromisso sociopolítico. Todo e qualquer
resultado de uma avaliação psicológica interfere no
processo decisório do profissional, que diz respeito ao
sujeito humano.
Estas decisões trazem em si possibilidades diversas,
assim como limitações e impedimentos para o sujeito
avaliado. A psicologia como uma ciência que abrange as
esferas biopsicossociais busca este compromisso em sua
actuação e em todas as etapas da vida humana. A
avaliação psicológica como processo realizado com
qualidade [diga-se: competência!] contribui para qualidade
de vida e bem-estar de indivíduos, grupos e organizações.
Dessa maneira, no âmbito da ciência do psiquismo, uma
boa avaliação psicológica significa colaboração – pelo
diagnóstico, prognóstico, intervenção - para o
desenvolvimento de cidadãos justos como maneira de um
futuro de gerações saudáveis mentalmente. 218 Revista
Perquirere, 11(2): 218-237, dez. 2014, silva Ivone & caixeta
Luis.
TRABALHO DE
PERSONALIDADE
“QUEM EU SOU?”
Trabalho de campo
COM O LEMA: OS
ANGOLANOS ESTÃO A
NAMORAR MAIS CEDO.
Conceitos escala
A escala é uma sucessão organizada de diferentes valores
pertencentes a uma mesma qualidade. Chama-se de
escala a uma série de valores ou graus que podem ser
localizados dentro de uma mesma contingência ou
entidade quantitativa