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“REFORMA EDUCATIVA”
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
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Caro(a) Professor(a)
Assim sendo, estamos convencidos que com este manual o seu trabalho na
aplicação do novo sistema de avaliação está mais facilitado e poderá, certamente,
realizar uma avaliação mais objectiva e justa, cuja meta é a melhoria permanente
da qualidade do ensino.
Contudo, espera-se que nos faça chegar as suas contribuições, com o intuito
de melhorá-lo tanto na forma como no conteúdo.
O autor
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ÍNDICE
I. Introdução----------------------------------------------------------------------------5
Referências bibliográficas------------------------------------------------------------------30
4
I. INTRODUÇÃO
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Muitos autores escrevem que na China, há cerca de 2200 a. C, praticara-se a
avaliação dos militares e civis através da realização de diferentes testes. A partir
de 1370 d. C, os referidos testes passaram a ser competitivos com o objectivo de
seleccionar os mandarins para o serviço civil. Este sistema de avaliação
influenciou o mundo ocidental que adoptaram-no e passou a ser utilizado tanto no
campo militar como no ensino universitário. No ensino universitário daquela
época, a forma de avaliação utilizada era o exame oral que consistia no debate de
ideias, para isso cada um devia fundamentar com precisão as suas opiniões.
Mais tarde, com o aumento de número de estudantes de um lado e o
descrédito desse sistema do outro, levou a adopção de provas escritas para a
avaliação das aprendizagens; porém, esta avaliação tal como acontece em Angola
no sistema de educação em substituição, parecia mais a uma medição de
conhecimentos que a uma avaliação propriamente dita nos tempos actuais.
Só no século XIX, com o desenvolvimento das ciências matemática e física,
surgem as técnicas científicas de fazer-se a avaliação do desempenho humano em
várias esferas da vida social. Com a evolução técnico-científica da humanidade,
evoluiu também a avaliação como processo, concebendo-se assim, programas e
políticas de avaliação.
Mesmo assim, para a Educação, a avaliação consistia ainda em medir os
níveis de conhecimentos com o um intuito de decidir se os alunos aprovam ou
reprovam, ou seja, transitam ou não de uma classe para outra.
Nos nossos dias, a avaliação evoluiu até a formulação de juízos de valores
que apoiam a tomada de decisões sobre o processo de ensino e aprendizagem
dos alunos com vista a melhorá-lo.
Com o desenvolvimento da Ciência e da Técnica como já nos referimos, a
avaliação evoluiu de maneira tal que avaliam-se não só aprendizagens,
competências, comportamentos dos alunos senão também o processo em si,
incluindo escolas, professores, as diversas relações resultantes do próprio
processo de ensino e aprendizagem.
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Quando se aplicam provas com os objectivos de classificar, seleccionar ou
certificar os(as) alunos(as), como tem sido prática no sistema vigente desde 1978,
é evidente que não estamos a avaliar. Avaliamos quando para além desses
objectivos acrescenta-se outro de extrema importância para o processo de ensino
e aprendizagem que é o de orientá-lo mediante formulação de juízos de valor que
levem a tomada de decisões.
Por isso, todas as definições actuais sobre o conceito de avaliação,
independentemente dos seus autores, são convergentes no seguinte: formulação
de juízos de valor e tomada de decisões na base de informações recolhidas
sistematicamente.
Por exemplo, segundo Beeby, a avaliação define-se como um processo de
recolha e interpretação sistemática de informações que implicam juízos de
valor, com vista a tomada de decisões.
Essas decisões têm a ver com o aluno, professor, materiais pedagógicos,
gestão escolar, enfim, com o processo todo e não só com alguns componentes
do mesmo.
Foi nesta base que se elaborou o novo sistema de avaliação das
aprendizagens para a formação de professores; quer dizer, permitir a realização
de uma avaliação que visa contribuir na melhoria da qualidade do processo de
ensino e aprendizagem.
c) Avaliação Sumativa
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Ao contrário da avaliação contínua que avalia o processo, a avaliação
sumativa é uma modalidade direccionada para avaliação dos resultados do
processo de ensino e aprendizagem com vista a classificação e a certificação de
conhecimentos e competências adquiridas, capacidades e atitudes desenvolvidas
pelo(a) aluno(a) durante a efectivação do currículo; por isso, realiza-se no fim do
ciclo de aprendizagem, no fim de cada trimestre e no fim de cada ano lectivo.
No caso concreto do Sistema de Avaliação das Aprendizagens para a
formação de professores, a avaliação sumativa refere-se as provas do(a)
professor(a), as provas de escola e aos exames finais.
As provas do(a) professor(a) juntamente com as médias das avaliações
contínuas, ditam os resultados finais do(a) aluno(a) em cada trimestre, enquanto
que, as provas de escola e os exames finais com as classificações atribuídas pelo
(a) professor(a) no fim do ano lectivo, determinam a classificação do(a) aluno(a).
Na base dos resultados da efectivação da avaliação inicial, contínua e
sumativa, acima referenciadas, poderá de uma ou outra forma, permitir que tanto
o(a) aluno(a) quanto o (a) professor(a), assim como os(as) encarregados(as) da
Educação e a sociedade em geral, sejam capazes de formular juízos de valor
fundamentados sobre o processo de ensino e aprendizagem realizado nas nossas
escolas.
a) Provas(perguntas) Orais
b) Provas(perguntas) Escritas:
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Consistem em exercício(s) para o aluno responder por escrito, podendo ser
usadas no início ou no fim de uma aula e fundamentalmente no fim de um ciclo
de aprendizagem, no fim do trimestre e no fim do ano lectivo.
c) Provas Práticas
Servem para avaliar as habilidades dos alunos quanto à aplicação prática dos
conhecimentos adquiridos numa situação por eles já conhecida ou não e
comprovar o domínio na manipulação de objectos, meios de ensino e outros.
d) Trabalhos em Grupo
e) Tarefas de Casa
f) Observação individualizada
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difíceis). O(A) professor(a) deve fazer perguntas ou exercícios desde os de
carácter reprodutivo(fáceis e difíceis) aos de carácter aplicativo (fáceis e difíceis),
tendo em atenção o nível de desenvolvimento dos(as) seus(as) alunos(as).
Na formulação de perguntas ou exercícios avaliativos, aconselha-se não
utilizar expressões gramaticais ou palavras que não sejam do conhecimento dos
(as) seus(suas) alunos(as) assim como seleccionar conteúdos para a avaliação
que não tenham sido ainda tratados nas aulas, porque se assim o fizer, acredite
que, estará criando as condições propícias para o insucesso da avaliação e,
consequentemente, do processo de ensino e aprendizagem.
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E deste modo pode-se ver o quanto outros alunos possuem domínio dos
números naturais pois, a pergunta exige que confirme ou não com argumentos a
resposta do colega, podendo cada um merecer a classificação correspondente ao
nível dos seus conhecimentos e, consegue-se avaliar as aprendizagens de mais de
um(a) aluno(a) com uma só pergunta oral.
Porém, lembre-se sempre que o tempo de cada aula é limitado, por isso,
para não prejudicar o cumprimento integral do plano da aula correspondente a
esse dia com a avaliação contínua, deve geri-lo bem.
Uma outra maneira mais prática de avaliar as aprendizagens de um
elevado número de alunos(as) tem a ver com a observação individualizada. Esta
técnica permite que durante a avaliação de trabalhos de casa, por exemplo,
acerto de equações químicas em Química ou resolução de equações em
Matemática, se possa avaliar as aprendizagens de muitos(as) alunos(as) usando
a seguinte metodologia: enquanto um(a) aluno(a) está no quadro a resolver o
exercício deixado para casa, o(a) professor(a) deve passar de carteira em carteira
observando o que cada aluno(a) fez e, conforme as respostas, vai atribuindo as
respectivas classificações.
A técnica referida no parágrafo anterior, torna-se ainda mais rentável para as
aulas de consolidação ou exercitação da matéria sumariada.
Para que a classificação dessas perguntas orais ou escritas da avaliação
contínua seja feita com maior objectividade, o(a) professor(a) deverá utilizar uma
escala de avaliação inferior ou muito inferior à recomendada para o nível de
ensino em que trabalha. A sugestão aqui é a de usar uma escala que vai de zero
(0) a cinco(5) valores por cada pergunta, sendo a nota do aluno nesta escala
multiplicada depois por; quatro(4).
O objectivo dessa escala(de zero a cinco) é de minimizar os efeitos
subjectivos de avaliação que se fazem notar acentuadamente quando a escala
utilizada é maior; levando muita das vezes, a atribuição de notas que não
correspondem ao nível de conhecimentos do(a) aluno(a) no conteúdo avaliado.
A multiplicação por quatro permite a conversão da nota do(a) aluno(a) para
a escala de avaliação estipulada no Sistema de Avaliação das Aprendizagens para
o a formação de professores.
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Na caderneta das avaliações diárias deste(a) aluno(a), o(a) professor(a)
registará 10 valores e não 2,5 valores.
O procedimento da conversão de notas da escala da avaliação contínua para
a escala do nível de ensino deve ser feito no fim da aula o que permite evitar
percas de tempo útil da aula. E convindo facilitar o processo de conversão, a
seguir coloca-se o respectivo mapa:
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n.0 total de avaliações nesse dia
Σ= somatória
Assim será:
(5+ 2,5+3+4+4) valores
MAC/dia = ---------------------------
5
18,5 valores
MAC/ dia = -------------
5
MAC=14,8 valores
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Exemplo; o António participou uma vez e obteve 5 valores na escala de
avaliação contínua. Nesse dia, sua nota será:
5x4= 20 valores
Porém, importa recordar que o(a) professor(a) deve procurar que haja maior
número de alunos(as) a participarem na avaliação contínua durante a aula tendo
em conta o seu papel no processo de ensino e aprendizagem.
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- Faz poucas vezes os trabalhos de casa e nem sempre os
faz bem.
- Exprime-se oralmente com dificuldade e pouca precisão.
- Revela, com alguma frequência, comportamentos e
atitudes inadequados.
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- Atinge entre 90-100% dos objectivos/ conteúdos essenciais,
nomeadamente na leitura, escrita, cálculo, análise, comparação,
interpretação, aplicação, etc.
- Colabora e intervém muito e sempre adequadamente na
aula e no trabalho de grupo, onde também ajuda os
colegas a ultrapassarem dificuldades.
- Faz sempre e muito bem os trabalhos de casa, e é
muito criativo.
- Exprime-se oralmente muito bem e com muita fluência.
- Revela sempre comportamentos e atitudes adequados e
influencia os colegas no mesmo sentido.
VIII. CLASSIFICAÇÃO
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IX. AS FÓRMULAS DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO E A SUA APLICAÇÃO.
a) Primeiro passo
(11+14,5+20+16+8+10) valores
2) MAC= -----------------------------------
6
79,5 valores
3) MAC= -----------------------
6
b) Segundo passo
MAC+ CPP
1) CS1 = -------------
2
substituindo as notas na fórmula, teremos :
20
( 13,25+7,5) valores
2) CS1 =------------------------
2
20,75 valores
3) CS1 = -----------------
2
a) Primeiro passo
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número total de médias de avaliações do Trimestre
(5+12,5+15+18+10+10) valores
2) MAC= -------------------------------
6
70,5 valores
3) MAC= ----------------------
6
b) Segundo passo
MAC+ CPP
1) CS2 = -------------
2
( 11,75+15,5) valores
2) CS2 =------------------------
2
27,35 valores
3) CS2 = -----------------
2
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A classificação do(a) aluno(a) correspondente ao II.0 Semestre é igual a
13,675 valores. Essa nota, também, não se arredonda.
CS1 + CS2
CAP = ---------------------------
2
(10,375+13,675) valores
CAP = -------------------------------------------
2
35,6625 valores
CAP= ----------------------
2
CAP=12,025 valores
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Lembrando uma vez mais o que está definido nos regulamentos da prova de
escola e dos exames respectivamente, a determinação da CAP de cada um(a) dos
(as) alunos(as) é tarefa exclusiva da Comissão de Classificação das provas ou
exames. Porém, este facto, não impede, de modo algum, que todos(as) os(as)
professores(as) tenham pleno domínio dos procedimentos para a determinação da
CF pois, a comissão de classificação das provas, será formada por professores(as)
deste mesmo nível de ensino e cada um(a) dos(as) professores(as) será indicado
(a) para o efeito.
a) CF= 0,3xCAP+0,7XCPE
b) CF=(0,3x12,025)+(0,7x16)
d) CF=14,8075 valores
3xCAP+7xCPE
a) CF=----------------------
10
Substituindo as notas
(3x12,025) + (7x16)
b) CF=----------------------------
10
36,075 + 112
c) CF= --------------------
10
148,075
d) CF=-----------------
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10
Resumindo
Na 13.a classe, todos(as) os(as) alunos(as) realizarão no fim do II.0 Semestre o exame de
aptidão profissional.
De acordo com nas modalidades definidas no regulamento do exame de aptidão
profissional, os(as) alunos(as) que obtiverem uma classificação final, resultante da somatória
das notas dos seminários e práticas pedagógicas igual ou superior a catorze(14) valores,
realizarão apenas o exame prático e os que obtiverem notas inferiores a 14 e iguais ou
superiores a 10, realizarão também exame o oral.
Neste exame de aptidão profissional serão objecto de avaliação todos os conteúdos de
carácter metodológico tratados ao longo da décima terceira classe.
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XI. CONDIÇÕES DE TRANSIÇÃO
Os(as) alunos(as) nessa classe não transitam de classe; (1) desistência das
aulas, (2) terem um excesso de faltas de acordo com o estabelecido no capítulo
I.6 sobre condições de reprovação, ponto 3 do Sistema de Avaliação das
Aprendizagens, (3) possuírem negativa a qualquer das disciplinas dessa classe e
(4) com negativa ao exame de aptidão profissional.
Os(as) alunos(as) dessa classe não devem transitar com negativa, quer dizer
que, têm a obrigação de obterem classificações finais iguais ou superiores a cinco
(5) valores em todas as disciplinas do plano curricular incluindo ao exame de
aptidão profissional.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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10.PAULO ABRANTES e al. . ( Março 2002 ) Avaliação das aprendizagens
– Das concepções às práticas – Ministério da Educação –
Departamento da Educação Básica. Lisboa .
11.VALADARES, Jorge e GRAÇA, Margarida.(Dezembro 1998).
Avaliando.... para melhorar a aprendizagem. Plátano Edições Técnicas,
Lda. Lisboa.
12.RIBEIRO, Lucie Carrilho (1993). Avaliação da aprendizagem. Lisboa.
Texto Editora.
13. STUFFLEBEAM, Daniel e SHINKFIELD, Anthony (1993) . Evaluación
Sistemática guia teórica y prática. Barcelona, Ed. Paidós/MEC.
14. ZABALZA, Miguel ( 1992). Planificação e Desenvolvimento Curricular.
Porto, Edições ASA.
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