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Boa tarde, eu e a Milene vamos falar um pouco sobre a bioeletricidade e

a saúde, mais precisamente relacionando com a enfermagem, achamos


interessante também correlacionar com as doenças ocasionadas por falhas nos
potenciais de ação e impulsos elétricos;
HIPONATREMIA (redução da concentração plasmática de sódio)
Pode ocorrer em algumas situações como quando o indivíduo possui uma dieta
pobre em sal, diarreia, ou até mesmo hidratação excessiva;
Essa redução das concentrações extracelulares de sódio dificulta a geração de
PA, e isso interfere em todo o organismo.

Os principais sintomas são letargia, apatia, desorientação e agitação. Se for


uma hiponatremia (redução de sódio) grave, o paciente pode chegar a quadros
de hiporreflexia profunda e até mesmo ter crises convulsivas.

O inverso também pode ocorrer: aumento das concentrações extracelulares de


sódio, e com isso há maior facilidade em geração de PA, ocasionando estado
de 

HIPERNATREMIA (aumento da concentração plasmática de sódio)

Os principais sintomas são: sede, hiperreflexia, excitação, delírio e coma com


espasmos musculares.

Estados de alteração da concentração de potássio também podem ocorrer,


principalmente em situações de diarreia, poliúria abundante e persistente.

HIPOCALEMIA OU HIPOTASSEMIA (diminuição de potássio extracelular)


Provoca uma hiperpolarização da célula uma vez que o potássio se desloca
pelo gradiente de concentração, e então vai para o local de menor
concentração.
Isso torna muito mais difícil a geração de PA. O paciente pode apresentar os
sintomas astenia intensa, com diminuição da força muscular, redução ou
ausência de reflexos, extremidades flácidas, e até mesmo alterações
eletrocardiográficas.

 HIPERCALEMIA (aumento de potássio extracelular)


Que pode ser ocasionado por grandes queimaduras, esmagamentos e
acidose, o que acontece é que uma quantidade menor de potássio do meio
intracelular vai para o meio extracelular, pois não há gradiente de concentração
favorável a essa movimentação.
Então, a célula se torna menos negativa e mais excitável – fica mais fácil gerar
o PA. O estado clínico do paciente se inicia com fraqueza muscular, contrações
musculares espontâneas e evolui para paralisia muscular.
Isso ocorre porque a frequência de geração de PA está aumentada e, com
esse excesso de excitação, os canais PDC de sódio acabam se inativando e
não respondem a estímulos.

Os potenciais de repouso e de ação, portanto, são essenciais ao correto


funcionamento de nosso organismo.

Essas alterações iônicas são mais comuns do que podemos imaginar, uma vez
que eventos como quadros diarreicos ou êmese intensa, podem levar a
esses distúrbios hidroeletrolíticos.

EPILEPSIA

A epilepsia é uma doença cerebral crônica em que acontece descargas


elétricas anormais e excessivas do cérebro, que interrompem temporariamente
sua função habitual e produzem manifestações involuntárias no
comportamento, no controle muscular, na consciência e/ou na sensibilidade do
indivíduo. Crises convulsivas recorrentes não provocadas. Na maioria dos
casos, a epilepsia acontece por conta de pequenas lesões no cérebro. Essas
lesões podem ter diversas origens (predisposição genética, traumas durante o
parto ou depois dele, malformações e até um acidente vascular cerebral), mas
a consequência delas é semelhante: de tempos em tempos, os neurônios
disparam um monte de descargas elétricas que resultam em perda de
consciência súbita e movimentos involuntários.

Causas:

A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na
cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose (“ovos de
solitária” no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas, etc. E em
muitos dos casos não é possível conhecer as causas que deram origem à
epilepsia

Sintomas:

As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:

A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada


como “ataque epiléptico”. Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão,
apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua,
salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.

A crise do tipo “ausência” é conhecida como “desligamentos”. A pessoa fica


com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de
curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou
professores.
Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse “alerta”
mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente.
Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar
mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção
definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise
termina. Esta é chamada de crise parcial complexa.

Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem
nenhum movimento ou contrações ou, então, ter percepções visuais ou
auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória.

Como proceder durante as crises:

– Coloque a pessoa deitada de lado em um lugar confortável , evitando que ela


se sufoque com a própria saliva, retire de perto objetos com que ela possa se
machucar, como pulseiras, relógios, óculos; E se possível afrouxe as roupas do
indivíduo;
– Não introduza a sua mão na boca dessa pessoa, pois ela pode morder você
ou até mesmo arrancar os seus dedos;

– Nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se);


– Não dê tapas ou chacoalhe a pessoa;
– Não jogue água sobre ela.

- Se possível cronometre o tempo de crise

Caso a crise dure mais que 5 minutos, deve-se levar o paciente imediatamente
ao hospital, para que se possam usar medicamentos para abortar a crise.

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