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Síncope (desmaio – diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro)

A síncope, também conhecida como desmaio e por vezes apelidada de episódio vasovagal,
acontece rapidamente e pode durar alguns segundos. Na maioria dos casos, a síncope ocorre
enquanto está de pé. Ou pode ainda ocorrer quando se levantar depois de ter estado deitado,
de joelhos ou sentado.

Causas da síncope:

Normalmente, a síncope é provocada por uma diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro.
Esta diminuição pode ser provocada por alterações na frequência cardíaca, dores, stress ou
alterações rápidas na posição corporal. A permanência na mesma posição durante muito
tempo, com os joelhos presos, também pode provocar uma síncope. Mas, por vezes, não se
consegue encontrar a causa.

Sinais e sintomas da síncope:

Pode ter uma sensação súbita de cabeça vazia, e sentir que vai desmaiar. Também pode ter
suores, sentir-se fraco, tonto ou com náuseas (enjoo). Pode ainda ter uma respiração rápida,
ou um batimento cardíaco rápido ou lento.

Tratamento da síncope:

Quando sentir que vai desmaiar, deverá sentar-se e inclinar-se, com a cabeça junto aos
joelhos. Ou deverá deitar-se. Tente deitar-se de forma a que as pernas estejam a um nível
superior ao da cabeça. Desta forma, o sangue volta ao coração e ajuda o fluxo de sangue para
o cérebro. Se tiver muitos desmaios deverá ir ao seu médico para fazer exames e ficar a saber
o que está a causar a síncope.
O desmaio assusta bastante, e não é para menos. O mal súbito é uma reação natural de defesa
do organismo à falta de oxigênio no cérebro - e pode ocorrer por inúmeras razões, desde um
impacto emocional até uma arritmia cardíaca ou um derrame

POR JANETE TIR

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Está tudo bem e, de repente, a pessoa literalmente apaga. Cai no chão desmaiada. Depois de
alguns segundos, já começa a voltar a si e, é lógico, vai imediatamente ao médico tentar
descobrir o que aconteceu para que, do nada, perdesse os sentidos. Pelo menos é isso o que
deveria ser feito: todo desmaio requer atenção e precisa ser investigado.

Segundo Paulo Olzon Monteiro da Silva, chefe da disciplina de Clínica Médica da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), "a perda súbita de consciência normalmente ocorre por uma
insuficiência de oxigenação no cérebro, que pode ser desencadeada por vários motivos".

A razão mais comum costuma ser um choque emocional, mas a síncope também pode estar
relacionada desde a uma simples queda de pressão até arritmias cardíacas ou mesmo à
presença de distúrbios e doenças mais graves e sérias (como infecções, derrames, epilepsia...).

Independentemente da causa, a rea - ção do organismo é a mesma: desmaiar é uma defesa


natural. Ocorre quando o fluxo sangüíneo não consegue atingir e irrigar o cérebro de forma
suficiente. Sem oxigênio para os neurônios, a pessoa começa a perder as suas capacidades
cognitivas, culminando na perda parcial ou total da consciência. Após o desmaio e a queda, o
sangue não precisa mais enfrentar o efeito da gravidade e, assim, caminha com facilidade das
pernas para o coração e, em seguida, se direciona para a região cerebral.

Entender por que uma redução da pressão arterial ou um descontrole dos batimentos
cardíacos (que fazem o sangue chegar mais devagar ao cérebro), ou porque a presença de uma
lesão cerebral pode prejudicar a chegada do oxigênio aos neurônios e provocar o desmaio é
mais fácil.

Mas por que, afinal, emoções fortes são capazes de derrubar algumas pessoas? De acordo com
os especialistas, o mecanismo é o mesmo que faz o paciente com uma dor intensa desfalecer.
Na hora, há uma descarga de adrenalina enorme e esta substância em excesso no corpo, por
sua vez, provoca uma vasoconstrição. Traduzindo: as artérias diminuem a espessura e fazem o
sangue chegar com dificuldade e em pouca quantidade às células cerebrais.

UMA EM CADA TRÊS PESSOAS JÁ DESMAIOU OU AINDA VAI DESMAIAR NA VIDA. QUANTO
MAIS AVANÇADA A IDADE EM QUE ISSO OCORRE, MAIOR DEVERÁ SER A ATENÇÃO
DISPENSADA. UM IDOSO QUE DESMAIA, POR EXEMPLO, PRECISA PROCURAR UM
CARDIOLOGISTA

Só um médico é capaz de saber a diferença e a gravidade entre um desmaio e outro, mas


alguns sinais podem fazer a vítima acelerar a busca por uma ajuda mais especializada.

O cardiologista Dario Ferreira, do Hospital e Maternidade São Camilo, de São Paulo, lembra
uma regra básica para percebermos quando a perda de consciência pode ser um sinal de
problema mais sério: se a vítima não recobrou a consciência rapidamente (após cerca de 30 a
40 segundos), é melhor procurar por socorro.

Enquanto os médicos não chegam, a dica para as pessoas que estiverem ao redor é checar as
funções vitais e estancar possíveis focos de sangramento. Se o desmaiado ameaçar vomitar, ou
estiver babando muito, a recomendação é virá-lo de lado para evitar um sufocamento.

AS RAZÕES PARA O DESMAIO

ARRITMIA CARDÍACA: o coração fica sem funcionar um tempinho ou funciona de forma


errada, diminuindo o fluxo sangüíneo e reduzindo a freqüência cardíaca. Como a quantidade
de oxigênio levada ao cérebro pelo sangue é baixa, ocorre a síncope. A diferença em relação
aos outros desmaios é que este não vem acompanhado por sinais típicos como suor frio,
palidez, visão escurecida, tonturas, náuseas... A pessoa não sente nada, simplesmente desaba
no chão.

QUEDA DE PRESSÃO: quando isso ocorre, é porque a quantidade de fluxo sangüíneo foi
reduzida. A pessoa desmaia, porque o sangue não tem força suficiente para irrigar o cérebro.

HIPOGLICEMIA: a queda dos níveis de glicose é um problema associado aos diabéticos que
dependem de insulina (o hormônio responsável pela regulação da glicemia - a taxa de glicose
no sangue). O cérebro é muito sensível à falta de glicose - uma situação bastante comum em
portadores de diabetes. Em casos de hipoglicemia, o diabético começa a suar frio, fica meio
atrapalhado e confuso e, na maioria das vezes, nem chega a desmaiar. Ao sentir o mal-estar,
os endocrinologistas recomendam tomar um suco de laranja ou um copo de leite para
estabilizar o nível de glicose.

SÍNCOPE VASO-VAGAL: caracterizada pela perda de consciência e de tônus postural. É um


descontrole do sistema nervoso autônomo diante de um choque emocional, um ferimento,
uma cólica muito forte, a presença de labirintite e até em situações em que a pessoa
permanece de pé por muito tempo. Qualquer uma destas situações desencadeia uma resposta
que faz subir a freqüência cardíaca. Para contrabalançar, o organismo age de modo contrário.
Só que esta reação é muito violenta e provoca uma queda brusca da pressão arterial, da
freqüência cardíaca ou de ambas. Daí acontece o desmaio. Somente as pessoas que sofrem
com a síncope vaso-vagal constantemente precisam ser analisadas pelo médico.

ALCALOSE RESPIRATÓRIA: é uma situação mais comum entre mulheres e está associada a
fobias e pânico. Quando alguém entra em contato com a causa de um determinado medo (por
exemplo, animais, ambientes escuros ou fechados, lugares muito altos), há um descontrole da
respiração. Com isso, o organismo perde muito gás carbônico e o sangue fica mais alcalino, o
que pode levar a tonturas e, até mesmo, ao desmaio. Neste tipo de desmaio, a vítima chega
até a cair, mas não perde a consciência totalmente: lembra de tudo o que aconteceu ou foi
dito, enquanto esteve desmaiada. Recomenda-se às pessoas mais suscetíveis a esse desmaio a
prática de ioga, tai chi chuan ou meditação - atividades que ajudam a lidar com as emoções
negativas e ainda melhoram a respiração.

PANCADAS NA CABEÇA: um traumatismo craniano, seguido de perda de consciência, é um


evento grave e requer cuidados médicos imediatos para verificar se houve alguma lesão
cerebral.
O desmaio (síncope) é uma perda súbita e breve da consciência. É um sintoma devido ao
afluxo inadequado de oxigénio e de outros nutrientes ao cérebro, geralmente causado por
uma diminuição temporária do fluxo sanguíneo.

Esta diminuição pode verificar-se sempre que o organismo não possa compensar rapidamente
uma descida brusca da pressão arterial. Por exemplo, se um doente tiver um ritmo cardíaco
anómalo, o coração pode ser incapaz de aumentar suficientemente o volume de expulsão de
sangue para compensar a diminuição da pressão arterial.

Estas pessoas em repouso não terão sintomas, mas, em contrapartida, sofrerão desmaios
quando fazem algum esforço porque a procura de oxigénio pelo organismo aumenta
bruscamente: é a denominada síncope de esforço.

O desmaio ocorre, com frequência, depois de se efetuar um esforço porque o coração não é
capaz de manter uma pressão arterial adequada durante o exercício; quando o exercício se
interrompe, a frequência cardíaca começa a diminuir, mas os vasos sanguíneos dos músculos
permanecem dilatados para eliminar os produtos metabólicos de resíduo.

A combinação da redução do volume de expulsão do coração com o aumento da capacidade


dos vasos sanguíneos faz com que a pressão arterial desça e a pessoa desmaie.

Obviamente, o volume de sangue diminui em caso de hemorragia. Mas isto também acontece
quando a pessoa se desidrata por situações como diarreia, sudação excessiva e micção
exagerada, o que acontece frecuentemente na diabetes não tratada ou na doença de Addison.

O desmaio também pode verificar-se quando os mecanismos de compensação sofrem


interferências pelos sinais enviados através dos nervos a partir de outras partes do organismo.

Por exemplo, uma dor intestinal pode enviar um sinal para o coração, através do nervo vago,
que retarda a frequência cardíaca o suficiente para causar um desmaio. Este tipo de desmaio
denomina-se síncope vasomotriz ou vasovagal. Muitos outros sinais (como outras dores, o
medo e o fato de ver sangue) podem provocar este tipo de desmaios.

O desmaio motivado pela tosse (síncope tussígena) ou pela micção (síncope miccional) produz-
se, habitualmente, quando a quantidade de sangue que volta ao coração diminui durante o
esforço. A síncope miccional é particularmente frequente nos idosos. Uma síncope durante a
deglutição pode aparecer em pessoas com doenças do esófago.

A causa do desmaio também pode ser uma diminuição no número de glóbulos vermelhos
(anemia), uma diminuição na concentração de açúcar no sangue (hipoglicemia) ou uma
diminuição nos valores do anidrido carbónico no sangue (hipocapnia) por uma respiração
rápida (hiperventilação).

Às vezes, a ansiedade acompanha-se de hiperventilação. Quando a concentração de anidrido


carbónico diminui, os vasos sanguíneos do cérebro contraem-se e pode surgir uma sensação
de desmaio sem que se chegue a perder a consciência. A síncope do levantador de pesos é
consequência da hiperventilação antes do exercício.

Em casos raros, sobretudo em idosos, o desmaio pode fazer parte de um icto ligeiro no qual o
fluxo de sangue para uma parte do cérebro diminui de forma brusca.

O fato de levantar as pernas pode ajudar a recuperação dos episódios de hipotensão, ao


aumentar a irrigação ao coração e ao cérebro.

Sintomas

Quando a pessoa está de pé, previamente ao desmaio, pode notar vertigens ou enjoos ligeiros.
Quando cai no solo, a pressão arterial aumenta em parte porque a pessoa está estendida e,
muitas vezes, porque a causa da síncope já passou. Levantar-se demasiado rapidamente pode
provocar um novo desmaio.

Quando a causa é uma arritmia, o desmaio aparece e desaparece bruscamente. Há casos em


que se experimentam palpitações (percepção dos batimentos cardíacos) justamente antes do
desfalecimento.
A síncope ortostática produz-se quando uma pessoa se senta ou se põe de pé demasiado
rapidamente. Uma forma semelhante de desmaio, chamada síncope «das paradas militares»,
acontece quando uma pessoa está de pé imóvel durante muito tempo num dia de calor.

Como nesta situação os músculos das pernas não estão a ser utilizados, não empurram o
sangue para o coração e, como consequência, este imobiliza-se nas veias das pernas e a
pressão arterial desce repentinamente.

A síncope vasovagal ocorre quando um indivíduo está sentado ou de pé e é precedida


frequentemente por náuseas, astenia, bocejos, visão turva e sudação. Observa-se uma palidez
extrema, a pulsação torna-se mais lenta e o indivíduo desmaia.

O desmaio que começa gradualmente, que é precedido de sintomas de alarme e que


desaparece pouco a pouco sugere alterações nos compostos químicos do sangue, como uma
diminuição da concentração de açúcar (hipoglicemia) ou da taxa de anidrido carbónico
(hipocapnia) causada por uma hiperventilação.

A hipocapnia é, muitas vezes, precedida por uma sensação de formigueiro e mal-estar no


peito.

O desmaio histérico não é uma verdadeira síncope. A pessoa só aparenta estar inconsciente,
mas não apresenta anomalias na frequência cardíaca ou na pressão arterial e não sua nem se
torna pálida.

Diagnóstico

Em primeiro lugar, é necessário determinar a causa subjacente do desfalecimento, uma vez


que algumas causas são mais graves que outras. As doenças do coração, como um ritmo
cardíaco anómalo ou uma estenose aórtica, podem ser mortais; outras perturbações são muito
menos preocupantes.
Os fatores que facilitam o diagnóstico são a idade de começo dos episódios de desmaio, as
circunstâncias em que se produzem, os sinais de alerta antes do episódio e as manobras que
ajudam a que uma pessoa se recupere (como deitar-se, conter a respiração ou beber sumo de
laranja).

As descrições feitas pelas testemunhas sobre o episódio podem ser úteis. O médico também
tem necessidade de saber se a pessoa tem qualquer outra doença e se está a tomar algum
fármaco, sob prescrição médica ou não.

É possível reproduzir um episódio de desmaio em condições seguras, por exemplo, indicando


ao doente que respire rápida e profundamente.

Ou enquanto se supervisa o ritmo cardíaco com um eletrocardiograma (ECG) (Ver secção 2,


capítulo 15) o médico pode pressionar suavemente o seio carotídeo (uma parte da artéria
carótida interna que contém sensores que controlam a pressão arterial).

Um eletrocardiograma pode indicar uma doença cardíaca ou pulmonar subjacente. Para


encontrar a causa da síncope, utiliza-se um monitor Holter, um pequeno dispositivo que
regista os ritmos cardíacos durante 24 horas enquanto o doente realiza normalmente as suas
atividades diárias. Se a arritmia coincide com um episódio de desmaio, é provável (mas não
seguro) que seja a causa do mesmo.

Outros exames, como o ecocardiograma (uma técnica que produz imagens utilizando ultra-
sons), podem pôr a claro anomalias cardíacas estruturais ou funcionais.

Por outro lado, as análises ao sangue podem detectar uma baixa concentração de açúcar no
sangue (hipoglicemia) ou um número reduzido de glóbulos vermelhos (anemia).

Para diagnosticar uma epilesia (que em algumas ocasiões se confunde com um desmaio), pode
realizar-se um eletroencefalograma, um exame que mostra os padrões das ondas eléctricas
cerebrais.
Tratamento

Habitualmente, é suficiente o fato de estar deitado para recuperar o conhecimento. A


elevação das pernas pode acelerar a recuperação, uma vez que aumenta o fluxo de sangue ao
coração e ao cérebro.

Se a pessoa se levanta demasiado rapidamente ou é apoiada ou transportada numa posição


erguida, pode produzir-se outro episódio de desmaio.

Nos jovens que não têm doenças cardíacas, os desmaios, em geral, não são graves e não
necessitam de exames de diagnóstico extensos nem tratamento.

No entanto, nos idosos, as síncopes podem ser motivadas por vários problemas inter-
relacionados que impedem que o coração e os vasos sanguíneos reajam perante uma
diminuição de pressão arterial. O tratamento depende da causa.

Para corrigir uma frequência cardíaca demasiado lenta, pode implantar-se cirurgicamente um
pacemaker, que consiste num dispositivo eletrônico que estimula os batimentos.

Para retardar um ritmo cardíaco demasiado rápido podem utilizar-se fármacos. Se o problema
for uma alteração do ritmo (o coração bate irregularmente de vez em quando), pode recorrer-
se à implantação de um desfibrilhador.

Também se podem tratar outras causas de desmaio (como hipoglicemia, anemia ou um baixo
volume de sangue). A intervenção cirúrgica deve ser considerada quando a síncope se deve a
uma valvulopatia, independentemente da idade da pessoa.
DESMAIO / SÍNCOPE

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Desmaio, ou síncope, é a perda abrupta e transitória da consciência e do tônus postural (da


capacidade de ficar em pé), seguida de recuperação rápida e completa.

Na maior parte dos casos, os desmaios ocorrem por causa da diminuição do fluxo sanguíneo
no cérebro. De modo geral, costumam ser de curta duração e bom prognóstico. Trata-se de
um evento clínico comum, que atinge mais as pessoas idosas, os portadores de cardiopatias e
as mulheres jovens. O problema é que, na queda associada ao desmaio, com frequencia as
pessoas podem sofrer traumatismos e fraturas ósseas.

Causas

O desmaio em si não é uma doença, mas pode ser manifestação de inúmeras alterações
orgânicas, tais como:

Doenças cardiovasculares: arritmias, distúrbios hemodinâmicos, paradas cardiorrespiratórias,


porque comprometem o fluxo normal do sangue para os tecidos, em especial para o cérebro.

Distúrbios metabólicos: hipoglicemia (falta de açúcar no sangue causada por jejum prolongado
ou diabetes descompensado), anemia intensa, hemorragias, desidratação e desequilíbrio na
composição dos sais minerais da corrente sanguínea.

Uso de medicações: diversos medicamentos, entre eles os diuréticos, podem provocar


desmaios, quando usados em doses mais altas.

Hipotensão ortostática: a queda brusca da pressão arterial provocada pela mudança repentina
de posição (a pessoa estava sentada ou deitada e fica em pé de repente). A hipotensão
ortostática frequentemente está associada à desidratação, ao uso de diuréticos a aos
distúrbios cardiovasculares.

Outras causas: cansaço extremo, emoções súbita, nervosismo intenso, dores fortes e
permanência prolongada em lugares fechados e quentes.

Sintomas
Existem alguns sintomas que prenunciam a perda da consciência e do tônus postural. Os mais
indicativos são palidez, fraqueza, suor frio, náusea e ânsia de vômito, pulso fraco, tontura,
visão turva, pressão arterial baixa e respiração lenta.

Diagnóstico

É fundamental identificar a causa do desmaio para instituir o tratamento. Além do


levantamento da história e da avaliação clínica do paciente, o médico pode recorrer a exames
específicos de sangue, neurológicos e de imagem.

Tratamento

Toda a pessoa que sofreu um desmaio, por mais rápido e aparentemente inofensivo que seja,
deve ser levada a um serviço de saúde para avaliação o mais depressa possível.

A única coisa que se pode fazer, depois que ela recuperar a consciência e se estiver bem, é dar-
lhe água, suco, chá ou água com açúcar. Sob nenhum pretexto, deve ser oferecido qualquer
tipo de bebida que contenha álcool.

Recomendações

* Se a pessoa começou a desfalecer, tente apoiá-la antes que caia. Ajude-a a sentar-se numa
cadeira ou poltrona e a colocar a cabeça entre os joelhos. Peça que inspire e expire
profundamente até que o mal estar passe. Não permita que se levante sozinha.

* Se ocorreu o desmaio, deite a pessoa o mais confortavelmente possível, com a cabeça e


ombros em posição mais baixa que o restante do corpo. Vire sua cabeça de lado para evitar
que aspire secreções que possam sufocá-la. Nunca a faça aspirar álcool ou amoníaco nem
jogue água em seu rosto para reanimá-la. Quando recobrar a consciência, não permita que se
levante sozinha. Faça-a ficar alguns minutos sentada para readaptar-se à posição vertical.
O que é Desmaio?

O desmaio é uma perda rápida da consciência em virtude da redução do volume de sangue


para o cérebro. O episódio dura menos de alguns minutos e a recuperação é rápida e
completa. Antes do desmaio, você pode ter uma sensação de desfalecimento ou de tontura.

Um quadro mais demorado e profundo de inconsciência é chamado frequentemente de coma.

Desmaio: saiba como prestar socorro a uma vítima

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Causas

O desmaio poderá ocorrer durante:

Tosse intensa

Evacuação intestinal (especialmente se a pessoa estiver se esforçando)

Permanência em pé durante muito tempo

O ato de urinar

O desmaio também pode estar associado a:

Desgaste emocional

Medo

Dor intensa

Outras causas de desmaio:

Saiba mais

Desmaio pode ser primeiro sinal de problemas cardíacos


Certos medicamentos, incluindo aqueles usados para tratar ansiedade, depressão, pressão
arterial alta e alergias (essas drogas podem causar queda na pressão arterial)

Uso de drogas ou de álcool

Ventilação excessiva

Nível baixo de açúcar no sangue

Convulsões

Queda súbita da pressão arterial (como aquela causada por hemorragia ou desidratação
intensa)

Levantar-se rapidamente de uma posição de repouso

As razões menos comuns, embora mais graves, para o desmaio incluem doença cardíaca
(como ritmo cardíaco anormal ou ataque cardíaco) e derrame. Essas condições são mais
prováveis em pessoas com mais de 65 anos e menos prováveis antes dos 40 anos.

Sinônimos

Desmaio; sensação de desfalecimento; Síncope; Episódio vasovagal

Mais sobre Desmaio

Considerações

Em um episódio de desmaio, a pessoa perde não só a consciência, mas também o tônus


muscular e a coloração da face (palidez). A pessoa também pode se sentir nauseada logo antes
do desmaio. Ela pode ter a sensação de ruídos enfraquecendo ao fundo.

Diagnóstico e Exames

Na consulta médica
Seu médico fará perguntas para determinar se foi apenas um desmaio, ou se aconteceu mais
alguma coisa (como uma convulsão ou distúrbio no ritmo cardíaco) e para determinar a causa
do episódio de desmaio. Se alguém testemunhou o episódio de desmaio, o depoimento sobre
o evento pode ser muito útil.

Saiba mais

11 atitudes que facilitam a consulta médica

As perguntas incluirão:

Esse foi seu primeiro desmaio?

Quando você desmaiou? O que você estava fazendo quando o desmaio ocorreu? Por exemplo:
você estava indo ao banheiro, tossindo, ou estava em pé há muito tempo?

O desmaio ocorreu durante a prática de exercícios?

Como você descreveria a tontura que sentiu antes de desmaiar? Você se sentiu desfalecer,
fora de equilíbrio ou como se a sala estivesse girando?

O desmaio ocorreu com convulsões (abalos musculares), lesão na língua ou perda de controle
intestinal?

Quando você recobrou a consciência você estava ciente dos arredores ou confuso?

Você sentiu dor no tórax ou palpitações cardíacas antes de desmaiar?

Você desmaia quando muda de posição - por exemplo, passando da posição de repouso para a
posição ereta?

O exame físico se concentrará no coração, pulmões e sistema nervoso. Sua pressão arterial
pode ser medida em várias posições diferentes. Pessoas com suspeita de arritmia podem
precisar de internação para verificação.

Os exames que podem ser realizados para desmaio incluem:

Exames de sangue paraanemia ou desequilíbrios da química do corpo

Monitoramento do ritmo cardíaco

Ecocardiograma
Eletrocardiograma (ECG)

Eletroencefalograma (EEG)

Monitor Holter

Radiografia do tórax

Buscando ajuda médica

Ligue para a emergência se a pessoa que desmaiou:

Saiba mais

Como ajudar quem sofre de desmaios?

Caiu de um local alto, especialmente se apresentar lesão ou sangramento

Não voltar rapidamente ao estado de alerta (dentro de alguns minutos)

Estiver grávida

Tiver mais de 50 anos

Tiver diabetes (verificar pelos braceletes de identificação clínica)

Sentir dor, pressão ou desconforto no tórax

Apresentar batimentos cardíacos esmagadores ou irregulares

Apresentar falta da fala, problemas de visão ou for incapaz de movimentar um ou mais


membros

Apresentar convulsões, lesão na língua ou perda do controle da bexiga ou do intestino

Mesmo que a situação não seja uma emergência, você deverá consultar seu médico se nunca
desmaiou antes, se desmaia com frequência ou se apresentar novos sintomas com desmaio.
Providencie uma consulta o mais rápido possível.

Tratamento e Cuidados

Cuidados
Se houver história de desmaio, siga as instruções do seu médico sobre como prevenir esses
episódios. Por exemplo, se você conhecer as situações que o levam a desmaiar, evite ou mude
essas situações.

Levante-se lentamente da posição deitada ou sentada. Se retirar sangue leva você ao desmaio,
informe o fato ao profissional de cuidados de saúde antes de se submeter ao exame de sangue
e certifique-se de estar deitado para fazer o teste.

Você pode tomar medidas imediatas de tratamento em caso de desmaio de alguém:

Verifique a respiração e as vias aéreas da vítima. Se necessário, chame a emergência e inicie a


respiração de resgate e a Reanimação Cardiopulmonar (CPR).

Afrouxar as roupas apertadas ao redor do pescoço.

Elevar os pés da vítima acima do nível do coração (cerca de 30 cm).

Se a pessoa vomitou, posicione-a de lado para evitar sufocamento.

Mantenha a pessoa deitada por pelo menos 10 a 15 minutos, de preferência em local frio e
silencioso. Se isso não for possível, coloque a pessoa sentada, com a cabeça para frente entre
os joelhos.
O que pode causar o desmaio?

4 de abril de 2013

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por Solunni em Problemas de Saúde

Apesar de na maioria das vezes o desmaio ser um incômodo passageiro, ele também pode ser
um sintoma ou resultado de algum problema de saúde do seu corpo. O senso comum costuma
associar a tontura que precede o desmaio e a própria perda de consciência à queda de
pressão. Mesmo esse sendo um dos problemas que o causam, os reais motivos podem ser
mais graves.

A queda de pressão sanguínea causa o desmaio porque ocorre a diminuição da pressão


sanguínea, implicando em uma redução da força hidráulica do sangue, que acaba não
conseguindo chegar ao cérebro. Ao desmaiar, a cabeça fica no mesmo nível horizontal do
coração, o que facilita a passagem de sangue, melhorando a vascularização cerebral e a volta
da consciência.

Quem já teve problemas cardíacos também pode sofrer de desmaios, pois esse tipo de
problema compromete o bombeamento do sangue para o corpo, o que inclui o cérebro,
causando o desligamento do córtex cerebral e a perda de consciência. O desmaio também
pode preceder um Acidente Vascular Cerebral – AVC, pois o acidente vascular aumenta a
pressão intracraniana, diminuindo o fluxo sanguíneo no cérebro.
Em casos de embolia pulmonar, a passagem de sangue do pulmão para o coração é obstruída,
acarretando em uma deficiência na distribuição de sangue pelo corpo e até mesmo a falta de
oxigenação do sangue. O desmaio pode ocorrer também quando há uma infecção grave que
atinge o sangue (septicemia). Nesses casos podem ocorrer alterações no metabolismo e a
perda da consciência.

Há também o problema da síncope psicogênica, que causa desmaios por fatores psicológicos.
Acontece normalmente quando o indivíduo se encontra em estado de ansiedade. Não possui
uma causa orgânica, e os desmaios são causados quando a pessoa se depara com um
problema sem solução consciente e racional.

É importante não negligenciar o que pode ter causado o desmaio. Ele pode ser um sinal de
outras doenças mais graves. Caso você tenha um mal estar ou chegue mesmo a desmaiar,
procure um médico especializado!

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