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Crises nervosas

Reações explosivas no dia-a-dia podem se acumular e causar danos físicos, além do estrago em
ambientes de trabalho e no convívio social. Aprenda a domar a fera que existe em você ou a
lidar com a dos outros

Um forte chute no rosto de um dos jogadores do time adversário quase selou o fim da carreira
do goleiro Gastón Sessa, da equipe argentina de futebol Vélez Sarsfield, durante uma partida
da Copa Libertadores da América, dia 5 de maio. Sessa, 34 anos, foi expulso por chutar
intencionalmente o rosto de um atacante do Boca Juniors, time que ganhou o jogo por 3 x 0.
Após o incidente, Sessa foi punido com uma suspensão que durará até o final desta
temporada. Mas atitudes como essa não são novidades na vida do jogador. Seu histórico de
encrenqueiro, aliás, já rendeu muitos problemas ao seu time. Por conta desse fato, o
presidente do Vélez, Raul Gamez, ao anunciar o afastamento do jogador, também
recomendou-lhe se submeter a um tratamento psiquiátrico, como requisito para voltar a jogar
pela equipe.

Como o goleiro, existem muitas outras pessoas conhecidas pelo “pavio curto”, com
temperamento explosivo e que parecem sempre estar prestes a entrar em erupção a qualquer
momento. É aquele impulsivo que não pensa para falar o que sente ou demonstrar a sua
irritação. Ao contrário, porém, do indivíduo que passa por uma raiva passageira e cotidiana,
durante o trânsito infernal de um dia chuvoso na cidade de São Paulo. O explosivo, no entanto,
ao menor desagrado, demonstra uma reação exacerbada e, na maioria das vezes,
desproporcional ao acontecido. Ele se irrita com o chefe e com o estagiário. Não suporta que
ninguém o contradiga, fala alto, em um tom de voz agudo, e gesticula muito. Em casa, então,
sofre quem coabita com o intempestivo. Mulher, ou marido, filhos, até o cachorro. Mas, afi-
nal, de onde vem esse temperamento?

PROTEJA-SE DO ATAQUE

Se você convive com alguém sujeito a ataques constantes, veja quais atitudes podem ajudar a
acalmá-lo:

• Se ele demonstra irritação, mantenha-se a distância até que a raiva passe. Essa postura
diminui o risco de um conflito maior ou atitudes agressivas.

• Não queira discutir a relação ou chamar a atenção do outro para o despropósito de sua
reação. É melhor deixar a conversa para depois.

• Não altere a voz nem discuta em tom agressivo. Fale claramente, mas com voz firme e baixa.
Use um tom dócil e conciliador. Gestos tranqüilizadores e sorrisos cordiais ajudam a baixar a
adrenalina do outro.
ÓRGÃOS DE CHOQUE

A cada explosão de nervos, o organismo recebe uma enxurrada do hormônio adrenalina. Esta
é a mesma substância, entre outras, que é lançada no sangue quando sofremos um susto, por
exemplo.

A adrenalina age contraindo os vasos sangüíneos, o que provoca palidez, tremores e


taquicardia, além de suor frio. Ela prepara o corpo para uma situação de estresse. Ou seja, o
organismo todo reage ou para enfrentá-la ou fugir dela. Mas assim que o medo do ataque
eminente passa, tudo retorna à sua condição de normalidade. Porém, quando o organismo
passa constantemente por essa condição, recebe sucessivas cargas hormonais. Isso aumenta o
risco de aparecer sinais de várias doenças, como os sintomas de problemas cardíacos,
respiratórios (quadros semelhantes a asma e bronquite), dermatites, cefaléias tensionais e até
distúrbios como incontinência urinária. Ou seja, diversas regiões do organismo podem ser
afetadas pelo excesso de explosões. No entanto, cada pessoa tem um órgão de choque que
pode ser mais afetado do que os outros pela adrenalina. Dessa maneira, frente a uma situação
tensa, um sujeito que sofre de gastrite nervosa, por exemplo, pode estar acostumado a engolir
sapos sem reclamar e, um dia, explode por dificuldades em digerir um “girino”. “Mas não há
regras. Cada um reage à sua maneira e tem esse ou aquele órgão afetado. Não dá para dizer se
um indivíduo contido vai sofrer mais de gastrite do que o mais explosivo”, diz o psiquiatra José
Paulo.
Dentre vários sintomas pelo menos quatro dos seguintes devem estar presentes:

1- Aceleração da frequência cardíaca ou sensação de batimento desconfortável.

2- Sudorese difusa ou localizada (mãos ou pés).

3- Tremores finos nas mãos ou extremidades ou difusos em todo o corpo.

4- Sensação de sufocação ou dificuldade de respirar.

5- Sensação de desmaio iminente.

6- Dor ou desconforto no peito (o que leva muitas pessoas a acharem que estão tendo um
ataque cardíaco)

7- Náusea ou desconforto abdominal

8- Tonteiras, instabilidade sensação de estar com a cabeça leve, ou vazia.

9- Despersonalização* ou desrezalização**.

10- Medo de enlouquecer ou de perder o controle de si mesmo.

11- Medo de morrer.

12- Alterações das sensações táteis como sensação de dormências ou formigamento pelo
corpo.

13- Enrubescimento ou ondas de calor, calafrios pelo corpo.

Contudo cada um dos pensamentos teóricos vigentes possuem próprias teorias.

para se obter critérios de diagnósticos mais seguros deve ser feito por um médico.

abraços!!!
Sintomas:

a) com perturbações da atividade cardíaca: palpitações, arritmias breves, taquicardia


duradoura e até graves estados de debilidade do coração, difíceis de diferenciar de uma
doença orgânica;

b) com perturbações da respiração: diversas formas de dispnéia nervosa, ataques análogos aos
de asma etc. É importante ressaltar que tais ataques nem sempre aparecem acompanhados de
angústia perceptível;

c) ataques de suor, às vezes noturno;

d) ataques de tremores e convulsões, fáceis de confundir com os histéricos;

e) ataques de bulimia, acompanhados às vezes de vertigens;

f) diarréias;

g) ataques de tonturas locomotoras;

h) as chamadas congestões;

i) ataques de parestesia (raras vezes sem angústia ou um mal-estar análogo)".

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