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Apresentação de psicologia 1º período

- Bom dia a todos, hoje venho falar-vos um pouco sobre o


medo. E perguntam-se vocês o porquê de eu abordar
uma emoção que nos causa tanto tremor, mas a resposta
é simples, o medo é uma emoção muito forte e que tem
muita influência nas nossas acções do quotidiano, por
mais que as vezes não demos conta ou que a tentemos
controlar é inevitável senti-la, e falo também por mim
que são inúmeras as vezes que o sinto no meu dia-a-dia.
Para além disso as emoções são um dos temas estudados
em psicologia e ainda a resposta que o nosso corpo emite
quando as sentimos relacionando com o sistema nervoso,
já leccionado, por isso vou abordar o caso específico do
medo.

Introdução- vai começar então por definir o que é uma


emoção, portanto, esta diz respeito a um padrão de
reacção complexo, transitório, brusco e agudo através do
qual um individuo tenta lidar com um assunto ou evento.
Estas envolvem elementos fisiológicos, cognitivos e
comportamentais, é possível distinguir as emoções
primárias, que é o exemplo do medo, que são
manifestadas e conhecidas universalmente entre
culturas, e ainda as emoções secundarias que são
dependentes da experiência social para a sua construção,
como o orgulho.
Agora a emoção medo, Podemos definir medo como um
“estado emocional que se expressa no indivíduo perante
uma situação de ameaça inesperada”, é um estado
ansioso de temor irracional ou fundamentado. O medo é
universal e presente em diferentes formas de vida. No
entanto, podemos considerar o medo humano mais
complexo e diferenciado do que o medo animal. Do
ponto de vista da Psicologia, o Medo é um estado
afectivo e emocional, necessário para a adaptação do
organismo ao meio. Com relação ao aspecto social e
cultural, o Medo faz parte da construção do carácter de
uma pessoa ou de uma organização social.
Porque sentimos e influências- Todos os dias deparamo-
nos com dificuldades e desafios, no entanto a situação
em que nos encontramos não define aquilo que somos, o
que define é a forma como encaramos os desafios e
muitas vezes podem ser encarados com MEDO, portanto,
esta emoção não tem de ser vista como algo
necessariamente mau, pois é apenas uma resposta que o
nosso organismo emite com o objectivo da sobrevivência,
ou seja, o medo pode proteger-nos de situações que
possam ser adversas e nos causem algum mal e pode
beneficiar-nos em situações quotidianas, desta forma, se
o nosso cérebro não identificasse o perigo estaríamos em
uma situação de risco e a nossa sobrevivência em risco
Mas como nem tudo é um mar de rosas, esta pode
tornar-se uma força que nos prende e nos torna
incapazes de reagir. A verdade é que cada um de nós tem
formas diferentes de reagir, mas acredito que todos aqui
dentro já se sentiram incomodados com algum tipo de
medo. Pode ter sido uma apreensão, preocupação,
ansiedade ou até mesmo angústia, mas que nesse
momento, numa visão mais negativa, nos dominou e
impediu de agir. Todos conhecemos o medo das aranhas,
de palhaços, medo de pés, enfim, um número infindável
deles, mas aqueles que verdadeiramente assombram o
nosso interior são os que afectam o psicológico , Medo de
não ser aceite, Medo dos compromissos, De fracassos,
Medo de ser mal tratado Medo do desconhecido ou por
exemplo eu, que estou aqui perante vocês e cheia de
medo do julgamento que estão a fazer, se o trabalho esta
suficientemente bom , se estou a ser uma seca , e por ali
além, ou até mesmo o medo que todos sentimos quando
começamos um novo ano lectivo , o de reprovar e
fracassar, daí já advém o medo da reacção dos pais ,
medo de não atingir um objetivo
Isto pra dizer que muitas vezes temos muito medo no dia
a dia de fazer as coisas, mas qual as razões disso?- quer
saber a resposta antes de fazer algo e queremos saber
onde vamos chegar sem mesmo ter começado.
A ansiedade causada por esses medos impede-nos de
fazer certas coisas para depois saber o resultado, pois
muitas vezes queremos saber o resultado sem antes
fazer. E depois surgem um tanto de questões -Mas, qual
será o resultado? E se não for bem o que pensei ou
planeei? Como vou ficar depois disto.
Por isso é que volto a referir que para tirarmos benefício
deste “monstro” temos de o encarar, e apesar de ser
importante pensarmos nas consequências, não deixar
que esse pensamento nos domine e nos cause uma dor
de pensar tal como diz Fernando Pessoa.
O que está a acontecer ao nosso organismo enquanto o
sentimos, costumamo-nos referir às mudanças
fisiológicas que ocorrem quando alguém sente medo
como a resposta de “lutar ou fugir”. A frequência
respiratória aumenta, a cardíaca também, os vasos
sanguíneos periféricos – na pele, por exemplo –
contraem, os vasos sanguíneos centrais ao redor dos
órgãos vitais dilatam para inundá-los com oxigénio e
nutrientes, e os músculos são bombeados com sangue,
prontos para reagir.
Os músculos – incluindo aqueles na base de cada cabelo –
também ficam mais tensos, causando a arrepios. Quando
o cabelo de um humano fica em pé, faz pouca diferença
na sua aparência, mas para os animais mais peludos, isso
fá-los parecer maiores e mais formidáveis.
Metabolicamente, os níveis de glicose no sangue
aumentam, fornecendo energia se houver necessidade de
acção. Da mesma forma, os níveis de cálcio e glóbulos
brancos na corrente sanguínea aumentam.
Disparando a resposta
A resposta de lutar ou fugir começa na amígdala, que é
uma estrutura localizada no lobo temporal dos
mamíferos, constituída por feixes de neurónios e
tradicionalmente relacionada com o sistema emocional
do cérebro (sistema límbico). Ela desempenha um papel
importante no processamento das emoções, incluindo o
medo. A amígdala é capaz de desencadear actividade no
hipotálamo, que activa a hipófise, onde o sistema nervoso
encontra o sistema endócrino (hormônio). A hipófise
secreta, então, a hormona adrenocorticotrópico (ACTH)
no sangue.
Nesse momento, o sistema nervoso simpático – uma
divisão do sistema nervoso responsável por alertar o
corpo para gastar mais energia em situações que são
avaliadas como perigosas (ataque ou fuga) – dá um alerta
na glândula adernal, encorajando-a a esguichar uma dose
de epinefrina, também conhecida como adrenalina.
O corpo também liberta cortisol em resposta ao ACTH,
que provoca o aumento da pressão arterial, do açúcar no
sangue e dos glóbulos brancos. O cortisol circulante
transforma os ácidos gordos em energia, prontos para
serem usados pelos músculos, caso haja necessidade.
Hormonas catecolaminas preparam os músculos para
uma acção violenta.
Essas hormonas também podem:
• Aumentar a actividade no coração e nos pulmões;
• Reduzir a actividade no estômago e intestinos, o que
explica a sensação de “frio na barriga”;
• Inibir a produção de lágrimas e salivação, explicando
a boca seca que vem com um susto;
• Dilatar as pupilas;
• Reduzir a audição.
O hipocampo, que é uma região do cérebro dedicada ao
armazenamento da memória, ajuda a controlar a
resposta ao medo. Junto com o córtex pré-frontal, que faz
parte do cérebro envolvido na tomada de decisões de
alto nível, esses centros avaliam a ameaça. Eles ajudam-
nos a entender se nossa reacção ao medo é real e
justificada, ou se podemos ter reagido de forma
exagerada.
Se o hipocampo e o córtex pré-frontal decidirem que a
resposta ao medo é exagerada, podem desacelerar e
diminuir a actividade da amígdala.
CURIOSIDADE
Porque paralisamos

Quando assustados, a maioria dos animais congela


por alguns momentos antes de decidir o que fazer a
seguir. Às vezes, ficar imóvel é o melhor plano; por
exemplo, se você for um pequeno mamífero ou se
estiver bem camuflado, ficar quieto pode salvar sua
vida.

Um estudo de 2014 identificou a raiz neurológica da


resposta de congelamento. Ela é gerada por
diafonia (“cross talk”, interferência) entre a
cinzenta periaquedutal (PAG) e o cerebelo. O PAG
recebe vários tipos de informações sensoriais sobre
ameaças, incluindo fibras de dor. O cerebelo
também recebe informações sensoriais, que usa
para ajudar a coordenar os movimentos. Os
pesquisadores descobriram um feixe de fibras que
conecta uma região do cerebelo, chamada
pirâmide, diretamente ao PAG. Mensagens que
passam por esses caminhos fazem com que o
animal congele de medo
Quando sentimos o medo o nosso pensamento fica algo assim do género , mas temos de parar
e deixar o nosso organismo reletir, para descobrirmos uma compreensão mais extensiva da
situação, temos de pensar na situação mais ampla e perguntar: “E se eu não perder nada, só
ganhar?, “Vale a pena?, “E se não for o que estou a pensar?

Deste modo teremos a oportunidade de utilizar o Medo como uma revelação positiva, e
imediatamente perceber indicações de que estamos a ir no caminho certo., temos apenas de
ter em atenção ao porquê de o sentirmos e como “tratar”, nunca desvalorizando.

Vendo as coisas deste ângulo, o Medo levara-nos à ação, e favorecerá o nosso crescimento e
evolução!

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