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A ERA DO ESTRESSE

 O que é?
Estresse não é nada mais que o nome que damos à reação natural do corpo
quando estamos em situações súbitas de perigo e ameaça, estimulando alterações
emocionais e físicas além de nos colocar no estado de “lutar ou fugir”.

As alterações emocionais e físicas provêm da liberação de hormônios e


substâncias como adrenalina e cortisol, preparando o corpo para as ações físicas,
acelerando os batimentos cardíacos e respiração, por isso que ficamos sujeitos à
agressividade, principalmente em situações em que não dá para liberar toda essa
‘adrenalina’, como o trânsito.

Existem os tipos de estresse que podemos “contrair”. São eles:

Agudo: intenso e curto, acontece após eventos traumáticos/marcantes como


perda de um parente ou chegada de um filho. Costumam ser casos isolados e não
deixa ‘marcas’ no organismo;

Agudo Episódico: quando o estresse Agudo é mais recorrente que o normal, como
se a pessoa tivesse surtos de raiva todo dia. Pode ocorrer, por exemplo quando se tem
muito medo de ser demitido;

Constante: suave, mas duradouro, afeta a maioria das pessoas.

 Fases
Alerta: Quando o indivíduo entra em contato com o ‘motivo’ do estresse ou
está experimentando tal situação.

Resistência: O corpo percebe que tem algo errado e tenta voltar à forma
original, se adaptando ao problema ou destruindo-o.

Exaustão: devido ao prolongamento ou intensidade do estresse, é aqui que


começam a aparecer a maioria dos sintomas

 Sintomas
Como é uma reação que libera substâncias pelo corpo todo, os sintomas
podem ir da cabeça aos pés, então, resumidamente, eles são:
Dor de cabeça, dificuldade para dormir, constipação, diarreia, irritabilidade,
falta de energia, falta de concentração, comer demais ou não comer, raiva,
tristeza, maior risco de acessos de asma e artrite, tensão, cólica estomacal,
inchaço do estômago, problemas de pele (como urticária), depressão,
ansiedade, ganho ou perda de peso, problemas no coração, pressão alta,
síndrome do intestino irritado, diabetes, dor nas costas e/ou pescoço, menor
apetite sexual e dificuldade de engravidar. Basicamente, efeitos colaterais pelo
corpo todo, por dentro e por fora.

 Prevenção
A atividade física é um bom começo: além de proporcionar um melhor
funcionamento das funções cardiovasculares e respiratórias, liberam outras
substâncias relaxantes e analgésicas.
Identificar o problema também é essencial. Tomar nota dos seus pensamento e
causas te ajuda a achar e resolver aquilo que tanto te incomoda. Antes de agir,
contar até 10 e reconsiderar suas ações te impede de fazer algo que possa acabar
com a sua vida e desenvolver ainda mais estresse.

 Por que as pessoas ficam estressadas no dia a dia?


O primeiro e mais óbvio motivo é

 O Trabalho:
Todo mundo sabe que o mercado de trabalho não é fácil e o medo de cometer um
erro está presente em todo lugar, não só no trabalho, como na escola, nos
relacionamentos e no medo de ouvir um não. Esse efeito só aumenta em pessoas
pessimistas, que só veem o lado ruim das coisas. Quando se está focado na parte má,
ficaremos cada vez mais preocupados, mesmo que nem exista motivo para o estresse.

 Jovens
Essa pandemia virou o mundo de qualquer um de cabeça pra baixo, seja ele jovem
ou adulto, mas o efeito foi maior no jovem, pois como ainda é novo e não tem tanta
‘experiência’ como os adultos, teve mais dificuldade de se organizar durante essa fase
difícil, ainda mais com a chegada das redes sociais que requer uma exposição cada vez
maior e que com certeza mexeu com o emocional de qualquer um.
O celular foi a maior causa dessa instabilidade. Como as pessoas ficaram cada vez
mais ancoradas às redes sociais, ficaram acostumados com os ‘likes’ e curtidas (com a
aprovação da maioria) quando ouvem uma desaprovação de alguém, acham que é o
fim do mundo, fazem o famoso “drama”.
Para ficar igual seus ídolos e se encaixar nos modelos que a mídia impõe, como a
magreza excessiva, os nossos pequenos podem deixar de comer, arriscar as cirurgias
plásticas e tentar até mesmo os métodos caseiros, os mais perigosos.
Esses tipos de desaprovação podem vir de um comentário mal-intencionado,
bullying virtual, agressões verbais e mensagens mal interpretadas, levando os jovens à
depressão, ansiedade, estresse, suicídio entre outros ou fazendo-os buscar novas
formas de entrar no padrão.

Basicamente, é possível dizer que tudo que nos preocupamos excessivamente ou


informações repentinas (boas ou ruins) nos deixa estressados e esses motivos vem
aumentando cada vez mais conforme a tecnologia avança e há cada vez mais coisas
sendo integradas no nosso cotidiano.

 Como isso poderia levar alguém a cometer um crime?


Claro que somente o estresse não faz alguém cometer uma loucura. A pessoa
deve ter um histórico de casos de agressão, deve ser propícia ou ter alguma
condição médica para cometer tal delito.
Se uma pessoa sem nenhuma dessas condições, em sã consciência fez algo
assim, é possível que fez o que fez porque as condições estavam boas o suficiente
para a prática do crime, seja roubo/furto ou até assassinato. Por exemplo: se você
está sozinho com a pessoa que mais odeia e ela está distraída, por que não cortar o
mal pela raiz?
Os motivos para tal podem ser por vingança, raiva, problema financeiro ou
benefícios pessoais em geral. 30% dos homicídios cometidos tiveram como
justificativa ‘a agressão física que sofreu’ e outros 24% como ‘legítima
defesa/defender um familiar’. Em São Paulo, 83% dos casos foram causados por
motivos fúteis ou impulso.

 Conclusão
As vezes nos deixamos levar pelas menores coisas da vida e deixamos isso nos subir
à cabeça e esquecemos de aproveitar as grandes coisas. Seja feliz e respire fundo.
Fontes: Vittude, Secretaria do Estado de Saúde de Goiás, Biblioteca Virtual em
Saúde do Ministério da Saúde, Folha de S. Paulo, GQ Globo, Folha Vitória, Veja
Saúde, Formação Canção Nova, BBC News Brasil, JusBrasil, Ministério público do
Paraná.

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