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Oficina de Psicologia
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O que é o STRESS?
Cada um trabalha num compasso diferente devido ao fato de que alguns órgãos
precisam trabalhar mais e outros menos para poderem lidar com o problema. Como,
por natureza, temos o impulso de buscar sempre o equilíbrio, automaticamente é feito
um esforço especial para se restabelecer a homeostase interior. Tal esforço é uma
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resposta adaptativa do ser humano e às vezes exige um considerável desgaste e
utilização de reservas de energia física e mental.
Fases do Stress
O processo de stress passa por três fases, sendo que cada uma envolve uma
sintomatologia diferenciada,acompanhada de mudanças hormonais correspondentes:
1) Alerta,
2) Resistência
3) Exaustão.
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A fase de alerta caracteriza-se por reações do sistema nervoso simpático,
quando o organismo percebe o evento stressante.
A resistência apresenta-se quando este evento stressante permanece presente
por períodos prolongados ou se é de grande dimensão.
Na fase de exaustão, o stress ultrapassou a possibilidade do indivíduo conviver
com ele e está associado a diversos problemas como úlceras, gengivites,
psoríase, hipertensão arterial, depressão, ansiedade, problemas sexuais, entre
outros.
A grande maioria das pessoas têm nas suas vidas uma fonte de stress grande e
permanente, como uma ocupação ou trabalho complicados ou uma situação familiar
conflituosa, que constantemente afetam o seu equilíbrio interior. Nestes casos o
processo do stress constitui-se num ciclo de altos e baixos, em que a pessoa consegue,
com esforço, restabelecer o equilíbrio, este é quebrado novamente e mais uma vez é
restabelecido temporariamente. Isto pode-se prolongar por anos, até que um dia a sua
energia adaptativa esgota-se e, não tendo mais como resistir, começa a adoecer. Para
outras pessoas, o fim da resistência é mais rápido, pode levar alguns dias.
Quando não se consegue mais lidar com a tensão emocional, o corpo e a mente dão
sinais visíveis de alerta. A memória começa a falhar, coisas pequenas são esquecidas
como se nunca tivessem acontecido. Não se consegue lembrar fatos, nomes ou
tarefas, mesmo as mais simples. O outro sinal do corpo é acordar de manhã, após uma
boa noite de sono, muito cansado.
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A sensação de desgaste físico e mental, acompanhada de falhas de memória,
questionamento sobre a nossa própria competência, apatia e desinteresse pelas coisas
que antes davam prazer constituem-se em sinais de que a tensão é excessiva.
O primordial é saber controlar o stress de tal modo que ele não ultrapasse a nossa
zona de conforto, o nosso limite de tolerância e resistência.
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Quais são os sintomas?
Se nada é feito para aliviar a tensão, então o organismo, já sem energia para enfrentar
o problema, enfraquece e uma série de doenças começa a aparecer, como gripes,
gastrite, problemas dermatológicos etc.
Caso o stress continue, a pessoa cada vez mais se sentirá exausta, sem energia,
depressiva, com crises de ansiedade e desânimo. Surgem a auto-dúvida, a inabilidade
para se concentrar e trabalhar. Às vezes pesadelos ocorrem.
Não é o stress que causa estas doenças, mas ele propicia o desencadeamento daquelas
para as quais a pessoa já tinha uma predisposição ou, ao reduzir a defesa imunológica,
ele abre espaço para que doenças oportunistas se manifestem.
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Emocionais Físicos
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Comportamentais Pensamentos
Crises de choro Sentir-se um falhado
Isolar-se Auto-criticar-se frequentemente
Fechar-se em casa Pensamento de que não é possível
Ataques de zanga ser ajudado
Ausência de realização de atividades Pessimismo em relação ao futuro
que davam prazer Perda de confiança e auto-imagem
Incapacidade de lidar com as tarefas negativa
diárias Pensamentos enviesados
Consumo de álcool e drogas
Problemas de concentração e de
memória
Cometer mais erros que o habitual,
esquecimentos
Sensação de perda do controlo.
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Existem vários tipos de fontes de stress e muitas vezes o que stressa uma pessoa não
stressa outra. Para facilitar a identificação do que cria o stress, dividimos as fontes em
duas categorias: fontes externas e internas.
As fontes externas são constituídas por tudo aquilo que ocorre nas nossas vidas e que
vêm de fora do nosso organismo: a profissão, a falta de dinheiro, discussões, assaltos,
perdas, falecimentos. Tudo o que exija do organismo uma maior adaptação cria stress.
Segundo a definição, compreende-se que não são somente os acontecimentos
negativos que dão origem ao stress. Determinados eventos, mesmo que nos tragam
muita felicidade, podem também exigir uma grande adaptação e, por isso, tornam-se
fontes positivas de stress.
As fontes externas são mais fáceis de serem identificadas porque são passíveis de
observação objetiva de qualquer um. Um dos pontos mais importantes que se deve
observar para aprender a lidar com o stress é justamente conseguir perceber e
eliminar algumas fontes de stress que estejam ao nosso alcance.
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Para saber se o stress alcançou um nível excessivo, faça uma reflexão sobre os temas
abaixo.
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3. Preste atenção aos seus relacionamentos. Tem experimentado:
irritabilidade;
vontade de não conversar com amigos;
desilusão com todos.
Quando se está com stress, os relacionamentos ficam abalados.
(...)
Deve fazer o registo durante uma semana, todos os dias, de todos os factos
importantes: na primeira coluna relate uma situação que o tenha stressado naquele
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dia; na segunda coluna descreva o que pensou no momento em que ocorreu a
situação, tudo que tenha passado na sua cabeça; e na terceira coluna, a reação (choro,
raiva, ansiedade...).
Assim que já tiver algumas situações reais que possam servir para apurar padrões,
repare com atenção no que escreveu.
Consegue aperceber-se de uma relação directa entre aquilo que pensa e a forma como
se sente? De facto, em larga medida, o que o que controla as reações emocionais são
os pensamentos e o modo como se julga as situações do dia-a-dia.
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b) Crie uma nova tabela, agora com cinco colunas:
(...)
Cada pessoa pode ter seu próprio desafio, mas deve ser sempre uma “frase mental”
racional, lógica, que retire a pessoa dos julgamentos e interpretações irracionais e
coloque uma dose de bom senso e clareza nos seus pensamentos.
Transcreva o conteúdo das três colunas que já tem e então, para cada
situação/pensamento/reação, coloque um pensamento mais racional na coluna
disputa/desafio.
Na realidade, estará a desafiar o seu pensamento irracional.
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A última coluna – efeito - é para que, depois de praticar esta reestruturação cognitiva,
repare nos efeitos da mudança no seu sistema de crenças e registe esses ganhos. Para
entender e absorver estes conceitos deverá colocar estes registos e desafios em
prática por algumas semanas até que se tornem automáticos.
Pilar 1 – Alimentação
Pilar 2 – Relaxamento
- Relaxamento: a fim de reduzir a tensão mental e física que sempre acompanha o
stress;
- Mindfulness: o mindfulness é uma prática mental que consiste no foco da atenção de
uma maneira particular – de propósito, no momento presente e sem julgamento.
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Muitas perturbações de humor estão ligadas a um direcionamento enviesado da
atenção, sobretudo a depressão, em que o foco da atenção está direcionado para as
situações de falhanço e a pessoa tem menor capacidade de captar os acontecimentos
positivos.
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Quando o minuto terminar e abrir os olhos lentamente, note como se está a
sentir nesse momento – talvez um pouco mais fresco e mais acordado, com a mente
um pouco mais aberta.
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Pilar 3 – Exercício Físico
Exercício Físico: o stress naturalmente prepara o corpo para a ação e os exercícios
ajudam a eliminar a prontidão gerada pelo stress.
Estudos demonstram que o exercício físico constitui uma
poderosa ferramenta para lidar com o stress. Permite
eficazmente diminuir os sentimentos de fadiga, potenciar o
crescimento celular no cérebro e de neurotransmissores
associados ao humor e endorfinas, reduzir o stress e aliviar a
tensão muscular, dormir melhor
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Pilar 4 – Reestruturação Cognitiva e emocional
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Crenças Racionais e Irracionais
As crenças são um dos fatores mais poderosos do ser humano, pois a pessoa é aquilo
que acredita ser. As crenças são uma espécie de filtro das situações vivenciadas que
tem como função interpretar, julgar, classificar e processar as informações e emoções
de cada situação.
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Identifique as 12 Crenças que provocam Stress
E passe do Irracional ao Racional!
Crença 1
Crença irracional: “Que chatice! Fiz tanto! eles não poderiam ter feito isto comigo, eu
não posso aceitar, acho que não consigo mais motivar-me neste ambiente, só não saio
daqui pois está difícil conseguir um emprego”.
Crença racional: “Não estou feliz por ter sido reprovada, certamente eu não merecia
isto, mas também não é o fim do mundo...”
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Crença 2
Situação: A pessoa tem que fazer uma tarefa, mas como acha que deve ser
plenamente competente, o seu nível de exigência fica muito alto e tem um
comportamento extremamente perfeccionista. A tarefa torna-se uma “missão
impossível”.
Crença irracional: “Procuro fazer sempre tudo certinho, mas mesmo assim não consigo
o que quero.”
Crença racional: “Devo fazer o melhor que posso, mas devo diminuir o meu grau de
exigência para que possa concluir a tarefa e sobreviver sem me stressar tanto.”
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Crença 3
Crença irracional: “Não posso acreditar nisto! Isto é terrível! Isto é um problema
enorme! É inadmissível!”
Crença racional: “Foi mau não ter conseguido o que eu esperava, mas não é a pior
coisa do mundo, posso tentar novamente, as coisas nem sempre são como
gostaríamos que fossem” ou “não podemos ter um controle absoluto e perfeito sobre
tudo”.
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Crença 4
Crença irracional: “Que chatice! combinamos encontrar-nos aqui e ele não está! Para
quê combinar então? Ele nem se importa comigo!”
Crença racional: “Nem sempre as pessoas vão tentar o máximo e fazer o melhor que
podem.”
Crença 5
Situação: O próprio pânico que se instalou nalgumas pessoas diante das dificuldades
do nosso tempo.
Crença racional: “A situação está difícil, mas preciso reagir, deve haver alguma coisa
para ser feita...”
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Crença 6
“Se alguma coisa é, ou pode ser, perigosa ou apavorante, a pessoa deve ficar
tremendamente preocupada e pensar persistentemente na possibilidade dessa coisa
acontecer.”
Crença irracional: “Confusão! Não consigo parar de pensar! Os planos que eu tinha
devem ser abandonados, os meus compromissos não serão por mim honrados.”
Crença racional: “Devo tomar cuidado, precaver-me, fazer tudo que estiver ao meu
alcance para evitar esta situação.”
Crença 7
Situação: Uma situação que a pessoa se ache incapaz de resolver e em que se deixe
levar por sentimentos de insegurança.
Crença irracional: “Como não me acho capaz de resolver estes problemas e tenho
pouca estrutura emocional para este tipo de coisas, o melhor é deixar como está para
ver como é que fica.”
Crença racional: “Devo-me acalmar e preciso enfrentar esta situação mesmo que seja
difícil, pois existe sempre uma primeira vez e não preciso cobrar-me tanto.”
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Crença 8
“Uma pessoa é dependente das outras e precisa de alguém mais forte do que ela para
poder confiar e apoiar-se.” Esta crença ocorre quando uma pessoa coloca a sua própria
felicidade nas mãos de alguém — filhos, marido/esposa etc.
Crença irracional: “Ele não tinha este direito! Ele é mau! Ele destruiu a minha alegria!
Ele tem vergonha de mim e eu sinto-me tão frágil!”
Crença racional: “Ele não tem este direito, portanto não vou permitir que tenha esta
reação e serei assertiva.”
Crença 9
Situação: Qualquer fato que reforce essa crença já existente ou uma situação de
conflito.
Crença irracional: “Fui criado assim, desde criança esperam que eu seja o bonzinho.
Como poderia ser diferente?”
Crença racional: “Não preciso ver isto como uma fatalidade na minha vida e sim como
uma possibilidade de eu reagir de forma diferente e aprender com a situação que se
repete.”
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Crença 10
Crença irracional: “Pobre coitada, ela não merecia isto, tão boa que ela é! Isto não me
sai da cabeça, estou revoltada!”
Crença racional: “Fico triste por isto ter acontecido, vou ver o que posso fazer.”
Crença 11
“Existe sempre uma solução correta, precisa e perfeita para os problemas humanos, e
é uma catástrofe quando a solução exata não é encontrada.”
Esta é a crença das pessoas com um perfil perfecionista, muito exigentes, autocríticas
e que se auto-punem.
Crença irracional: “O que eu fiz de errado? Se eu tivesse pensado melhor antes, isso
não teria ocorrido! Eu simplesmente não posso aceitar.”
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Crença 12
Crença irracional: “Tenho que apresentar este seminário, tem que ser o excelente, o
professor tem que gostar, e se for assim terei boas oportunidades e possivelmente um
bom emprego. Caso contrário, será horrível.”
Crença racional: “É importante planear, mas se algo sair fora do planeado, não é
preciso ficar tão preocupado. O que de pior pode acontecer?”
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Nota final
As técnicas descritas são uma rápida e resumida visão de que existem saídas práticas
para modificar o padrão dos pensamentos disfuncionais, mas é importante tornar claro
que essas recomendações não substituem a psicoterapia. Para os casos em que o
sofrimento é intenso ou existem fortes dificuldades de mudança de postura, é
altamente recomendável que a pessoa procure ajuda psicológica de forma a
desenvolver mais autocontrole, diminuir as suas fontes internas de stress e assim
contribuir para o desejado bem-estar físico e psicológico.
Salientamos que o stress é uma situação que se reveste de uma gravidade que pode
ser muito séria e exigir medidas imediatas, por isso, não facilite. Em caso de dúvida,
consulte um profissional de saúde mental.
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