Você está na página 1de 4

Sindrome de Burnout

O esgotamento emocional relacionado ao trabalho, também denominado burnout, caracteriza-se


como uma síndrome que cursa com exaustão emocional, despersonalização e reduzida realização
profissional, mais comum entre indivíduos que trabalham com pessoas.

A exaustão emocional está relacionada à redução dos recursos emocionais internos, causada por
demandas interpessoais. A despersonalização reflete o desenvolvimento de atitudes frias,
negativas e insensíveis dirigidas aos receptores de um serviço prestado. A sensação de baixa
realização profissional evidencia que as pessoas que sofrem de síndrome de burnout tendem a
acreditar que seus objetivos profissionais não foram atingidos e vivenciam uma sensação de
insuficiência e baixa autoestima profissional.

Na área médica, inclusive a anestesiologia, a síndrome de burnout está relacionada ao


esgotamento físico e mental, falta de energia, contato frio e impessoal com pacientes, atitudes de
cinismo, ironia e indiferença, insatisfação com o trabalho, baixa autoestima, desmotivação e desejo
de abandonar o cargo. Ela é devida a plantões, privação do sono, longa jornada de trabalho,
equipe incompleta ou desfalcada, exposição constante a risco, pressão do tempo e urgências,
convivência com o sofrimento e morte. A síndrome é considerada uma doença ocupacional que
afeta o desempenho profissional do anestesiologista.

ANSIEDADE

Sintomas de ansiedade ocorrem com frequência nas doenças ocupacionais crônicas, provocam um
elevado grau de disfunção pessoal, social e laboral. A prevalência de ansiedade entre os médicos é
de aproximadamente 18% a 35%.

Os modelos atuais da ansiedade têm como ponto de partida a dicotomia: ansiedade orientada
para o estímulo versus ansiedade como resposta. Na primeira hipótese, a ansiedade é vista como
uma resposta a um estímulo específico (situações, pensamentos e emoções), enquanto que na
segunda, a ansiedade é explorada como resposta emocional em si, independentemente do
estímulo. Há evidências de que perturbações de ansiedade se associam (de forma independente) a
baixa qualidade de vida. Mulher com roupa social esfregando os olhos demonstrando exaustão
(síndrome de burnout).

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e


estresse provocados por condições de trabalho desgastantes.

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico


descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no
Grupo V da CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à
Saúde).

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por
condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta
especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes
penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior
de desenvolver o transtorno.

SINTOMAS

O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se


reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças
bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade,
depressão, pessimismo, baixa autoestima.

Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia,
crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à
síndrome.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e


realização pessoal no trabalho.

Respostas psicométricas a questionário baseado na Escala Likert também ajudam a estabelecer o


diagnóstico.

TRATAMENTO

O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de


relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.

RECOMENDAÇÕES

Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar
momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de
prevenir ou tratar a síndrome de burnout;

Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade
e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;

Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e


prejudicando sua saúde física e mental. Avalie também a possibilidade de propor nova dinâmica
para as atividades diárias e objetivos profissionais.

A ansiedade é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça.
Enquanto o medo tem um objeto definido, a ansiedade é uma emoção difusa, voltada para o
futuro. No estado de ansiedade a mente cria vários pensamentos negativos e fantasia diversas
cenas temidas, O estado de ansiedade é acompanhado por reações físicas desconfortáveis.
Os principais Transtornos de Ansiedade são: Síndrome do Pânico, Fobia Específica, Fobia Social,
Estresse Pós-Traumático, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Distúrbio de Ansiedade Generalizada.

É comum que haja comorbidade e assim uma pessoa pode apresentar sintomas de mais de um
tipo de transtorno de ansiedade ao mesmo tempo ou ter ao mesmo tempo um Transtorno de
Ansiedade e outro como depressão.

No geral, os transtornos de ansiedade respondem muito bem ao tratamento psicológico


especializado.

Estresse Pós Traumático:

Geralmente após um evento traumático a ansiedade diminui logo no primeiro mês sem maiores
consequências. Porém, em alguns casos, os sintomas    persistem por mais tempo ou reaparecem
depois de um tempo, levando a um estado denominado como Estresse Pós Traumático. Há três
grupos de sintomas mais comuns nos casos de Estresse Pós Trumático: (1) reexperiência
traumática, (2) hiperexcitação ou hipoexcitação psíquica e (3) esquiva e distanciamento emocional.

Para saber mais leia o artigo: Estresse Pós Traumático: A Experiência Emocional de Pessoas Vítimas
de Violência

Síndrome do Pânico

A Síndrome do Pânico é caracterizada pela ocorrência de freqüentes e inesperados ataques de


pânico. Os ataques de pânico, ou crises, consistem em períodos de intensa ansiedade e são
acompanhados de alguns sintomas específicos como taquicardia, perda do foco visual, dificuldade
de respirar, sensação de irrealidade, etc. Saiba mais.

Distúrbio de Ansiedade Generalizada:

Estado de ansiedade e preocupação constante sobre diversas coisas da vida. Este estado aparece
frequentemente e se acompanha de alguns dos seguintes sintomas: irritabilidade, dificuldade em
concentrar-se, inquietação, fadiga e humor deprimido.

Fobia Simples:

Medo irracional relacionada a um objeto ou situação específico. Na presença do estímulo fóbico a


pessoa apresenta uma forte reação de ansiedade, podendo chegar a ter um ataque de pânico. Por
exemplo a pessoa pode ter fobia de sangue, de animais, de altura, de elevador, de lugares
fechados ou abertos, fobia de dirigir, etc. Há muitas formas possíveis de fobia, visto que o estímulo
fóbico assume um lugar substituto para os reais motivos de ansiedade da pessoa. O motivo original
vai ser descoberto na terapia.

Fobia Social:

Ansiedade intensa e persistente relacionada a uma situação social. Pode aparecer ligado a
situações de desempenho em público ou em situações de interação social. A pessoa pode temer,
por exemplo, que os outros percebam seu “nervosismo” pelo seu tremor, suor, rubor na face,
alteração da voz, etc. Pode levar à evitação de situações sociais e um certo sofrimento antecipado.
A pessoa pode também, por exemplo, evitar comer, beber ou escrever em público com medo de
que percebam o tremor em suas mãos. Saiba mais.

Transtorno Obsessivo-Compulsivo:

Estado em que se apresentam obsessões ou compulsões repetidamente, causando grande


sofrimento à pessoa. Obsessões são pensamentos, idéias ou imagens que invadem a consciência
da pessoa. Há vários exemplos como dúvidas que sempre retornam (se fechou o gás, se fechou a
porta, etc.), fantasias de querer fazer algo que considera errado (machucar alguém, xingar, etc.),
entre vários outros.

As compulsões são atos repetitivos que tem como função tentar aliviar a ansiedade trazida pelas
obsessões. Assim, a pessoa pode lavar a mão muitas vezes para tentar aliviar uma idéia recorrente
de que está sujo, ou verificar muitas vezes se uma porta está fechada, fazer contas para afastar
algum pensamento, arrumar as coisas, repetir atos, etc.

Uma nota para Reflexão:

O que é normal e o que não é normal em nossa vida mental ?

É importante notar que todos nós apresentamos alguns comportamentos “estranhos” uma vez ou
outra. A vida psicológica normalmente é cheia de estados emocionais variados, de transições e
crises. Todos nós temos alguns medos ilógicos, algumas idéias intrusas em nossa consciência e
estados de ansiedade mais intensos.

O que caracteriza um estado como patológico é quando estas situações dominam a nossa vida
mental, quando o sofrimento emocional (ansiedade, desânimo, etc.) passa a ocupar o primeiro
plano em nossas vidas e nos impede de viver outras experiências. Na psicopatologia, ocorre certa
perda de liberdade e ficamos paralisados em modos estereotipados de funcionamento, sofrendo.

Nestas situações necessitamos de ajuda psicológica. A psicoterapia nos ajuda a sair deste estado
de paralisia, ajudando a restaurar nossa capacidade de prosseguir construindo nossa vida e
respondendo de modo criativo aos desafios

Você também pode gostar