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O que é síncope Vasovagal e


como tratar
A síncope vasovagal, também conhecida com síndrome vasovagal,
síncope reflexa ou síncope neuromediada, é uma perda súbita e
transitória da consciência, causada por uma breve redução do
fluxo de sangue para o cérebro.
Esta é a causa mais comum de síncope, sendo também chamada
de desmaio comum, e acontece quando há uma diminuição da
pressão arterial e dos batimentos cardíacos por um estímulo
inapropriado ao nervo vago, um nervo que se estende do cérebro
ao estômago, e é muito importante para regular diversas funções
vitais. Entenda as funções e a anatomia deste nervo.
Apesar da síncope vasovagal ser benigna, não trazendo graves
riscos para a saúde, pode ser extremamente incômoda e trazer
consequências preocupantes como provocar quedas e fraturas.
Não há um tratamento específico para o quadro, mas é possível
adotar medidas para prevenir as síncopes, como reduzir o
estresse, manter-se hidratado e praticar exercícios físicos. 

As causas exatas que levam ao surgimento da síndrome


vasovagal ainda não estão bem esclarecidas, mas esta alteração é
mais comum em jovens do 20 aos 30 anos, e em idosos acima dos
70 anos.

Principais sintomas
Na síncope vasovagal há uma breve perda da consciência, que
dura alguns segundos a minutos. Apesar de costumar surgir de
forma súbita, alguns sinais e sintomas podem surgir antes da
síncope, como:
 Fadiga e fraqueza;
 Suor;
 Náuseas;
 Alterações visuais;
 Tontura;
 Palidez;
 Dor de cabeça;
 Disartria, que a dificuldade para pronunciar as palavras. Veja
mais sobre o que é e as causas da disartria;
 Formigamentos ou dormências pelo corpo.
A recuperação após o desmaio costuma ser rápida e algumas
pessoas, especialmente os idosos, podem apresentar sintomas
após o despertar, como desorientação, confusão mental, dor de
cabeça, náuseas e tontura.

Como confirmar
Para diagnosticar a síndrome vasovagal, e diferenciar de outros
tipos de tontura, o médico deverá fazer uma avaliação clínica
cuidadosa, com identificação dos sintomas, exame físico,
observação dos medicamentos utilizados e solicitar exames, como
eletrocardiograma, holter e análises de laboratório.
O tilt test é um exame que pode ser indicado para ajudar a
confirmar, quando há dúvidas sobre a causa da síncope. É um
exame realizado por um cardiologista experiente, pois tenta
simular uma condição que irá costuma desencadear a perda da
consciência, especialmente quando surge devido à mudanças da
postura. Assim, durante o teste, o paciente fica deitado em uma
maca, que será inclinada a uma posição que poderá provocar
alterações na pressão arterial, podendo ainda ter estímulos de
remédios. 
Confira também outros exames que avaliam a saúde do coração.

Quais são as causas


As síncope vasovagal é provocada por queda da pressão arterial e
dos batimentos cardíacos devido a certos estímulos ao nervo vago.
A causa exata que leva ao desenvolvimento desta reação pelo
organismo ainda não está esclarecida, no entanto, algumas das
principais situações que desencadeiam esta alteração são:
 Ansiedade;
 Estresse emocional extremo;
 Medo;
 Dor;
 Alterações na temperatura do ambiente;
 Ficar de pé por muito tempo;
 Exercícios físicos.
Além disso, é importante observar se o paciente utiliza
algum medicamento que pode estar estimulando o surgimento das
crises, como diuréticos ou anti-hipertensivos do tipo beta-
bloqueadores, por exemplo.  
Além disso, o médico deverá investigar outras causas de desmaio
que podem confundir com a síndrome vasovagal, como arritmias
ou epilepsia, por exemplo. Confira quais as principais causas de
desmaio e como evitar. 

Como é feito o tratamento


A principal forma de tratamento da síndrome vasovagal é com a
adoção de medidas para evitar as causas desencadeantes e
prevenir novas crises, como não ficar muito tempo de pé, levantar-
se rapidamente, permanecer em ambiente muito quentes ou ficar
muito estressado.
Além disso, manter-se bem hidratado, tomando 1,5  2 litros de
água por dia, e remover medicamentos anti-hipertensivos que
podem estar piorando o quadro, são medidas muito
importantes. Caso surjam sintomas que indiquem a crise, pode-se
adotar posições que aliviam o quadro, como deitar com as pernas
elevadas, fazer manobras de contrações musculares e respirar
profundamente.
O uso de medicamentos pode estar indicado pelo médico em casos
que não melhoram com o tratamento inicial, como por exemplo, a
Fludrocortisona, que é um mineralocorticóide que aumenta a
retenção de água e sódio nas circulação sanguínea, ou a Miodrina,
que é um remédio que aumenta a coração dos vasos sanguíneos e
do coração, contribuindo para manter a pressão arterial estável.

Síncope Vasovagal: Como ela é? Veja Sinais, Sintomas e


Doenças
Publicado: 08/07/18 |  Atualizado: fevereiro 18, 2019

Negação de Artigo
1. O que é Síncope?
1. Quais são as Causas da Síndrome Vasovagal?
1. Qual é a Fisiopatologia da Síndrome Vasovagal?
2. Quais são as Principais Características Clínicas da Síndrome
Vasovagal?
3. Como o Médico Diagnostica a Síndrome Vasovagal?
4. Como o Médico Trata a Síndrome Vasovagal?
5. Como Evolui a Síndrome Vasovagal?
6. Como Prevenir os Episódios da Síndrome Vasovagal?

O que é Síncope?
Síncope, ou desmaio, é uma perda transitória da consciência e da
força muscular, associada à incapacidade de manter-se de pé,
caracterizada por um início brusco e de curta duração, com
recuperação espontânea.

Os termos populares “desmaio” ou “desfalecimento” são sinônimos


muito utilizados do termo médico “síncope”. A síncope não é
uma doença propriamente dita, mas sim um sintoma que pode ocorrer
em diversas condições patológicas.

Link da Tv Neurologia

O que é Síncope Vasovagal?


A síncope vasovagal ou síndrome vasovagal, também chamada de
síncope neuro-mediada ou síncope neurocardiogênica, pode ser
considerada de duas formas:

 Episódios isolados de perda de consciência, não anunciados por


quaisquer sintomas de alerta.
 Síncope recorrente com sintomas complexos associados.

Quais são as Causas da Síndrome Vasovagal?

A síndrome vasovagal pode ser precipitada pelo jejum, exercício,


esforço abdominal ou circunstâncias que promovem vasodilatação,
como o calor e o álcool, por exemplo.

Os ambientes fechados e de aglomeração de pessoas, como


elevadores, igreja e salão de beleza tendem a desencadear a
síndrome. A síncope vasovagal quase sempre ocorre em resposta a
um fator desencadeador.

Os gatilhos mais típicos são o tempo prolongado em pé ou sentado,


durante a micção; levantar-se muito rapidamente; procedimentos
médicos como uma biópsia; estresse; trauma; taquicardia ortostática;
estímulos dolorosos ou desagradáveis, como cólicas menstruais
intensas, por exemplo; hipersensibilidade à dor; atividades excitantes
ou estimulantes; emoções extremas e súbitas; privação de sono;
desidratação; estado de fome; exposição a altas temperaturas;
compressão em certos lugares do corpo, como na garganta, seios e
olhos; uso de certos fármacos e substâncias tóxicas como cocaína,
álcool, maconha, inalantes e opiáceos; ver sangue e baixa taxa de
açúcar no sangue.
Qual é a Fisiopatologia da Síndrome Vasovagal?

A síndrome vasovagal está relacionada à ativação inapropriada do


nervo vago, que faz parte do sistema nervoso parassimpático.
Normalmente, o volume de sangue circulante é relativamente baixo,
se a pessoa, por exemplo, tem uma dieta com pouco sal ou tem uma
tendência a não retenção de sal, o que facilita os ataques.

A vasodilatação promovida pelo calor agrava ainda mais esse efeito.


Há também uma etapa adrenérgica: se há medos ou ansiedade
agudos ou fobias, o coração é demandado a bombardear mais
sangue. Esta resposta é colocada em movimento por meio do sistema
nervoso simpático. A elevada atividade simpática é modulada pelo
nervo vago, que nestes casos compensa com a desaceleração
excessiva da frequência cardíaca. Se mesmo assim o coração for
incapaz de cumprir o requisito do bombeamento necessário, haverá
um baixo volume de sangue, com diminuição do aporte para o cérebro
e desmaio consequente.

Quais são as Principais Características Clínicas da Síndrome


Vasovagal?

A síndrome vasovagal pode ocorrer em qualquer faixa etária, no


entanto, é mais comum em jovens entre 10 e 30 anos. Os episódios
em geral são recorrentes e invariavelmente ocorrem quando a pessoa
está na posição vertical. Quase sempre ocorrem quando a pessoa
predisposta é exposta a um gatilho específico. Antes de perder a
consciência, o indivíduo experimenta tonturas, náuseas, a sensação
de estar quente ou frio, sudorese, zumbido, sensação desconfortável
no coração, pensamentos difusos, confusão, uma ligeira incapacidade
de falar, fraqueza, distúrbios visuais e sentimento de nervosismo.
Esses sintomas duram por alguns segundos e normalmente
acontecem quando a pessoa está sentada ou em pé. Quando caem
no chão ou se deitam, o fluxo sanguíneo para o cérebro é
imediatamente restaurado e as pessoas se recuperam rapidamente
(menos que cinco minutos), habitualmente sem sonolência ou
confusão mental.

Como o Médico Diagnostica a Síndrome Vasovagal?

Uma história médica detalhada é essencial. Os exames médicos


realizados para uma avaliação precisa podem ser teste de inclinação
ortostática, eletrocardiograma, monitor Holter, ecocardiograma e
eletroencefalografia. Um diagnóstico diferencial deve ser feito com
outras condições médicas que também produzem desmaios. Por
exemplo, uma duração da perda da consciência maior que cinco
minutos e um despertar confuso e desorientado podem sugerir o
diagnóstico de epilepsia. Desmaios também podem estar associados
a problemas mais graves, como arritmias cardíacas e crises
convulsivas.

Como o Médico Trata a Síndrome Vasovagal?

Não existe um tratamento específico para a síndrome vasovagal.


Geralmente os cuidados são comportamentais e centram-se no
controle dos gatilhos e na restauração do fluxo sanguíneo para o
cérebro durante um episódio iminente e medidas que interrompam ou
impeçam o mecanismo fisiopatológico que leva aos desmaios.

Se o gatilho é mental ou emocional, como, por exemplo, a visão de


sangue, exercícios baseados em exposição progressiva, orientados
por terapeutas experientes, apresentam uma grande redução das
síncopes. No entanto, se o gatilho é um medicamento específico, a
supressão dele é o tratamento recomendado.

O paciente pode mover ou cruzar as pernas ou contrair os músculos


delas para evitar que a pressão arterial caia drasticamente. Antes dos
eventos conhecidos que normalmente desencadeiam o episódio o
paciente deve aumentar o consumo de sal e líquidos para aumentar o
volume de sangue. Alguns medicamentos têm sido prescritos, como
betabloqueadores e estimulantes do sistema nervoso central, no
entanto, eles têm-se mostrado de pouca eficácia. Além disso, eles
podem até mesmo se tornar causas de novas síncopes por redução
da pressão arterial e da frequência cardíaca. Para pessoas com a
síncope vasovagal em que há um componente cardioinibitório, o
implante de marcapasso permanente pode ser benéfico ou mesmo
curativo.

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Como Evolui a Síndrome Vasovagal?

No geral, as pessoas com síndrome vasovagal têm uma vida normal,


mas se não forem tomados os devidos cuidados, aumentam-se os
riscos de fraturas decorrentes das quedas por desmaio e a sensação
de insegurança.

Como Prevenir os Episódios da Síndrome Vasovagal?


Os pacientes devem ser instruídos sobre como reagir a novos
episódios de síncope, especialmente se eles experimentam sinais que
antecedem as crises. Algumas orientações básicas são:

 Deitar e levantar as pernas, para restabelecer o fluxo sanguíneo


para o cérebro.
 Não ficar em pé por períodos longos.
 Beber bastante água.
 Evitar bebidas desidratantes, como bebidas alcoólicas.
 Evitar ambientes quentes e fechados.
 Movimentar as pernas e panturrilhas enquanto estiver em pé.
 Deitar-se com as pernas elevadas, se sentir que vai desmaiar.
 Quais são as complicações da síncope vasovagal?

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Uma das complicações possíveis são os ferimentos e fraturas devidos


a quedas abruptas.

Essas quedas devem ser prevenidas quando há sintomas prodrômicos


que antecedem os desmaios.

https://www.abctudo.com.br/video/quando-ocorre-a-sincope-
vasovagal/

https://medsimples.com/sincope-vasovagal/

Síncope Vasovagal
(Desmaio Comum)
DOENÇAS
Autor: Alan Niemies - Última atualização em: 05/11/2016
Nesse artigo, vamos falar sobre a principal causa de desmaios na
população, em qualquer faixa etária: a Síncope Vasovagal ou “desmaio
comum”. Aqui você vai entender o que ela é, quais são as suas causas, quais os
seus sintomas e como é feito o seu diagnóstico e tratamento. Você também
poderá entender se esse tipo de acontecimento é grave ou não. Vamos lá? Vem
comigo!
O que é Síncope Vasovagal?
A Síncope Vasovagal é também conhecida como Síndrome Vasovagal, Reflexa,
Neuromediada, Neurogênica ou Neurocardiogênica. Todos esses são nomes
médicos bonitos, mas na realidade tudo isso significa “desmaio comum“.
“Síncope” significa “desmaio” e indica uma perda
transitória e rápida da consciência, causada por uma
diminuição do fluxo sanguíneo cerebral.
É importante notar que, para chamarmos uma perda de consciência de
Síncope, a recuperação sempre deverá ser rápida e completa. Como
veremos mais adiante, isso é importante para diferenciar a Síncope de outras
causas de perda de consciência.
A Síncope Vasovagal é, na verdade, um grupo heterogêneo de condições
médicas que podem levar à redução transitória desse fluxo cerebral. Ou seja,
não existe uma causa comum em todas as pessoas que desmaiam.

Quem é mais afetado?


Assim como em qualquer tipo de desmaio, a Síncope Vasovagal acomete
principalmente duas populações: os adultos jovens (20 a 29 anos) e os
pacientes idosos, acima de 70 anos. Duas em cada três pessoas que
buscam o serviço de emergência por um desmaio irão receber o diagnóstico de
Síncope Vasovagal. Além disso, ela é mais comum em mulheres.
Dentre os idosos, ela é ainda muito mais frequente na população
institucionalizada (em asilos). Esse tipo de desmaio é ainda três vezes mais
comum nos idosos acima de 80 anos do que no resto da população.

Como a Síncope Vasovagal


acontece?
Como dissemos no início do artigo, todos os tipos de desmaio ocorrem por uma
diminuição no fluxo de sangue que chega ao nosso cérebro. Para você entender
melhor o que isso significa, pode ler também o nosso artigo sobre “O que é
Pressão Arterial?“.
Para que nosso cérebro receba sangue de maneira adequada, é preciso que
nosso corpo mantenha uma pressão sanguínea equilibrada e constante. Para
isso, nosso corpo é munido de várias “armas”. Além disso, nós temos um
“plano A” para manter o fluxo sanguíneo cerebral e, quando este falha, ainda
temos à disposição um “plano B”.
Para manter a nossa pressão arterial constante, todas as artérias do nosso
sangue têm um “tônus“. Ou seja, elas não estão nem muito “molengas”, nem
muito rígidas. Se estiverem muito “molengas”, chamamos isso
de vasodilatação. É o que acontece no calor, por exemplo, quando você
pode ver os seus vasos sanguíneos com maior facilidade. Por outro lado,
chamamos de vasoconstrição o enrijecimento da parede desses vasos.
Tudo isso é possível porque nossas artérias contêm músculo liso em sua
parede, e o tônus desse músculo é controlado por feixes nervosos e hormônios
como a Vasopressina (Hormônio Antidiurético).
E sempre que nossos vasos entram em uma vasodilatação excessiva,
nossa pressão cai. Para tentar compensar isso, temos o plano B: o aumento da
nossa frequência cardíaca, que permite que possamos compensar essa
queda da pressão arterial.
No caso da Síncope Vasovagal, existe um defeito transitório nesse controle. Por
uma série de causas, nosso corpo tem um episódio rápido e transitório
de vasodilatação acompanhado de bradicardia, o que não deveria
acontecer. Isso leva a uma rápida diminuição do fluxo sanguíneo para nosso
cérebro e, assim, temos o desmaio!
Diferente da Hipotensão Ortostática (outra causa muito comum de desmaios),
na Síncope Vasovagal há apenas uma falha temporária desse sistema de
controle. Já na Hipotensão Postural, esse processo é crônico.

Causas
O desmaio comum é provocado principalmente por:

 Emoções muito intensas;


 Dor;
 Medo;
 Ansiedade;
 Ver sangue;
 Ver ou cheirar algo desagradável;
Esse tipo de desmaio também é provocado por algumas brincadeiras, que
inclusive são populares em vídeos do YouTube. Eis alguns exemplos:
 Respirar rápida e profundamente por alguns minutos e depois prender a
saída de ar da boca e narinas e fazer pressão (manobra de Valsalva).
 Trapaças como pedir para um colega respirar rápida e profundamente
por alguns minutos e depois pressionar seu tórax, geralmente por trás ou
contra a parede.
Nesse vídeo podemos entender bem como isso funciona e inclusive perceber as
características do desmaio simples:

[youtube width=”590″ height=”345″]https://www.youtube.com/watch?


v=jidZgdgeWG4[/youtube]

Em outros pacientes, temos a chamada Síncope Situacional ou do Reflexo


Visceral, que também é considerado um tipo de desmaio comum ou Vasovagal.
Esse tipo de desmaio pode ter várias origens:
 Origem pulmonar: é o desmaio após um episódio de tosse ou
espirro, após levantamento de peso ou por um instrumento de sopro
(como o trompete ou o saxofone). Esse tipo de desmaio também é
causado pela instrumentação das vias aéreas, durante procedimentos
médicos.
 Origem urogenital: algumas pessoas apresentam episódios de
desmaio durante ou logo após a micção. A colocação de um cateter
vesical ou estimulação prostática também pode causar desmaio em certas
pessoas.
 Origem gastrointestinal: pode acontecer após engolir líquidos ou
alimentos, durante a colocação de sondas nasogástricas, no exame retal
ou ainda, em algumas pessoas, durante ou logo após o ato de defecar.
 Origem no seio carotídeo: nas nossas artérias carótidas (as que
levam o sangue oxigenado do coração para o cérebro), existem os
chamados barorreceptores, que são um tecido nervoso especializado
em detectar alterações de pressão. Algumas pessoas são mais sensíveis
ao estímulo desses receptores. Neles, a massagem na região do seio
carotídeo pode levar a desmaios.
 Origem ocular: alguns pacientes podem ter desmaio durante o
pressionamento dos olhos, ao exame ocular ou em uma cirurgia ocular.
É claro que esses casos são menos comuns e devem ser investigados por um
médico competente. De qualquer forma, todos esses tipos de desmaio são
considerados Síncope Vasovagal.

Sintomas Associados
Sintomas como tontura podem indicar um desmaio iminente

Além dos desmaios, alguns pacientes podem apresentar o que chamamos


de pré-síncope, que engloba sintomas antes do desmaio acontecer:
 Sudorese;
 Palidez;
 Palpitações;
 Náusea;
 Hiperventilação (aceleração da respiração);
 Bocejos.
Durante o desmaio, ainda é possível que alguns pacientes tenham o que
chamamos de mioclonia (movimentos involuntários, rápidos, sem ritmo e em
várias regiões) dos membros. Nesses casos, é importante diferenciar os
episódios de uma possível crise convulsiva. No momento do desmaio, é ainda
comum que os olhos fiquem desviados para cima e permaneçam abertos. Eles
também podem fazer movimentos para um lado e para o outro, aparentando
desorientação.
A respiração durante o episódio de desmaio pode tornar-se ruidosa. Algumas
pessoas ainda podem grunhir, gemer ou bufar.

Em casos menos frequentes, pode haver incontinência urinária. A incontinência


fecal é muito mais rara nesse caso e, se presente, deve indicar uma observação
e avaliação mais cuidadosa.

É grave?
A Síncope Vasovagal ou desmaio comum não é grave, pois faz parte de uma
falha transitória nos mecanismos que compensam a queda na pressão arterial,
ocorrendo rápida recuperação após o episódio de desmaio.
Porém, sempre que houver um episódio de desmaio, esse deve ser diferenciado
de outras causas de desmaio, como:

 Doenças cardíacas: Arritmias e doenças estruturais do coração


(como Isquemia Miocárdica, Doenças Valvares, Cardiomiopatias, Mixoma
Atrial, Tamponamento Cardíaco). Nesses casos o desmaio pode ser sinal
de algo mais sério, que deve ser investigado.
 Hipotensão Postural e suas várias causas.
A Síncope Vasovagal ou desmaio comum não é grave. Porém,
sempre que houver um episódio de desmaio, esse deve ser
diferenciado de outras causas importantes de desmaio, que
muitas vezes requerem tratamento específico.
É também importante diferenciar o desmaio de crises convulsivas (como na
Epilepsia). Nesses casos, é comum episódios mais longos e a recuperação da
consciência não é completa após o episódio (chamamos isso de síndrome
pós-ictal). Incontinência urinária ou fecal são mais comuns, bem como
abalos e movimentos estranhos dos membros.
Ainda é preciso excluir causas como:

 Hipoglicemia (diminuição do “açúcar” – glicose – no sangue);


 Hipoxemia (falta de oxigenação sanguínea adequada, que pode ocorrer
por diversos motivos);
 Isquemia vertebrobasilar (causada por um AVE – Acidente Vascular
Encefálico ou Insuficiência Vertebrobasilar transitória).

Tratamento
O principal tratamento da Síncope Vasovagal é evitar o estímulo
causador do desmaio. Ainda, é importante a ingesta adequada de líquidos
e sal da dieta (exceto quando contraindicado).
Quando é possível perceber o desmaio antes dele acontecer (pré-síncope),
algumas manobras podem ajudar a manter a pressão sanguínea estável e
evitar (ou atrasar) o episódio:
 Manobra da Manopla (Handgrip): basta fechar um ou ambos os punhos
e forçar o máximo que conseguir. Você também pode segurar algum
objeto e apertá-lo.
 Cruzar as pernas.
 Segurar um dos braços com o outro e apertá-lo.
Geralmente, com esse tipo de manobra e evitando os estímulos
desencadeadores da síncope, a maioria dos pacientes são tratados. Para casos
em que essas medidas não ajudam ou os episódios de Síncope Vasovagal são
muito frequentes, podemos dispor de medicamentos como:
 A Fludrocortisona;
 Agentes vasoconstritores;
 Beta-bloqueadores como o Atenolol (porém estão caindo em desuso por
não serem muito úteis nesses casos).
Evitar estímulos que causem os desmaios, ingerir quantidade
adequada de líquidos e sal e manobras específicas são o
principal tratamento da Síncope Vasovagal. Em casos de
difícil controle, medicamentos podem ser utilizados.
Em casos muito específicos (como síncopes muito frequentes e difíceis de tratar
com as medidas anteriores), pode ser indicado o uso de um marca-passo
cardíaco. Porém, as evidências científicas ainda são muito pequenas.

Esse foi nosso artigo sobre a Síncope Vasovagal. Espero que tenha gostado e
se tiver qualquer tipo de dúvida ou queira relatar suas experiências sobre o
assunto, deixe seu comentário!

Referências:
1. Fauci, Anthony S. Harrison’s principles of internal medicine. 19ª
edição. Vols. 1+2. McGraw-Hill Education, Medical Publishing Division
(2015).
2. Howard, P., et al. “The “mess trick” and the “fainting lark”.” British
medical journal 2.4728 (1951): 382.
3. Ortega, Javier, et al. “Lack of efficacy of atenolol for the prevention of
neurally mediated syncope in a highly symptomatic population: a
prospective, double-blind, randomized and placebo-controlled
study.” Journal of the American College of Cardiology 37.2 (2001):
554-559.
4. DynaMed [Internet]. Ipswich (MA): EBSCO Information Services. 1995
– . Record No. 116865, Vasovagal syncope; [atualizado em 07/10/2016,
acessado em 05/11/2016]; Disponível
em http://search.ebscohost.com/login.aspx?
direct=true&db=dnh&AN=116865&site=dynamed-live&scope=site. Cadas
tro e login necessários.
https://www.mdsaude.com/cardiologia/desmaio-sincope/

DESMAIO, SÍNCOPE E REFLEXO


VAGAL
Médico autor: Dr. Pedro Pinheiro
Revisado pela equipe de especialistas  do MD.Saúde
Atualizado em 01 novembro 2019

Índice  
1.   O que é o desmaio?
2.   Situações que podem ser confundidas com síncope (desmaio)
3.   Como ocorre o desmaio – Importância do nervo vago
4.   Principais causas de desmaios (síncope)
4.1.  Síncope vasovagal
4.2.  Hipotensão postural
4.3.  Arritmias cardíacas
4.4.  Outras doenças cardíacas

O que é o desmaio?

O desmaio é um sintoma relativamente comum. Pode


indicar problemas cardíacos, problemas neurológicos, uma queda
súbita da pressão arterial, hipoglicemia (falta de açúcar no
sangue)  ou apenas uma manifestação de excesso de ansiedade
ou histeria, também conhecida como transtorno conversivo.

O desmaio é cientificamente chamado de síncope e pode ser


descrito como uma abrupta perda da consciência, associada à
perda do tônus postural (perda da capacidade de permanecer em
pé), seguida de uma rápida e completa recuperação. Ou seja, a
pessoa perde a consciência e cai, acordando logo a seguir sem
sequelas. A síncope não é uma doença, é um sintoma de alguma
doença.  A causa mais comum é a chamada reação vagal ou
síncope vasovagal, relacionada à ativação inapropriada do nervo
vago (explicaremos ao longo do texto).

Se você tem quadros de tonturas, sensação de que vai cair por


perda da força, mas em momento algum perde a consciência, isso
é chamado de pré-síncope.
Quando a síncope é um evento isolado na vida da pessoa, em
geral, as causas são benignas. Porém, se o paciente apresenta
quadros repetidos de síncope ao longo de vários dias ou
semanas, o mais provável é que haja alguma doença por trás,
habitualmente de origem neurológica ou cardíaca.

Situações que podem ser confundidas com


síncope (desmaio)

Antes de falarmos especificamente sobre as causas de desmaios,


é importante saber diferenciar as síncopes de eventos graves,
como AVC (leia: AVC | ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL |
DERRAME CEREBRAL ), paradas cardíacas ou morte súbitas.

No AVC, também conhecido como derrame cerebral, o doente


pode até apresentar uma queda por perda de força dos membros
inferiores, mas, em geral,  ele não desmaia, ou seja, não perde a
consciência. Nos casos de AVC que ocorrem perda da
consciência, a recuperação não é rápida e quase nunca completa.
Se o paciente desmaia e posteriormente acorda
apresentando sequelas, tais como paralisia dos membros, boca
torta, desorientação ou incapacidade de falar, isso é um AVC e
não uma síncope.

Na parada cardíaca, também chamada de morte súbita, o


paciente perde a consciência, cai e permanece no chão sem
respirar e sem pulso (sem batimentos cardíacos perceptíveis). Se
não forem imediatamente iniciadas as manobras de ressuscitação,
o paciente evolui para o óbito. Uma parada cardio-respiratória,
obviamente, não é um desmaio.

É muito importante também diferenciar as síncopes verdadeiras


das histerias ou simulações, que recebem vários nomes na prática
médica: distúrbio neurovegetativo, transtorno conversivo ou
disfunção autonômica somatóforme. Não são síncopes reais e o
paciente muitas vezes realiza estas simulações de modo
inconsciente. Ele realmente acredita que desmaiou.

Outra situação que pode ser confundida com síncope é uma crise
epilética. Às vezes, a distinção é difícil em um primeiro momento,
principalmente se a crise não tiver sido testemunhada por
ninguém.
Em geral, o paciente com crise epilética não se recupera tão
rapidamente após retomar a consciência. Muitas vezes, o
indivíduo apresenta crises convulsivas não testemunhadas e só é
encontrado caído no chão, já acordado, mas meio desorientado,
com poucas forças. A presença de mordidas na língua, o fato do
doente ter as roupas sujas de urina ou fezes, e múltiplas lesões
no corpo sugerem que ele tenha tido uma crise convulsiva e não
um simples desmaio (leia mais sobre epilepsias: EPILEPSIA |
CRISE CONVULSIVA | Sintomas, tipos e como proceder ).

A principal característica da síncope é o fato do paciente desmaiar


e acordar logo em seguida de forma espontânea. Entretanto, se
durante a queda o paciente bater a cabeça com força no chão ou
em alguma quina ou objeto duro, ele pode não acordar
imediatamente por conta do traumatismo craniano. Neste caso, o
paciente apresenta síncope seguida de concussão cerebral.

Como ocorre o desmaio – Importância do


nervo vago

Antes de descrever com mais detalhes cada uma das principais


causas, é preciso explicar um pouco da fisiologia do corpo
humano para uma melhor compreensão da origem da síncope,
principalmente daquela que chamamos de síncope vasovagal.

O sistema nervoso autônomo é a parte do sistema nervoso que


controla funções básicas e vitais, tais como a respiração, pressão
arterial, controle de temperatura e digestão, apenas para ficarmos
com alguns exemplos.

O sistema nervoso autônomo é dividido em duas partes: Sistema


nervoso simpático e Sistema nervoso parassimpático. Esses
dois sistemas se antagonizam e o equilíbrio de suas funções é
que mantém o organismo funcionando adequadamente. Por
exemplo, o sistema nervoso simpático aumenta a pressão, acelera
os batimentos cardíacos e nos deixa mais alerta, enquanto que o
sistema nervoso parassimpático reduz a pressão arterial e
desacelera o coração.

O nervo vago carrega fibras do sistema nervoso parassimpático.


Este nervo, que nasce dentro cérebro e envia ramos para várias
partes do corpo, inerva diversos órgãos, como o coração,
estômago, laringe, pulmão, esôfago, intestinos, pele, etc. É
através dele que o cérebro recebe as informação do estado das
nossas vísceras. O nervo vago também é responsável pelo
controle de algumas das funções destes órgãos, como a produção
de suor, a frequência cardíaca, a pressão arterial, movimentos
dos intestinos e da musculatura do pescoço e da boca.

Muitas causas de desmaios têm origem na ativação inadequada


do nervo vago, o que leva à queda da pressão arterial e
desaceleração dos batimentos cardíacos.

Principais causas de desmaios (síncope)

Existem várias causas para o desmaio. Em muitos casos, a


origem é apenas um excesso de emoção, calor intenso,
nervosismo, etc. Porém, algumas doenças também podem se
manifestar através de desmaios frequentes.

A síncope ou desmaio é um evento que causa muita apreensão no


paciente e nas pessoas que testemunham o fato. Muitas vezes, o
desmaio é também um desafio diagnóstico para o médico. Em
muitos casos, mesmo após extensa investigação, não
conseguimos identificar a origem do problema. Até 1/3 dos casos
de síncope ficam sem diagnóstico definitivo.

Boa parte das síncopes ocorrem por causas benignas, porém,


todo episódio deve ser investigado pensando que os desmaios
podem ser uma manifestação de uma patologia grave e
potencialmente fatal.

A síncope ou desmaio tem várias causas, sendo as principais os


ataques vaso-vagais e causas cardíacas. A seguir, vamos explicar
a origem das principais causas de desmaio clinicamente
relevantes.

Síncope vasovagal

Uma anormal estimulação do nervo vago pode levar a grandes


desacelerações do coração e à uma abrupta queda da pressão
arterial, diminuindo temporariamente o aporte de sangue e
oxigênio para o cérebro. Esse tipo de desmaio ocorre
normalmente em pessoas jovens e sem outras doenças. A
síncope vasovagal é normalmente precedida de sintomas como
suores frios, palidez e escurecimento súbito da visão.

A síncope vasovagal pode ser induzida por dor intensa, calor


forte, por ficar em pé durante muito tempo, por medo ou estados
de ansiedade intensa. É a causa de desmaios naqueles que tem
pavor de agulha e precisam colher sangue, dos jovens em shows
de música, ou de cirurgiões ou guardas que ficam muito tempo em
pé sem se movimentar.

Em muitos casos, o estímulo vagal pode não ser suficiente para


causar desmaios, levando apenas à mal estar, tonturas, enjoos e
vômitos. O paciente senta-se ou deita-se e depois de alguns
minutos sente-se melhor.

Apesar de ocorrer preferencialmente em jovens, alguns idosos


podem apresentar repetidos episódios de síncope vasovagal,
muitas vezes sem um fator desencadeante claro, como os citados
acima. Em alguns desses pacientes, o estimulo desencadeador
pode ser algo simples como urinar ou tossir.

Existe também aqueles com a chamada hipersensibilidade do seio


carotídeo, uma região do pescoço onde passam as fibras do nervo
vago. Nestes, uma simples massagem na região lateral do
pescoço pode estimular o nervo vago e levar à síncope. São
pessoas que podem desmaiar com um simples virar mais rápido
do pescoço ou mesmo durante pequenos esforços, como evacuar
ou assoprar contra uma resistência.

Apenas como curiosidade, a estimulação do nervo vago pode ser


feita de forma proposital para fins médicos. A massagem vigorosa
do seio carotídeo com os dedos  é chamada de manobra vagal.
Algumas arritmias com frequências cardíacas elevadas podem ser
controladas apenas com estímulo repetido no seio carotídeo,
através de intensa massagem na região lateral do pescoço.

Hipotensão postural

Hipotensão postural é queda da pressão arterial quando mudamos


da posição deitada/sentada para a em pé. Todo mundo já sentiu
isso alguma vez na vida ao se levantar de forma rápida e ficar
tonto, com a vista escura. Na maioria dos casos o que ocorre é
uma pré-síncope, mas em algumas pessoas a hipotensão pode
ser tão grande que chega a causar síncope.

Essa queda abrupta da pressão arterial ocorre geralmente em


pessoas desidratadas, que tomam diuréticos (leia: PARA QUE
SERVEM OS DIURÉTICOS ? ), em pacientes diabéticos, idosos,
pessoas medicadas com remédios para a pressão alta ou
que consumam álcool de forma excessiva.

Arritmias cardíacas

As arritmias cardíacas são causas comuns de desmaios. Um


coração arrítmico bombeia o sangue ineficientemente, levando à
uma má oxigenação cerebral e, consequentemente, à síncope.

Quando a arritmia que dá origem à síncope ainda se encontra


presente no momento do atendimento médico, o diagnóstico é
fácil de ser estabelecido. O problema é que boa parte dessas
arritmias são intermitentes, duram alguns segundos e
desaparecem. Quando o doente chega ao médico já não há sinais
de alteração na condução elétrica do coração.

Na síncope causada por arritmias, o paciente habitualmente perde


a consciência sem apresentar sintomas prévios. No máximo, um
quadro de palpitações precede o desmaio.

Tanto as bradicardias (coração que bate muito lentamente) quanto


as taquicardias (coração que bate muito rapidamente) podem
provocar síncopes.

As síncopes de origem cardíaca são potencialmente perigosas,


pois elas podem ser causadas por arritmias malignas, com risco
de evolução para parada cardíaca.

Leia também: PALPITAÇÕES, TAQUICARDIA E ARRITMIAS


CARDÍACAS

Outras doenças cardíacas

Doenças das válvulas cardíacas, principalmente da válvula aórtica


podem levar à síncope. Outras doenças, como cardiomiopatia
hipertrófica e embolia pulmonar também podem causar desmaios.
https://www.minhavida.com.br/saude/materias/16854-desmaios-frequentes-podem-
denunciar-a-sindrome-vasovagal

Desmaios frequentes podem denunciar a síndrome vasovagal

Problema acontece quando o coração desacelera os batimentos rapidamente

Escrito por Bruno Valdigem


Cardiologia - CRM 118535/SP
Por Especialistas - Em 14/7/2016

Alguma vez quando você levantou rápido da cama e sentiu tontura, fraqueza,
reparou que a visão ficou escura e teve certeza de que ia desmaiar? Teve de
sentar, esperar melhorar e depois levantou de novo como se nada tivesse
acontecido? Isso acontece porque o corpo não estava preparado para manter
sua pressão arterial alta o suficiente a ponto de seu cérebro receber todo o
oxigênio que precisa. Quando você se senta ou espera um pouco parado, seu
corpo fez com que os vasos sanguíneos contraíssem discretamente e aumentou
a frequência de batimentos do seu coração, aumentando o fluxo sanguíneo e
compensando assim uma falta de sangue relativa - como resultado, você se
sente bem.

Há também aqueles que sentem essa tontura em situações que o sistema


nervoso autônomo sofre extremo estresse. Esse sistema é uma área do cérebro
responsável por regular da pressão, a frequência cardíaca, a contração dos
vasos... Enfim, tudo que o cérebro faz para o corpo funcionar sem você notar .
Agora imagine que você ficou de pé numa fila por cinco horas, parado, suando
no calor do centro da cidade, e umas onze da manhã você se lembra de que
esqueceu o café da manhã. Todo o seu sangue foi para as pernas, que não se
mexem e vão acumulando esse líquido. Desidratado, seu coração tenta
compensar a falta de liquido com aumento da frequência e contração dos
vasos, até que ele começa a bater em uma frequência maior do que a do que a
quantidade de sangue que chega. Nesse momento, seu coração nota que está
batendo "a seco". Ele então desacelera e relaxa o tônus desses vasos
sanguíneos pra deixar o sangue chegar em maior quantidade, bem na hora que
você precisava desse coração batendo para manter sua pressão alta e continuar
em pé. Como consequência, você desmaia.
A síndrome vasovagal é o resultado de um reflexo exagerado do
corpo, feito para preservar o fluxo de sangue em caso de hemorragia
ou desidratação, que em última analise leva ao efeito oposto

Isso é a descrição do que acontece com várias pessoas no mundo, e é a


principal causa de desmaios em qualquer faixa etária, principalmente nos
jovens. A síndrome vasovagal, também chamada de síndrome
neurocardiogênica, é o resultado de um reflexo exagerado do corpo, feito para
preservar o fluxo de sangue em caso de hemorragia ou desidratação, que em
última analise leva exatamente ao efeito oposto: baixo fluxo cerebral, tonturas,
hipotensão, desmaios (síncope) ou quase desmaios (pré-síncope ou lipotimia).

Como eu sei se tenho a síndrome?


O que pessoas comuns só apresentam em situações de extremo estresse,
pessoas com síndrome vasovagal (SVV) apresentam em situações cotidianas,
como após refeições, ao ver sangue, na fila do banco ou cozinhando. Os
desmaios são menos frequentes do que as sensações de quase desmaio,
tonturas ou mal estar - que acontecem o tempo inteiro.

Pessoas com desmaios de inicio recente ou que mudaram as características (se


tornaram mais precoces, sem causa aparente, mais frequentes ou com trauma)
devem se submeter a exame médico, eletrocardiograma e a critério do medico
que os examinou, holter 24 horas e ecocardiograma. Quando todos estes
exames são normais, o risco de doença cardíaca grave é mínimo, desprezível,
igual ao de quem não sente nada. O teste de inclinação (tilt test) pode ajudar
no diagnostico de casos que fogem do comum. O exame deixa a pessoa de pé
por 40 minutos e mede a pressão arterial e a frequência cardíaca
continuamente para ver como se comportam.

Isso tem cura?


O tratamento principal é aumentar muito a ingesta de líquidos, evitar
desidratantes (como álcool ou diuréticos), fazer exercícios com as pernas (para
fortalecer a musculatura e evitar represar sangue ali) e reconhecer os sintomas
que geralmente acontecem antes do desmaio. Assim, se começou a sentir algo
estranho, o ideal é se deitar com as pernas elevadas apoiadas em alguma
coisa, e espere passar. Depois, vá até a geladeira mais próxima e beba uns dois
copos de água. Com achegada do verão, esses eventos são mais comuns, logo,
beba muitos líquidos pra prevenir a desidratação. Manobras de contrapressão
(como fechar as mãos com forca e agachar) podem aumentar a pressão e
abortar o reflexo. Raramente é necessário uso de medicações.

Saiba mais: Exercícios: duas horas e meia por semana


previnem contra doenças cardiovasculares

Pessoas que tomam várias medicações, especialmente em idosos, podem ter


beneficio com reajuste ou troca dos remédios que toma. Nesses casos a queda
da pressão é gradual, e dependente do tempo que a pessoa fica de pé. A
síndrome do vasovagal é um problema benigno, e para evitar sintomas
indesejáveis é bom que essas medidas sejam feitas sempre!

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